JOÃO DE DEUS RAMOS

JOÃO DE DEUS RAMOS, mais vulgarmente conhecido só porJoão de Deus, nasceu em São Bartolomeu de Messines, Concelho de Silves,no Algarve, e viveu de 1830 a 1895. Bacharelou-se em Direito na Uni-versidade de Coimbra em 1859, e pouco depois já era bem conhecidopelos seus belos versos, tão espontâneos quão delicadamente sentidos. Não ligava maior importância … Ler mais

MANUEL ANTÔNIO ÁLVARES DE AZEVEDO

MANUEL ANTÔNIO ÁLVARES DE AZEVEDO (São Paulo, 1831-
1852) depois de se ter formado em letras no Colégio de Pedro II, foi
cursar o Direito na Faculdade de sua terra natal, e aí ganhou nomeada
por brilhantes e precoces produções literárias. Antes de terminar os
estudos jurídicos, sucumbiu com 21 anos incompletos, deixando aos amigos
das letras o eterno pesar do muito que se perdeu com tão lutuoso sucesso.

MANUEL ODORICO MENDES

mapa roma itália

MANUEL ODORICO MENDES (S. Luís do Maranhão, 1799-1864) foi esforçado campeão das idéias liberais na imprensa e na Câmara dos Deputados, de que fêz parte em mais de uma legislatura. Faleceu em Londres viajando por estrada de ferro.

Como poeta original acompanhou a escola filintista, primando na correção da linguagem; e concluiu esmeradas traduções, entre as quais têm primazia as das obras de Virgílio e da Ilíada de Homero.

Tempestade – DESCRITA POR VIRGILIO

Disse; um revés do conto a cava serra
Ao lado impele: os turbinosos ventos

GONÇALVES DIAS – Biografia e poesias selecionadas

ANTÔNIO GONÇALVES DIAS (Caxias; 10 de agosto de 1823 3 de novembro de 1864) bacharelou-se em Direito na Universidade de Coimbra, e, voltando ao Brasil em 1845, sumamente se distinguiu como poeta lírico, publicando, de 1846 a 1851, os seus Primeiros, Segundos e Últimos Cantos.

Na Revista Trimensal do Instituto Histórico figuram interessantes memórias devidas à sua pena.

FREI HEITOR PINTO

FR. HEITOR PINTO, natural de Covilhã, faleceu em Toledo no ano de 1584, sendo incerta a data do seu nascimento. Era religioso da Ordem de S. Jerônimo e doutor em Teologia. Chamado a Madrid por Filipe II de Espanha, quando este se impôs como rei de Portugal, nem por isso aderiu à causa do triunfador, e antes exclamou: "El-rei Filipe bem me poderá meter em Castela; mas Castela em mim é impossível".

Sua obra mais conhecida é a Imagem da Vida Cristã, constituída de onze diálogos, e mui conceituada como excelente modelo de linguagem.

FERNÃO MENDES PINTO

FERNÃO MENDES PINTO (Monte Mor-o-Velho, 1509-1580) foi um grande viajante que percorreu a Índia, a China, o Japão e outras regiões asiáticas, tendo sido cativo três vezes e vendido dezessete. Todas essas aventuras são contadas na sua Peregrinação, obra em que o interesse, aliás seu tanto diluído nas prolixidades da narração, pede meças à correta singeleza do estilo.

Muralha da China

Já que tratei da origem e fundação deste império chim e da cerca desta grande cidade de Pequim, também me pareceu razão tratar o mais brevemente que puder de outra coisa não menos espantosa que cada uma destas.

JOÃO DE BARROS – Escritor português quinhentista

Marechal deodoro da fonseca

JOÃO DE BARROS (Viseu, 1496-1570) exerceu o cargo de tesoureiro e feitor da Casa da Índia e Mina. Escreveu muitas obras, e entre elas: uma Crônica do Imperador Clarimundo; uma Gramática Portuguesa; diversos diálogos sobre assuntos literários e morais; e a monumental Ásia, história dos feitos portugueses no descobrimento e conquista das terras do Oriente. Esta obra é geralmente conhecida por Décadas, e mais tarde foi continuada por Diogo do Couto.

Com razão apelidaram Barros o Tito-Lívio português; e tanto o mereceu pelo patriotismo da narrativa quanto pela pureza da linguagem, relativamente melhor que a do latino, pois não se lhe podem apontar patavinismos.

ANTÔNIO FERREIRA

ANTÔNIO FERREIRA (Lisboa, 1528-1559) fêz sérios estudos de humanidade em Coimbra, onde aprendeu o Grfego com Diogo de Teige. Concluindo o seu curso de Direito Civil, foi lente da Universidade donde passou a desembargador na capital do Reino. Benquisto na corte, obteve a mercê de fidalgo.

Escreveu duas comédias em prosa, Bristo e Cioso, e uma tragédia em versos, Castro; além de várias composições líricas — sonetos, éclogas, elegias, epístolas, odes publicadas com o título de Poemas Lusitanos.

FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA – Poesia Portuguesa

FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA (Coimbra, 1495-1558) dou-tourou-se na Universidade de Lisboa, e, depois de viajar cinco anos, viveu ora nesta capital ora na cidade do seu nascimento. Obtendo a comenda das duas Igrejas no Alto Minho, retirou-se da vida cortesã, ;ios quarenta anos de idade.

Escreveu em português e em espanhol; e das suas viagens pela Itália lomou o gosto do verso decassílabo e das combinações em sonetos e iiTcêtos. Obras: poesias várias, éclogas, cartas, elogios, canções etc; e duas comédias — Vilhalpandos e Estrangeiros.

BERNARDIM RIBEIRO – ESCRITORES e POETAS PORTUGUESES da FASE QUINHENTISTA

BERNARDIM RIBEIRO (Torrão, 1475-1553) um dos poetas que figuram no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, tem nome pela gentil singeleza das suas composições pastoris e sobretudo pelo seu romance Menina e Moça, assim denominado pelas palavras por que começa, mas que primeiro se imprimiu com o título Saudades de Bernardim Ribeiro. Sobre estas produções literárias paira a lenda de uma inditosa paixão de Bernardim por D. Beatriz, filha de el-rei D. Manuel.

DOM FREI AMADOR ARRAIS

DOM FREI AMADOR ARRAIS, nasceu em Beja, e, em 1545, tomou em Lisboa o hábito carmelitano. Foi na sua Ordem reitor do Colégio de Coimbra; pregador da Real Capela, nomeado por D. Sebastião; e co-ad-jutor do Cardeal-Infante D. Henrique no arcebispado de Évora. Reinando D. Filipe II, elevaram-no a bispo de Portalegre, donde se retirou magoado pelo cabido, indo falecer em Coimbra, no ano de 1600.

Adivinhos

Maravilhosos homens são os astrólogos e adivinhos, (362) que somente sabem o que está por vir, e do passado e do presente não sabem nada; e assim contam as coisas que no céu se fazem, (363) como se ao conselho dos seus moradores houvessem estado presentes, e agora novamente de lá abaixassem. Mas a verdade é que os tais não sabem o que se faz no mundo, nem no céu, nem na terra, nem ainda na sua câmara. Não vêem (364) o que trazem ante os pés e querem saber o que passa sobre as estrelas.

Fase Seiscentista – escritor Manuel de Sousa Coutinho ou Frei Luís de Sousa

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

FR. LUÍS DE SOUSA (Santarém, 1555-1630) chamou-se no século Manuel de Sousa Coutinho. Tendo noviciado na Ordem de Malta, esteve cativo em Argel, onde, aliás, sem maior fundamento, se disse que contraíra «amizade com Cekvantes. Casou com a viúva de D. João de Portugal e estava em Almada com a patente de coronel, quando incendiou a casa por negar hospedagem aos governadores espanhóis do reino.