A Literatura espanhola no Século de Ouro

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

História Universal – Césare Cantu

CAPÍTULO XXXIX

Literatura espanhola

A nação espanhola, ocupada em se libertar do jugo estrangeiro e conquistar direitos populares, consolava-se em meio dessas lutas celebrando cm romances os heróis dos tempos passados; mas não podia entregar-se tranqüilamente às letras, nem associar a glória delas à das armas. A poesia já tinha no entanto feito ali brilhar vivos fulgores, antes que a energia adquirida em longos combates se aplicasse itoda inteira ao estudo, e que daí nascesse uma literatura que, formada de elementos diversos, se tornou no entan to uma quanto ao seu caráter, à sua tendência, e mais que em qualquer outra nação da Europa se mostrasse impressa do tipo e do sentimento nacional.

A FILOSOFIA DO HELENISMO E DO IMPÉRIO ROMANO – História da Filosofia Antiga

mapa roma itália

Na
época helenística, consuma-se um processo histórico espiritual, cujo resultado
ainda é importante para a nossa moderna concepção da Filosofia: a evolução da
Filosofia no sentido de uma ciência especial. No período pré-socrático, o
filósofo era tudo: cientista, médico, técnico, político e sábio. A Academia e o
Perípato abrangem, como organizações científicas, a totalidade do saber. Mas já
no antigo Perípato. vemos que as ciências particulares absorviam a atividade
total de todo um homem, e lhe davam a sua fisionomia espiritual, embora êle
ainda filosofasse no sentido da antiga sabedoria. No período helenístico as
ciências particulares se desmembram em disciplinas independentes. Nascem
centros próprios de investigação, onde essas ciências são cultivadas ex
professo:
Alexandria, Antioquia, Pérgamo, Rodes. Mas a Filosofia se
pronuncia apenas sobre as grandes questões que Platão e Aristóteles tinham
indicado como propriamente filosóficas: a lógica, a ética e a metafísica. Exatamente
por isso essas questões são aprofundadas e se transformam em mundividências. Ocupa-se a Filosofia com o homem como tal e, nesses tempos tão incertos,
revoltos pelas guerras de Alexandre e dos Diadocos, busca ela a salvação e a
felicidade no homem interior, o que já não podem proporcionar as relações
externas, a sonharem sempre novas grandezas, para criarem, apenas, em lugar
delas, ruínas sobre ruínas. Por isso prepondera nessa época o papel da ética.
Ela deve, ao mesmo tempo, exercer a função outrora desempenhada pelo mito
religioso. Êste se dissipa cada vez mais, sendo substituído pelo pensamento
racional. O estoicismo e o empirismo despertam novas preocupações psíquicas e
atuam sobre círculos mais vastos, muito mais do que o puderam a Academia e o
Perípato. As "mundividências", uma vez constituídas,
funcionam como centros de cristalizagão, formando–se nos tempos do helenismo
marcantes centros escolásticos, típicos desta época: o Pórtico e o Jardim de
Epicuro; ao lado das já existentes escolas da Academia e do Perípato.

Sêneca – Biografia e Pensamentos

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SÊNECA- ESTUDO INTRODUTIVO G. D. Leoni Fonte: Edições de Ouro I — A vida de Sêneca  É ainda hoje opinião comum ver em Sêneca um grande escritor e um homem corrupto; e os poucos que defendem o estudioso ainda estão propensos a separar sua vida de sua obra, não achando possível uma conciliação entre o … Ler mais

Maquiavel: O espelho da Guerra – a virtù na visão renascentista de Maquiavel

RESUMO:

Este artigo pretende analisar o
conceito de virtù em O Príncipe de Maquiavel, tomando-a como
a capacidade do soberano no uso racional das armas próprias para a preservação
do Estado. Também se propõe a verificar a distinção entre as formulações do
conceito de virtus pelos humanistas e
segundo a radical visão maquiaveliana, ambas frutos da Renascença. Ainda
observaremos que os "espelhos de príncipes" escritos durante a
Renascença formaram-se em oposição à definição humanista de virtus, que visava à formação do homem
cívico e não do príncipe. Nesse sentido, reformulando o conceito de virtù, Maquiavel opôs o seu espelho de
príncipe tanto à concepção humanista como à idéia de virtus dos
outros autores dos espelhos, enfatizando a prática da guerra. Finalmente, buscaremos revelar a virtù associada à arte da guerra como a
própria definição de "príncipe prudente".