DONA BEIJA
Ana Jacinta de São José nasceu na região do Desemboque, quando ainda sob jurisdição goiana, no povoado de São Domingos do Araxá. Ainda pequenina era tão linda que a comparavam a um beija-flor. Daí o seu apelido de Dona Beija.
Mulher de excepcional beleza e de irresistível encanto intelectual, conseguiu revolucionar os compassos do minueto. Era Dona Beija sedução feita mulher. A fama das suas graças tornou o Desemboque um obrigatório ponto de parada das cavalgadas senhoriais.
Quando o sol da manhã dourava o planalto, Dona Beija se dirigia ao banho, mergulhando nas águas límpidas do lago radioativo.
O governador da região de Minas tomou-se de amores por ela e, como era adversário ferrenho do governador do Desemboque, resolveu raptá-la, como único remédio para a paixão que o atormentava.
Raptada, Dona Beija teve influência decisiva nos destinos do raptor. Fê-lo pleitear ante a Corte a transferência da região do Desemboque, pertencente a Goiás, para a região da sua governança, Minas Gerais. Assim o Triângulo, antiga faixa goiana, passou a integrar-se no território mineiro .
"A beleza de Dona Beija é tão extraordinária —, que modificou o mapa do Brasil".
dizia-se
Esse fato contribuiu para que Dona Beija crescesse na tradição mineira. Sua casa, que ainda existe em Araxá, tornou-se monumento histórico. Araxá é a maior estância hi-dromineral do Continente e "Dona Beija" é o nome de uma de suas mais famosas fontes.
A figura da formosa e legendária araxaense, idealizada por um artista, se imortaliza em riquíssimos painéis, numa das suntuosas alas do balneário.
Dona Beija é para todos uma lenda romântica e uma afirmação perene de que o amor também funda cidades e modifica mapas.
Angélica de Rezende: Nossos Avós Contavam e Cantavam. Imprensa Oficial, Belo Horizonte, 1939, p. 148.
Fonte: Estórias e Lendas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Seleção de Anísio Mello. Desenhos de J. Lanzelotti. Ed. Literat. 1962
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