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Alguns Elementos da Filosofia da Arte no Tomismo
Por: Adriano de
Araújo
Sumário
- Da possibilidade da Estética na Filosofia Tomista..
- Breves considerações sobre o conceito “Estética”.
- O conceito de Estética no Tomismo..
- Arte no Tomismo..
- Considerações gerais acerca do Belo no Tomismo..
- Acerca da integridade.
- Acerca da proporção..
- Acerca da claridade.
- A Criação Artística ou Criação na Beleza.
- Tendência para o Belo..
- Acerca da experiência Poética e a experiência Mística..
- O Ateísmo Poético..
- Conclusão..
- Bibliografia:
Da possibilidade da Estética
na Filosofia Tomista[1]
Breves
considerações sobre o conceito “Estética”
O termo “estética” foi empregado originalmente por
Alexander Gottlieb Baumgarten (1714-1762) para dar título à sua obra Aesthetica, de 1750 (obra inacabada que tinha por objeto a analise e a formação do gosto);
trata-se de um neologismo que provém do grego aisthesis cujos
significado é sensação, sentimento. Assim, a estética pode ser
considerada como:
“O estudo dos julgamentos
de apreciação quanto ao belo e ao feio. Teoria do belo, sua natureza e
condições. Dividi-se em teórica, ou geral (estudo da nossa percepção do belo),
e prática ou particular (estudo das diversas formas de arte)” [2].
O Filosofo Kant tomou a palavra noutro sentido na “Crítica
da Razão Pura”, pois designou a Estética como sendo o estudo das “Formas
a priori de sensibilidade”, mas na “Crítica do Juízo” considerou
como sendo o juízo de apreciação relativo ao belo, uso que
permaneceu constante.
Assim, a estética estuda o belo e o sentimento promovido
pela sensibilidade do sujeito, por meio da arte. Considerando o objeto estético
como sendo o belo, sua expressão ocorre na arte. A estética comporta as teorias
da percepção e criação artística, e a arte tem por finalidade a expressão
do belo enquanto objeto de excitação sensitiva e sentimental.
Integrando-se à Filosofia, a Estética é designada também
por Filosofia da Arte ou Filosofia do Belo.
O conceito Estética no Tomismo
O Tomismo conserva alguns elementos das concepções
clássicas na doutrina da arte (ars); doutrina onde os antigos
denominavam como arte, aquilo que entendiam por seu objeto próprio, poética (arte produtiva)[3] , nela o belo (pulchrum) não se incluía apenas como objeto a fazer, pois o belo
explicitava a harmonia e manifestação ôntica no abrir-se à totalidade do
real, do ser.
O conceito como é empregado atualmente (de estética) é
considerado impróprio do ponto de vista Tomista; mesmo que Santo Tomás de
Aquino tivesse tratado dos conceitos arte e belo em muitas das suas
obras, tais conceitos, atualmente, não constituem a mesma forma de tratamento.
Com efeito, na concepção Tomista, o belo não deve ser tratado somente na Filosofia
da Arte, isto é, como se houvesse apenas belas-artes a serem
consideradas na arte; afinal, o belo é um transcendental [4], é uma explicitação do Ser e do Ente, antes aquela explicitação em que os transcendentais uno,
bom e verdadeiro se harmonizam: harmonia na qual consiste a fusão dos
três transcendentais constituindo a recíproca convertibilidade transcendental
do belo.
É fundamental considerar, também, que o conceito de
estética refere-se apenas à sensibilidade, sentimento, enquanto os conceitos de
arte e belo possuem maior amplitude, pois se referem tanto à sensibilidade como ao intelecto; afinal, é necessário reconhecer a natureza do conhecimento
no homem, ou seja, aquela sobreexistência ativa imaterial, na qual há
realização no outro enquanto outro de modo sensível e
intelectual.
Conforme Santo Tomás de Aquino, a arte é como “a
reta razão de fazer algumas obras” [5], e a beleza é o reflexo de Deus[6], pois “o ser de todas as coisas
deriva da Beleza divina” [7].
Logo, no que se refere à expressão “Estética”, sua
aplicação ocorre apenas de modo equívoco, sendo mais adequado o emprego da expressão Filosofia da Arte (ou do fazer).
Arte
no Tomismo
Ao estudar a arte no Tomismo estuda-se o “conjunto de
princípios que regulam uma atividade prática ou produtiva; é a recta
ratio factibilium” [8], tal estudo costuma ser designado pelos Tomistas como: Filosofia do Fazer.
A Filosofia do Fazer independe da Filosofia do
Agir (ou moral), ambas consideradas Filosofias Práticas, embora
muitas vezes o fazer seja contrário ao bem agir, e este último, ainda assim, é
sempre maior e determinante no fazer.
Com efeito, mesmo considerando que o bem agir seja superior
ao fazer, ocorre que nem sempre o artista ou artífice atinge o bem pela
própria obra, e sim, o belo e útil; afinal, a obra não torna o artista ou o
artífice bom, mas, habilidoso[9].
Entretanto, se existir boa vontade no fazer, a bondade se torna manifesta, e a
obra torna explícito tanto o que é belo e útil, quanto o que é bom.
Portanto, a Filosofia do fazer (a arte) supõe
e pode até ser o instrumento da Filosofia do Agir (moral), isto é,
enquanto tende para o bem e o belo na obra a ser feita.
Vejamos as considerações do
Filosofo Jacques Maritain acerca da obra a ser feita ao examinar o caráter
essencial da arte:
“O caráter essencial da arte é
dirigir uma obra a ser feita, de sorte que ela seja fabricada, amoldada ou
disposta como deve ser, e desse modo assegurar a perfeição ou a bondade,
não do homem que age, mas da própria coisa ou da obra a ser feita pelo homem. É
desse modo que a arte pertence à ordem prática: regrando uma obra a ser
produzida, não em relação ao uso que devemos fazer do nosso livre-arbítrio, mas
em relação à maneira pela qual a obra como tal e em si mesma deve ser
executada. Digamos que a arte concerne àquilo que é para ser feito (ou como
costuma dizer, o factibilium)” [10].
Ainda convém esclarecer as posições do artista e
artífice, pois vale notar que Santo Tomás de Aquino distinguia dois tipos
de artes: as artes liberais (trivium: gramática,
dialética, retórica; e quadrivium: aritmética, geometria,
astronomia, música; que dependem mais da atividade intelectual) e as artes
servis ou mecânicas (que dependem mais da atividade manual) [11], sendo a primeira atribuída ao artista, e a segunda ao
artífice.
Embora, o Tomista Régis Jolivet considere que:
“… nos dois casos
(artista e artífice), trata-se de fazer passar uma idéia (idéia de mesa, idéia
de relógio, idéia de melodia, idéia de um monumento ect.) para a matéria, de
encarna-la de algum modo. Pois a arte é sempre o que regula esta impressão
de idéia numa matéria sensível” [12].
No tomismo, atenta-se mais às artes liberais (do
artista), não que nas artes servis se exclua o belo, já que o belo
se torna presente nelas apenas por acréscimo; mas pela primazia das artes
liberais.
Ora, é importante considerar que as artes liberais possuem
grau de importância maior, não naquilo que é superado (Tomismo arqueológico),
mas enquanto objeto de estudo digno de atenção a um Tomismo sempre vivo e
inventivo.
Significa que, convém apontar o maior esforço intelectual
exercido por parte dos artistas na obra a ser feita, afinal, tal arte é uma virtude
intelectual, já que consiste na retidão de noção da obra a erigir. “Ela
reside a princípio na inteligência, única a ser capaz de conceber a idéia a
realizar na matéria, e os meios de realizar” [13].
Entretanto, antes de aprofundarmos o estudo acerca do
esforço (ou movimento) intelectual ou espiritual do artista (ou poeta), isto é,
a criação artística propriamente, é capital depreendermos um pouco acerca do
Belo.
Considerações gerais acerca do
Belo no Tomismo
A partir do aprofundamento que atenta harmoniosamente às
três explicitações do Ser e do Ente[14] (uno, bom e verdadeiro),
na harmonia destes, é que encontramos uma outra explicitação, trata-se do belo.
Tal concepção de belo ou beleza é manifesta por
Santo Tomás de Aquino na Suma Teológica (I, q. 39, a. 39, 8) e
considera três elementos: integridade, proporção e claridade.
Acerca
da integridade
Integridade equivale à unidade, pois expressa a
indivisibilidade, a não-oposição, o que é positivo, com efeito, trata-se da
perfeição, da plenitude do real.
Ao conceber a integridade, consideramos a coisa em que não
falta nada, ou seja, a ausência de defeito, imperfeição, vazio, omissão,
interrupções etc; assim, ela é a própria unidade do ser em oposição ao não-ser.
Portanto, “… o belo como uno é total positividade, a
feiúra é ausência de positividade ou da totalidade de positividade, é a
negatividade, e o feio é o negativo ou aquilo que em si é negativo”[15].
Acerca
da proporção
A proporção equivale à bondade, e é na bondade que
há certa expressão da identidade volitiva, ou seja, autopossessão, realização
da atualidade na volição.
Na proporção há conveniência, correlação, medida etc; nela
ocorre a “perfeita fruição, beatitude e gozo, que o ser mostra no ser
bondade e o ente no ser bom” [16].
Trata-se do regozijar-se no ser, pois é a expressão da
realização da vontade, “é a proporção do ser consigo mesmo, a sua auto-posse
consumada na total medida de si, na exaustiva consonância consigo” [17].
Daí o mal, enquanto privação, é causa da desconfiguração,
fragmentação, desproporção naquilo que é bom; pois é origem da feiúra, sua
oposição é constituída no feio.
Acerca
da claridade
A claridade equivale à verdade, pois é a expressão
atual da identidade entre inteligência e inteligibilidade, é manifestação do
ser iluminado, é a plenitude da aparição. Trata-se da evidencia e clareza da
figura, onde se verifica que o ser exprime a verdade na sua clareza e o ente é
claro no ser verdadeiro.
É na verdade que as coisas se esclarecem, pois ocorre o absoluto
saber-se como ser, o falar-se de si de modo definitivo e absoluto.
“E como à verdade se opõem ao erro e a falsidade como não
ser, isto é, como não esplendor, não luminosidade, não aparição, não
fenomenalidade, não aparência, assim à claridade da beleza se opõe a feiúra
como obscuridade, obscurecimento, ofuscamento, opacidade, inevidência,
indefinitude e incerteza; e do mesmo modo, ao erro e ao falso se opõe o feio” [18].
Com efeito, a beleza é a explicitação posterior dos
transcendentais, da unidade, da bondade e da verdade. Enquanto
posterior, o belo é manifesto nos três transcendentais ao mesmo tempo, na
própria concepção harmoniosa de convertibilidade neles.
Convertibilidade da unidade como integridade, da bondade
como proporção e da verdade como clareza; logo, o ente é belo,
enquanto, uno e integro, bom e proporcionado, verdadeiro e claro.
A Criação Artística ou Criação na Beleza.
Tendência para o Belo
Como já foi dito, conforme Santo Tomás de Aquino, a beleza
é o reflexo de Deus, pois “o ser de todas as coisas deriva da Beleza
divina”; sendo assim, na criação artística há aquilo que o
Tomismo designa por “analogia de procura de Deus na experiência poética, ou
o conhecimento poético das imagens de Deus [19]”.
Na criação, o artista é atraído para um duplo absoluto, não
é o Absoluto propriamente, mas a alma inclina-se para ele. E tal atração é
manifesta por meio das exigências da Beleza que devem perpassar a sua obra, e
poeticamente ele é incitado à criação na beleza; assim, de modo tão absorvente
o artista separa-se dos outros homens, pois se reconhece no reflexo do Divino.
A beleza é um transcendental[20], não que seja uma explicitação por
si do ser e do ente, e sim, uma harmonia para a qual confluem as três
explicitações fundamentais: a unidade, a verdade e a bondade; daí, como
já foi demonstrado, sua conversibilidade transcendental.
Portanto, a beleza é a perfeição nas coisas que atesta
aquela proximidade com o infinito, e que possibilita ao artista uma intensa
alegria de espírito.
Afinal, Deus é a Beleza subsistente, e sendo seu reflexo a
beleza nas coisas, torna-se impossível ao artista, que é dedicado ao belo, não
tender ao Divino e realizar-se de modo intenso.
Na criação artística primeiramente encontramos aquele impulso
profundo e secreto para o princípio da beleza. Em “Caminhos para
Deus” o Filosofo Jacques Maritain cita Baudelaire,
que inspirado em Edgar Allan Poe, fala do instinto do belo; vejamos:
“… é ele, é esse
instinto imortal do belo que nos faz considerar a terra e seus espetáculos como
um esboço, como uma correspondência do céu. A sede insaciável de tudo que fica
além e que a vida ultrapassa é a prova mais nítida de nossa imortalidade. É ao
mesmo tempo, pela poesia e através da poesia, pela música e através da música,
que a alma vislumbra os esplendores situados além da sepultura; e, quando um
singular poema trás lágrimas aos olhos, essas lágrimas não constituem a prova
de um excesso de júbilo; são, muito ao contrário, o testemunho de uma irritada
melancolia, de uma exigência dos nervos, de uma natureza exilada na imperfeição
e que desejaria apoderar-se imediatamente, mesmo nesta terra, de um paraíso
revelado” [21].
Trata-se daquele conhecimento em que a nostalgia, o afeto
se torna eminente; mas já é o conhecimento conatural que o artista possui do
belo e, de certo modo, uma ascese ao Criador; contudo, ainda é um princípio, um
movimento obscuro e inseguro, vulnerável pela ausência de luz da inteligência,
do conhecimento de Deus.
Em tal conhecimento que nasce aquela emoção intuitiva na
potencialidade da alma, na qual o poeta revela o obscuro conhecimento de
suas mais profundas subjetividades, do seu íntimo sentido do real, corroborando
na experiência poética.
Acerca de tal experiência poética, diz Jacques Maritain:
“A experiência poética é um ato de recolhimento, que tem o efeito
de um banho de frescor, de rejuvenescimento e de purificação do espírito;
nascida de um contato com a realidade que em si mesma é inefável, e procura
libertar-se cantando. É uma concentração de todas energias da alma, mas
concentração pacífica, tranqüila, que não supõe tensão alguma; a alma encontra
seu repouso neste lugar de frescor e de paz, superior a todo sentimento”.
Acerca da experiência Poética
e a experiência Mística
No Tomismo, é com o mundo criado, com a explicitação do ser
e do ente que a experiência poética se ocupa, qualquer proximidade com
Deus ocorre de modo análogo, pois o Ser é análogo [22]; já a experiência mística “se
ocupa do princípio dos seres na sua unidade superior ao mundo”.
Com efeito, identificamos dois movimentos, o poético e o
místico; sendo que o primeiro, trata do conhecimento conatural, de certo modo
obscuro, que procede da emoção, da subjetividade, pois é voltado para expressão
e termina na manifestação signal; o segundo, da conaturalidade mais obscura,
porém, mais decisivo e seguro já que é oriundo da concentração intelectual ou
espiritual, e é voltado para o silêncio, para o Absoluto.
A experiência poética ignora, de certo modo, a experiência
mística; mas, também retém a espiritualidade reflexa existente nas coisas, nas
criaturas; assim, é um conhecimento dos reflexos de Deus, caracterizada pelo
conhecimento análogo, é um princípio obscuro e vulnerável, pois é natural.
É de modo confuso que o poeta ou artista reconhece no ser, os
laços que, necessariamente, ligam a Deus a poesia e a beleza, com efeito,
muitos poetas ou artistas não reconhecem a força Divina, mesmo que percebam que
a poesia aproxima-se da religião, pois passam a confundir natureza com Deus.
O Ateísmo Poético
Conforme o Tomismo, os poetas que preferem o ateísmo
entregam suas obras ao vácuo espiritual, pois ao invés de acessar a
luminosidade dos reflexos divinos, a profundeza do Criador; encontram, apenas o deserto interior, aquele paraíso dos abutres da ilusão, daí a
expressão da própria angústia.
Entretanto, o poeta pode rejeitar a Deus e ser um grande
poeta, contudo, sempre permanecerá na angústia, ou “paixão metafísica”; afinal,
o ateísmo de um poeta nunca explicita segurança. Vejamos uma citação de
Lautréamont [23]:
“Não mereço este infame
tormento, oh tu, espião hediondo de minha causalidade!… Se eu existo, não
posso ser outro… Minha subjetividade e o Criador – é demais para um cérebro
apenas…”
Afirmará depois:
“Se recordamos a verdade
da qual decorrem todas as demais, a bondade absoluta de Deus e a Sua ignorância
absoluta do mal, os sofismas desmoronarão por si mesmos… Não temos o direito
de interrogar o Criador seja sobre o que for?…”.
Conclusão
Do que foi
tratado, foi possível demonstrar “alguns elementos da Filosofia da Arte no
Tomismo”; afinal, do ponto de vista artístico considerou-se apenas a
forma dos princípios da Filosofia Cristã; ou seja, em contrário aos modos de
tratamento do belo pela “Estética”.
Explicitamos as
concepções realistas acerca do belo na arte ou obra executada, ou seja, do
ponto de vista transcendental (enquanto harmonização da: integridade,
proporção e claridade), de modo que, com isso fossem ressaltadas as
fundamentações perenes da metafísica Tomista, tudo conforme ensina a “Filosofia
Prática”.
Por fim,
ressaltamos de modo sintético alguns aspectos da “criação artística ou criação
na beleza”, julgando suficiente o exame da tendência ou impulso produtivo,
considerando apenas a “experiência poética” e “mística”; como também, um
exame breve do movimento contrário, explicitado pelo “ateísmo poético”.
Bibliografia:
- Huisman,
Denis, “A Estética”, São Paulo: Editora Difusão Européia do livro 1955. - Mattos,
Carlos Lopes, “Vocabulário Filosófico”, São Paulo: Editora Leia 1957. - Jolivet,
R, “Curso de Filosofia”, Rio de Janeiro: Editora Agir 2001. - Aquino,
Santo Tomás; “Suma Contra os Gentios”; Porto Alegre: EDIPUCRS 1996. - Aquino,
Santo Tomás; “Suma Teológica”, São Paulo: Ed. Loyola 2001. - Aquino,
Santo Tomás; “Seleção de Textos (pensadores)”, São Paulo: Nova Cultura
1988. - Molinaro,
Aniceto, “Metafísica”, Curso Sistemático; São Paulo: Ed. Paulus 2002. - Molinaro,
Aniceto; “Léxico de Metafísica”, São Paulo: Ed. Paulus 2002. - Maritain,
Jacques, “Caminhos para Deus”, Belo Horizonte, Editora Itatiaia 1962. - Maritain,
Jacques; “Introdução a Filosofia” (Elementos de Filosofia I), São Paulo:
Editora Agir 2001.
[1] A “Filosofia Tomista” envolve um sistema Filosófico e teológico de Santo Tomás
de Aquino, cuja influência ainda hoje se observa, nos adeptos do neotomismo.
Também denominada filosofia cristã e filosofia perene, o tomismo foi várias
vezes proclamado como doutrina oficial da Igreja Católica (encíclicas Aeterni
Patris, de Leão XII; Studiorum Ducem, de Pio XI; Mediator Dei e Homani Generis, de Pio XII). Distingue-se da escolástica, termo
genérico que abrange as diversas escolas medievais, e traduz mais um método do
que uma doutrina.
[2] Mattos, Carlos Lopes, “Vocabulário Filosófico”, São Paulo: Editora Leia 1957.
[3] Ver: Platão, Sof., 265 a; e Aristóteles, Ret., I, 11,1371 b 7.
[4] Por “transcendental” entende-se “aquilo que transcende, ultrapassa todas as categorias do ser e se aplica a tudo o que é ou pode ser, de qualquer
forma que seja” – Jolivet, R, “Curso de Filosofia”, Rio de Janeiro: Editora
Agir 2001, pg 265.
[5] Ver: I-II, q.57, a.3, e C.G. I,93;II,24.
[6] O Belo é um “reflexo de Deus” enquanto um transcendental que é, pois no
Tomismo os nomes atribuídos a Deus são atribuídos apenas analogamente.
[7] Ver: De Divinis Nominibus, cap. 4, L – 5 ou I, q.39, a.8.
[8] Mattos, Carlos Lopes, “Vocabulário Filosófico”, São Paulo: Editora Leia 1957.
[9] Ver: I-II, q.57, a.4.
[10] Ver: Maritain, Jacques; “Introdução Geral
à Filosofia” (Elementos de Filosofia I), Rio de Janeiro: Editora Agir 1977.
[11] Ver: I-II, q.57, a.3, ad.3
[12]
Ver: Jolivet, R, “Curso de Filosofia”, Rio de Janeiro: Editora Agir 2001.
[13]
Ibidem.
[14] O que podemos dizer sobre os termos “Ente” (ens) e “Ser” (esse)?… Afinal,
“ens” traduzido por “ente” (sentido substancial, substantivo) e “esse” por “ser”
(sentido verbal), estabelece que no primeiro modo o ente é o sujeito da ação; e
no segundo modo a ação do sujeito, o ato de ser, o que uma coisa é, o que se
expressa em sua definição – “Ente, Ser e Deus” extraído de: www.tomismovivo.bogspot.com.
[15] Ver: Molinaro, Aniceto, “Metafísica” (curso sistemático); São Paulo: Ed. Paulus
2002, pág, 94.
[16] Ibidem.
[17] Ibidem.
[18] Ibidem.
[19] Ver: Maritain, Jacques, “Caminhos para
Deus”, Belo Horizonte, Editora Itatiaia 1962.
[20] Ver nota 4.
[21] Baudelaire, “Théophile Gautier”, em L’ Art Romantique.
[22] É importante considerar que no Tomismo “… a existência criada, esta para a
existência incriada, assim, como a “natureza” esta para o “sobrenatural”;
entretanto, vale lembrar que o ser no ente criado é análogo” – “Ente, Ser e Deus”,
extraído de: www.tomismovivo.bogspot.com.
[23] De “Chants de Maldoro, (Oeuvres compètes, Paris, G.L.Ml., 1938). Extraído
de : Maritain, Jacques, “Caminhos para Deus”, Belo Horizonte, Editora
Itatiaia 1962 – pág. 70
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