Início › Fóruns › Fórum Sobre Filósofos › Foucault › Foucault e Thomas Kuhn
- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
21/04/2005 às 7:42 #70199Miguel (admin)Mestre
Olá
Nos dizeres de Habermas:
“Foucault desenvolve, em um amplo arco que vai de Kant e Fichte a Husserl e Heidegger, sua idéia fundamental de que a modernidade está marcada pela forma autocontraditória e antropocentrica do saber, própria de um sujeito estruturalmente sobrecarregado, um sujeito finito que transcende no infinito. a filosofia da consciencia obedeceàs pressoes da estrategia conceitual sobre a qual deve desdobrar o sujeito e considera-lo sob dois aspectos (…) a necessidade de se desprender desse vai-e-vem instavel entre aspectos tao inconciliaveis quanto inevitaveis da automatizaçao manifesta-se como vontade de saber incontralavel e saber cada vez mais. Essa vontada extrapola de maneira despretensiosa tudo aquilo que o sujeito sobrecarregado e extenuado esta em condiçoes de realizar. desse modo, a forma moderna do saber define-se pela dinâmica peculiar de uma vontade de verdade”
Na sociedade moderna, no campo da construção de saberes, entram as “relações de poder, que através de um incremento de mecanismos de participação, criam formas subtis de evitar a participação na construção das vidas individuais.”
A verdade e o poder são constitutivos do saber científico, já que “a verdade não existe fora do poder ou sem poder” .Logo, a concepção tradicional de verdade científica, neutra e objetiva, não se sustenta, já que as relações de poder não estão separadas do campo do saber científico e a verdade está em constante confronto nessas relações.
(http://www.discurso.ufrgs.br/article.php3?id_article=12)A pergunta que coloco então, é a de como pensar essa contribuição de Foucault – que está pensando a construção do saber e o do discurso fora de sua perspectiva interna, usando-se para isso do método genealógico proposto por Nietzsche, e transformando-o em arqueologia – com a idéia de manunteção de paradigmas proposta por Kuhn em a Estrutura das Revoluções Científicas, que admite elementos irracionais e sociais no desenvolvimento / propagação da ciência.
Achei alguns textos interessantes sobre o assunto na web, mas não consegui precisar ao certo se o Foucault de Arqueologia (1969) é leitor e dialoga diramente com Kuhn (1962). Os primeiros artigos de Kuhn, que delineam o problema não fazem nenhuma referência a Foucault.
Destaco os seguintes parágrafos de uma dissertação que li na web
“Any postmodern discussion must, by definition, begin with epistemology. Postmodernists want their interlocutors to make clear their presuppositions from the outset, including what world view they represent, what will count as knowledge in their arguments, and what criteria will be used to test this knowledge. In this chapter, I begin by explaining this postmodern concern with epistemology, and then proceed to discuss the two major epistemologies competing for control in the late 20th century. Finally, I show how this paradigmatic battle affects teacher response theory, and I point out the implications for my own study.”Noetic Fields, Epistemes, and Paradigms
“A Rhetoric is a social invention,” writes James Berlin. “It arises out of a time and place, a peculiar social context, establishing for a period the conditions that make a peculiar kind of communication possible, and then it is altered or replaced by another scheme” (“Rhetoric and Reality” 1). Berlin calls these changing rhetorical schemes noetic fields. He says that noetic fields have their own distinctive concepts of reality, human nature and language. A noetic field is “a closed system defining what can, and cannot, be known; the nature of the knower, the nature of the relationship between the knower, the known, and the audience; and the nature of language” (2).
Closely tied to Berlin's noetic field are Michel Foucault's concept of episteme and Thomas Kuhn's idea of paradigm. According to Foucault, history is not a unified whole that can be explained by transcendent themes (the idea of democracy beginning in the Greek city-states and culminating in the American experiment, for instance), but is characterized by disunity and chaos. In place of transcendent themes, one has temporary “domains” of experience, where the economic and political powers determine both the nature and methodology of knowledge (both what can be known and how one can know it). To Foucault, there are no objective facts, only “subjectivities,” which are interpretations or perceptions of reality created and sanctioned by the ruling episteme. Foucault is especially concerned with what is invisible in any given episteme, with what is missing because it has been left unsaid or unwritten.
retirado de http://www.bestyears.com/disst_chaptertwo.html
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.