Curso de Filosofia – Régis Jolivet
Capítulo Terceiro
ATRIBUTOS OPERATIVOS
221 Deus é um Ser
espiritual. Devemos, então, atribuir-Lhe as operações dos seres espirituais,
quer dizer, as operações da inteligência e da vontade.
ART. I. A INTELIGÊNCIA DIVINA
1. A ciência
divina- — Em Deus, tudo é infinito. Devemos admitir, então, que Deus é uma
inteligência infinita e possui uma
ciência infinita, a saber, não apenas a ciência de tudo o que foi, é ou
será, mas ainda de tudo o que é possível. Deus conhece em sua essência a
multiplicidade infinita dos seres que poderia chamar para a existência, como
tantas outras participações desta essência.
2. Objeto da ciência divina:
a) A Essência de Deus é o primeiro objeto da ciência divina, objeto sempre
presente ao Pensamento divino, com o qual se identifica.
b) Todos os seres. Deus conhece todos os seres reais do passado, do
presente e do futuro, assim como todos os possíveis. Todos estes seres, reais
ou possíveis, Deus os conhece como imagens mais ou menos afastadas de si
mesmos e os conhece na sua própria essência.
3. Modo
da ciência divina. — Deus, para saber, não tem necessidade de raciocínio, pois
o raciocínio é a imperfeição de uma ciência que se faz pouco a pouco, e que
supõe, portanto, ignorância. Deus tudo vê por uma intuição
única, com um único olhar, e seu pensamento penetra até o
fundo mais íntimo dos seres.
ART. II. A VONTADE DIVINA
222 1. O amor divino.
— A vontade, como dissemos (147), é uma inclinação para o bem apreendido pela
inteligência. Esta inclinação deve existir em Deus e levá-lo a amar o bem que
conhece.
2. Objeto do amor divino.
a) Deus
ama a si mesmo da mesma forma que se conhece.quer dizer, infinitamente. Ele,
com efeito, é o bem perfeito, que não pode deixar de amar, e em cujo
conhecimento encontra uma felicidade infinita,
b) Deus ama
todos os seres que criou, enquanto e na medida em que eles participam de
sua infinita perfeição, quer dizer, na medida em que imitam sua essência
divina.
3. Modo da vontade divina.
— A vontade divina não conhece nenhum limite e está livre de qualquer entrave. Deus pode tudo o que quer. Por vezes, acrescenta-se: salvo aquilo que
implica contradição. Mas o contraditório, não sendo senão um não-ser, não poderia
limitar realmente a onipotência divina.
É igualmente evidente que Deus não pode
querer o mal moral. Este, tomado absolutamente, não poderia definir-se a não
ser como a negação de Deus. Ora, Deus, sendo o Ser necessário, não pode
negar-se ou renegar-se a si mesmo.
4. Conclusão sobre
os atributos divinos. — Todo este estudo sobre os atributos divinos deve
deixar-nos o sentimento muito
acentuado de nossa insuficiência e de nossa impotência para pensar em Deus em
si mesmo. E eis o ponto mais alto de nosso conhecimento de Deus, uma vez
que nisto nós reconhecemos a transcendência infinita do Ser, sem termo de
comparação com os seres da.criação.
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