As Artes do Extremo-Oriente

Pierre du Columbier – História da Arte – Cap. 15As Artes do Extremo-Oriente<

Tradução de Fernando Pamplona. Fonte: Editora Tavares Martins, Porto, Portugal, 1947.

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HISTÓRIA das artes europeias e até não europeias da bacia do Mediterrâneo pode fazer-se desprezando de maneira quase total as artes do Extremo-Oriente, cuja influência só se exerceu de maneira esporádica, quase sempre tardia e superficial. Mais suscitaram modas do que propriamente agiram em profundidade. Mas a recíproca não é verdadeira.

AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA

Introdução a Sociologia – PRIMEIRA PARTE OS PROBLEMAS SOCIOLÓGICOS Capítulo I

Professor A. Cuvillier (1939).

 

Capítulo VI AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA

A sociologia não é uma filosofia da história: não supõe uma explicação unilateral dos fenômenos sociais, mas, pelo contrário e como já dissemos, o sentido das interferências e das interações múltiplas cuja reunião forma a vida social. Se, contudo, não quisermos cair num círculo vicioso, que consistiria em explicar os fenômenos sociais sucessivamente uns pelos outros, essas ações recíprocas supõem, necessariamente, uma ação primordial, ou, como dizia Durkheim, um "substrato" fundamental. A sociologia necessita, portanto, como sucede com todas as outras ciências, de uma hipótese diretriz, de uma hipótese de trabalho, incidindo aqui sobre a natureza desse substrato.

I. —O "substrato" biológico

Será esse "substrato" de ordem biológica? E será a sociologia, neste sentido, um apêndice das ciências naturais? Esta interpretação pode apresentar-se — fora das vagas analogias do organicismo, de que já tratamos — sob duas formas principais.

1. O fator racial: a antropossociologia. — A primeira é a teoria da raça ou antropossociologia, a qual, como veremos adiante, é muito antiga. Mas é sabido que, na sua forma atual, ela tem, sobretudo, por origem um livro de Arthur de Gobineau, Essai sur l’inégalité des races humaines (1853-1855). Desenvolveu-se em França, nos fins do século passado, graças aos trabalhos de Vacher de Lapouge. A própria revista L’Année Sociologique, nos seus três primeiros volumes, julgou dever, ainda que com prudentes reservas acerca, do fundo da doutrina, consagrar uma rubrica à antropossociologia.

Kim vs Davidson quanto à Causalidade Mental

Kim vs .
Davidson quanto à Causalidade Mental
André Joffily
Abath

And the movement in your brain
 sends you out into the rain 
Nick Drake

Jaegwon Kim tem se
revelado, com o passar do tempo, o maior inimigo da filosofia da mente produzida
por Davidson e, acima de tudo, de seu monismo anómalo. Suas críticas são
inúmeras. Kim acha que é preciso uma teoria positiva sobre a relação
mente-corpo, e não uma teoria negativa, como é a de Davidson. Acha, também, que
Davidson adopta uma posição ingénua em relação ao reducionismo. Outras formas
de redução deveriam ser consideradas, e não apenas a que seria realizada por
meio de leis-ponte estritas, que é o centro das atenções de Davidson. E Kim
acha, principalmente, que o monismo anómalo torna o mental causalmente inerte,
i.e,se aceitarmos o monismo anómalo,
teremos um sério problema em relação à causalidade mental.

Neste ensaio, concentrar-me-ei unicamente na
terceira desta críticas, que foi o ponto alto de um longo debate sobre o papel
causal da mente, e que teve o monismo anómalo de Davidson como principal alvo.
Em relação à primeira e à segunda, farei apenas breves comentários. Após
percorrer as críticas de Kim, tentarei mostrar como Davidson respondeu ou
poderia responder-lhes. Antes, porém, devo deter-me, por alguns instantes, no
monismo anómalo; desta forma, as críticas a ele dirigidas, e as possíveis
respostas a estas críticas, surgirão de maneira mais clara.

Monismo Anómalo 

Exposto pela primeira
vez em 1970, em Mental Events, o monismo anómalo é a tese que defende a
identidade entre eventos mentais e eventos físicos, e, portanto, a redução
ontológica ( daímonismo), mas que
nega a existência de leis estritas ligando tais eventos (daíanómalo), e, por conseguinte, nega a
redução conceptual <

Esta tese
segue-se de três princípios, que podem ser assim resumidos: a) Princípio da
Interacção Causal: todos os eventos mentais relacionam-se causalmente com
eventos físicos; b) Princípio do Carácter Nomológico da Causalidade: eventos
relacionados como causa e efeito recaem sob leis estritas; c) Anomalismo do
Mental: Não há leis psicofísicas estritas.