JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.

História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.

 LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)

Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936)

CAPÍTULO IV (continuação)

OUTROS FAUTORES DA INDEPENDÊNCIA

JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR (1.°)

Nasceu no Ceará (povoado de Barbalha, no Crato) a 17 de outubro de 1794 (14) e faleceu no Rio de Janeiro a 15 de março de 1860. Era filho da heroína D. Bárbara Pereira de Alencar.

(14) S. Blake diz que nasceu a 27-10-1798.

BIBLIOGRAFIA

1) Súplica a D. Pedro I, Ouro Preto, Of.3 Patrícia de Barbosa e Cia., 1825.

2) Oração fúnebre que, pelo motivo da morte da imperatriz do Brasil, D. Maria Leopoldina Josefa Carolina, recitou no funeral que fez a Câmara da capital da província do Ceará, no dia 13-2-1827. Ceará, 1827, 12 págs. Foi reimpressa na "Exposição das exéquias de Sua Majestade, a Imperatriz do Brasil, etc". Rio de Janeiro, 1840, 30 págs. (n.° 7.172 do Cat. da Exposição).

3) Carta que aos eleitores da província do Ceará dirige, etc. Rio de Janeiro, Tip. de Torres, 1830, 20 págs. in foi.

4) Preciso dos sucessos que ocasionaram o grande acontecimento do faustoso dia 7 de abril, dirigido aos cearenses pelos seus deputados, etc. Rio de Janeiro, Tip. de Torres, 1831, 3 págs. in foi. (n.° 7.452 do Cat. da Exposição).

5) Relatório do presidente da província do Ceará — Ceará, Tip. Patriótica, 1837, 4 págs.

6) Resposta dada ao Senado pelo senador, etc. sobre a pronúncia contra ele feita pelo juiz municipal da 2.a vara no processo organizado na corte pelos movimentos de S. Paulo e Minas. Rio de Janeiro, Tip. Nac, 1843, 13 págs.

7) Discursos pronunciados na sessão do Senado de … agosto de 1859 — Rio de Janeiro, 1859.

8) Cartas ao ministro Manuel do Nascimento Castro e Silva. Foram publicadas na "Rev. do Instituto do Ceará", ano 1908. Os originais se acham na Biblioteca Nacional — lata n.° 1.

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

O Padre Alencar era presbítero do hábito de S. Paulo, tendo feito os estudos no seminário de Olinda.

Quando ainda seminarista, dirigiu-se à sua província natal, a fim de exercer propaganda ativa em favor da revolução pernambucana de 1817. Espírito combativo e revolucionário, não trepidou em se expor perante os fiéis, de batina e roquete, incentivando-os à revolução. Na cidade do Crato, atreveu-se a pregar, em favor da independência, depois da missa conventual, a 3 de maio, lendo proclamações ao povo e convidando-o a tomar armas.

Tornou-se uma das figuras preeminentes da revolução de Pernambuco, sendo algemado e conduzido a Fortaleza, de onde seguiu preso para o Recife e depois para a Bahia. 

Proclamada a independência, representou a sua província na Assembleia Constituinte e foi deportado, juntamente com os Andradas.

Regressando do exílio, foi eleito deputado à segunda legislatura da Assembléia Geral, e não chegou a concluir o mandato porque foi eleito senador em 1832, pela sua província natal, e o primeiro escolhido pela regência trina permanente que atuou de 1831 a 1835.

Presidiu a província do Ceará no ano de 1840 e escapou de um atentado promovido por uma sedição militar, declarada em 1840. A agressão verificou-se por um ataque à sua residência.

Representou o Ceará na Constituinte Portuguesa, na qualidade de 1.° suplente e substituindo o deputado José Inácio Gomes Parente. Foi um dos representantes brasileiros que se negaram a assinar a Constituição, fugindo para Falmouth, onde publicaram manifesto.

Tomou parte no movimento da Confederação (1824).

No ano de 1830 foi eleito, simultaneamente, deputado pelo Ceará e Minas Gerais. Preferiu a província natal.

Durante o tempo em que residiu no Rio de Janeiro, fundou-se em sua casa, à Rua do Conde, a Sociedade Promotora da Maioridade de D. Pedro II. E na sua residência — sede do Club da Maioridade, reuniam-se representantes do partido liberal, inclusive os próceres, que conseguiram a vitória almejada, com a extinção do período das regências e a declaração da maioridade do imperador infante.

José de Alencar refere-se a essas reuniões, em seu opúsculo "Como e por que sou romancista".

Aí faleceu o senador Alencar, vítima de um acesso pernicioso.(15)

(15) Dele se ocuparam: Guilherme Studart — “Dic. bio-bibliog. cearense”, vol. 2.°, pág. 155; J. M. de Macedo — “Ano biográfico”; Inocêncio Silva — “Dic. bibliográfico” vol. 13.°, pág. 128; Sacramento Blake — “Dic. bibliog. brasileiro”; além dos autores que escreveram sobre as duas assembléias constituintes, as revoluções de 1817 e 1824; o período das regências e sobre história do Brasil.


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