- RESUMO
- DEDICATÓRIA
- INTRODUÇÃO
- POR UMA FILOSOFIA DA MORTE DE DEUS E DA MORTE DO HOMEM
- PRIMEIRA PARTE - O SOL NIETZSCHIANO
- Introdução
- CAPÍTULO 1 O PENSAMENTO TRÁGICO
- O Nascimento da Tragédia
- O Eterno Retorno e a inocência
- Da imortalidade dos deuses: Apolo e Dionísio
- Sócrates
- Dionísio e o crucificado
- Da alegria e do Amor Fati
- Do niilismo
- A morte de Deus, uma interpretação histórica
- Zaratustra
- Do homem superior e da superação
- O trágico por excelência
- CAPÍTULO 2 A CRÍTICA À CONSCIÊNCIA, À LINGUAGEM E À RAZÃO
- Pensamento, consciência e linguagem
- Linguagem, sentimento e moral
- Conhecimento e idéia
- Eu penso, eu quero
- Verdade e aparência
- As palavras e as idéias
- Uma bela doidice
- Um ato de autoridade
- A razão na filosofia
- CAPÍTULO 3 -A MORTE DE DEUS -
- Antecedentes
- Nietzsche e a morte de Deus
- A morte de Deus e o super-homem
- Duas alternativas
- O espírito de gravidade
- A morte do homem
- A permanência do vício antigo
- A morte da divindade
- Introdução
- CAPÍTULO 1 - O PROJETO ARQUEOLÓGICO
- Enraizamento na epistemologia
- O primeiro momento
- Uma arqueologia do olhar
- Uma arqueologia da ciências humanas
- Uma arqueologia do saber
- A démarche de Michel Foucault
- CAPÍTULO 2 - O PROJETO GENEALÓGICO
- O poder
- Genealogia e história
- CAPÍTULO 3 - MORTO DEUS, DE COMO PENSAR
- A marca da Modernidade
- O ser da filosofia moderna
- A Modernidade
- Ontologia de nós mesmos
- O trabalho filosófico
- TERCEIRA PARTE – A INSUSTENTABILIDADE DO HOMEM
- Introdução
- CAPÍTULO 1 - A EXPERIÊNCIA TRÁGICA DA LOUCURA
- Doença mental e personalidade
- A experiência trágica
- CAPÍTULO 2 -LINGUAGEM E LITERATURA
- Nietzsche, Freud, Marx
- O século XVI como referência
- Uma tarefa infinita
- A região perigosa
- Da natureza dos signos
- O visível e o dizível
- O ser da linguagem
- A conjunção linguagem, conhecimento e morte
- CAPÍTULO 3 - DA MORTE DE DEUS E DA MORTE DO HOMEM
- Da morte de Deus
- Da morte do homem
- CONCLUSÃO
- BIBLIOGRAFIA
- Foucault
- Sobre Foucault
- Nietzsche
- Sobre Nietzsche
- Outros
- NOTAS
TERCEIRA PARTE – A INSUSTENTABILIDADE DO HOMEM
Introdução
Foucault certa vez escreveu que “o único sinal de reconhecimento
que se pode ter para com um pensamento como o de Nietzsche é precisamente
utilizá-lo, deformá-lo, fazê-lo ranger, gritar”.[102] Foucault fez
isso. Foucault, leitor de Nietzsche, teve o seu Nietzsche e utilizou-o. Michel
Foucault (1926-1984), pensador francês contemporâneo, talvez o mais próximo a
Nietzsche.
Falar sobre o Nietzsche ligado a Foucault a partir dos
pontos de Foucault ¾ ou seja, de como
Foucault é esclarecido por Nietzsche ¾ eis o nosso objetivo. Neste contexto, iremos ver que a tese da morte do
homem aparece em Foucault como o coroamento de todo um trabalho filosófico que,
partindo da epistemologia, e profundamente inspirado no pensamento trágico e na
questão da linguagem levantada por Nietzsche, enceta uma crítica à
racionalidade e ao saber modernos, notadamente às ciências humanas, crítica
esta em que é o próprio lugar do homem enquanto esfera de um saber que parece
não mais se sustentar.