AS GUERRAS DE RELIGIÃO E A LUTA PELA HEGEMONIA EUROPÉIA
- O papel da Espanha. Ortodoxia e absolutismo
- A revolução dos comuneros
- As campanhas de Carlos V
- Expedição de Tunis
- Os mouros
- Carlos V e o protestantismo
- As Guerras de Religião
- O papel político da Inglaterra
- O proselitismo russo
- As grandes monarquias
- Filipe II e seu caráter
- Os Países-Baixos o o luteranismo
- A rebelião e a repressão
- O duque d’Alba
- A emigração. Guilherme de Orange
- A marinha holandesa
- O pacto de Gand e o de Utrecht
- Morte do Taciturno
- A independência da Holanda
- Caráter antes político das guerras de religião
- Os huguenotes franceses
- Catarina de Medícis
- As brigas dos reformados entre si e com os católicos
- Política de conciliação
- A noite de São Bartolomeu
- Razões da resistencia francesa ao protestantismo
- Henrique III e a Santa Liga
- O regicídio
- O Bearnês
- O édito de Nantes e a expulsão dos mouros da Espanha
- A união ibérica
- Filipe IV e as sublevações da Catalunha e de Portugal
- Misérias da Espanha
- O governo de Henrique IV e seus desígnios
- A regência de Maria de Médicis
- O imperialismo francês
- Significação da guerra dos Trinta Anos
- Seu início e peripecias. Os bens secularizados
- Gustavo Adolfo
- Wallenstein
- O papel da França
- A paz de Westphalia e seus resultados
- A liberdade religiosa
- O equilíbrio europeu e a situação da Alemanha
- Política e religião
- As ciências, as letras e as artes nos séculos XVI e XVII
CAPÍTULO II
AS GUERRAS DE RELIGIÃO E A LUTA PELA HEGEMONIA EUROPÉIA
O papel da Espanha. Ortodoxia e absolutismo
Se a guarda da ortodoxia católica coube à coroa espanhola, especialmente aos Filipes e mais que tudo a Filipe II em comparação com seu pai, era porque Carlos V tinha seu interesse posto em assuntos em demasia variados e o Estado da Alemanha lhe aconselhava certas contemporizações, ao passo que a Espanha podia permanecer alheia a esse gênero de considerações. O professor Altamira íêz uma observação conceituosa quando escreveu que a classe média espanhola, na qual se recrutavam os letrados e os jurisconsultos, que nas universidades aprendiam as doutrinas cesaristas bebidas no direito romano, desejava que um poder forte pusesse ordem na administração. Era pois um elemento de antemão ganho ao absolutismo, tanto mais quanto aquela classe média se achava politicamente quebrantada pelas lutas internas das comunas.