VOLTAIRE – O século de Luís XIV – Particularidades e anedotas do reinado (trechos)

VOLTAIRE – O século de Luís XIV

CAPÍTULO XXV

(Excertos)

Particularidades e anedotas do reinado de Luís XIV

Luís XIV deu à sua corte, como ao seu reinado, tanto esplendor e magnificência, que os mínimos detalhes de sua vida parecem interessar à posteridade, da mesma maneira por que eram objecto da curiosidade de todas as cortes da Europa e de todos os contemporâneos. O esplendor do seu governo manifestava-se nas mínimas acções. Há maior avidez, sobretudo na França, de conhecer as particularidades dessa corte, do que as revoluções de alguns outros Estados. Tal o efeito de tão grande reputação: interessamo-nos mais em saber o que se passava no gabinete e na corte de Augusto do que em conhecer detalhes das conquistas de Átila ou Tamerlão.

VOLTAIRE – O século de Luís XIV – Menoridade de Luís XIV

VOLTAIRE – O século de Luís XIV CAPÍTULO III Menoridade de Luís XIV — Vitória dos Franceses sob o grande Conde, então duque d’Enghien Ocardeal Richelieu e Luís XIII acabavam de falecer 1, um admirado e odiado, o outro já esquecido. Tinham legado aos Franceses, então muito inquietos, uma aversão pelo simples nome de ministério … Ler mais

AS GUERRAS DE RELIGIÃO E A LUTA PELA HEGEMONIA EUROPÉIA

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CAPÍTULO II

AS GUERRAS DE RELIGIÃO E A LUTA PELA HEGEMONIA EUROPÉIA

O papel da Espanha. Ortodoxia e absolutismo

Se a guarda da ortodoxia católica coube à coroa espanhola, especialmente aos Filipes e mais que tudo a Filipe II em comparação com seu pai, era porque Carlos V tinha seu interesse posto em assuntos em demasia variados e o Estado da Alemanha lhe aconselhava certas contemporizações, ao passo que a Espanha podia permanecer alheia a esse gênero de considerações. O professor Altamira íêz uma observação conceituosa quando escreveu que a classe média espanhola, na qual se recrutavam os letrados e os jurisconsultos, que nas universidades aprendiam as doutrinas cesaristas bebidas no direito romano, desejava que um poder forte pusesse ordem na administração. Era pois um elemento de antemão ganho ao absolutismo, tanto mais quanto aquela classe média se achava politicamente quebrantada pelas lutas internas das comunas.

O ABSOLUTISMO NO OCIDENTE E NOVOS FATORES POLÍTICOS EUROPEUS

Luís XIV, rei da França. Retrato de Hyacinthe Rigaud.

História da Civilização – Manuel de Oliveira Lima (1867 – 1928) CAPÍTULO III O ABSOLUTISMO NO OCIDENTE E NOVOS FATORES POLÍTICOS EUROPEUS Os Stuart e o trono inglês Com a subida ao trono britânico de Jaime I da Escócia, a qual passou a ser regida pelo mesmo cetro que a Inglaterra, assumiu a preponderância uma … Ler mais

OCUPAÇÃO DO LITORAL. A CONQUISTA DO NORTE E A PENETRAÇÃO DA AMAZÔNIA – História

Marechal deodoro da fonseca

OCUPAÇÃO DO LITORAL. A CONQUISTA DO NORTE E A PENETRAÇÃO DA AMAZÔNIA. Professor Brasil Bandecchi. Garantidos os direitos portugueses pelo Tratado de Tordesilhas, que fixou fronteiras na América, ficou a Portugal a preocupação, inicialmente, de defender o litoral que ia da Uha de Marajó (na parte mais próxima do Estado do Maranhão) até Laguna e … Ler mais

Literatura teológica no século XVI – História Universal

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

História Universal de Césare Cantu

CAPÍTULO XXXII

Literatura teológica

As primeiras discussões entre os católicos e os inovadores tiveram o cunho da fraqueza, por isso que o clero não possuía instrução sólida e estava habituado aos métodos escolásticos, gênero de esgrima sem valor contra armas de outra espécie. Em breve alguns de seus membros se aplicaram ao estudo das línguas orientais e da hermenêutica; então apareceram diferentes refutações aos erros de Lutero, principalmente na Itália, e algumas tiveram o mérito da oportunidade; porém nenhuma sobreviveu. Causa admiração a insuficiência dos campeões em quem Roma punha a sua confiança. Jerônimo Muzio de Pádua, autor de cartas, de poesias, de histórias sagradas e profanas, mostra-se, em vários panfletos escritos contra os protestantes, extremamente pobre em conhecimentos teológicos. Sem se ocupar de os refutar diretamente, êle os ataca por parte e aplica-se sobretudo a dizer mal dos italianos apóstatas. No entanto, esses libelos produziam talvez mais efeito entre o vulgo do que as discussões sucintas.

Dinastia Bourbon – Historia Universal

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

CAPÍTULO XXIV

Os Bourbons

Na hora da morte, sem inspirar nem saudades, nem dó, Henrique III recomendava aos seus que elevassem ao trono o rei de Navarra, e dizia a este príncipe: Jamais o tereis, se vos não fizerdes católico. Efetivamente, achando-se extinta a linha dos Valois, a herança real pertencia a Henrique de Bourbon, apesar de êle ser seu parente no vigésimo grau. Porém, em vez de bradarem como de costume: Morreu o rei, viva o rei! os ânimos ficavam indecisos. Os católicos, que faziam parte do exército, deviam ficar ligados ao príncipe apóstata, apesar da excomunhão? Os príncipes de sangue resolver-se-iam a reconhecê-lo? Que resolução deviam tomar os que tinham ofendido, e seus correligionários, que temiam que eles os abandonassem? Êle mesmo, que devia fazer? Se se declarava pelos huguenotes, perdia o apoio dos católicos e dava à liga uma nova força; se se entregava aos católicos, restavam-lhe muito poucas tropas. Êle se obrigou, todavia, para com eles, a fazer-se instruir em sua fé, a restituir aos eclesiásticos os bens tirados pelos protestantes, a não permitir o exercício do novo culto senão nos lugares em que êle era já tolerado. Em conseqüência, diferentes príncipes o reconheceram como rei com o nome de Henrique IV, outros ficaram entre os descontentes; porém muitos exclamavam: Vós sois o rei dos bravos, e só os covardes vos abandonarão.