PALÁCIO

jan 15th, 2012 | Por | Categoria: Poesia        

Nei Duclós

Ofereço um soneto, mesmo sabendo
que nenhum está à altura do teu rosto
faço por gosto, não por merecimento
mulher que da beleza fez seu gesto

Dizem que o excesso do meu verbo
submisso ao jogo da homenagem
é só viagem pelas tentações do poço
que atrai a sede para a água do agrado

Mas é legítima a origem deste ofício
lá na forja onde rabiscam teu encanto
curva saliente que enobrece o sonho

És a grandeza da criação que não regressa
à barbárie da semente ainda em repouso
floresces como um jardim sobre o palácio

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