Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.
História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.
LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)
Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936)
CAPÍTULO VI
AS REGÊNCIAS (continuação)
MANUEL DO NASCIMENTO CASTRO E SILVA
Nasceu em Aracati, província do Ceará, a 25 de dezembro de 1788, e faleceu no Rio de Janeiro, a 23 de outubro de 1846. Era filho do Capitão-mor José de Castro e Silva e D. Joana Maria Bezerra.
BIBLIOGRAFIA
1) Guia do novo manual dos coletores e dos coletados — Rio de Janeiro. Tip. Imp. e Const, de Seignot-Plancher, 429 págs. (n.° 8.310 do Cat. da Exp.).
2) Preciso dos sucessos que ocasionaram o grande acontecimento do faustoso dia 7 de abril, dirigido aos cearenses pelos seus deputados, etc. — Rio de Janeiro, Tip. de Torres, 1831, 3 págs. in foi. Teve a colaboração do padre José Martiniano de Alencar (n.° 7.452 do Cat. da Exp.).
3) Manifesto que ao respeitável público oferece o ex-presidente da província do Rio Grande do Norte e deputado pela província do Ceará, etc, em abono de sua bem provada conduta e para conhecimento da caluniosa conta que dele deu o ex-governador pela lei Antônio da Rocha Bezerra — Rio de Janeiro, Tip. Imp. e Nac, 1826, 27 págs. in foi. pequeno (n.° 15.496 do Cat. da Exp.).
4) Exposição ao respeitável pjíblico — Rio de Janeiro, Tip. Imp. e Nac, 1827, 21 págs.
5) Refutação de um artigo inserto na "Astréia", n.° 96, de 10-2-1827. Rio de Janeiro, Impr. Imp. e Nac, 1827, 4 págs. in foi. (n.° 15.498 do Cat. da Exp.).
6) Reflexões sobre dois impressos que deu à luz o ex-presidente da província do Rio Grande do Norte, deputado do Ceará, Manuel do Nascimento Castro e Silva, em abono de sua ilibada conduta, contra o caluniador Antônio da Rocha Bezerra. Reimpresso na Tip. Nacional do Ceará, 1828, in foi. (n.° 15.499 do Cat. da Exp.).
7) Exposição feita a S. M. I. pelo ministro da fazenda acerca do procedimento do inspetor da alfândega da corte (Saturnino de Sousa e Oliveira), propondo a sua demissão — 22-3-1836. Original na Bib. Nac. (n.° 8.315 do Cat. da Exp.).
NOTÍCIA BIOGRÁFICA
Esse ilustre cearense distinguiu-se na vida pública e prestou bastantes serviços ao país.
Com a idade de 19 anos desempenhava o cargo de solicitador dos feitos e execução da fazenda na vila de Aracati. Desenvolveu-se depois a sua atividade no desempenho de vários cargos e comissões: tabelião público e escrivão do crime e cível, na vila do Crato; escrivão da câmara, órfãos e almotaceria, em Aracati; inspetor do algodão, em Fortaleza; oficial-maior e secretário interino do governador Manuel Inácio de Sampaio; membro da comissão consultiva junto ao governo, além de outras comissões temporárias.
Deixou a província natal para exercer o cargo de presidente da província do Rio Grande do Norte.
Foi deputado às cortes portuguesas, em 1821; representou a sua província como deputado à assembléia geral nas quatro primeiras legislaturas, de 1826 a 1841; ministro da fazenda, desde 7-10-1831 até 16-5-1837; e senador do império.
Pertenceu ao Inst. Hist. c Geog. e à Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional.
Possuía alguns títulos honoríficos, como: cavaleiro das ordens da Rosa, do Cruzeiro e de Cristo. (3>
A sua correspondência com o senador José Martiniano de Alencar acha-se na Biblioteca Nacional, bem como as cartas dirigidas a parentes e amigos.
A sua biografia completa foi escrita pelo Barão de Studart e a "Gazeta Oficial" do Ceará fez o seu necrológio.
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