As cotovias
Mui judicioso é o apólogo que se conta das cotovias, que tinham seus ninhos entre as searas.
Dissera o dono do campo a seus criados que tratassem de me- ter a fouce, se vissem estar os pães 1) já sazonados. E, ouvindo este recado uma delas, foi pelos ares avisar as outras que mudassem de sítio, porque vinham logo os segadores. Porém outra mais velha as aquietou do susto, dizendo:
“Deixemo-nos estar, que de mandar êle os criados a fazer-se obra vai ainda muito tempo.”
Dali a alguns dias ouviram que o amo se agastava com os criados, que não tinham feito o que lhes encomendara e que mandava selar a égua para êle mesmo ir ver o que convinha. /
Agora sim, disse então aquela cotovia astuta, agora sim, irmãs levantemos o vôo e mudemos a casa, que vem quem lhe dói a fazenda.
A moralidade desta fábula explica-se perfeitamente com o provérbio português: Quem quer vai quem não quer manda.
Manuel Bernardes. (1644-1710)
Fonte: Seleta em Prosa e Verso dos melhores autores brasileiros e portugueses por Alfredo Clemente Pinto. (1883) 53ª edição. Livraria Selbach.
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