MANUEL ALVES BRANCO (2.° Visconde de Caravelas)

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.

História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.

 LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)

Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936)

MANUEL ALVES BRANCO (2.° Visconde de Caravelas)

Nasceu na Bahia, a 7 de junho de 1797, e faleceu em Niterói, 13 de julho de 1J855. Era filho de João Alves Branco e D. Ani Joaquina de S. Silvestre Branco.

BIBLIOGRAFIA

1) Relatórios dos ministérios da Justiça, Estrangeiros, Fazenda e Impe no de 1835 a 1845.

2) Instruções para a escrituração por partidas dobradas — Rio de Janeiro 1832, in 8.°.

3) Discurso pronunciado na Câmara dos Deputados, na sessão de 18-5-183^ Rio de Janeiro, 1832, in 8." Impr. e Imp. Const. de Emile Seignot-Planehei <n 9. 668 do Cat. da Exp.).

4) A fala do trono de 1850, seguida da análise desse discurso e dos discurso* do senador Manuel Alves Branco, proferidos no Senado, na discussão do voli de graças, Rio de Janeiro, 1850.

5) Memória sobre o Rio da Prata — Rio de Janeiro, 26-1-1836.

6) A primavera: ode. Na "Minerva Brasileira", vol. 1.°, n.° 2 (1843).

7) A proclamação da Constituição portuguesa, em 24-8-1820. Na "Minerva Brasileira", vol. I, n.° 3, pág. 82. No "Florilégio da poesia brasileira" (tomo 3, pág. 145) encontram-se as seguintes poesias: A Liberdade, Ao dia 2 de julho. No "Parnaso Brasileiro", de Pereira da Silva (tomo 2, pág. 180) se acham: A Liberdade, A Primavera; no de Melo Morais Filho: A Liberdade; no "Florilégio brasileiro da infância": A Primavera.

FONTES PARA O ESTUDO CRÍTICO

 Alfredo Gomes — Hist. Literária. Introd. Dic. Hist., 1.° vol.

 Barão de Vasconcelos — Arquivo nobiliárquico brasileiro, pág. 113.

 Chichorro da Gama — Miniaturas biográficas, pág. 180.

 " — Breve dic. de autores clássicos, pág. 12.

 Dicionário biográfico de brasileiros célebres, pág. 152.

 Fernandes Pinheiro — Hist. literária — vol. 2, pág. 434.

 " " — Meandro poético, pág. 183.

 Inocêncio da Silva — Dic. bibliog., vol. 5.°, pág. 354.

 Macedo (J. M.) — Ano biográfico, vol. 2.", pág. 345, e Elogio histórico, na Revista do Inst. Hist., vol. 41.°, pág. 496.

 Porto Alegre — in Crestomatia de H Coelho, pág. 193, e Rev. do Inst. Hist. e Geog., vol. 18.°, pág. 456 e 50 (supl.).

 Sacramento Blake — Dic. bibliog. bras., vol. 6, pág. 7.

NOTÍCIA BIOGRÁFICA E SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO CRÍTICO

A produção literária de Alves Branco é bastante escassa. Limita-se a algumas odes, cujos títulos são: "À Liberdade", "A Primavera" e uma série "Ao Dia dois de julho".

Seria preciso que o critério de qualidade imperasse, para que a mesquinhez da quantidade prevalecesse. Infelizmente, porém, o valor não decorre da raridade, no caso em apreço. Na poesia como nas artes em geral, não vigoram as leis econômicas; a míngua não favorece a estimação. A valia se aufere pelo merecimento.

Ora, as odes de Alves Branco não se recomendam por atributos de beleza; não transmitem a emotividade indispensável, porque nelas

falseiam os requisitos de imaginação e sentimento. Subordinam-se nos moldes clássicos e manifestam correção de forma. Apresentam-se, porém, raquíticas na inspiração, definhadas na idéia e formalistas nos processos estéticos. Admirava Filinto Elysio e c pode ser incorpo rado entre os poetas patriotas e de feição arcádica.

Alves Branco foi magistrado, político, jurisconsulto, contabilista financista. Não lhe sobrava tempo, portanto, para devaneios poéti cos e não podia tornar-se propenso a idealismos.

Ê certo que se distinguiu bastante nos estudos, quando fez dois cursos na Universidade de Coimbra: o de ciências naturais e o de matemática, que não concluiu; e o jurídico, que lhe conferiu o diploma de bacharel em direito.

Regressando à Bahia em 1821, foi nomeado juiz do crime e, sucessivamente, juiz de fora de Santo Amaro e da corte (1830). Eleito deputado geral para a 2." legislatura, tomou assento na cama ra, militando no partido liberal. Colaborou eficazmente na redação do código do processo criminal c apresentou projeto sobre o poder judiciário e sistema eleitoral.

Em 1832 ocupou o lugar de contador geral do tesouro, onde re gulamentou os serviços de contabilidade e introduziu a escrituração por partidas dobradas.

Deixou o cargo para ocupar as pastas da justiça e, interinamente, a de estrangeiros (1835). No gabinete da regência de Feijó passou a ocupar a segunda, e no 4.° gabinete (1837), as do império (interino) e da fazenda. Voltou a ocupar a da fazenda no 3.° gabinete da regência do Marquês de Olinda. Já era, então, senador e conselheiro do império.

No 2.° reinado foi ministro da fazenda no A.° e 5.° gabinetes (1811-1845), sendo presidente do conselho (o primeiro) e ministro do império no 7.° gabinete (1817).

Diogo Feijó quis que ele assumisse a regência.

Como ministro de estrangeiros, estabeleceu ajustes para a repressão do tráfico africano.

Era notável estadista e apreciado orador. Vasta era sua cultura.

Do homem, assim J. M. de Macedo externa o seu juízo:

"A par de sua sabedoria, de sua eloqüência, de sua grande prática administrativa e de sua grandiosa inteligência resplandeciam a pureza dos costumes, a integridade, honra, desinteresse inexcedível, doçura de caráter, modéstia e raras virtudes".

Como disse, o poeta não podia viver nessa atmosfera.

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO COMPLETO

Dois cursos em Coimbra — Na magistratura — O funcionário público — Ingresso na política pelo parlamento — Durante o período das- regências — Nas pastas da justiça e do império — O financista várias vezes na pasta da fazenda — O primeiro presidente de conselho — O orador — O poeta — O homem julgado por suas! virtudes e por seu caráter.

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