SUMÁRIO DA VIDA DE TIMOLEON
- I. Situação da Sicília.
- II. Invasão dos cartagineses.
- A Sicília pede socorro a Corinto.
- III. Corinto atende e Timoleon é enviado.
- IV. Nascimento e nobreza de Timoleon. Seu valor.
- V. Seus conselhos a Timófanes, seu irmão.
- VI. Timoleon sacrifica o amor fraternal ao amor da pátria. Morte de Timófanes.
- VII. Retiro de Timoleon.
- IX. Timoleon aceita a direção da guerra na Sicília.
- X. Sua partida.
- XII. Aborda em Régio.
- XIV. Timoleon engana os cartagineses e apodera-se de Tauro-mênio.
- XVII. A cidade de Adrane abre-lhe as portas e êle recebe as homenagens de outras cidades.
- XVIII. Dionísio, o Tirano, entrega-se a Timoleon.
- XX. Dionísio é enviado a Corinto. Sua vida particular.
- XXIV. Cerco do castelo de Siracusa por Icetes e pelos cartagineses.
- XXVIII. Timoleon apodera-se de Messina.
- XXX. Fuga de Magon, general dos cartagineses.
- XXXI. Timoleon apodera-se da cidade de Siracusa.
- XXXII. Destruição do castelo e de tudo o que pertenceu aos, tiranos.
- XXXIII. Restabelecida a liberdade na Sicília.
- XXXIV. Os cartagineses tentam nova investida.
- XXXV. Nova vitória de Timoleon.
- XXXIX. Despojos de guerra enviados a Corinto.
- XLIII. Icetes é aprisionado e condenado.
- XLIV. Submetem-se os remanescentes da tirania na Sicília.
- XLVI. Reconhecimento da ilha a Timoleon.
- XLVII. Timoleon passa a residir na Sicília.
- XLIX. Timoleon perde a vista.
- L. Honras que Siracusa lhe presta. Sua morte e seus funerais.
- LII. O monumento denominado «Timoleontium».
Antes da 103ª Olimpíada até o 4." ano da 110.", 337 A. C. Comparação de Timoleon e Paulo Emílio.
Plutarco – Vidas Paralelas
TIMOLEON – Τιμολέων),
A situação dos siracusanos, antes de Timoleon ser enviado à Sicília, era deplorável. Tinha sido assassinado a traição o patriota Dion, que havia conseguido derrubar e expulsar o tirano Dionísio (1), seguindo-se um período de desorientação e desatinos, pois mesmo aqueles que haviam auxiliado na conquista da liberdade, agora se dividiam e se hostilizavam mutuamente. A cidade, mudando de governo continuamente, sem qualquer segurança administrativa, assistindo’ a ascensão e derrocada de novas tiranias, como que se tornou o alvo de toda a sorte de calamidades. Pouco faltou para que não ficasse inteiramente despovoada. Toda a Sicília, aliás, se encontrava em condições semelhantes, com as suas cidades destruídas pela guerra e o que restava de pé encontrava-se em poder dos bárbaros e outros estrangeiros, na maioria gente que, em virtude mesmo das diferenças de nacionalidade, não poderia formar uma coletividade unida. Isto criou justamente o clima propício a usurpações e arremetidas contra o poder constituído, que assim vacilava, sem qualquer firmeza ou estabilidade.