GUILHERME MONIZ BARRETO

  GUILHERME MONIZ BARRETO  Oliveira Lima Uma carta de Domício da Gama, cujo espírito delicado compreendeu quanto me seria a um tempo doloroso e consolador ter pronta e minuciosa notícia do triste acontecimento, deu-me conta da curta doença e prematuro falecimento em Paris, aos 29 de dezembro último, de um dos meus melhores amigos, que … Ler mais

TERCEIRA FASE DO ROMANTISMO: O SUBJETIVISMO DE ÁLVARES DE AZEVEDO E SUA PLÊIADA

 

Silvio Romero (Lagarto, 21 de abril de 1851 — 18 de junho de 1914) – História da Literatura Brasileira

Vol. III. Contribuições e estudos gerais para o exato conhecimento da literatura brasileira. Fonte: José Olympio / MEC.

TERCEIRA ÉPOCA OU PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO ROMÂNTICA — POESIA (1830-1870)

CAPITULO IV

TERCEIRA FASE DO ROMANTISMO: O SUBJETIVISMO DE ÁLVARES DE AZEVEDO E SUA PLÊIADA

O romantismo brasileiro não ficou estacionado em sua segunda fase, o indianismo; passou adiante e foi espreitar o que se fazia no grande mundo, no estrangeiro, para implantar novos achados, novas conquistas em nosso país.

Entretanto, parece singular que o sistema literário, que mais parecia coadunar-se ao espí-rito nacional, tenha sido justamente aquele que menos seiva revelou e menos frutos produziu. E assim foi; o india-III’ mo só contou dous grandes cultores neste país, Gonçalves Dias na poesia e José de Alencar no romance.

Os outros nossos escritores caminharam por diverso lado, e, se por acaso cultivaram de passagem o gênero, foi isso como um limitado preito prestado a tão ilustres chefes.

Magalhães, por espírito de imitação, escreveu a Con-federação dos Tamoios; Norberto Silva escreveu, em igual espírito, suas Americanas; Machado de Assis, pelo mesmo motivo, as suas; mas isto foi a exceção.

DIOGO BARBOSA MACHADO

FASE ACADÊMICA

(Século XVIII e Primórdios do XIX)

ESCRITORES PORTUGUESES E BRASILEIROS

DIOGO BARBOSA MACHADO (Lisboa, 1682-1772) abade de Santo Adrião de Sever, no Porto, laboriosamente compôs umas Memórias Históricas do reinado de D. Sebastião e a sua obra capital Biblioteca Lusitana. Amplo repositório de informações, todavia padece de freqüentes lapsos, e o estilo antes é difuso do que copioso, e mais enflorado do que naturalmente florido.

Eça de Queirós, biografia e obras

JOSÉ MARIA EÇA DE QUEIRÓS (Póvoa de Varzim, 1846-1900) é um dos altos representantes da moderna prosa portuguesa.

Colaborou com Ramalho Ortigão nos primeiros números das Farpas; e com o mesmo seu amigo escreveu de parceria um desses romances chamados sensacionais, isto é, destinados a explorar a doentia propensão do povo para aventuras extraordinárias e inverossímeis: o Mistério da Estrada de Sintra. Volvendo-se depois ao realismo e tomando por modelo Gustavo Flaubert, Eça de Queirós produziu: — O Crime do Padre Amaro (que falsamente foi malsinado como plágio de La Faute de VAbbé Mouret, de Zola); o Primo Basilio, onde o naturalismo não recuou diante da torpeza; O Mandarim; A Relíquia; Os Maias; A ilustre Casa de Ramires; A Correspondência de Fradique Mendes; e A Cidade e as Serras obra esta que se publicou póstuma. E ainda: — Contos; Prosas Bárbaras; Cartas de Inglaterra e Ecos de Paris.