DIOGO ANTÔNIO FEIJÓ (padre feijó – Regência)

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) CAPÍTULO VI AS REGÊNCIAS (continuação) Pertencia ao conselho do imperador, era conselheiro de Estado, dignitário da ordem do Cruzeiro, comendador da … Ler mais

A oratória do Padre Antônio Vieira

Cônego Fernandes Pinheiro (1825 – 1876)

CURSO DE LITERATURA NACIONAL Fonte: editora Cátedra – MEC – 1978

LIÇÃO XXIII –História da oratória – apostila de oratória (falar em publico)

romance

LIÇÃO XXV

oratória

Privada da tribuna política e judiciária, não restava à eloqüência portuguesa senão o púlpito para teatro de sua glória. Prejudicava-lhe ainda aí a crença geralmente espalhada entre os pregadores de que todo o artifício retórico devera ser banido dos sermões e panegíricos dos santos, não necessitando de ornatos a linguagem evangélica. Com o progresso porém das luzes foi definhando semelhante crença, e convencendo-se os oradores sagrados que mais frutuosas seriam as suas prédicas se menos rudes se tornassem elas. Quer pelas dificuldades da impressão, quer pela natural modéstia dos religiosos que então principalmente ocupavam a cadeira da verdade, não nos consta que hajam sermonários dignos de estudo e imitação nas três primeiras épocas da nossa literatura. Destinada estava à Companhia de Jesus o fornecer a Portugal o seu primeiro pregador, com cuja vida e trabalhos oratórios passamos a ocupar-nos.’

O PADRE ANTÔNIO VIEIRA

O Padre Antônio Vieira nasceu na cidade de Lisboa a 6 de fevereiro de 1608. Foram seus pais Cristóvão Vieira Ravasco e D. Maria de Azevedo. Na tenra idade de oito anos incompletos acompanhou seu pai à cidade da Bahia, onde este vinha exercer o emprego de secretário do Estado do Brasil. No

colégio dos padres da Companhia fez ele o seu curso de preparatórios, então chamado de humanidades, com grande aplauso de seus mestres e condiscípulos, e aos quinze anos, abandonando a casa paterna, abraçou o instituto de Loyola; no qual professou a 6 de Maio de 1625.

Tão prematuro foi o seu desenvolvimento intelectual, que na tenra idade de dezoito anos já regia uma cadeira de retórica no colégio de Olinda, e compunha comentários às tragédias de Séneca e às Metamorfoses de Ovídio. Ainda antes de receber a ordem de persbítero, o que teve lugar no mês de dezembro de 1635, pregava com grande fama nas principais igrejas da Bahia, onde principiou essa celebridade que depois se estendeu por toda a Europa.

Levou-o a Lisboa o fausto sucesso da restauração da au-gustíssima casa de Bragança, sendo escolhido pelo vice-rei, marquês de Montalvão;,, para acompanhar à metrópole seu filho D. Fernando de Mascarenhas, incumbido de felicitar o novo rei. Envolvido no ressentimento popular centra a família dos Mascarenhas, da qual alguns membros se haviam bandeado para o partido de Castela, escapou o padre Vieira de ser vítima do furor da populaça de Peniche, devendo ao governador da praça, conde de Atouguia, o ser conduzido salvo à capital do reino, onde não tardou em granjear as boas graças de D. João IV e de seu filho, o príncipe D. Teodósio.

Não é do nosso intuito traçar aqui o quadro dessa existência tão cheia de peripécias, das vicissitudes por que passou o maior homem que naqueles tempos contava Portugal. Sucessivamente encarregado das mais importantes comissões dentro e fora do país, era o padre Vieira ouvido como conselheiro, e enviado como diplomata a diversas cortes e governos da Europa. Por suas mãos passavam os mais importantes negócios tendo o marquês de Niza, ministro de D. João IV em França, expressa ordem de nunca falar à rainha regente e ao cardeal ministro, senão acompanhado do célebre jesuíta. À sua influência deveu a causa da restauração o valioso auxílio de três fragatas carregadas de petrechos bélicos e o empréstimo de avultada soma de cincoenta mil cruzados. No meio desses triunfos diplomáticos, vemo-lo partir para o Maranhão, em obediência às ordens dos seus superiores eclesiásticos, e, depois de pregar o Evangelho seis anos à tribo dos Poquizes e à dos ferozes Nheengaíbas, empenhar-se com não menos zelo no caloroso debate suscitado entre a Companhia e os colonos acerca da escravidão indígena, o que lhe valeu ser preso e remetido para o reino com outros jesuítas.

Início do cristianismo na Filosofia dos primeiros padres

Noções de História da Filosofia (1918) Manual do Padre Leonel Franca. PARTE III Terceira época – Filosofia patrística (Séc. I — Séc. IX) 48. CRISTIANISMO Ε FILOSOFIA — O advento do Cristianismo divide a história do pensamento, como a história da civilizarão, em duas partes inteiramente distintas. Jesus Cristo não se apresenta ao mundo como um … Ler mais

Literatura Francesa – século XVI

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

Podemos alargar-nos acerca da literatura italiana, sem falarmos das estrangeiras, desconhecidas além dos Alpes. Mas ao passo que esta, que tinha dado flores tão precoces, via seu esplendor desvanecer-se, as nações que ela educara, colhiam os frutos que em seu seio haviam amadurecido. Se os franceses não puderam conquistar a Itália, de lá trouxeram o amor das artes e das letras, conhecimentos, livros, gosto. Luís XII fêz reunir pelo frade Gaguin a mais rica biblioteca daquele tempo, e roubou as dos dominadores de Milão e de Nápoles. João Lascaris e Jerônimo Aleandro foram chamados à sua corte. Esta animação porém era incerta e fugitiva. Luís I, cognominado o Pai das letras, rodeava-se de sábios; depois, de quando em quando, perseguia-os, e comprimia uma liberdade que lhe inspirava temor. O colégio de França, por êle fundado, reavivou o amor do grego e do hebraico, ainda que o ciúme dos grandes para com os homens de letras veio restringir a grandeza do projeto primitivo, e que o estudo das línguas orientais tornou suspeitos de heresia os que se ocupavam dele.

Erudição e história na Idade Moderna

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

Todos estes poetas são excedidos pelo escocês Buchanan, que compôs muitas poesias obscenas, e muitas outras contra os frades e a religião, confessando, sem se envergonhar, que o fazia por ordem do rei. A sua melhor obra é a Esfera, que fornece vasto campo às digressões; pelo que respeita a seu Psalmos, são mais gabados do que o merecem.

A erudição tinha-se tranqüilamente exercido sobre os clássicos e nas buscas de palavras, quando a reforma veio pôr em suspeição, aos olhos dos católicos, um estudo que fazia invasão nos campos da fé, e tornar ridículos para os protestantes as suas freqüentes necedades.

História da Inglaterra no século XVI

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

História Universal de Césare Cantu

CAPÍTULO XXV A Inglaterra

O primeiro dos Tudors, o avaro e severo Henrique VII, que tinha adquirido à Inglaterra a tranqüilidade externa à custa da dignidade nacional, o sossego no interior pelo despotismo, por suas extorsões e pela humilhação da aristocracia, que as Guerras das Duas Rosas tinham dizimado, deixou o reino a seu filho sem experiência alguma dos negócios, com um tesouro de um milhão e oitocentas mil libras esterlinas. Na idade de dezoito anos, ativo, estudioso e excessivamente ávido de prazeres. Henrique VIII, mais versado na escolástica e na teologia do que convinha a um príncipe, começou o seu reinado com esplendor, com festas, torneios, cavalhadas, excitando com seu exemplo os senhores a aparecerem com suas riquezas enterradas, compondo música e punindo os concussio-nários; êle adquiriu assim a popularidade.

O Próximo-Oriente – História da Arte

História da Arte de Pierre du Colombier

O Próximo-Oriente

Os povos pré-históricos deixaram singulares obras-primas, quer encaradas no aspecto quase inevitável da imitação fiel assim como no da transposição artística, atestam faculdades muito altas e facilidade surpreendente. Mas não conseguimos liga-las às obras posteriores. Pelo contrário, quando assistimos à elaboração duma arte que se tornará, depois dc múltiplas mudanças a nossa, parece que quase em toda a parte os homens partem do r.ada. Em primeiro lugar, são as olarias de utilidade cujo ornamento geométrico se diferencia; depois, tentativas mais ou menos tímidas, mais ou menos bem sucedidas para representar a figura humana. Estas tentativas surgem em diversos lugares e em épocas diversas com mais ou menos êxito.

O PAU-BRASIL. PRIMEIROS NÚCLEOS de POVOAMENTO. O REGIME DAS CAPITANIAS E DO GOVÊRNO-GERAL. História do Brasil

PRIMÓRDIOS DO POVOAMENTO. O PAU-BRASIL. PRIMEIROS NÚCLEOS. O REGIME DAS CAPITANIAS E DO GOVÊRNO-GERAL.

Professor Pedro Bandecchi, 1970 Material Didático de História do Brasil

Carta de Pero Vaz de Caminha

A Carta de Caminha a D. Manuel nenhuma esperança dava à coroa quanto a produtos de fácil comércio e grandes lucros e muito menos quanto a existência de ouro ou outros minerais preciosos.

Dava a entender, perfeitamente, que a terra precisava ser trabalhada para produzir, o que não acontecia na Índia em que a questão não era produzir, mas comerciar.

"Até agora — escreve Pêro Vaz de Caminha — não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo dagora assim os achávamos como os de lá.

As águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas tem!"

É de se admitir que notícia desta natureza, embora bastante poética, não era de entusiasmar um rei embalado pelos sucessos de Vasco da Gama e pelas possibilidades, que, depois, se veria serem mais ilusórias, que o Oriente oferecia.

A INVEJA – Capítulo V de O Homem Medíocre de Ingenieros

O Homem Medíocre (1913)

José Ingenieros (1877-1925)

Capítulo V – A INVEJA

I. a paixão nos medíocres. —II. psicologia dos invejosos. — III. os roedores da glória. — IV. uma cena dantesca: o seu castigo.

I — A paixão nos mediocres

A inveja é uma adoração que as sombras sentem pelos homens, que a mediocridade sente pelo mérito. É o rubor da face sonoramente esbofeteada pela gloria alheia. É a grilheta que os fracassados arrastam. É o áloc que os impotentes mastigam. É um humor veneno-no que se expele das feridas abertas pelo desengano da própria insignificância.

Por suas forças caudinas passam, cedo ou tarde, os que vivem como escravos da vaidade; desfilam, lívidos de angústia, trovos envergonhados da sua própria tristeza, sem suspeitarem que o seu ladrar envolve uma con sagração inequívoca do mérito alheio. A inextinguível hostilidade dos néscios sempre foi o pedestal de um mo numento.

É a mais ignóbil das torpes cicatrizes que afetam os carácteres vulgares. Aquele que inveja, rebaixa-se, sem o saber; confessa-se subalterno; esta paixão é o estig ma psicológico de uma humilhante inferioridade, senti da reconhecida.

Não basta ser inferior para invejar, pois todo ho mem o é de alguém, num sentido ou noutro; é necessá rio sofrer em conseqüência do bem alheio, da felicidade alheia, de qualquer enaltecimento alheio. Nesse sofrimento está o núcleo moral da inveja; morde o coração, como um ácido; carcome-o, como polilha; corrói, como a ferrugem, ao metal.

O ENTRE-LUGAR: A REPRESENTAÇÃO DO PURGATÓRIO NA BAIXA IDADE MÉDIA

maravilhas das antigas civizações

O ENTRE-LUGAR: A REPRESENTAÇÃO DO PURGATÓRIO NA BAIXA IDADE MÉDIA NICOMEDES DA SILVA ROCHA NETO RESUMO   Este trabalho tem como objetivo compreender o nascimento do Purgatório durante o século XII, buscando relacioná-lo as concepções anteriores elaboradas por Santo Agostinho e ainda entendê-lo a partir de alguns aspectos culturais da Baixa Idade Média. A compreensão … Ler mais

O INFERNO SÃO OS OUTROS: uma reflexão sobre a diversidade cultural nos domínios da Inquisição

Trabalho originalmente
apresentado para a FFLCH/USP

No século XII, foi instaurada a Inquisição contra os crimes de heresia, quase
na mesma época em que foi fundada a ordem dos frades dominicanos. O objetivo
era universalizar o mundo cristão e através da catequese e punição, firmar seu domínio. Este objetivo de cristianizar o
mundo não era recente nesta época. Carlos Magno já o tinha feito à força
com os povos bárbaros da Europa e as cruzadas partiram em direção ao Oriente
para tomar a terra santa (Jerusalém), mas fracassaram. Houve um movimento contrário, uma guerra religiosa que avançou na
Europa, chegou até a Espanha, onde os povos orientais permaneceram por
séculos.

David Hume – biografia e pensamentos

David Hume David Hume (1711-1776) nasceu em Edimburgo, Escócia, no dia sete de maio. Seu pai era um fidalgo da aldeia de Chirnside, onde tinha um sítio chamado Ninewells. Lá Hume passou a infância. Aos três anos perdeu o pai. Aos doze anos foi para Edimburgo junto com o irmão para estudar. Desde cedo gostou … Ler mais