Resenha do livro Heidegger, de Zeljko Loparic

Foi lançado recentemente, integrando coleção Passo-a-passo da Jorge Zahar Editora, o pequeno livro intitulado Heidegger, de autoria de Zeliko Loparic (UNICAMP). A obra propõe uma introdução às ideias do filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976). Este trabalho não segue o modelo de uma introdução aos moldes dos manuais, apresentando ideias e fatos de maneira isolada; tendo como produto, conhecimentos gerais ou elementos de curiosa apreciação. Ao contrário, efetua uma introdução temática, ou seja, coloca o leitor no universo dos termos e questões fundamentais ao pensamento do filósofo; ‘convidando’ o leitor a interagir com estas questões. Embora Loparic utilize notas biográficas do autor alemão e explicações didáticas de suas ideias, isto é feito de maneira dosada; sem uma diluição demasiada dos conceitos, o que poderia acarretar a banalização das ideias do pensador.

O modelo político de Aristóteles e o de Hobbes

Há uma grande diferença entre o modelo político aristotélico e o modelo jusnaturalista ou hobbesiano. A diferença entre ambos os modelos políticos é baseada em divergentes maneiras de ver o homem e sua relação com seus semelhantes, intermediada pela cultura e pelo Estado.

Indústria Cultural e Semiformação: a produção da subjetividade

A indústria cultural poderia ter sido um instrumento de formação cultural, assumindo fins pedagógicos, mas ela se tornou em sua história um instrumento de deformação da cultura e da consciência. Ela significou para a sociedade capitalista não somente uma indústria que cria produtos e entretenimentos padronizados, mas também um poderoso instrumento de coesão social, que incuti valores, preceitos, crenças, modos de ser, pensar, agir e valorizar, servindo de referencial para todos viverem de forma pacifica. Foi ela que ajudou a construir e universalizar os valores da sociedade do consumo. 

É POSSÍVEL NATURALIZAR A CONSCIÊNCIA?

A partir da pergunta “é possível naturalizar a consciência?”, orienta-se do presente estudo. A resposta para tal questão é orientada na obra A Redescoberta da Mente (2006) do professor John Searle (Universidade da Califórnia).

OS MISTÉRIOS DO PENSAMENTO

A máquina pensante – A magia da memória – Curiosidades da psicologia – Mesmerismo – Hipnotismo – Telepatia – Sonhos – Modernos pesquisadores do pensamento – Freud – Jung – Pavlov – João B. Watson

O CÉREBRO humano é uma maravilhosa máquina pensante. Toma simples sensações e as transforma em pensamentos complexos. Como se faz isto? O processo é perfeitamente simples quando o analisais. Há dentro de nosso corpo um grupo de nervos, ou fios telefônicos. Estes nervos estão recebendo constantemente toda a casta de mensagens através dos vários sentidos: vista, ouvido, tacto, gosto, e olfato. Eles transportam as mensagens, ou sensações, ao cérebro, que por sua vez escolhe as que são mais fortes, agrupa-as, classifica-as e arranja-as em ordem lógica e… pronto, nasceu um pensamento.

Mas isto é apenas a metade da história. Logo que o pensamento é formado, começa a estimular outro grupo de nervos. Este grupo leva o pensamento do cérebro aos músculos do corpo, e o pensamento é assim traduzido em ação.

QUEM TEM OUVIDOS

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RESUMO do livro
QUEM TEM OUVIDOS de João Batista Mezzomo.
O presente livro é a exposição de uma idéia. A idéia exposta nos diz, entre outras coisas, que a Europa Ocidental é um ser orgânico, que se assenta e se nutre a partir de uma raiz dupla: por um lado ela é racional, pela raiz grega; por outro, ela é fundamentalista, pela raiz que se afunda em um passado envolto em névoas, mas cujo caminho até nós denominamos “tradição judaico-cristã”.

Tanatolatria ou A estética da morte

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Num texto de 1938, portanto, de sua plena maturidade, intitulado Moisés e o Monoteísmo e com a autoridade de ser ele próprio um (erudito) judeu, Sigmund Freud (1856–1939), o pai da psicanálise, nos oferece um instigante estudo do povo e da religião judaicos.

SOBRE A FORMA DE ESTADO E A REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CONSTITUIÇÃO ITALIANA

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Para que se dê início a explanação quanto à forma de Estado e natureza política dos países recomendados, deve-se observar que procurou-se o foco no caráter concreto e político não só da formação do texto constitucional, mas também das perspectivas de mudanças e origens sociais (em especial massificadas, dada a relevância) destas. Destarte, evitar-se-ia a dita “Teoria do não-Estado”, pelo foco normativista-idealista, visto que, como afirmado por, entre outros, Heller, jurista alemão, a dita “unidade” estatal estaria necessariamente inserta nas condições “naturais e culturais da vida social”.

Seminário sobre o jusnaturalismo e a Revolução Francesa

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Seminário sobre o jusnaturalismo e a Revolução Francesa Ernani Fernandes * Bolsista do PRP-Institucional/USP e articulista do Blog Escola Filosófica RFC http:// blog.escolafilosoficarfc.org/ Prefácio      Deve-se observar, para que a explanação se dê início, que as críticas realizadas foram restritas à leitura dos capítulos recomendados, não à obra completa dos autores.      Dada a necessidade … Ler mais

Seminário sobre o conceito de liberdade e aplicações jurídicas

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Seminário sobre o conceito de liberdade e aplicações jurídicas Ernani Fernandes * Bolsista do PRP-Institucional/USP e articulista do Blog Escola Filosófica RFC http:// blog.escolafilosoficarfc.org/ Prefácio      Para que se dê início a explanação, deve ser feita a observação de que, apesar de focar a argumentação dos autores recomendados, tomou-se a liberdade de, mesmo que de … Ler mais

ORIGENS DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA – A filosofia contemporânea Ocidental – J. M Bochenski

J.M BOCHENSKI – A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA OCIDENTAL – Tradução de Antonio Pinto de Carvalho. Fonte: Ed. Herder Capítulo I – ORIGENS DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA O "homem moderno", isto é, o homem desde o Renascimento encontra-se pronto para ser enterrado. Conde Paul Yorck von Wartenburg 1.   O  SÉCULO XIX A. Caráter e desenvolvimento da filosofia moderna. … Ler mais

Durkheim e a sociologia

émile durkheim, pai da sociologia

Durkheim e a sociologia   Jéferson Mendes[1] Émile Durkheim nasceu em Épinal, no dia 15 de abril de 1858, região da Alsácia, na França. Iniciando os estudos em Epinal posteriormente partindo para Paris, no Liceu Louis Le Grand e na École Normale Superiéure (1879). Considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim formou-se em Filosofia … Ler mais

Eros e Logos: Marcuse crítico de Freud

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Eros e Logos: Marcuse crítico de Freud Michel Aires de Souzahttp://filosofonet.wordpress.com/ 1.0. Introdução         O grande objetivo de Marcuse é unir no homem razão e sensibilidade, sujeito e objeto, sonho e realização. Ele pretende ativar necessidades orgânicas e biológicas que se encontram reprimidas e suspensas no indivíduo. Quer assim que o corpo humano seja um … Ler mais

O DINAMISMO SENSÍVEL – Curso de Filosofia de Jolivet

Curso de Filosofia – Régis Jolivet Capítulo Segundo O DINAMISMO  SENSÍVEL ART. I.    NATUREZA E DIVISÃO 116      1. Natureza dos fenômenos afetivos. — Os fenômenos afetivos são manifestações de nossas tendências e de nossas inclinações. É evidente que, na falta dessas tendências, poderia existir, no ser vivo, em resposta a uma excitação externa, uma reação … Ler mais

PSICOLOGIA, introdução – Curso de Filosofia de Jolivet

Curso de Filosofia – Régis Jolivet PSICOLOGIA PRELIMINARES Capítulo Primeiro OBJETO,   MÉTODO   E   DIVISÃO   DA   PSICOLOGIA ART. I.    OBJETO 88        Etimologicamente, a Psicologia é o estudo da alma. Pode-se conservar sem inconveniente esta definição, sob a condição de compreender que a alma não pode ser encontrada e conhecida a não ser nas e pelas … Ler mais

Libertação pelo trabalho: reflexões sobre o pensamento marcuseano

     Libertação pelo

trabalho: reflexões sobre o pensamento marcuseano

Josiane MAGALHÃES 1

Introdução

   A discussão sobre relações de trabalho

sob a nova configuração mundial possui uma gama de reflexões

partindo dos mais variados pontos de vista. Este texto tem como ponto de partida

algumas considerações de Herbert Marcuse (1968) que remetem a

uma maneira específica de considerar as questões que se apresentam

tanto pela herança marxista quanto pela tentativa de reavaliar a relação

indivíduo sociedade através do resgate do pensamento freudiano,

naquilo que se refere à categoria trabalho como elemento formador por

um lado e alienante e opressor por outro.

   Apesar da especificidade, Marcuse aponta-nos um caminho diferente

para uma interpretação das atuais mudanças no que se refere

ao universo do trabalho e suas perspectivas futuras.

Relações entre indivíduo e sociedade