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O medo existe, e pode assaltar a cabeça de qualquer um. Com medo quero dizer, ” identificar um perigo e reconhecê-lo como tal”. Apesar de ser útil por nos manter afastados dos perigos em potencial, aos quais correríamos sem hesitar e em que provavelmente quebraríamos a cara, ou para citar algo mais brando, pelo menos nos avisar para ter cuidado, ele tambem seria um fraqueza? Justamente por ter o poder de nos fazer pensar duas vezes, de nos fazer parar o que estamos fazendo? O medo então pode ser ( e muitas vezes é ) utilizado como arma, como meio de fazer pressão, chantagem.Existem pontos em que é saudável, e outros em que é prejudicial. Mas onde está a linha que separa esses pontos? Exemplos existem muitos, mas antes de tudo, gostaria de ouvir a opinião de todos a respeitoBoa tarde a todos
Olá lvrf,como vc mesmo disse, o medo pode ter várias consequêcias. Ainda não pensei muito a respeito, mas creio que as suas consequências serão boas ou más de acordo com a intensidade do medo. Explico: o medo em pequenas quantidades, também chamado de cautela, é o que nos mantém vivos. Em quantidades um pouco maiores é chamado de agressividade. E, em quantidades ainda maiores, ele se torna algo como uma depressão, desespero ou algo assim.Obs.: Não refleti muito sobre o assunto, então é possível que tenha dito alguma besteira (sem contar que duas aulas de estatística deixam qualquer um louco..rs...) :-[Abraços.
Saudações Ivrf, unVolt,Como eu disse em outro tópico:Alimentar o medo é como guardar um leão em seu quintal preso à uma corrente. Você nunca sabe quando este leão esta realmente saciado e ou vai arrebentar a corrente.O medo como uma arma: Se você tem medo dos seus medos, esta arma pode explodir em tuas mãos...O correto seria ter o leão sim em seu quintal, porém preso a uma jaula, trancado às sete chaves. E assim, quando você precisar dele, você o solta ou simplesmente olha nos olhos dele, dependendo da sua situação.O que eu venho propor é um controle do medo, você não pode ter medo dos seus medos, eles devem temer você.Entenderam-me?D. Quixote, ao seu dispor...
Mas a linha que separa a cautela da neurose é finíssima. Onde ela está?
hehehe... Não tenho a menor idéia :P
Seria a coragem um dom de nascimento?
Prefiro crer em Locke: um feto é uma folha em branco.
E o medo como uma forma de persuação?
Imposição de medo por meio de ameaças? Bem, com certeza é a forma mais eficaz de se atingir nossos objetivos quando estes se confrontam com os de outros seres. Todos os animais sabem e se utilizam disso.
Penso que o medo não tenha relação com a utilização do raciocínio, mas sim que seja algo mais instintivo, já que não temos pleno controle sobre ele.Sobre Locke, não me lembro como ele explicava os instintos, pois estes notoriamente se expressam a partir do momento do nascimento de uma criança. Devo ter um livro dele em algum lugar por aqui... :-
Baiacú-de-espinho, que se "infla" para parecer maior e assustar possíveis predadores.Ver que o outro tem medo e usar-se desse conhecimento para convencê-lo a fazer o que lhe convém.
Essa é a essência do jogo de poquer, vocês conhecem? Se chama blefe.
Cães percebem quando temos medo, e, se preciso, atacam nesse instante. Penso que a utilização do medo de outrem é um raciocínio simples, de que até animais são providos.Quanto à ética, com certeza seria preferível que utilizássemos sempre um "por favor" em casos de disputa, mas sabemos que isto não é possível.Abraços.
Hoje estava eu no busão lendo “Parerga e Paralipomena”, de Schopenhauer, e encontrei o seguinte em um capítulo que trata da proximidade de vícios e virtudes:"(...) Pois a odiosidade de nossa natureza tornaria cada um uma vez em assassino, se não fosse dotado de uma suficiente dose de medo, para restringi-la a limites; e por outro lado, este sozinho o transformaria em motivo de troça e brincadeira por parte de qualquer criança, não mantivesse nele a ira prontidão e vigília."É, o cara tem estilo. Belo conteúdo, bela forma... Arthur Schopenhauer ;D
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