Resumo de teorias epistemológicas

Resumo
de teorias epistemológicas

Edivan Santos

Da
Inferência Indutiva

A
inferência pode ser dedutiva, a posteriori, em que suas conclusões se
baseiam ou em algo que ou é certeza ou probabilidade. Ela não assume um caráter
de meio termo.

Enquanto
que a inferência indutiva, não está baseada em extremos, ou 100% ou 0,0%. A
indutiva pode haver graus de probabilidade de 1,0% a 99%. Podendo ser justiçada
com o meio termo. Na Inferência Indutiva, temos conclusões com verdades
contingentes. Enquanto na dedutiva, necessárias.

Não
obstante, Hume defendeu que poderia haver outro tipo de justificação além do
dedutivo e do indutivo. Seria a inferência não dedutiva.

A
Inferência-não dedutiva, tenta provar que as premissas podem oferecer a base
para a conclusão. Tendo em vista que é provável conclusão a partir de premissas
verdadeira, mas não implica dizer que tem de ser necessárias.

O problema da indução- David Hume

A
indução, segundo Hume deve ser posta em xeque quando concerne a sua
justificação. Quando a indução oferece razões para se acreditar na conclusão a

Hume
apóia sua conclusão no seguinte argumento

1.Nossas
crenças podem ser divididas em três categorias:

a)Crenças
sobre relações de idéias
: são crenças que independem de observação
para comprovar sua veracidade. Crenças como “Todos solteiros são não casados”.
Crenças hoje conhecidas como analíticas a priori.

b)Crenças
sobre questões de foto observadas:
dependentes de fatos
que foram observados ou que estejam sendo observados. Por exemplo, crenças nos
objetos que estou tocando.

c)Crenças
sobre questões de fato não observadas
: Crenças que não foram
observadas por mim. A crença de que existem pirâmides no Egito, é uma questão
de fato não observada por mim.

2. Crenças em questões de fato não observadas
dependem da inferência indutiva para comprovar sua validade. O exemplo na
crença de que tenho sobre as pirâmides no Egito, porque li sobre o assunto e vi
no jornal, então acreditei no testemunho alheio e fiz uma indução. 

3. Todas as inferências indutivas dependem de
premissas tais como “o principio da natureza é uniforme”. Que ela tende a se
comportar no futuro, como se comportou em eventos passados.

4. O princípio da uniformidade da natureza, não é
uma proposição analítica, de relação de idéias. É logicamente possível colocar
a hipótese de que o curso da natureza pode não continuar uniforme.

5. O princípio da uniformidade da natureza, não pode
ser tido como questão de fato observada. Visto que pretende “provar” objetos e
acontecimentos ainda não vistos.

6. O princípio da uniformidade da natureza é uma
crença em questões de fato não observadas. (Segue de 1,4 e 5)

7. A crença na uniformidade da natureza depende da
indução para sua justificação.

8. Entretanto, não podemos colocar como meio de
justificação para o Princípio da uniformidade da natureza a indução. Porque a
indução depende do Princípio da Uniformidade da natureza, resultando em um
argumento circular. O que não é válido.

9. De modo que o princípio da uniformidade da
natureza não pode ser justificado. (Segue de 7 e 8).

10. Logo, nenhuma inferência indutiva pode ser
justificada. (Segue de 3 e 9).

O referido argumento sobre o problema da indução
pretende inquirir a questão de como pode haver justificação a partir de
inferência indutiva.

3ª e 4 aula- Resposta ao princípio
da Indução

Para Paul Edwards, os argumentos de Hume e Russell
que dizem não existir uma razão para se extrair uma conclusão a partir de um
argumento indutivo, são abusivos. Muito abrangentes e que ao usarem a razão
dessa maneira, estão “transformando” a indução em dedução.
Edwards, diz que devemos rejeitar a premissa 3 para que possamos tentar
resolver essa situação.

O novo enigma da Indução – Nelson
Goodman

Nelson Goodman propõe que revisássemos o problema da
Indução. Ao contrário de Hume que as inferências Indutivas são justificadas.
Precisamos apenas demonstrar como as inferências que colocamos em um argumento
são aceitas por uma comunidade. Mas, Goodman identifica a partir dessa
constatação um novo problema que seria o de definir quais as regras para se
definir as premissas válidas para uso em um argumento indutivo.

A inferência pela melhor explicação
disponível

Mesmo depois de Goodman tentou demonstrar que o
problema da indução poderia ser resolvido, muitos epistemólogos crêem que a
indução está longe de ser resolvida. Tal explicação, também presume o Princípio
da uniformidade da natureza, apesar de não ser dedutiva nem indutiva,
a melhor
a inferência pela melhor explicação disponível, pretende
uma explicação dos fenômenos da natureza. A melhor explicação para que
existe uma lei da natureza (chuva) é porque a água evapora. Caso não a água não
tivesse evaporado continuamente não notaríamos esse princípio da uniformidade
da natureza. Mas, ao notarmos isso, também esperamos que só aja chuva se a água
evaporar.

Abordagem Bayesiana- Probabilidade-
David Stove

Outra questão sobre o problema da indução concerne à
teoria da probabilidade. Para os ‘bayesianos’, a matemática através da
probabilidade, daria suporte para provar que a indução é justificada. Segundo
David Stove, a probabilidade é uma maneira de justificar a indução. Se a
probabilidade é alta tendemos acreditar, se baixa a duvidar. Por exemplo, se
foi feita a pesquisa no mundo e até agora todos os corvos encontrados são
pretos, 96% deles (os outros 4% podem ser verdes ou azuis), mas seríamos levados
a acreditar que os restantes serão pretos.

Stove
apóia sua conclusão no seguinte argumento:

1.Uma
alta taxa em uma pesquisa, será representativa (a porcentagem de corvos
encontrados está bem próxima da quantidade de corvos existentes, é racional
aceitar que os próximos também sejam pretos).

2.Portanto,
se tudo permanece como na pesquisa( caso não tenha nenhum caso especial) a
pesquisa é representativa (segue de 1).

3.
Esta pesquisa engloba 96% dos corvos pretos.

4.
Disso se conclui que no mundo 95% dos corvos são pretos. (segue 2 e 3)

5.
Logo, o próximo corvo a ser observado visto encontrado será preto. (Segue de 4)

Assim, Stove crer que a indução é justificável.

Arquitetura do conhecimento

Existem diferentes estruturas para se definir o
conhecimento através de uma crença. As possibilidades são:

Estrutura linear finita: Onde colocaríamos nossas razões para crer em determinada coisa, e essas razões
partiriam de uma inicial e teriam outra final.

Estrutura circular: Estrutura
na qual tendemos a colocar a primeira razão da crença e sempre precisarmos

Estrutura linear infinita: Nessa estrutura, a partir de uma razão inicial, sempre acrescentarmos mais
algum raciocínio, de forma a chegar a infinitas premissas.

Ausência de estrutura: Sem nenhum tipo de estrutura. Apenas crer em algo por razões meramente
pessoais.

Sexto empírico, crer que a melhor opção pra se guiar
seria a forma “ausência de estrutura”, pois ele assume uma posição cética
dizendo que nenhum conhecimento pode ser justificado. Logo nenhumas das outras
estruturas serviriam (pra ele).

Laurence Bonjour defendeu que uma crença é
justificada caso não esteja em contradição com outra crença. Se não houver a
contradição entre as proposições na estrutura, então a crença é justificada.
Essa tentativa de mostrar conhecimento ficou conhecida como Coerentismo.
Estrutura que se contrapõe ao fundacionismo, esta tentativa de justificação,
diz que mesmo as crenças sendo coerentes falta algo. O que seria uma crença
básica que daria suporte a todas as outras.

Apesar dessas duas crenças serem distintas, Suzan
Haack ofereceu uma teoria que seria a união desse dois tipos de justificação.
Ela o chamou de ‘funderentismo’.

Análise do conhecimento

A análise do conhecimento trata de questões
substanciais em epistemologia. Questões como distinguir a diferença entre
‘saber e conhecer’.

Eu posso saber que para um carro andar ele precisa
de combustível e bateria. Mas isso não implica que eu conheça como se dá o
funcionamento desses componentes no carro. Ao que tudo indica a questão é: para
alguém que deseja demonstrar conhecimento deve no mínimo, apresentar duas
condições para esse conhecimento. Ele deve acreditar em tal coisa e ela deve se
mostrar verdadeira.

Alguém acredita que vai chover porque sentiu um calafrio.
Mas, será que tal pessoa sabia que iria chover? Não. Ela tinha uma crença (
Primeira condição). De foto choveu (Segunda condição). Mas, isso foi apenas
sorte e não um conhecimento. Assim para a epistemologia, faltaria um terceiro
termo: a justificação do acontecimento, para pretender conhecimento.

6ª 7ª e 8ª aula- Funderentismo-
Susan Haack

Susan Haack defendeu a junção do Coerentismo com
Fundacionismo. Para Haack depois de analisar as fraquezas e as fortalezas de
cada teoria, seria possível a união dessas duas correntes tão distintas. O que
ela chamou de Funderentismo.

No fundacionismo, a justificação do conhecimento
dependeria de uma crença básica. Apoiada na experiência. Enquanto que no
Coerentismo não haveria a necessidade da experiência, bastava às crenças serem
coerentes entre si.

O mérito do fundacionismo, é que as nossas
experiências são relevantes na justificação. Enquanto que o mérito do
coerentismo é que ele reconhece a “igualdade” das crenças. Não necessitando de
uma classe de crença privilegiada. Mas, despreza as nossas experiências. Elas
são tidas como irrelevantes esse é o seu ponto fraco. A questão epistêmica que
Susan Haack colocou foi de “quão boa a justificação deve ser?”. Visto que nas
duas teorias de justificação (Coerentismo e fundacionismo) existem erros na
justificação do conhecimento. Então para Haack, deveríamos unir o melhor de
cada uma para pretender o que ela chamou de ‘Funderentismo’. O ‘funderentismo’
seria a justificação empírica na medida em que as crenças fossem coerentes
entre si. Unindo assim a vantagem do fundacionismo (a evidência empírica do
sujeito) com a do coerentismo ( a coerência entre as crenças).

Contra exemplo tipo Gettier

Gettier explicitou que o problema sobre como assumir
a proposição “eu tenho conhecimento” é mais complicada do que se achava.
Gettier provou que a visão tradicional de conhecimento é insuficiente. A
definição de conhecimento como crença, verdadeira, justificada já não é mais
suficiente para demonstrar conhecimento. E o primeiro passo é reconhecer essa
insuficiência. Para Gettier, faltaria um quarto termo para se pretender o
conhecimento. A solução que ele propôs foi analisar e “refazer” as definições
para se chegar a algo mais consistente.

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