resumo da história da aviação

história da aviação - resumo

Dr. Aluísio Telles de Meirelles. Fonte: Manual do Executivo. Novo Brasil editora brasileira.    A AERONÁUTICA A PRIMAZIA de fazer elevar aos céus um balão pertence a um brasileiro, a um padre nascido na cidade de Santos em São Paulo, no ano de 1685. Em abril de 1709, o padre Bartolomeu de Gusmão executou na cidade de … Ler mais

A MÁQUINA A VAPOR, A LOCOMOTIVA E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

HISTÓRIA DA INVENÇÂO DA  MÁQUINA A VAPOR E A LOCOMOTIVA Dr. Aluísio Telles de Meirelles. Fonte: Manual do Executivo. Novo Brasil editora brasileira.    A INVENÇÃO da máquina a vapor pertence à nossa época, todos o sabemos. No entanto, sua idéia foi concebida há muitos séculos por um homem que viveu em Alexandria. Tal homem, chamado Heron, foi … Ler mais

Como surgiu a eletricidade

A ELETRICIDADE     introdução a eletricidadea eletricidade em nosso dia a diaa história da eletricidadequem descobriu a eletricidadequem inventou a eletricidadequem criou a eletricidadecomo surgiu a eletricidadequando surgiu a eletricidadepersonagens e cientistas da eletricidade  Dr. Aluísio Telles de Meirelles. Fonte: Manual do Executivo. Novo Brasil editora brasileira.    É Um fato conhecido desde a antigüidade que o … Ler mais

História da Descoberta da Eletricidade

A LUZ Dr. Aluísio Telles de Meirelles. Fonte: Manual do Executivo. Novo Brasil editora brasileira.   GRAVITA em torno de um pequeno número de sábios a história da luz, com o descobrimento de seus princípios, de suas leis e de seu comportamento. Muitos séculos são decorridos, mas muita coisa do que eles pensaram continua a formar a … Ler mais

A SITUAÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE MODERNA

Oliveira Lima A SITUAÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE MODERNA Entre o que os americanos chamam experiências da vida e que nem sempre infelizmente emprestam experiência à vida, faltava, na parte que me coube por lote, o ser paraninfo de uma turma de graduadas de uma Escola Doméstica; experiência tanto mais rara no Brasil quanto é … Ler mais

Resenha do livro A caminho da linguagem, de Martin Heidegger

Sob o título de A caminho da linguagem (Unterwegs zur Sprache), encontramos alguns dos textos de maturidade do filósofo alemão Martin Heidegger apresentados na forma de conferências ou redigidos como ensaios durante a década de 1950 (estes, reunidos tal como sua primeira publicação em 1959). Nestes escritos temos Heidegger ocupado em tratar a linguagem como questão do pensamento comprometido com a verdade. Contudo, este problema no momento aparece de maneira diversa daquela presenciada nos escritos da década de 1920, como em Ser e tempo, um de seus principais livros (no qual Heidegger ainda operava com o método fenomenológico, tratando a linguagem como algo ainda sobreedificado à noção de verdade). Em A caminho da linguagem, encontramos um reposicionamento do autor diante de sua compreensão feita; apontando a linguagem como a essência originária da verdade e abertura de sentido ao homem.

Resenha do livro, Ética e finitude de Zeljko Loparic

A comunidade acadêmica de filosofia já dispõe da 2ª edição revisada e ampliada do livro Ética e finitude. O trabalho, assinado pelo Professor Zeljko Loparic, é contribuição relevante não só àqueles que buscam pensar a ética na contemporaneidade, mas aos que se ocupam em tratar de seus desdobramentos no pensamento de Heidegger.

A DIGNIDADE HUMANA

A DIGNIDADE HUMANA José da Silva Pereira [email protected] O homem, no curso de sua existência, desde o seu surgimento na terra até os dias correntes, tem empreendido esforços sistemáticos e constantes no sentido da superação do seu estágio primordial. Não foi fácil o incremento de tal intento nesse período em que ele vivia sob o … Ler mais

As ciências humanas segundo Dilthey

Em 2011 se celebra o centenário de morte de Wilhelm Dilthey (1833-1911). Para esta data, no Brasil e no exterior, editoras e universidades vêm se mobilizando desde o ano passado para organizar novas edições das obras do filósofo alemão. Associados à Universidade de Colônia – Alemanha, tradutores de diversos países vêm vertendo a obra para o inglês, o russo e o japonês. Também traduções para o português vêm sendo publicadas tanto no Brasil quanto em Portugal.

Em nosso país, trabalhos de diferentes fases da obra de Dilthey já foram publicados por editoras de expressão. Até o momento, o resultado desses lançamentos é um desenho sincopado da produção do filósofo, hermeneuta, psicólogo, historiólogo e pedagogo. Com as lacunas que possui, entretanto, tal política editorial ainda nos é mais favorável do que a situação de penúria que enfrentávamos até a presente data, quadro em que eram praticamente inexistentes as traduções confiáveis de Dilthey.

Os Lusíadas de Camões o gênero épico da Poesia – Curso de Literatura

Cônego Fernandes Pinheiro (1825 – 1876)

CURSO DE LITERATURA NACIONAL

 

LIÇÃO
X

 

GÊNERO ÉPICO

 

Mais feliz do que muitas
outras, conta a literatura portu­guesa em seu século áureo um poema épico, cujo
mérito, mais ou menos apreciado, não pode ser posto em dúvida, ainda pelos mais
severos críticos. Antes de entrarmos na análise de tão majestoso monumento,
digamos duas palavras sobre a vida do seu
preclaro autor.

Autobiografia de Benjamin Franklin – CARTA DE MR. ABEL JAMES, COM NOTAS DA MINHA VIDA

Autobiografia de Benjamin Franklin CARTA DE MR. ABEL JAMES, COM NOTAS DA MINHA VIDA (Recebida em Paris) "Meu caro e honrado amigo: Muitas vezes desejei escrever-te, mas não podia conformar-me com a ideia de que a minha carta pudesse cair nas mãos de ingleses, receoso de que qualquer impressor ou indiscreto publicasse trechos do seu … Ler mais

CARTA DE BENJAMIN VAUGHAN na Autobiografia de Benjamin Franklin

Autobiografia de Benjamin Franklin CARTA DE BENJAMIN VAUGHAN "Paris, 31 de Janeiro de 1783. "Meu caríssimo senhor: Quando li as suas páginas de notas relativas aos principais incidentes da sua vida, que lhe volveram às mãos graças à remessa do seu amigo "quaker", disse-lhe que lhe escreveria uma carta expondo as razões pelas quais penso … Ler mais

Uma Breve Apresentação da História da Didática

Uma Breve Apresentação da
História da Didática

Paula Ignacio

A
Didática, antes dos sofistas, não era conhecida pelos homens. Ela tinha outras
características, menos formais e artificiais, voltadas para a prática da vida
cotidiana, dava-se de maneira natural.

No
entanto, na Magna Grécia, a vida social, cultural e política adquiriu uma nova
maneira de se dar: a Palavra como o centro do Poder. Quem tinha a melhor
oratória e retórica podia ser ouvido, e a educação acontecia dessa forma. Esse
poder era concebido somente aos cidadãos (somente homens e nascidos nas cidades,
como Atenas por exemplo). Havia muitos grupos que não possuíam direitos
políticos, esses não tinham o poder da palavra. Por causa disso, os discursos passaram
a ser de extrema importância e surgiram os sofistas, que de certa maneira
transformaram a educação em uma espécie de tutoria, onde aquele que tinha o
poder da palavra ensinava aos outros cidadãos. Esse processo transformou a
educação, que antes se dava de maneira natural, em algo artificializado, pois
aqueles que não tinham poder procuravam aqueles que possuíam o dom da palavra e
da oratória para receberem instruções.

VOLTAIRE – O século de Luís XIV – Menoridade de Luís XIV

VOLTAIRE – O século de Luís XIV CAPÍTULO III Menoridade de Luís XIV — Vitória dos Franceses sob o grande Conde, então duque d’Enghien Ocardeal Richelieu e Luís XIII acabavam de falecer 1, um admirado e odiado, o outro já esquecido. Tinham legado aos Franceses, então muito inquietos, uma aversão pelo simples nome de ministério … Ler mais

A EVOLUÇÃO DA METAFÍSICA E A CRÍTICA KANTIANA

A metafísica como disciplina filosófica tem sua origem em Aristóteles, que caracterizava sua “filosofia primeira” como “o estudo do ser enquanto ser”. No livro IV da Metafísica, Aristóteles faz a seguinte afirmação: “Há uma ciência que investiga o ser como ser e as propriedades que lhe são inerentes devido à sua própria natureza” (Aristóteles, 2006).

É POSSÍVEL NATURALIZAR A CONSCIÊNCIA?

A partir da pergunta “é possível naturalizar a consciência?”, orienta-se do presente estudo. A resposta para tal questão é orientada na obra A Redescoberta da Mente (2006) do professor John Searle (Universidade da Califórnia).

PRAGMATISMO – FILOSOFIA DA AÇÃO Ε DA VIDA

Pe. Leonel Franca – Noções de Filosofia (1918)

PARTE VI

Sexta época – Filosofia Contemporânea (See. XIX – XX)

CAPÍTULO I

FILOSOFIA DA AÇÃO Ε DA VIDA

183. INTRODUÇÃO — Nada mais difícil do que caracterizar e resumir em grandes linhas a filosofia contemporânea. Nos seus grandes representantes o pensamento acha-se muitas vezes na fase de elaboração que não permite ainda a síntese definitiva. No conjunto de todo o período falta-nos o recuo histórico, esta indispensável colaboração do tempo eme separa o joio do trigo e, com o seu trabalho de crítica e de classificação, facilita o discernimento entre as contribuições originais das grandes inteligências e as vulgarizações insignificantes das mediocridades.

O que é o Efeito Estufa e o Aquecimento Global?

Resumo: O que é o Efeito Estufa? Será que o
aquecimento Global é o Fenômeno Natural ou é o Efeito da Atividade Humana? Outra
questão que se coloca é se o aquecimento global observado é natural ou
antropogênico? Muitas perguntas, Muitas respostas… Este artigo propõe
analisar sobre o aumento da temperatura global, a Intensificação do
efeito-estufa, as Limitações dos modelos de clima global a Variabilidade
climática natural e a responsabilidade pela natureza. Percebe-se que este
artigo trata-se de uma pesquisa analítica descritiva, com análise dos textos
pelos Estudos da linguagem e da Análise do discurso, buscando-se observar e
desenvolver a presença dos discursos utilizados nas matérias referentes ao
aquecimento global e seus usos de linguagem simples, destacada o contexto filosófico,
sociológico, histórico, geográfico e outras áreas afins, enfatizando as causas,
conseqüências e os interesses políticos integrados as organizações sociais,
políticas, econômicas, cultural e assim sucessivamente. Portanto, contextualizamos
e intertextualizamos uma pesquisa arraigada em livros, sites e revistas a fim
de expor um trabalho concreto e vir a esclarecer as dúvidas sobre este tema de
caráter social e polissêmico. Destaco Hans Jonas, porque tem como ponto de
apoio uma ontologia fundada numa finalidade da natureza.

 

Palavras chave: Aquecimento Global – variabilidade climática
– modelos climáticos – Efeito Estufa.

GALBA – Imperador da Roma Antiga

mapa roma itália

SUMÁRIO DA VIDA DE GALBA

Como as tropas indisciplinadas são perigosas. II. Vista de olhos sobre as mudanças do império romano, logo depois da morte de Nero. III. Nascimento e início de Galba. IV. Seu proceder no governo da Espanha. V. Declara-se chefe da revolução suscitada por Júnio Víndex. VI. Como Nero recebe esta notícia. VII. Galba arrepende-se da sua empresa. VIII. Um de seus libertos anuncia-lhe que o senado o havia nomeado imperador. IX. Grande prestígio de Ninfídio Sabino. X. Êle aspirava secretamente ao império. XI. Virgínio Rufo reconhece Galba por imperador. XII. Galba recebe os deputados do senado. XIII. Perfil de Tito Júnio. XIV. Ninfídio tem inveja do seu prestígio perante Galba. XV. Procura fazer-se substituir a Galba. XVI. Antônio Honorato persuade as coortes pretorianas, a permanecerem fiéis a "Galba. XVII. Ninfídio é morto. XVIII. Atos tirânicos de Galba. XIX. Insolência da coorte dos marinheiros; Galba os manda matar. XX. Procura retirar das mãos dos comediantes e homens dessa espécie, todos os dons que Nero lhes havia feito. XXI. Mau proceder de Galba inspirado por Tito Júnio. XXII. ódio geral contra Galba. XXIII. Pensa em adotar alguém para ser seu sucessor. XXIV. Quem era Oton. XXV. Como se insinuou nas boas graças de Galba. XXVI. Júnio aconselha a Galba adotar a Oton. XXVII. O exército da Germânia nomeia Vitélio imperador. XXVIII. Galba vai ao campo declarar Pison, seu sucessor. XXIX. Intrigas de Oton, para se fazer nomear imperador pelo exército. XXX. O exército o proclama. XXXI. Falsa notícia da morte de Oton. XXXII. Galba é morto. XXXIII. oton nomeado imperador pelo senado. XXXIV. Juízo sobre Galba. Desde o ano 749 até o ano 822 de Roma, depois de Cristo, ano 69.

Fúrio Camilo – Plutarco – Vidas Paralelas

mapa roma itália

Plutarco – Vidas Paralelas VIDA DE CAMILO   Denominado o segundo fundador de Roma.   Desde o ano 308 até o ano 339 de Roma, trezentos e sessenta e cinco anos antes de Jesus Cristo.   MARCO FÚRIO CAMILO I. Dignidades acumuladas sobre Camilo sem o consulado. Entre as muitas grandes coisas que se dizem … Ler mais

COMPARAÇÃO ENTRE ALEXANDRE, O GRANDE, E JÚLIO CÉSAR

mapa roma itália

COMPARAÇÃO ENTRE ALEXANDRE, O GRANDE, E JÚLIO CÉSAR

por

De H a i ll a n sobre capítulos de Plutarco – Vidas Paralelas.

Quando se consideram, Alexandre e César, é fácil de se dizer e mais fácil ainda de se provar, que são os dois mais valentes generais de que se faz menção na história, que suas virtudes, fora da luta, são excelentes e têm grande semelhança entre si: que ambos, foram de mui nobre descendência, doutos, eloqüentes, liberais, moderados, muito afeiçoados aos amigos e servidores; sinceramente queridos, obedecidos por seus oficiais e soldados, bondosos para com seus inimigos: que desde seus mais verdes anos deram grandes provas de sua futura grandeza e de sua coragem; que seus feitos são perfeitamente admiráveis, que são dois milagres na arte militar,

quer se considere a brevidade do tempo de suas guerras e os países que eles percorreram, num instante, quer se lancem os olhos sobre os inimigos por eles derrotados, as cidades e províncias conquistadas, sua sabedoria, valor e bondade; jamais foram repelidos, mas sempre tiveram a vitória nas mãos, fazendo valer a vantagem com um objetivo determinado. Ambos se encontraram em gravíssimo perigo de vida, um na cidade dos malianos, e outro, na Espanha, contra os filhos de Pompeu. Ambos foram avisados mui claramente de sua morte pelos adivinhos, aos quais amavam e respeitavam: no entretanto, ambos lançaram-se como de olhos fechados no perigo do qual os queriam afastar.

Renascença- As Origens da Arte Moderna – História da Arte

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

Pierre du Columbier – História da Arte

NÓS somos até certo ponto vítimas do nosso vocabulário. A uma variação lenta chamamos evolução e supomos com facilidade que em tal fenómeno não intervieram elementos estranhos verdadeiramente novos. Essas evoluções não nos deixam, por exemplo, discernir perfeitamente uma mudança de estilo: é-nos preciso então, de quando em quando, determo-nos um pouco para darmos conta do fenómeno. A lentidão da mutação não prova, de forma nenhuma, que ela se não tenha produzido, como o verificamos no que respeita à passagem do românico ao gótico.

Pelo contrário, uma revolução faria supor, no nosso espírito, um contributo exterior capaz de provocar, na curva que parecia representativa da arte através dos tempos, uma súbita inflexão.

Assim, estaríamos dispostos a admitir que, ao longo dum período que abrange seguramente todo o século XV e que, segundo os lugares, começa mais tarde ou mais cedo no século xiv e excepcionalmente no século XIII, se deram dois fenómenos: no Norte, uma evolução que corresponde à decadência da arte gótica e, em Itália, uma revolução determinada pela intervenção das recordações antigas e que marca o alvorecer da Renascença.

A bem dizer, haveria motivo para desconfiar desta lei imposta a todas as artes: arcaísmo, apogeu e decadência. Ela pressupõe juízos qualitativos por vezes difíceis de justificar.

OS FORJADORES DE IDEAIS | O Homem Medíocre

O Homem Medíocre (1913)

José Ingenieros (1877-1925)

 

Capítulo VIII – OS FORJADORES DE IDEAIS

I. O clima do gênio. — II. Sarmiento. — III. Ameghino. — IV. A moral do gênio.

I — O clima do gênio

A desigualdade é força e essência de toda seleção. Não existem dois lírios iguais, nem duas águias, nem dois lagartos, nem dois homens: tudo o que vive, é incessantemente desigual. Em toda primavera, algumas árvores florescem antes de outras, como se fossem preferidas pela Natureza, que sorri ao sol fecundante; em certas etapas da história humana, quando se plasma um povo, se cria um estilo ou se formula uma doutrina, alguns homens excepcionais antecipam sua visão à dos outros; concretizam-se num Ideal, e a expressam de tal maneira, que perdura através dos séculos. Arautos, a humanidade os escuta; profeta, acredita neles; capitães, segue-os; santos, imita-os. Enchem uma era, ou assinalam uma rota: semeando algum germe fecundo de novas verdades, pondo a sua assinatura em destinos de raças, criando harmonias, forjando belezas…

A genialidade é uma coincidência. Surge como chispa luminosa no ponto onde se encontram as mais excelentes aptidões de um homem, e a necessidade social de aplicá-las no desempenho de uma missão transcendente. O homem extraordinário só ascende à genialidade se encontra clima propócio: a melhor somente necessita da terra mais fecunda. A função reclama o órgão: o gênio torna atual o que, no seu clima, é potencial.

Nenhum filósofo, estadista, sábio ou poeta, alcança genialidade, enquanto, em seu meio, sentir-se exótico ou inoportuno; necessita de condições favoráveis de tempo e de lugar, para que a sua aptidão se converta em função e marque uma época na história.

AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA

Introdução a Sociologia – PRIMEIRA PARTE OS PROBLEMAS SOCIOLÓGICOS Capítulo I

Professor A. Cuvillier (1939).

 

Capítulo VI AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA

A sociologia não é uma filosofia da história: não supõe uma explicação unilateral dos fenômenos sociais, mas, pelo contrário e como já dissemos, o sentido das interferências e das interações múltiplas cuja reunião forma a vida social. Se, contudo, não quisermos cair num círculo vicioso, que consistiria em explicar os fenômenos sociais sucessivamente uns pelos outros, essas ações recíprocas supõem, necessariamente, uma ação primordial, ou, como dizia Durkheim, um "substrato" fundamental. A sociologia necessita, portanto, como sucede com todas as outras ciências, de uma hipótese diretriz, de uma hipótese de trabalho, incidindo aqui sobre a natureza desse substrato.

I. —O "substrato" biológico

Será esse "substrato" de ordem biológica? E será a sociologia, neste sentido, um apêndice das ciências naturais? Esta interpretação pode apresentar-se — fora das vagas analogias do organicismo, de que já tratamos — sob duas formas principais.

1. O fator racial: a antropossociologia. — A primeira é a teoria da raça ou antropossociologia, a qual, como veremos adiante, é muito antiga. Mas é sabido que, na sua forma atual, ela tem, sobretudo, por origem um livro de Arthur de Gobineau, Essai sur l’inégalité des races humaines (1853-1855). Desenvolveu-se em França, nos fins do século passado, graças aos trabalhos de Vacher de Lapouge. A própria revista L’Année Sociologique, nos seus três primeiros volumes, julgou dever, ainda que com prudentes reservas acerca, do fundo da doutrina, consagrar uma rubrica à antropossociologia.

OS PROBLEMAS SOCIOLÓGICOS – OS MÉTODOS SOCIOLÓGICOS – Introdução à Sociologia

I. — O "MÉTODO" MONOGRÁFICO

Nestas condições, se é preciso tomar como ponto de partida os fatos, o concreto, não será o melhor método o que descreve atenta e minuciosamente casos especiais e convenientemente escolhidos, isto é, o "método monográfico"?

Foram, sobretudo, a escola de Le Play e a sua filial, a escola da "Ciência Social", que preconizaram este método como o sistema fundamental da sociologia. O que fará, diz Paul Bureau, eminente representante desta escola, na sua Introduction à la méthode sociologique, um mineralogista que pretenda estudar um terreno? Não irá estudar aqui e além certos estratos, não multiplicará as análises parciais e fragmentárias. Colherá uma amostra do jazigo que pretende conhecer e dela fará uma análise completa, levando-a até ao fim.

É sabido que, na realidade, as investigações de Le Play incidiram, principalmente, sobre as monografias de famílias operárias. Estabeleciam o orçamento de uma família normal, numa profissão, lugar e época determinados, e fixavam suas diversas despesas, consagradas à alimentação, ao vestuário, à habitação, à saúde, à instrução, aos divertimentos e à economia. Para estas monografias Le Play constituiu quadros que foram desenvolvidos por Henri de Tourville numa Nomenclature detalhada, em que os fenômenos sociais são agrupados em vinte e cinco grandes classes, subdivididas, por sua vez, em 326 elementos. Le Play estabeleceu, igualmente, um quadro para a monografia de uma nação, que aplicou na sua "Constituição da Inglaterra": Emile Cheys-son, um quadro para as monografias de oficina, etc.

Por outro lado, os geógrafos da escola de Vidal de la Blache preconizaram, por oposição ao método analítico e comparativo dos sociólogos, as monografias regionais, de que podemos encontrar modelos nos estudos, já antiquados, de Demangeon sobre a Picardia, de Blanchard sobre a Flandres, de Vacher sobre o Berry, de Jules SION sobre os camponeses da Normandia oriental, ou no notável e

ainda recente estudo de Demangeon e Febvre acerca do Reno. Em vez de tomar por base um elemento social, como a habitação (formas da casa, distribuição das aglomerações, etc), o povoamento, a irrigação, a localização das indústrias, etc, e de lhe estudar as variações no tempo e no espaço, escolhem uma região geograficamente delimitada e estudam todos os fenômenos que nela ocorrem e as relações entre esses fenômenos e ela.

Este método permitiria, a acreditar em seus partidários, estudar a sociedade na sua evolução, na sua vida, no seu dinamismo, enquanto que todos os outros conduziriam a uma sociologia estática. É assim que P. Bureau critica Durkheim por estudar com os seus métodos não o "já feito" e o "acabado", mas "o envelhecido e o velho, o que amanhã será caduco e depois de amanhã desusado", e desconhecer as "instituições sociais que se elaboram e se experimentam, tímida e, por vezes, dolorosamente, ainda muito modestas e desprezadas pelas "pessoas de qualidade" para terem direito de cidadania e se exprimirem nessas sentenças imperativas que tão bem ficam às pessoas que venceram na vida".

Lionel Bataillon julga, igualmente, poder afirmar que "a diferença de atitude (entre partidários do método analítico e partidários do método monográfico regional) provém de uma diferença de concepção das reações recíprocas do homem e do meio". Os primeiros imaginariam "os homens passivos diante das forças naturais", ao passo que os segundos estariam penetrados da idéia de que "o homem atua sobre a natureza tanto como a natureza atua sobre o homem".

Em boa verdade, não é esta a questão. É possível que os sociólogos durkheimianos não tenham posto suficientemente em relevo a reação do homem sobre a natureza. Mas disso voltaremos a tratar no último capítulo. Mas nunca a negaram. De resto, o "método monográfico" não evita de modo algum os inconvenientes da sociologia estática. Para o provar basta-nos a seguinte observação de Wilbois: as nossas sociedade modernas, diz êle, estão em evolução permanente; nelas se criam sem cessar novas tendências, que ainda não têm órgãos apropriados. Poderão essas tendências, essas novas necessidades, ser interpretadas por meio das monografias? "Por mais preciosas que sejam essas monografias, só indireta e inexatamente respondem à pergunta que fazemos. O que delas se deduz não é uma tendência, ou, mais precisamente, uma "necessidade", se chamarmos necessidade a uma tendência aplicada a um objeto; é, como observou Schmoller, um "pedido": ora, uma necessidade pode ser imperiosa e, por falta de dinheiro, aquele que a sente nem sequer pensar em exprimir o pedido com que a satisfaria: os operários das grandes cidades têm, evidentemente, necessidade de férias ao ar livre, e contudo só recentemente se encontram ligeiros vestígios dessa despesa no seu orçamento".

Na realidade, a questão é puramente metodológica. O que devemos perguntar é se, efetivamente, a monografia constitui um método, que possa levar a uma determinação e a uma interpretação satisfatória dos fatos sociais. Seja-nos permitido recordar aqui alguns princípios elementares que, parece-nos, têm andado muito perdidos de vista nesta discussão:

1.° O singular não é objeto de ciência. Em primeiro lugar, a monografia, pelo simples fato de se referir a um único exemplo, nunca pode esgotar o assunto. Era já essa a objeção formulada por

Durkheim nas Régles: "Inventariar todos os caracteres de um indivíduo é um problema insolúvel. O indivíduo é, só por si, um infinito, e o infinito não pode esgotar-se". Além disso, a descrição pura, tal como é aqui possível, coloca-nos apenas em presença de um conjunto confuso, no qual nada se pode distinguir, aproximadamente como se um físico tivesse a fantasia de Rescrever o estado total de um sistema, misturando, ao mesmo tempo, o que diz respeito aos seus estados mecânico, térmico, elétrico, magnético, higrométrico, etc. "Supondo mesmo — escrevia Simiand, na polêmica a que atrás fizemos referência — que as regiões consideradas são, realmente, unidades ao mesmo tempo geográficas e humanas (com preferência, de resto, mais humanas que geográficas), começar por estudar o todo dessa região, querer compreender e explicar, ao mesmo tempo, tudo o que nela existe, é pretender começar pelo mais difícil, por aquilo que, quando muito, se pode considerar como o fim da ciência: porque é, com efeito, pretender explicar um indivíduo em toda a sua individualidade completa e inteira, em vez de começar, como em todas as ciências, pela análise das relações gerais mais simples".

Por conseqüência, a monografia pode, no máximo, fornecer-nos — e, repetimos, de maneira incompleta — um "dado" que então se apresenta com a complexidade e, também, com a ambigüidade da realidade. "Complexo indivisível", diz-nos Hauser. Indivisível, portanto incompreensível. Porque, se é verdadeiramente rebelde à análise, não pode ser cientificamente conhecido.

2.° Na realidade, a análise é indispensável. E isto é tão verdadeiro que, apesar de a possuírem, os partidários do método monográfico introduzem, naquilo que pretendem ser uma simples exploração dos fatos sociais, hipóteses, pré-concepções, classificações, quadros lógicos, que implicam já uma interpretação completa. Mas essa interpretação é tanto mais perigosa quanto é inconsciente e, muitas vezes, provém, simplesmente, dessa "metafísica do senso comum" que, em 1903, Simiand assinalava como constituindo "os ídolos da tribo dos historiadores".

Vejamos, por exemplo, por que razão Le Play se dedicou, de preferência, às monografias de famílias cie operários. Êle próprio explica-o no seu livro Ouvriers européens. A família burguesa ou rica, diz, tem, em larga escala, a faculdade de se subtrair à influência do meio. "Não sucede assim com a classe operária: a imprevidência que implica um estado habitual de penúria, ou a previdência que a economia aconselha nas despesas, colocam cada família na necessidade de prover às suas necessidades pelas combinações mais diretas e mais simples. Os meios de existência do operário estão, portanto, essencialmente subordinados às influências reunidas do solo e do clima.. . Nestas condições, obtém-se como que um reflexo da constância e da regularidade que os naturalistas constatam entre os indivíduos da mesma espécie". E mais claramente ainda, na Introdução da mesma obra, Le Play declarava: "Apliquei à observação das sociedades humanas regras análogas às que o meu espírito utilizava no estudo dos minerais e das plantas. Construí um mecanismo científico".

Não se pode confessar com maior ingenuidade uma concepção fixista e mecanista da vida social.

Por outro lado, por que razão se há de fazer incidir o estudo especialmente sobre a família? O seu discípulo Paul Bureau não no-la deixa ignorar:

Capítulo VII – A MEDIOCRACIA – O Homem Medíocre – José Ingenieros

O Homem Medíocre (1913)

José Ingenieros (1877-1925)

 

Capítulo VII – A MEDIOCRACIA

I. O clima da mediocracia. — II. a pátria. — III. a política das piaras. — IV. os arquetipos da mediocracia.— V. a aristocracia do mérito.

I — O clima da mediocridade

Em raros momentos, a paixão caldeia a história, e se exaltam os idealismos; quando as nações se constituem, e quando elas se renovam. Antes, é secreta ânsia de liberdade, luta pela independência; mais tarde, crise de consolidação institucional a seguir e, depois, veemência de expansão, ou pujança de energias. Os gênios pronunciam palavras definitivas; os estadistas plasmam os seus planos visionários; os heróis põem o seu coração na balança do destino.

A SABEDORIA ORIENTAL – Maravilhas da Filosofia

ordem dórica (segundo Augusto Choisy)

A SABEDORIA ORIENTAL

O primeiro filósofo do mundo

ACREDITA-SE geralmente que foram os gregos os _ primeiros filósofos (amantes da sabedoria) do mundo. Isso, porém, está muito longe de ser verdadeiro. Os egípcios começaram a sondar os mistérios da filosofia quasi 3.000 anos antes dos gregos. O primeiro grande filósofo, que a história menciona, foi o egípcio Ptah-hotep, que vi veu há uns 5.000 anos passados.

A MEDIOCRIDADE INTELECTUAL – Capítulo II de “O Homem Medíocre” de José Ingenieros

A
MEDIOCRIDADE INTELECTUAL
Capítulo II de “O Homem Medíocre de José Ingenieros”

I.    o homem rotineiro. —II.    os estigmas da mediocridade intelectual. — III. a maledicência:  uma alegoria de botticelli — IV.      a senda da glória.

 

I
— O homem
rotineiro

 

A rotina é um esqueleto fóssil, cujas
peças resistem à carcoma do século. Não é filha da experiência; é a sua
caricatura. A primeira é fecunda, e engendra verdades; a outra é estéril, e as
mata.

Na sua órbita giram os espíritos
medíocres. Evitam sair dela, e cruzar espaços novos; repetem que é preferível
o mau conhecido ao bom ignorado. Ocupados em desfrutar o existente, alimentam
horror a toda inovação que perturbe a sua tranqüilidade, e lhes traga
desassossegos. As ciências, o heroísmo, as originalidades, as invenções, a
própria virtude, parecem-lhes
instrumentos
do mal, posto que desarticulam o edifício dos seus erros: como nos selvagens,
nas crianças nas classes incultas.

OS MISTÉRIOS DO PENSAMENTO

A máquina pensante – A magia da memória – Curiosidades da psicologia – Mesmerismo – Hipnotismo – Telepatia – Sonhos – Modernos pesquisadores do pensamento – Freud – Jung – Pavlov – João B. Watson

O CÉREBRO humano é uma maravilhosa máquina pensante. Toma simples sensações e as transforma em pensamentos complexos. Como se faz isto? O processo é perfeitamente simples quando o analisais. Há dentro de nosso corpo um grupo de nervos, ou fios telefônicos. Estes nervos estão recebendo constantemente toda a casta de mensagens através dos vários sentidos: vista, ouvido, tacto, gosto, e olfato. Eles transportam as mensagens, ou sensações, ao cérebro, que por sua vez escolhe as que são mais fortes, agrupa-as, classifica-as e arranja-as em ordem lógica e… pronto, nasceu um pensamento.

Mas isto é apenas a metade da história. Logo que o pensamento é formado, começa a estimular outro grupo de nervos. Este grupo leva o pensamento do cérebro aos músculos do corpo, e o pensamento é assim traduzido em ação.

ÁUREA MEDIOCRITAS – Capítulo I de “O Homem Medíocre de José Ingenieros”

I.
ÁUREA MEDIOCRITAS ?
— II.
OS HOMENS
SEM PERSONALIDADE. — III. EM TORNO DO HOMEM MEDÍOCRE. —
IV. CONCEITO SOCIAL DA MEDIOCRIDADE. — V. o ESPÍRITO
CONSERVADOR. — VI. PERIGOS SOCIAIS DA MEDIOCRIDADE. — VII.    a VULGARIDADE.

I
Áurea mediócritas?

Há uma certa hora em que o pastor ingênuo se
assombra diante da natureza que o circunda. A penumbra se adensa; a côr das
coisas se uniformiza no cinzento homogêneo das
silhuetas, as primeiras humidades crepusculares levantam, de
todas as ervas, um vago perfume; aquieta-se o rebanho para dormir; o sino
remoto tange o seu aviso vesperal. A impalpável
claridade
lunar vai se esbranqui çando,
ao
cair sobre as coisas;
algumas estrelas inquietam o firmamento com a sua
titila ção, e um longínquo rumor de arroio brincando nas brenhas,
parece
conservar sobre misteriosos temas. Sentado
sobre a pedra menor áspera que encontra à beira do
caminho, o pastor contempla e emudece. convidando
em vão a meditar pela convergência do sítio e da hora. Sua admiração primitiva
é simples estupor. A poesia natural que o rodeia, ao
refletir-se em sua imaginação, não se converte em poema. Êle é,
apenas , um objeto no quadro, uma pincelada: como a pedra, a árvore a ovelha, o
caminho; um acidente na penumbra. Para
êle, todas as coisas foram sempre as assim
continuarão a ser, desde a terra que pisa até o rebento que apascenta.