Visconde do Rio Branco

Visconde do Rio Branco Não deve faltar neste livro de leitura o nome glorioso do grande estadista que deu o primeiro golpe na escravatura do Bra­sil, que tomou a iniciativa emancipadora, de que a lei de 13 de maio de 1888 foi a derradeira conseqüência. Filho de um negociante português, nasceu José Maria da Silva … Ler mais

O Visconde de Jequitinhonha

O Visconde de Jequitinhonha r) Francisco Ge — Acaiabá de Montezuma — eis o nome que ado­tou Francisco Gomes Brandão de Montezuma (Visconde de Jequi­tinhonha), sugestionado pelo nativismo que reinava naquela época. Era um homem de estatura alta, pardo escuro, calvo, olhos vivos, mesmo 2) cintilantes, que denunciavam a vivacidade de seu espírito, a fronte … Ler mais

Primeiros triunfos oratórios do Padre Vieira

Aos dezoito anos já Vieira ensinava retórica no colégio de Olinda; e, quer na sua cadeira de professor quer nos bancos de filosofia e teologia, era sempre o mesmo portentoso mancebo que, antecipando o tempo e o trabalho, mostrava-se com mais aptidão para mestre que para discípulo. Compunha dissertações e tratados sôbre os assuntos mais … Ler mais

Clara Camarão – exemplo de valor de uma brasileira

Exemplo de valor de uma brasileira Dona Clara Camarão não era uma dessas descendentes dos conquistadores portugueses, que se pudesse vangloriar de um nascimento ilustre, mas uma índia gerada nos bosques brasileiros. Nasceu na taba ou rústica cabana levantada por seus pais, sôbre a rêde de algodão traçada por sua mãe, como indicava a sua … Ler mais

O mundo do trabalho na América portuguesa

As ilhas foram um dos primeiros pontos de ocupação decorrentes da expansão ultramarina portuguesa, já no século XIV. Os arquipélagos de Açores e Madeira foram usados para o plantio da cana-de-açucar, e a produção ajudou a desestabilizar o monopólio que os comerciantes venezianos exerciam, além da pequena produção na ilha de Sicília. Nessa época, e … Ler mais

ANTÔNIO PEREIRA REBOUÇAS

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) Capítulo V – PRIMEIRO IMPÉRIO — ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE (continuação) ANTÔNIO PEREIRA REBOUÇAS (1.°) Nasceu na vila, hoje cidade, de Maragogipe (prov. … Ler mais

CLEMENTE FERREIRA FRANÇA (Marquês de Nazaré)

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) Capítulo V – PRIMEIRO IMPÉRIO — ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE (continuação) CLEMENTE FERREIRA FRANÇA (Marquês de Nazaré) Nasceu na Bahia, em 1774, e … Ler mais

ANTONIO LUÍS PEREIRA DA CUNHA (Marquês de Inhambupe)

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) CAPÍTULO V PRIMEIRO IMPÉRIO — ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE (continuação) ANTONIO LUÍS PEREIRA DA CUNHA (Marquês de Inhambupe) Nasceu na cidade da Bahia … Ler mais

JOSÉ CLEMENTE PEREIRA

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3. LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) CAPÍTULO IV (continuação) JOSÉ CLEMENTE PEREIRA Nasceu na Vila do Castelo do Mendo, comarca de Trancoso, em Portugal, a 17 de … Ler mais

DOMINGOS JOSÉ MARTINS

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) CAPÍTULO IV (continuação) OUTROS FAUTORES DA INDEPENDÊNCIA DOMINGOS JOSÉ MARTINS Nasceu em Itapemirim, província do Espírito Santo, no-ano de "1781, e … Ler mais

JOAQUIM GONÇALVES LEDO

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota ( Arthur Motta) (1879 – 1936) CAPÍTULO IV (continuação) OUTROS FAUTORES DA INDEPENDÊNCIA JOAQUIM GONÇALVES LEDO Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, a 11 de … Ler mais

A oratória do Padre Antônio Vieira

Cônego Fernandes Pinheiro (1825 – 1876)

CURSO DE LITERATURA NACIONAL Fonte: editora Cátedra – MEC – 1978

LIÇÃO XXIII –História da oratória – apostila de oratória (falar em publico)

romance

LIÇÃO XXV

oratória

Privada da tribuna política e judiciária, não restava à eloqüência portuguesa senão o púlpito para teatro de sua glória. Prejudicava-lhe ainda aí a crença geralmente espalhada entre os pregadores de que todo o artifício retórico devera ser banido dos sermões e panegíricos dos santos, não necessitando de ornatos a linguagem evangélica. Com o progresso porém das luzes foi definhando semelhante crença, e convencendo-se os oradores sagrados que mais frutuosas seriam as suas prédicas se menos rudes se tornassem elas. Quer pelas dificuldades da impressão, quer pela natural modéstia dos religiosos que então principalmente ocupavam a cadeira da verdade, não nos consta que hajam sermonários dignos de estudo e imitação nas três primeiras épocas da nossa literatura. Destinada estava à Companhia de Jesus o fornecer a Portugal o seu primeiro pregador, com cuja vida e trabalhos oratórios passamos a ocupar-nos.’

O PADRE ANTÔNIO VIEIRA

O Padre Antônio Vieira nasceu na cidade de Lisboa a 6 de fevereiro de 1608. Foram seus pais Cristóvão Vieira Ravasco e D. Maria de Azevedo. Na tenra idade de oito anos incompletos acompanhou seu pai à cidade da Bahia, onde este vinha exercer o emprego de secretário do Estado do Brasil. No

colégio dos padres da Companhia fez ele o seu curso de preparatórios, então chamado de humanidades, com grande aplauso de seus mestres e condiscípulos, e aos quinze anos, abandonando a casa paterna, abraçou o instituto de Loyola; no qual professou a 6 de Maio de 1625.

Tão prematuro foi o seu desenvolvimento intelectual, que na tenra idade de dezoito anos já regia uma cadeira de retórica no colégio de Olinda, e compunha comentários às tragédias de Séneca e às Metamorfoses de Ovídio. Ainda antes de receber a ordem de persbítero, o que teve lugar no mês de dezembro de 1635, pregava com grande fama nas principais igrejas da Bahia, onde principiou essa celebridade que depois se estendeu por toda a Europa.

Levou-o a Lisboa o fausto sucesso da restauração da au-gustíssima casa de Bragança, sendo escolhido pelo vice-rei, marquês de Montalvão;,, para acompanhar à metrópole seu filho D. Fernando de Mascarenhas, incumbido de felicitar o novo rei. Envolvido no ressentimento popular centra a família dos Mascarenhas, da qual alguns membros se haviam bandeado para o partido de Castela, escapou o padre Vieira de ser vítima do furor da populaça de Peniche, devendo ao governador da praça, conde de Atouguia, o ser conduzido salvo à capital do reino, onde não tardou em granjear as boas graças de D. João IV e de seu filho, o príncipe D. Teodósio.

Não é do nosso intuito traçar aqui o quadro dessa existência tão cheia de peripécias, das vicissitudes por que passou o maior homem que naqueles tempos contava Portugal. Sucessivamente encarregado das mais importantes comissões dentro e fora do país, era o padre Vieira ouvido como conselheiro, e enviado como diplomata a diversas cortes e governos da Europa. Por suas mãos passavam os mais importantes negócios tendo o marquês de Niza, ministro de D. João IV em França, expressa ordem de nunca falar à rainha regente e ao cardeal ministro, senão acompanhado do célebre jesuíta. À sua influência deveu a causa da restauração o valioso auxílio de três fragatas carregadas de petrechos bélicos e o empréstimo de avultada soma de cincoenta mil cruzados. No meio desses triunfos diplomáticos, vemo-lo partir para o Maranhão, em obediência às ordens dos seus superiores eclesiásticos, e, depois de pregar o Evangelho seis anos à tribo dos Poquizes e à dos ferozes Nheengaíbas, empenhar-se com não menos zelo no caloroso debate suscitado entre a Companhia e os colonos acerca da escravidão indígena, o que lhe valeu ser preso e remetido para o reino com outros jesuítas.

BIOGRAFIA DE FREI CANECA

Fr. JOAQUIM DO AMOR DIVINO CANECA

Nasceu na cidade de Recife, no bairro de Fora de Portas, freguesia de S. Frei Pedro Gonçalves, (Estado de Pernambuco), em julho de 1779, e faleceu a 13 de janeiro de 1825. Era filho de Domingos da Silva Rebelo, por alcunha Caneca, e D. Francisca Maria Alexandrina de Siqueira.

MANOEL BOTELHO DE OLIVEIRA – poesia barroca na Terra Brasilis

table.main {} tr.row {} td.cell {} div.block {} div.paragraph {} .font0 { font:7.00pt “Bookman Old Style”, serif; } .font1 { font:9.00pt “Bookman Old Style”, serif; } .font2 { font:10.00pt “Bookman Old Style”, serif; } .font3 { font:13.00pt “Bookman Old Style”, serif; } Cônego Fernandes Pinheiro (1825 – 1876) CURSO DE LITERATURA NACIONAL LIÇÃO XX espécie … Ler mais

A poesia satírica de GREGÓRIO DE MATOS GUERRA

Corrigir os costumes por meio do ridículo foi sempre lou vável, porém difícil tarefa; e tanto mais difícil quanto custoso é parar no plano inclinado da crítica. Desde Arquíloco, que os gregos consideram como o pai da sátira, numerosos são os poetas que se entregaram a esta espécie do gênero didático com mais ou menos êxito. Entre os romanos, Horácio e Juve­nal parece haverem na compreendido por duas diversas fa-sès; o cortesão de Augusto, reconhecendo-se incapaz de deter a torrente da corrupção, imola nas aras da sua faceta musa os ridículos do povo-rei, e, como Demócrito, ri-se e zomba dos seus contemporâneos; ao passo que o implacável discípulo de Cornuto marca com o ferro candente da sua sátira essa de­generada raça que aplaudia os Ñeros, os Claudios, os Calí-gulas e os Domicianos, e que turiferava diante de suas ima­gens. “Cada sátira de Juvenal, diz o Sr. Loise, é um exército disposto em ordem de batalha, cuias setas nartem a um sinal convencionado e dirigem-se ao mesmo alvo.”1 A cólera, a indignação eram suas Musas: facit indignatio versum, como ele próprio se expressava.

A VINGANÇA DAS PIRANHAS – O Brasil Trágico

diabo e piranhas

A VINGANÇA DAS PIRANHAS Nos rios Paraguai, S. Lorenço, Cuiabá e afluentes, há tanta piranha, que até parece que esses peixes foram criados para estabelecerem a desordem e a voracidade nessas águas. Multiplicam-se esses peixes duma maneira fantástica, ao ponto de se acreditar que eles são os donos dos rios, emprestando aos outros simples qualidade … Ler mais

O período da regência – Brasil Império

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

 

II — O período da regência

Se, nas páginas seguintes, incluímos também na órbita de nossas considerações o período da regência, período tão moderno da história brasileira, não pretendemos, nem nos é possível, fazer a respeito uma narração concatenada e acabada; o nosso propósito é, apenas, para tornar possível um golpe de vista histórico, apresentar em ligação as mais importantes datas.

O regresso da família real portuguesa quando da usurpação do trono

Até aqui se haviam desenvolvido os acontecimentos no Brasil por si mesmos; nisto, a sua vida política recebeu de Portugal novo embate. Sabe-se que, no momento, governava ali, em lugar do rei d. João VI, um substituto de origem inglesa, o marechal de Beresford, e que, em parte as condições próprias, e em parte os acontecimentos na vizinha Espanha, deram motivo para um rompimento revolucionário.

A 24 de agosto de 1820, revoltaram-se no Porto o povo e o exército, e exigiram uma nova organização constitucional do Estado; o mesmo aconteceu em Lisboa (15 de setembro), e o exemplo das duas cidades principais produziu ação decisiva em todo o país; o substituto real, quando ele regressou do Rio, onde estivera ausente em visita, foi obrigado a imediatamente voltar, ao passo que, no seu lugar, "uma junta provisória" tomou as rédeas do governo e imediatamente, sem prévio consentimento do rei, convocou as cortes (desde o ano de 1698 não mais se reuniam) para uma sessão extraordinária.

A colônia e o reino absoluto | História do Brasil

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

 

CAPÍTULO XIII

A colônia e o reino absoluto

Ficaram concluídas as duas primeiras seções de nossa narração histórica; descreveu a primeira a luta de um século e meio, na qual a nacionalidade portuguesa conservou a posse do Brasil contra os mais diversos ataques (1500-1660); a segunda narrou como, pouco a pouco, se espalhou geograficamente a colonização brasileira, até cerca de 1750, e como, nos cem anos daí em diante, ela se foi desenvolvendo interiormente.

A capitania geral do Rio de Janeiro – História do Brasil

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

CAPÍTULO X

A capitania geral do Rio de Janeiro

Ao sul do rio Mucuri (18°-30′ de latitude sul), começa o quarto grupo de Estados brasileiros, a capitania geral, depois vice-reino, do Rio de Janeiro, que, a 17 de setembro de 1658, portanto, mais ou menos ao mesmo tempo que a capitania geral de Pernambuco, foi emancipada da autoridade do governador-geral na Bahia.

O capitão-general deste novo território teve a sua sede na cidade de São Sebastião, situada na baía do Rio de Janeiro, e dali governava ele diretamente a real capitania de igual nome e a já completamente incluída, antes capitania feudal, dos Campos dos Goitacases (Paraíba do Sul ou São Tomé), ao passo que sobre os governos hereditários de Espírito Santo, São Vicente e Santo Amaro, apenas exercia fiscalização. Todavia, logo houve uma mudança nessa situação, pois também aqui foram pouco a pouco extintos os poderes feudais. Assim aconteceu com a capitania do Espírito Santo: depois de haver ela ficado século e meio na família do primitivo donatário, Vasco Fernandes Coutinho, um de seus descendentes, Antônio Luís da Câmara Coutinho, vendeu-a, cerca do ano 1690, pela quantia de 40.000 cruzados, ao coronel Francisco Gil Araújo; mais tarde, ainda mudou de dono duas vezes, até que, finalmente, em 1717, o rei d. João V comprou por 40.000 cruzados o Espírito Santo e incorporou o mesmo às terras da coroa.

A colonização do Brasil – PRELIMINAR

A colonização do Brasil PRELIMINAR

"Um país de vastíssima extensão como o nosso, onde a população se acha disseminada em grupos, em muitos pontos separados uns dos outros por grandes distâncias e péssimas estradas; — onde, portanto, é difícil levar a instrução necessária para convencer os habitantes dos seus verdadeiros interesses a muitos respeitos; — onde também dificilmente pode chegar a ação da autoridade, a toda parte, seja para levar socorro rápido a todos os habitantes, quando eles o necessitam, seja para aplicar medidas coercitivas contra aqueles que não se querem submeter às ordens do governo, para o bem geral…" (Luís Pedreira do Couto Ferraz, ministro do Interior, no seu relatório oficial ao Parlamento Brasileiro, 11 de maio de 1855).

A coroa de Portugal e a primeira guerra francesa

As eloqüentes representações de Luís de Góis, além dos anteriores conselhos do donatário Duarte Coelho, e, talvez, mais do que tudo, a notícia do lutuoso destino do donatário da Bahia, incitaram afinal o rei d. João III a interessar-se seriamente pela colonização do Brasil.

A princípio, cogitou, de fato, apenas de pequenos auxílios: mandaria alguns navios com provisões e novos colonos; cederia a uma companhia de negociantes o monopólio e a proteção do Brasil. Felizmente, porém, a conselho do experimentado donatário Pero de Góis, estes mesquinhos projetos foram abandonados e, em seu lugar, lançou-se mão, mais uma vez, de uma providência de vulto, como se fazia mister. Foi resolvido que a própria coroa se interessaria na colonização brasileira e fundaria neste país uma capitania real, que deveria ser bastante forte para proporcionar às demais auxílio e proteção, toda vez que disso precisassem.

Para sede de tal estabelecimento foi escolhida a antiga capitania da Bahia, preferida por estar situada como que no ponto geográfico central da então América portuguesa; e os herdeiros do donatário Francisco Pereira Coutinho, completamente empobrecidos, não podendo pensar em tomar posse da sua capitania, concordaram do melhor grado em cedê-la de novo à coroa, mediante uma renda anual hereditária de 400$000.

O PLANALTO: SITUAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL. O APRESAMENTO E A MINERAÇÃO.

Marechal deodoro da fonseca

O PLANALTO: SITUAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL. O APRESAMENTO E A MINERAÇÃO. Professor Brasil Bandecchi. Estreita é a faixa litorânea da Capitania vicentina. Vencidos poucos quilômetros rumo ao interior, logo se alteia a Serra de Paranapiacaba, como um enorme contraforte se opondo à marcha do europeu. No Planalto, entretanto, já se encontrava João Ramalho, o genro do poderoso … Ler mais

MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA – Frutas do Brasil

MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA (Bahia, 1636-1711) foi, como
diz Costa e Silva no seu Ensaio Biográfico-Crítico, tomo X, página 67,
– "o primeiro brasileiro que ousou apresentar-se no Pindo demandando
lugar no templo das Musas".

Depois de alguns estudos no Brasil, foi a Coimbra, em cuja Universidade
obteve o grau de licenciado em Jurisprudência. Aí travou com o
seu conterrâneo Gregório de Matos Guerra amistosas relações, que
duraram até a morte.

Havendo tomado o capelo doutoral, partiu Manuel Botelho para a
Bahia, onde exerceu o mister de advogado, sem deixar o cultivo das
letras, e em 1705 publicou um volume de versos com extravagantíssimo
título, que assaz demonstra o mau gosto da época: Música do Parnaso
dividida em quatro coros, de Rimas Portuguesas, Castelhanas e Latinas,
com seu descante cômico reduzido em duas comédias.
Dos versos em
português diz o citado crítico — "serem bem fabricados, correntes e
sonoros".

Frutas do Brasil

E, tratando das próprias, os coqueiros
Galhardos e frondosos

FRANCISCO ADOLFO DE VARNHAGEM

FRANCISCO ADOLFO DE WARNHAGEM, Barão e Visconde de Porto Seguro (S. João de Ipanema, Sorocaba, 1816-1878) era filho de um oficial alemão, que viera para o Brasil dirigir a fábrica de ferro de Ipanema e voltou a Portugal em 1823, levando consigo a família. Francisco de Warnhagen serviu em Portugal como militar, tomando parte na guerra de 1834 e recebendo de D. Pedro IV o posto, de 2.° tenente de artilharia. Depois concluiu o curso na Real Academia de Fortificação; e, tomando gosto pelos estudos históricos, logrou ser recebido na Academia das Ciências de Lisboa.

Ao Marquês de Gouveia – Carta de Padre Vieira – 1684

Leva muitas cartas de aprovação, e dizem que vai pôr pleito a S. M. e pedir-lhe perdas e danos pelo tirar antes do triénio, prometendo que se há-de vir inteirar do terceiro ano que lhe falta. Eu, posto que conheço bem o tempo em que está o mundo, nem temo nem espero tanto; só digo a V. Exa. que, ainda que cessou a causa, continuam os efeitos, não tendo menos que recear os inocentes que os culpados; porque estes, fora da cidade e ocultos nos arredores de suas casas, vão dormir a elas, e os inocentes, contra quem em Lisboa se acharam testemunhas falsas, ou compradas entre os neutrais ou voluntárias entre os inimigos, lhes podem acrescer facilmente, e serem pronunciados; e, como o sindicante traz poderes para condenar e não para dar livramento nem absolver, mofinos dos que lhe caírem nas redes.

MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA

Nota Biográfica

MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA, nascido no Rio de Janeiro, a 17 de novembro de 1830, graduado em Medicina e falecido, aos 31 anos, em 28 de novembro de 1861, vítima do naufrágio do vapor "Hermes".

Carbono – Minerais e suas Pesquisas – Resumo de geologia

Minerais e suas Pesquisas

CARBONO, seus minerais: Reconhecimento.

CARBONO

O carbono é abundante, na natureza, tanto em liberdade como combinado.

O carbono livre apresenta-se em grande número de variedades que se reúnem sob o nome de carvões naturais; o diamante e a grafita são carbono puro ou quase puro; usados como combustível, contêm uma quantidade maior ou menor de carbono misturado com matérias estranhas.

Sob todas as suas modalidades, o carbono é notável pela sua fixidez. Só começa a volatilizar-se à temperatura do arco voltaico (aos 3.500°C); só é solúvel em certos metais em fusão, como na platina e no ferro fundido. Quando cristalizado, apresenta-se sob duas formas alotrópicas: diamante e grafita. O carbono amorfo é notável por seu poder absorvente.

Embora não seja muito abundante na crosta terrestre, o carbono é o segundo elemento em abundância no corpo humano. Ocorre em todos os tecidos animais e vegetais, combinado com hidrogénio e oxigénio, e em seus derivados geológicos, petróleo e carvão-de-pedra, onde está combinado principalmente com hidrogénio, na forma de hidrocarbonetos. Combinado com oxigênio, existe também na atmosfera como gás carbônico e nas rochas, sob forma de carbonatos, calcário, por exemplo. No estado livre, ocorre em pequena quantidade como diamante e grafita, que são as duas formas alotrópicas do elemento.

GADO. A EXPANSÃO GEOGRÁFICA. IMPORTÂNCIA ECONÔMICO-SOCIAL – História do Brasil

Marechal deodoro da fonseca

Material didático de História do Brasil trata da introdução e desenvolvimento do gado e da pecuária no Brasil Colônia.

Como sabemos, o índio brasileiro não possuía animais domésticos, daí a necessidade de se entregarem à caça e à pesca a fim de obterem carne para sua alimentação.

Quando Martin Afonso aqui chegou, já encontrou no pequeno povoado de São Vicente, galinhas e porcos da Espanha, possivelmente trazidos pelos que demandavam os mares do Sul ou salvos de naufrágios. De qualquer maneira, estes animais já se encontravam no Brasil, em 1532.

O PAU-BRASIL. PRIMEIROS NÚCLEOS de POVOAMENTO. O REGIME DAS CAPITANIAS E DO GOVÊRNO-GERAL. História do Brasil

PRIMÓRDIOS DO POVOAMENTO. O PAU-BRASIL. PRIMEIROS NÚCLEOS. O REGIME DAS CAPITANIAS E DO GOVÊRNO-GERAL.

Professor Pedro Bandecchi, 1970 Material Didático de História do Brasil

Carta de Pero Vaz de Caminha

A Carta de Caminha a D. Manuel nenhuma esperança dava à coroa quanto a produtos de fácil comércio e grandes lucros e muito menos quanto a existência de ouro ou outros minerais preciosos.

Dava a entender, perfeitamente, que a terra precisava ser trabalhada para produzir, o que não acontecia na Índia em que a questão não era produzir, mas comerciar.

"Até agora — escreve Pêro Vaz de Caminha — não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo dagora assim os achávamos como os de lá.

As águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas tem!"

É de se admitir que notícia desta natureza, embora bastante poética, não era de entusiasmar um rei embalado pelos sucessos de Vasco da Gama e pelas possibilidades, que, depois, se veria serem mais ilusórias, que o Oriente oferecia.