FILIPE ALBERTO PATRONI MARTINS MACIEL PARENTE

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.

História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.

 LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)

Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936)

CAPÍTULO IV (continuação)

OUTROS FAUTORES DA INDEPENDÊNCIA

FILIPE ALBERTO PATRONI MARTINS MACIEL PARENTE

Nasceu na cidade de Belém (Pará), no ano de 1798, e faleceu em Lisboa a 15 de julho de 1866. Era filho do Alferes Manuel Joaquim da Silva Martins e afilhado do Capitão-de-fragata Filipe Alberto Patroni, de quem tomou o nome.

 

BIBLIOGRAFIA

1) Dissertação sobre o direito de caçoar que compete aos veteranos das academias. Lisboa, 1818, 78 págs.

2) Carta que de Lisboa escreveu a Salvador Rodrigues do Couto, natural da mesma cidade e nela presbítero secular, etc. Saiu no "Jornal de Coimbra" n.° 60, parte 2.a, págs. 269 a 291.

3) Roteiro da viagem da cidade do Pará até às últimas colônias dos domínios portugueses em os Rios Amazonas e Negro; ilustrado com algumas notícias que podem interessar a curiosidade dos navegantes, etc. — No mesmo jornal, n.° 87, parte l.a, págs. 87 a 146.

4) Fala do deputado do governo do Pará, feita a el-rei na audiência de 22 de novembro. Lisboa, Nova Impr. da Viúva Neves e filhos, 1821, 4 págs. (n.° 6.721 do Cat. da Exp.).

5) Discurso pronunciado na sala das cortes, na sessão de 5 de abril, etc. — Lisboa, 1821, 8 págs. Foi publicado no mesmo ano no Rio de Janeiro, na Régia Of. Tip., 4 págs. in foi. n.° 6.722 do Cat. da Exp.).

6) O Paraense, jornal político — Pará, 1822.

7) Arte Social ou "Sistema de direito público universal", Lisboa, 1823.

8) Panegírico dedicado a D. João VI, etc. a 13-5-1823. Lisboa, 1823, 29 págs.

9) Correio do Imperador ou o Direito de propriedade. Rio de Janeiro, 1827–1838. É uma publicação periódica.

10) O pesadelo, poema herói-cômico, etc. Rio de Janeiro, 1838. Houve outra edição no Pará, 1838.

11) Obras diversas de F. A. P. M. P. — Niterói e Rio de Janeiro, 1840-1841, 2 vols.

12) A Bíblia do justo-meio da política moderada ou Prolegómenos do Direito constitucional da natureza, explicados pelas leis físicas do mundo. Rio de Janeiro, 1835, 149 págs. A 2.a edição é de Lisboa, 1851, 131 págs. com um mapa.

13) Álgebra política. Análise das integrais e das diferenciais das equações das moralidades, no quadro genealógico da organização social, por sistema conforme à Bíblia do justo-meio. Pará, 1840. A 2.a edição é de Lisboa, 1851, 182 págs.

14) Cartilha imperial para uso do Sr. D. Pedro II, nas suas lições de literatura e ciências positivas. Pará, 1840. A 2.a edição é de Lisboa, 1851, 75 págs.

15) A viagem de Patroni pelas províncias brasileiras do Ceará, Rio de S. Francisco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, nos anos de 1829-1830, dividida em quatro partes. Lisboa, 1851, 2 vols. de 134 págs. cada um.

16) Prólogo galeato da festa de N. S. de Nazaré, no dia de seu círio, em 9-10-1850, na cidade de Belém, capital do Grão-Pará. Lisboa, 1851, 83 págs. com um mapa. Saiu antes, em 1850, no jornal "Voz Paraense".

17) Torre de menagem. A união patriótica dos três partidos portugueses: legi-timista, carlista e setembrista, êm honra do crucificado Jesus Cristo, o Homem–Deus, pela ciência exata do governo com o Evangelho da Álgebra e Bíblia de ambos os testamentos na heróica, grande e divina revolução (Ximenes, S. Miguel, Tomás Saldanha), feita na cidade do Porto, reino de Portugal, no dia 24-4-1851. Lisboa, 1851, 323 págs. Neste livro se acham seis suplementos de outras obras de Patroni, publicadas no Brasil.

18) A profecia do novo mundo: primeira coleção dos fragmentos, artigos, ou extratos das obras do Dr. Patroni publicadas no Brasil, e agora com a chegada do autor a Lisboa, a 20-3-1851, reimpressas e publicadas, etc. Lisboa, 1851, 92 págs.

19) Anúncio da próxima edição do capítulo do Gólgota: circular dirigida aos homens esclarecidos de todas as nações e muito principalmente aos naturais e habitantes da Rússia, da Inglaterra e de Portugal, cujos governos formam a trindade celeste do anjo arquiteto do Apocalipse. Lisboa, 1851, 49 págs.

20) Projeto de código remuneratório do reino de Portugal, composto e dedicado a D. Maria II e aos senhores representantes da nação portuguesa. 2.* edição, Lisboa, 1851, 89 págs.

21) Exposição das obras do Dr. Patroni, para servir de segunda premissa ao grande raciocínio celeste da sociedade universal (eclésia católica em grego e latim) na exposição física de Londres, cuja conseqüência e último termo do mesmo raciocínio é sem réplica a constituição formal do Congresso da paz em Lisboa. Precisamente pelas regras científicas das três seções cónicas da Bíblia, toda inteira, reduzida a uma só curva, parábola do pastoradouro, que estabelece a unidade do gênero humano, constituindo o reino de Deus, no capítulo XXI e úJtimo do Evangelho de S. João. Lisboa, 1851, in foi. Começou esta publicação em folhetos semanais, mas ficou no 4.° número.

22) Espécime dos estudos bíblicos do reino santificado, puro na fé com as promessas de Cristo no campo de Ourique, em princípio comum da matéria e forma dos livros que devem preceder a publicação da obra intitulada "Antilóquio do catolicismo" e unidade social de todas as nações da terra, para servir de preliminar científico à revelação dos profundos segredos da natureza e mistérios utílissimos, celestes e terrestres, da política e da religião na carta conscitucional de D. Afonso Henriques em Coimbra, Lisboa, 1865, 32 págs.

23) Antilóquio do catolicismo, etc. Inédito.

Memória de F. A. P. M. M. F, sobre o que lhe aconteceu, eserita em 1825. 14 fls. inédita. O original se acha na Biblioteca Nacional. Dic. bibliográfico, tomo 4.° (suplemento).

FONTES — Inocêncio Silva -Dic bibliográfico; Macedo -Ano biográfico; Sacramento Blake – Dic biliog. brasileiro, 2° vol.. pág. 347.

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra, em 1816, quando se instituiu o governo constitucional. Manifestou sua adesão ao novo sistema de governo e foi ao Pará, a fim de convencer os seus patrícios da necessidade de se apoiar a todo transe o movimento liberal e progressista, verificado na metrópole. Conseguiu o apoio quase generalizado dos paraenses e assumiu a atitude de um dos principais diretores do pronunciamento do povo e da tropa.

Regressou a Coimbra, para receber o grau de bacharel em Direito.

Por ocasião de se proclamar a independência do Brasil, volveu aos pátrios lares e dedicou-se, a princípio, à carreira da magistratura, passando a exercer a advocacia, até ser eleito deputado, pelo Pará, na legislatura de 1842 a 1845. Mas a assembléia foi dissolvida na primeira sessão e Patroni não conseguiu a reeleição. Resolveu, por isso, partir para Portugal, a fim de se entregar à árdua tarefa

de publicar as suas obras. Partiu em 1851. e não mais voltou ao Brasil.

A sua instrução se operou desordenadamente, segundo observou Macedo (16) Estudou, simultaneamente, várias disciplinas: Matemática e relihião, Geografia e Filosofia, História e Línguas mortas… Não obstante a falta de método, conseguiu variada ilustração, conforme comprovou com a sua obra vasta e diversiva.

(16) J. M. de Macedo — Ano biográfico.

Conhecia de cor livros inteiros do Velho e Novo Testamento. Escrevia em latim, com extremo desembaraço. Abordava assuntos os mais divergentes. Tornou-se fértil em externar idéias excêntricas e defender temas abstrusos.

Além dessa diversificação de pensamento, mostrava-se exaltado nas opiniões emitidas e impulsivo nos seus atos. Decorreu-lhe, dessa atividade tumultuaria do cérebro, certa perturbação no equilíbrio mental, até sobrevir a loucura declarada. A demência nele perdurou, até a morte.

Além de tudo, experimentou amargas decepções na sua vida agitada de eterno sonhador, de legítimo visionário.

O seu cérebro era um vulcão em perene estado eruptivo. Só se extinguiu com a morte, aos 68 anos de idade.

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