O pensamento na era da liberdade e da criatividade

filosofia da mente

            Em grande parte dos balanços que se fazem do
pensamento pós-moderno, ressalta-se, compensando a ruína das "grandes
narrativas", dos "mega-relatos" filosóficos, teológicos,
sociológicos e outros, percebe-se o surgimento de um "canteiro de
obras" entregue à liberdade e à criatividade das pessoas. Se por um lado
amarga-se a falta de segurança e dos pontos de referência,  por outro, aumentam
os espaços limpos para novas construções.

            Sendo assim, o filósofo é solicitado a deixar
os jargões fáceis, os sistemas decorados, para ir construindo seu próprio
pensamento com abundância de elementos acessíveis. Se o risco de errar cresce,
o fascínio da aventura entusiasma.

EDUCAÇÃO E MERCANTILIZAÇÃO NO CAPITALISMO TARDIO: UMA ABORDAGEM HERMENÊUTICA

maravilhas das antigas civizações

EDUCAÇÃO E MERCANTILIZAÇÃO NO CAPITALISMO TARDIO: UMA ABORDAGEM
HERMENÊUTICA[1]

Mauricio Cristiano de
Azevedo[2]

Resumo

Estudo de
análise bibliográfica que discute as relações entre a educação e seu possível
estatuto de mercadoria, dentro do paradigma produtivista em colapso na fase
tardia do capitalismo, problematizando pontos da teoria marxista da produção.
Os objetivos elencados visam expor ao fim a contraditoriedade da consideração
dos saberes como bens mercantis. Para tanto, o percurso argumentativo expõe a
questão da própria produção de sentido como consenso obtido pela linguagem, o
que desloca o conceito de conhecimento da posição de materialidade propalada
pela abordagem epistemológica moderna, abrindo o horizonte de sua consideração
como construção intersubjetiva. O contraponto à abordagem epistemológica é
feito pela abordagem hermenêutica especificamente nas obras de Gadamer e
Habermas, que fornecem suporte e base para a crítica do produtivismo
materialista. Com isso, mais do que uma disputa de posições teóricas, o
resultado das análises aponta para a falta de alcance das visões ortodoxas da
filosofia da consciência e do sujeito no trato com fênomenos do capitalismo
tardio e da cultura pós-moderna, o que convida a pensar o processo educativo, a
cultura escolar e os saberes da formação cultural como elementos posicionados
para além da lógica empresarial e dos objetivos e da educação como mera
preparação à competitividade do mundo do trabalho.

Palavras-chave: Educação. Marxismo. Hermenêutica.

Habermas e a Virada Linguística

maravilhas das antigas civizações

Habermas e a Virada Linguística Miguel Duclós Originalmente apresentado para o CFH/UFSC (2007) O livro Verdade e Justificação (1999), do filósofo alemão Jürgen Habermas, traz discussões que retomam e repensam, de certa forma, pontos de vista desenvolvidos em trabalhos anteriores. O Habermas de Mudanças estruturais da esfera pública (1962) e de Conhecimento e Interesse (1968) … Ler mais

Emil Cioran e a crítica ao pensamento utópico

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A explanação do pensamento do filósofo Emil Cioran (1911-1995), apresentando a sua relevância para a intelectualidade contemporânea, é o fim a que se propõe este artigo. Tendo como ponto de partida as obras História e Utopia (1960) e Breviário de Decomposição (1949), sem deixar no esquecimento as demais obras do autor e entrevistas, se verá, nas linhas que se seguem, a idéia de que é na negação que o ser humano encontra a lucidez e que toda forma de utopia, toda crença no progresso, é vã. Desse modo, sendo Cioran, pensador romeno radicado na França, investigado no presente tratado, as inevitáveis críticas às instituições e ao pensamento sistemático e, inclusive, ou até principalmente, à tradição filosófica terão grande ênfase, na medida em que a própria subjetividade, o Nada, a Lucidez, o Tempo e a História vão sendo também estudados. Portanto, o lúcido Cioran, ao mesmo tempo um ser que passa pela experiência da insônia, sentindo a realidade que lhe fora revelada, a saber, a inércia, o anonimato, a negação e a Queda, emite crítica ao progressismo, ao utopismo, afirmando o mundo interior e não o exterior como fonte de lucidez. Se buscará aqui exprimir fielmente o pensar deste autor de suma importância não só para a contemporaneidade, porém para todas as eras.

Palavras-Chave: Insônia, Negação, Utopia, Progresso, Queda

Mil Platôs – Capitalismo e Esquizofrenia – Deleuze e Guattari

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Para Deleuze, o rizoma é
inter-relação entre os conceitos. O rizoma é o modelo de realização dos
acontecimentos, que tem espaços e tempos livres, onde os acontecimentos são
potencialidades desenvolvidas das relações entre os elementos do principio característico
das multiplicidades.