DESCARTES: A METAFÍSICA SOB O JUGO DA RAZÃO

Resumo: Vamos mostrar que Descartes é produto de um momento histórico em que havia uma crise hegemônica pela qual a racionalidade burguesa ainda não se afirmara de todo e a metafísica escolástica ainda não houvera perdido totalmente a sua hegemonia, embora a tivesse significativamente debilitada. Ou seja, ele estava, teórica e metodologicamente, em um rito de passagem entre a velha ordem que vinha sendo desconstruída pelas prática e ideologia burguesas e a nova ordem burguesa em processo de construção. O método por ele proposto pode aparentar uma conciliação entre o velho e o novo, mas, a rigor, por meio de uma prudente e sofisticada sutileza, ele se posiciona contra a velha ordem e a favor da nova. Contra o fundamentalismo religioso ainda então vigente e a favor do racionalismo científico de natureza burguesa.

Giambattista Vico

Vico Tradução de Miguel Duclós do verbete da wiki-en. Giovan Battista (Giambattista) Vico (23 Junho de 1668 – 23 Janeiro de 1744) foi um filósofo político, retórico, historiado e jurista italiano. Ele criticou a expansão e o desenvolvimento do racionalismo e fez uma apologia da antiguidade clássica. Vico é mais conhecido pela sua obra-prma, a … Ler mais

Descrição de vários rios, lugares, arvoredos, campinas, etc., no interior do Pará

Descrição de vários rios, lugares, arvoredos, campinas, etc., no interior do Pará Dr. Frei. Caetano Brandão. (Dom Frei Caetano da Anunciação Brandão (1740-1805)) Pelas três horas da tarde, soltamos a vela, e em todo o tempo até ao outro dia não se ofereceu mais nada digno de memória, excetuando a vista do quadro agradável que … Ler mais

A ilha dos Nheengaíbas, na boca do Amazonas – Pe. Vieira

A ilha dos Nheengaíbas, na boca do Amazonas Na grande bôca do rio das Amazonas está atravessada uma ilha de maior comprimento e largueza que todo o reino de Portu­gal e habitada de muitas nações de índios, que, por serem de lín­guas diferentes e dificultosas, são chamados geralmente Nheengaí- has. Ao princípio receberam estas nações … Ler mais

O esquilo – resumo sobre os encantadores esquilos

O esquilo O esquilo é o mais ágil, o mais engenhoso de todos os roe­dores. E’ procurado pela elegância das formas, pela alegria, e encanto do seu caráter e, sobretudo, pela expressão vivíssima da tua fisionomia. A sua grande cauda, muito felpuda, serve-lhe de leme e de vela, quando quer atravessar um rio. Nada mais … Ler mais

Piranha – características das piranhas – Peixes

A piranha A piranha é peixe de escamas côr de pérola, que raras vêzes >excede a um palmo, mas de uma voracidade que ultrapassa a auan- to se pode imaginar. E’ dotada de dentes que cortam como navalha. Por ocasião da abordagem do va­por- “Jaurú”, quando o distinto ca­pitão de fragata Balduino José Fer­reira de … Ler mais

A baleia – resumo sobre a baleia

A baleia – resumo sobre a baleia As baleias são animais tímidos e pacíficos. Não atacam outros animais ou os navios, e só se voltam contra êles em defesa própria. Não lhes faltam inimigos que as obrigam a combater O mais cruel e encarniçado é o espadarte, cujo comprimento excede a quatro ou cinco metros. … Ler mais

O «Quero-quero» – A ave guerreira guardiã dos pampas

O «Quero-quero» A originalidade do rincão revela-se na natureza da terra, na fisionomia dos rios, nos campos desdobrados ou acidentados, na aspereza ou sutileza do ar que se respira, na sinfonia dos ventos reinantes, e mais do que em tudo, nos sêres que o animam. Vários aspectos do que constitui a face física do Rio … Ler mais

As tartarugas marinhas

As tartarugas marinhas Movidos pelo instinto de conservação, a maior parte dos ani­mais buscam *) ou preparam 2) abrigos para se resguardarem das Injúrias do tempo, e se defenderem dos ataques de seus inimigos. As aves escondem-se entre as fôlhas das árvores, ou nas concavidades dos troncos. Recolhem-se os quadrúpedes às espessuras das florestas, às … Ler mais

Queima da mata – Graça Aranha

Graça Aranha

Queima da mata – Graça Aranha Os homens foram reunidos, e todos penetraram na floresta com um reconhecimento sacerdotal, de quem vai cumprir os ritos de cul­tos infernais. Num dos ângulos da mata lançaram fogo à primeira moita, que lhes pareceu mais ressequida. Antes que a labareda apontasse para o alto as línguas ardentes, rubras, … Ler mais

Sertão bruto – Visconde de Taunay

Sertão bruto – Visconde de Taunay Ali começa o sertão chamado bruto[1]). Pousos sucedem a pousos, e nenhum teto habitado ou em ruí­nas, nenhuma tapera dá abrigo ao caminhante contra a frialdade das noites, contra o temporal que ameaça ou a chuva que está caindo. Por tôda a parte, a calma da campina não arroteada; … Ler mais

O Rio Amazonas – resumo e curiosidades sobre o rio amazonas

O Rio Amazonas – Afonso Celso. Uma das maravilhas da natureza, o maior rio do mundo! sua bacia é igual a 5/6 da Europa. Uma de suas ilhas, a de Ma­rajó, excede em tamanho a Suíça. Nem todo êle pertence ao Brasil, mas a parte brasileira é, se não a mais extensa, a mais importante, … Ler mais

A gruta «Casa de Pedra» em Minas Gerais – Carlos de Laet

A gruta «Casa de Pedra» em Minas GeraisCarlos de Laet (1847-1927) Pica a légua e meia, pouco mais ou menos, de São João d’El-Rey, no extremo da cordilheira do Bonfim e à margem es­querda do rio d’Elvas, afluente do das Mortes. O terreno é aí calcáreo, e a escavação, tão vasta que, no di­zer dos … Ler mais

A cachoeira de Paulo Afonso

A cachoeira de Paulo AfonsoAfonso Celso. Os Americanos do Norte têm imenso orgulho da sua catarata lo Niágara, que Chateaubriand qualificou — uma coluna d’água tio dilúvio. O Brasil possui maravilha igual, senão superior, — a cachoei­ra de Paulo Afonso. Encontra-se nesta tudo quanto naquela encanta, apavora, e maravilha. E’ a mesma enorme massa líquida … Ler mais

A mata virgem – Celso de Magalhães

A mata virgemCelso de Magalhães E’ de manhã. Aclarada pela luz gradual que aos poucos doura-lhe os cimos ostenta-se esplendorosa a mata virgem. Quem houver viajado pelo norte do Brasil há-de, por certo, conhecer o acentuado selvagem de suas florestas e ter saudade daqu le vago rumorejar que nelas se escuta, daquela indefinida reunião de … Ler mais

O Pampeiro – José de Alencar

O Pampeiro Um ruído surdo reboou pelas grotas 2) e algares 1)’ que acantilavam o cêrro abrupto. Parecia que a terra arquejava com o estertor de um pesadelo. Ao mesmo tempo uma exalação ardente como o vapor de uma cratera derramou-se pela solidão. As feras uivaram longe na pro­fundeza das selvas, e as aves espavoridas … Ler mais

Destruição de Herculanum e Pompéia – narrativa de Plínio

Destruição de Herculanum e Pompéia (A narrativa de Plínio) l) Para ficarem sabendo quais podem ser os efeitos das cinzas vomitadas pelos vulcões, vou-lhes contar uma história muito ve­lha, tal como no-lo transmitiu um escritor célebre da antiguidade, chamado Plínio. A narração é escrita’fem latim, a nobre língua dessa época. Is­to aconteceu no ano 79 … Ler mais

Os vulcões – definição, tipos de vulcão.

Os vulcões Os vulcões são montanhas que vomitam fumo, substâncias calcinadas, turbilhões de fogo ou de pedras, e matérias em fusão, chamadas lavas. O cume da montanha tem uma. abertura, em for­ma de funil, chamado craterai e algumas há que têm léguas de ex­tensão. A cratera comunica com um conduto tortuoso, uma es­pécie de chaminé, … Ler mais

Causas dos Tremores de terra

Tremores de terra (Causas) + E’ muito natural que o leitor deseje saber qual a causa dos tremores de terra. Vamos pois satisfazer êste desejo. Primeiro que tudo é preciso que se saiba que quanto mais se desce para o interior da terra, maior é o grau de calor. As esca­vações ou minas, feitas pelo … Ler mais

Tremores de terra ou terremotos – Terremoto de Lisboa de 1755 (Manoel. P Chagas)

Tremores de terra ou terremotos [1]) – Manoel P. das Chagas Um dos fenômenos mais estupendos da natureza e que às vôzes acarreta consigo desastres espantosos, são os tremores de terra. ou os terremotos. Ouve-se um ruído surdo e subterrâneo, um bramido rouco, que se reforça, abranda e se reforça de novo, como se rugira … Ler mais

O mar – Alves Mendes

O M a r Quantas emoções2), quantas idéias desperta em nós a contemplação do mar! Quando se avistam os seus horizontes diáfanos, quando se observam os seus movimentos constantes, quando se experimentam as suas tempestades desfeitas, quando se escutam os seus bramidos horíssonos, a alma oscila-nos, debate-se no calamo do sublime, fica absorta, extasiada; — … Ler mais

CENAS E MARAVILHAS DA NATUREZA – A aurora polar

CENAS E MARAVILHAS DA NATUREZA A aurora polar Uma, das misteriosas e belas manifestações da natureza é cer­tamente a aurora. Na nossa latitude podem algumas vêzes pre- senciar-se formosos quadros na aparição da aurora; mas é nas regiões árticas e antárticas que o grandioso fenômeno se ostenta em tôdas as suas maravilhosas linhas. Vejamos o … Ler mais

As duas bilhas

As duas bilhas Cada qual com seu igual. Dêste nosso provérbio parece foi tomado o doutrinal apólogo das duas bilbas: uma de barro, outra ir cobre, levadas rio abaixo com a fôrça da cheia. Rogou a de cobre à de barro que se chegasse a ela, para que juntas resistissem melhor ao ímpeto das águas. … Ler mais

Os dois leões – fábula de Florian

dois leões, fábula de Florian

Os dois leões Jean-Pierre Claris de Florian (1755-1794) Nos desertos da África, nessas plagas arenosas e inóspitas [1]) em que o sol, crestando a terra, dardeja seus raios de fogo, encon­traram-se dois formidáveis leões a quem a sêde atormentava. Am­bos em procura do precioso líquido, chegaram a um lugar onde um tênue fio d’água, deslizando … Ler mais

La Fontaine – fábulas “As rãs pedindo um rei”

As rãs pedindo um rei La Fontaine Aborrecidas as rãs do estado democrático, pediram a Júpiter com tanto empenho um rei, que enfim lho transformou em monarquia. Lá do alto caiu-lhe um rei, cidadão pacífico; mas com o barulho da queda afugentou do lodacento reino o povo, gente muito tímida e asna. Escondida nos buracos … Ler mais

A raposa e o bode – fábula de Esopo

A raposa e o bode – fábula de Esopo Em certa digressão, associaram-se uma rapôsa e um bode Era êste tão curto e rombo de bestunto [1]), quanto aquela era ma­nhosa e arteira. Apertados da sêde, procuram modo de a satisfa­zer e só encontram o refrigerante líquido em um poço. Descem; e, depois de beberem … Ler mais

O leão doente e a rapôsa – fábula de La Fontaine

O leão doente e a rapôsa – La Fontaine Achando-se doente o rei dos animais, mandou publicar por todo o seu reino ser de sua vontade que todos os vassalos lhe enviassem embaixada, cada um segundo a sua classe e qualidade, a saber da real saúde e fazer-lhe companhia na sua câmara. Certificou que seriam … Ler mais

O lobo e o cordeiro – fábula

O lobo e o cordeiro No tempo em que o lôbo e o cordeiro estavam em tréguas [1]), desejava aquêle que se oferecesse ocasião para as romper. Um dia que [2]) ambos se acharam na margem de um regato, indo be­ber, disse o lôbo mui encolerizado contra o cordeiro: “Por que me turbais a água … Ler mais

Manuel Bernardes. As cotovias

As cotovias Mui judicioso é o apólogo que se conta das cotovias, que ti­nham seus ninhos entre as searas. Dissera o dono do campo a seus criados que tratassem de me- ter a fouce, se vissem estar os pães 1) já sazonados. E, ouvindo este recado uma delas, foi pelos ares avisar as outras que … Ler mais