HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA

# ndios poetas e imaginosos
# Teatro da natureza
# O “Boca do Inferno”
# Dirceu de Marília
# Gonçalves Dias O cantor dos guerreiros
# José de Alencar De ledor de romances a escritor de romances
# Castro Alves – O poeta dos escravos
# Machado de Assis – De moleque de morro a presidente de Academia de Letras
# Antônio Conselheiro O homem que escrevia com um cipó
# Rui Barbosa, o nababo da língua

Índios poetas e imaginosos

SERIA aquela gente primitiva e rude que vivia no Bra-— sil, ao tempo de seu descobrimento, desprovida de imaginação e de idéias poéticas ? As pesquisas e trabalhos de etnólogos e sociólogos mostram que os índios brasileiros sabiam criar mitos, e mitos poéticos, para explicar os fenômenos da natureza. Recolheram-se poemas e numerosas historietas, que atestam certo senso poético e imaginação. A maioria dessas histórias narra fatos acontecidos com os bichos das selvas, e fatos humorísticos, em geral, revelando o senso satírico dos homens das tabas.

Esta canção, recolhida pelo general Couto de Magalhães, é uma bela amostra de ciúme amoroso:

O’ Ruda, vós que nos céus estais e amais as chuvas. . . Vós que nos céus estais. . . fazei com que êle (o amante) por mais mulheres que tenha, as ache todas feias; fazei com que êle se lembre de mim, quando o sol se encobrir no poente.

O ROMANCE DA LITERATURA AMERICANA – História da Literatura nos EUA

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

Curiosidades da literatura americana

SABEIS que foi a um autor americano que Shakes-peare pediu emprestada sua descrição das cenas tempestuosas de A Tempestade? Esse autor foi Guilherme Strachey, que escreveu magnífica história de uma tempestade em que naufragou seu navio, numa viagem à Virgínia, em 1609.

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Eis aqui curioso incidente, que encontrámos num livro americano dos começos do período colonial: "Uma mulher da colônia da Baía de Massachusetts tinha uma taramela na língua, como punição por haver falado mal dos mais velhos".

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O primeiro poema produzido na América, Nova An-glia (1625), por Guilherme Morrell, foi escrito, não em inglês, mas em latim !

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A maior obra literária de Benjamin Franklin, sua Autobiografia, foi escrita simplesmente para ser lida por seu filho e não para ser publicada. Não foi publicada em sua forma original senão um século depois.

Um dos primeiros poetas americanos foi uma jovem escrava negra, nascida na África. Seu nome era Filis Wheatley,

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A Idade de Razão, de Thomas Paine, foi considerado um livro ateu. O certo é que nada disso é verdade. Escreveu esse livro como um argumento contra o ateísmo e a favor da religião. Eis o que o próprio Paine tem para dizer sobre o assunto {A Idade de Razão, p. 2) : Creio em… Deus.. . e espero a felicidade na outra vida. Creio na igualdade dos homens, e creio que os deveres religiosos consistem em fazer justiça, amar o perdão e tentar tornar felizes todos os nossos semelhantes."

O ROMANCE DA LITERATURA INGLESA

maravilhas das antigas civizações

Quem escreveu as peças de Shakespeare?

TEM havido grande controvérsia entre os estudiosos para saber se as chamadas peças de Shakespeare foram escritas por Shakespeare ou por Bacon.

Os baconianos sustentam que Shakespeare foi um inculto ’empregado de açougue, crescido num meio ignorante e totalmente jejuno do vasto cabedal de cultura, que entra na criação das peças, vindas a lume com seu nome.

A este argumento respondem os shakespearianos que, em primeiro lugar, Shakespeare não era totalmente inculto, e, em segundo lugar, que há muitos casos na literatura de homens de pouco cultivo haverem produzido obras geniais. A inspiração, dizem eles, é muito mais importante do que a educação. Além disso, apontam eles o fato de cometer sempre Shakespeare enganos tais que Bacon jamais poderia cometer. Porque Shakespeare é um poeta c Bacon um erudito. Shakespeare, cuja inspiração é maior do que seus conhecimentos, atribue um litoral à Boêmia, que não passa de um país interno; faz Heitor citar Aristóteles, que viveu cerca de 700 anos depois de Heitor; e dá o nome de Lupercais, que eram uma festa romana, a uma colina de Roma. Além disso, declaram os shakespearianos, Bacon jamais poderia alçar-se às culmi-nâncias poéticas de Shakespeare. Todo o vigor de Bacon como filósofo acentua sua fraqueza como poeta. Um homem, cujo pensamento é todo precisão, nunca pode elevar-se nas asas loucas da fantasia.