DA EDUCAÇÃO COMO POSSIBILIDADE EXTREMA DE FORMAÇÃO DE COMPREENSÃO À LUZ DA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA DE H-G. GADAMER

DA
EDUCAÇÃO COMO POSSIBILIDADE EXTREMA DE FORMAÇÃO DE COMPREENSÃO À LUZ DA
HERMENÊUTICA FILOSÓFICA DE H-G. GADAMER[1]

Roberto
S. Kahlmeyer-Mertens[2]

Resumo [171]

O trabalho
assume por tema a hermenêutica filosófica e sua conexão possível com a educação
a partir da obra do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer. No interior deste,
desejamos colocar e buscar responder o problema: como a educação poderia
constituir-se como extrema possibilidade de formação de compreensão? Entendemos
que, com a resposta a esta pergunta, alcançaríamos o objetivo de ressaltar as
potencialidades pedagógicas da hermenêutica filosófica em Gadamer,
especialmente no que concerne ao processo ensino-aprendizagem. Para tanto, a
presente comunicação compilará diversas ideias avulsas na obra do autor,
buscando apresentar o que é a hermenêutica filosófica, bem como ressaltar o
serviço que ela prestaria à educação. O trabalho comunica os saldos de uma
pesquisa em fase inicial de desenvolvimento, devendo receber fundamentação
suplementar ao longo dos próximos semestres da pesquisa.

Palavras
chave:
Hermenêutica filosófica, Gadamer, Educação, Filosofia na educação,
compreender.

O Papel da Educação a Distância na Área de Filosofia

maravilhas das antigas civizações

O Papel da Educação a Distância na Área de Filosofia

* Por Daniel Castro do Vale

 

Educação e
filosofia são eternas parceiras e estão intimamente relacionadas. A palavra
educação é multifacetária, alguns diriam que engloba ensinar e aprender,
outros, que é um fenômeno visto em qualquer sociedade. Pode ser considerada
ainda como algo responsável pela manutenção e perpetuação da sociedade a partir
da passagem, às gerações que se seguem, dos meios culturais necessários à
convivência de um membro na sua sociedade. O que importa na verdade é que há
uma semelhança genérica entre todos essas acepções, onde preponderam processos de
desenvolvimento de capacidades humanas
visando a sua melhor integração individual e social. A filosofia por sua vez, não
ensina só a pensar com clareza e autonomia, mas a fundamentar essa cadeia de
pensamento. Ainda que não se queira ou não se entenda o que vem a ser
filosofia, indubitavelmente ela é vivenciada, seja pelo legado cultural dos
pensadores, seja pela busca de uma visão de mundo ou visão de vida no que tange
as condutas humanas, conceitos, valores, moral entre outros aspectos ainda que
de forma bastante incipiente e/ou inconscientemente em alguns indivíduos. Feito
este intróito, pode-se afirmar que a filosofia é a procura amorosa da verdade,
como explicita a etimologia do seu próprio nome. Considerando
portanto, a inegável importância da educação e da filosofia é que delinearemos
a partir de então uma breve análise sobre o ensino da filosofia
correlacionando-o com a educação a distância.

Das Principais Vantagens da Deseducação para a Coletividade e para o Indivíduo

maravilhas das antigas civizações

Das Principais Vantagens da Deseducação para a Coletividade e para o Indivíduo
THIAGO FELIPE SEBBEN

 

 

Introdução

A proposta desse texto: mostrar as
principais vantagens da deseducação para a coletividade e para o indivíduo, de
modo a valorizá-la como instrumento que permita a afirmação da vida em seu mais
alto grau de importância, incentivando a implantação dessa forma assistemática
de educação. Tal proposta justifica-se pelo entendimento de que a vida digna é
o valor máximo do humano e que qualquer forma de organização e sistematização
social – incluindo suas macroestruturas, como é o caso da educação – que
subleve esse valor é sintoma da decadência humana que assola a cultura
ocidental. Ora, esclarecido o “o quê” e o “porque”, resta saber o “como”. E
aqui adentro no campo filosófico-artístico: o aforismo. Forma da linguagem que
permite a interação entre o objetivo e o subjetivo, entre a filosofia e a
psicologia, entre o racionalmente-construído e o artisticamente-fabricado; o
aforismo tem espaço para o devaneio do autor que enseja imaginações nos
leitores, bem como para conceitos objetivos que estabelecem critérios e
medidas. A opção por tal forma de se fazer conhecimento se dá, certamente, em
consonância com a proposta de experimentar o pensamento, de criar o novo, mesmo
que, num primeiro momento, seja apenas criação teórica.

 

O que é “vantagem”?

Antes de prosseguir, uma pausa –
importante pausa, que nos leva ao estabelecimento de um critério inicial do que
pode se considerar uma “vantagem” e o que não pode. Ora, a vantagem sempre surge
num dado momento da realidade. Isso é justamente a “situação” na qual surge a
“vantagem”, seu plano de existência. É como se existisse um plano de fundo, um
cenário, e dali extraíssemos uma cena na qual se manifesta a vantagem. E ela
possui seus atributos, seus elementos de composição – variáveis especificamente
conforme a situação: o que ela é, para quem ela opera, e mais,
genealogicamente, qual seu sentido e valor. Pensar, então, na situação – como
plano de fundo – e no ajuste dos elementos da “vantagem” – como composição da
mesma – no caso específico da deseducação – ou seja, para que se evidencie as
vantagens da deseducação -, seria criar um critério que tornasse possível a
análise “valor da educação tradicional x valor da deseducação”. A criação dessa
lupa – o critério de “vantagem” – através da qual olhamos para a relação das
formas de educação é a maneira mais eficaz de se afirmar as principais
vantagens da deseducação. Imagine a seguinte situação: a realidade dualística
do mundo enquanto negação da vida na cultura ocidental – na medida em que
valoriza mais a razão especulativa do que a vida como instrumento de sabedoria
-, isso sendo considerado a decadência – pois afirma valores anti-vitais -,
todos os elementos da cultura ocidental se derivam dessa visão de mundo
corrompida – a moral, o cristianismo, a lógica, as ciências positivas, a
filosofia tradicional. Nessa situação, o que seria vantajoso? A vantagem seria
a destruição dos valores anti-vitais e a afirmação dos valores da vida – a
vitória da atividade x reatividade, do original x imitação. Ela operaria em
favor da deseducação que é, justamente, a macroestrutura social da educação
regulada em favor dos valores da vida – a educação pelo e para o ócio. Seu
sentido seria o de uma coletividade que possuísse igualdades nos campos onde
isso fosse necessário – campos político e econômico – e diferenças nos campos
onde isso fosse inevitável – campos filosófico e artístico. O valor dessa
vantagem seria a criação de uma coletividade onde fosse possível e opcional o
vir-a-ser individual, onde a vida se manifestasse como infinitas
possibilidades, combinações e ajustes de forças possíveis; como natureza
multicolorida impossível de ser descrita pelos símbolos conhecidos do
inventário humano, a não ser pelos mais superiores artistas em suas obras
magníficas. Porém, não é menos importante deixar claro que isso que foi
descrito só é “vantagem” – ou seja, uma qualidade do que está adiante ou é
superior – porque a vida é o que consideramos como sendo superior para buscar
conhecimento para… a própria vida!

Sobre a dimensão ética na formação do educador, por Marlene Santos

maravilhas das antigas civizações

Sobre a dimensão ética na formação do educador por Marlene Santos "Somos irremediavelmente produto dos infinitos discursos que nos atravessam e constituem." Alfredo José Veiga-Neto Embora seja um termo bastante amplo, podemos conceituar Ética como uma área do saber à qual corresponde o estudo dos juízos de valor referentes à conduta humana, seja tomando por … Ler mais

AS CRÍTICAS DO PROFESSOR NIETZSCHE À EDUCAÇÃO DE SEU TEMPO

AS CRÍTICAS DO PROFESSOR NIETZSCHE À EDUCAÇÃO DE SEU TEMPO Elenilton Neukamp* Resumo:Os primeiros escritos de Friedrich Nietzsche, pouco comentados, abordam a educação. Neles o filósofo critica as instituições de seu tempo e duas tendências básicas em relação à cultura: a tendência à universalização e a tendência à especialização. Tanto uma quanto outra são vistas … Ler mais

Kant – Da possibilidade da educação: A educação moral

Da possibilidade da educação: A educação moral:

Isabel Rosete
Setembro de 2005

As notas escritas por Kant acerca da educação não constituem, de modo
algum, um desvio meramente acidental de uma actividade filosófica perpassada
por questões metafísicas mas, ao invés, uma parte integrante e fecunda do
seu pensar, tão essencial como qualquer outra. Aliás, a metafísica kantiana
intervém no projecto pedagógico perfilhado pelo autor a todo o momento e em
todos as circunstâncias, não tanto para nos conduzir à elaboração de
abstracções, mas para nos enviar para o concreto porque, afinal, o
Pensamento e a Experiência esclarecem-se e guiam-se mutuamente.

A pedagogia fornece ao autor quadros de pensamento específicos já anunciados
em outras obras que, em aparência, ultrapassam o domínio estritamente
educacional. Existe uma disciplina da Razão Pura que é entendida num sentido
eminentemente pedagógico, tal como nos é anunciado na parte final da Crítica
da Razão Pura, sendo a Metodologia da Razão Prática, que conclui a Crítica
da Razão Prática, não mais do que a ideia de uma pedagogia moral.
Encontramos, também, na Crítica da Faculdade de Julgar, reflexões
essenciais sobre as noções pedagógicas de disciplina e de cultura.

Kant apresenta-se como um espírito profundamente interessado pelos problemas
pedagógicos, aureolado pelas noções de bom senso e de equilíbrio, tão
adversas aos programas de ensino vigentes na época (e quiçá nos nossos
dias), onde a escola se manifestava como o meio menos apropriado para a
promoção da educação da humanidade.

O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO NA FILOSOFIA DA RAZÃO VITAL DE ORTEGA Y GASSET

O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO NA FILOSOFIA DA RAZÃO VITAL DE ORTEGA Y GASSET*

Danilo Santos Dornas**

Resumo: Neste trabalho, examinamos quais são os aspectos da Filosofia da Educação segundo o pensador espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955). Adicionalmente, procuramos compreender qual a postura do educador e do educando nesse modelo teórico.

Palavras-chave: Filosofia, Educação, Raciovitalismo.

Considerações iniciais