Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acha que existe um Deus? › Sobre a Bíblia supostamente Sagrada
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28/05/2006 às 0:27 #70473EgypcyoMembroSobre a Bíblia Sagrada
Todos os que aceitam o cristianismo como verdade absoluta dizem que a Bíblia é o Livro da Vida, inspirada por Deus e coisa e tal...Mas as coisas já começam a se desprender quando se percebe que existem Bíblias Católicas e Protestantes.A Bíblia Católica com alguns escritos a mais, a Protestante sem notas de página (cada um interpreta a seu ver!)...A passagem “Isto é o meu corpo”, na famosa Santa Ceia, é cheia de mistérios...Existem mais de 200 interpretações protestantes para essa simples linha sagrada!Os Católicos mantêm um único entendimento quanto à passagem, mas igrejas evangélicas em todo o Brasil diferem a respeito de dar o alimento a seus fiéis.Algumas servem um pão com suco de uva, outras estão de acordo com a Igreja do Papa, servindo o vinho legítimo para os irmãos...Uns acham que quando Cristo disse a Maria, “Eis aí o teu filho”, este era o verdadeiro filho da Virgem dos Católicos.Os chamados irmãos de Jesus em um dos Evangelhos seriam apenas primos ou parentes próximos? Jesus casou-se com Maria Madalena?Teve filhos?Maria é realmente intercessora de seus filhos, lá do céu?E o purgatório?A Bíblia deixa clara esta doutrina de uma terceira dimensão entre o céu e o temido inferno?E os livros apócrifos?...É, parece necessário algumas respostas antes de qualquer outra questão...Numa esfera chamada “fé” vale tudo!Vale até duvidar de que ela é realmente inspirada...Afinal, quer um livro com mais dúvidas e interpretações como este?Obrigado pela leitura...
05/06/2006 às 18:34 #82614FlagMembroMeu caro amigo estás a basear-te, no que as pessoas dizem, fecha os olhos inspira fundo e pensa sobre todos os argumentos que te vêm à cabeça sobre o assunto e tenta formular a tua própria tese.As pessoa são muito influenciaveis, só porque viram na Bíblia algo que parece muito credível, ou leram o código da vinci, começam logo, a especular, mas as pessoas o que deviam fazer é duvidar de tudo o que lhe dizem sem em antes haver uma reflexão crítica do assunto. Eu pessoalmente acho que o valor da Bíblia é muito mais do que algo sagrado, algo que fala da história de Jesus, eu acho que é um livro em que se procura exemplos a retirar para o nosso dia-a-dia, é por isso que a Bíbia é tão ambígua, porque é mais um guia do que algo de sagrado.
15/07/2006 às 20:49 #82615EgypcyoMembroOlá amigo “Flag”.Creio que de sagrada ela não tem é nada.Quanto ser um "guia", não levo muita fé.A Bíblia é o livro mais vendido e o menos lido.É o livro mais conhecido e o mais explorado (vide pastores pincelando versículos para receber o dízimo...)Acreditem no que quiser...Eu sou apenas mais uma opinião (e esta não anda muito perto deste livro não...)
16/07/2006 às 1:11 #82616Miguel (admin)MestreOlá amigos.Bem, o que tenho a dizer é que por muito tempo li a Bíblia, e nada há nela de útil que não nos tenha sido legado por Sócrates, através de Platão. A diferença é que estes dois últimos nos incentivam a praticar a virtude como um fim em si mesmo, ao passo que a Bíblia tudo que faz é ameaçar-nos de fogo eterno caso não guardemos o sábado.Abraços.
16/07/2006 às 17:11 #82617EgypcyoMembroA Igreja diz que é o dumingu né Unvolt, rsrsrssValeU!
16/07/2006 às 17:52 #82618Miguel (admin)MestreA Igreja diz que é o dumingu né Unvolt, rsrsrssValeU!
É, mas ainda existe a Igreja Adventista do 7º Dia, que proíbe seus membros de qualquer atividade no sábado. E eles obedecem.Abraços.
17/07/2006 às 1:48 #82619EgypcyoMembroAqui na minha cidade teve caso de a pessoa não ir fazer prova de concurso porque foi no sábado.Abração!
17/07/2006 às 9:42 #82620ZMembroA bíblia é o best seller de todos os tempos! ;D ;DA Bíblia não é uma história, nem histórias, nem tão pouco documentários... é somente um livro que pode guiar espiritualmente todos os que o tentarem interpretar.A Bíblia para mim, e ao contrário do que diz a igreja, não é autoridade, mas sim um instrumento de consciência. A Bíblia fala em milagres, mas quando a bíblia diz que jesus curou o cego, pode se estar a refirir a outro tipo de cegueira... A igreja tenta impingir os sentidos mais leigos, directos e materiais que consegue extrair da Bíblia. Isto porque os devotos prendem-se mais a uma religião da qual "vêm resultados e feitos" do que a uma religião mais espiritual. ::)A igreja tornou os dizeres da bíblia naquilo que o povo precisava ouvir para acreditar.No entanto, o pensamento hoje é livre, todos podem interpretar a bíblia de modo diferente sem correr tanto risco de arder na fogueira. Claro que se for contrário ao interpretado pela igreja, será desacreditado, mas não deixa de existir.O único milagre de jesus pode ter sido a iluminação da consciência das pessoas, mas é certo que o que conduziu as pessoas à cristandade foi os "feitos milagrosos" materiais que se extraiu das suas histórias.E se a bíblia foi na verdade escrita por filósofos? Filósofos de grande iluminação e compreensão do mundo, que simplesmente inventou todas as histórias, todos os feitos, o próprio Jesus, de modo a tentar libertar as pessoas da ignorância, tentando permitir-lhes uma visão do mundo mais naturalista e sem o "pecado" da presunção?...E se o concelho de Niceia obrigou a uma interpretação diferente.. ou se censurou os dizeres e os transformou nos de hoje para que a Igreja pudesse prosperar, atraíndo os desesperados que necessitam acreditar que algo pode fazer os milagres materiais que se necessita? São tudo questões sem resposta...Por isso eu não desacredito a bíblia, apenas posso desacreditar interpretações da mesma.Todos nós sabemos que quando dizemos uma coisa, o que queremos transmitir pode muito bem ser algo muito diferente das interpretações mais fáceis...
16/03/2007 às 22:06 #82621CientistaMembroGente, A civilização tem apenas 6 (se muito 10) mil anos, frente aos 150 mil de nossa espécie e 6 milhões dos hominídeos que nos antecederam. Estamos apenas no começo; somos infantes todavia! A história do homem, como de resto do reino animal, é uma história de ignorância; a duras penas diminuida na medida em que a civilização avançava. Os passos deste avanço são céleres apenas nestes últimos séculos de nossa história. Antes disto caminhava a passos de tartaruga. A consciência, o conhecimento e a informação sempre foram escassos e privilégio de pouca gente. Hoje mesmo se diz que o maior capital humano é o conhecimento e a informação, muito mais que os gadgets tecnológicos que nos redeiam. Como pode uma criança questinonar aquilo que é professado pela familia, pela comunidade e pelo Padre (Uma autoridade reconhecida)? Ainda hoje isto é verdade, especialmente naquelas familias fora dos centros urbanos. Históricamente, pouca subsídio e condição prática tem tido o homem comum, a "plebe", de questionar as crenças impostas; o que sempre era visto como desrespeito, rebeldia, afronta, ameaça. As punições eram severas! Castigos de toda ordem, como a fogueira da inquisição. Até hoje, boa parte do mundo muçulmano pune com a morte o abandono da religião (especialmente se a troca por outra). A Judéia de Yeshua (Cristo) era uma zona espoliada pelas botas do império romano. O povo judeu não suportava mais a carga dos impostos. Por mais que produzissem, as famílias passavam fome e necessidades; pois a mairia de seu produto ia para os bolsos de Roma. A miséria era grande. Neste estado de pressão existencial, não raro apareciam pregadores que se diziam o Messias (O salvador) do povo. Eles acreditavam ter a fórmula (mágica) que os livrariam da miséria e da opressão. A Maioria destes surgiam e sumiam, sem deixar rastro. Yeshua foi uma excessão. Yeshua levou longe demais sua atividade revoltosa. Mostrou-se um suicida, pois apenas um suicida, naquela época de violência exacebada (até hoje se mata por pouco naquela região), iria afrontar tão frontalmente tanto o poder judeu (O clero) quanto o poder romano (invasor). Por acabar sendo imolado, despertou maior fervor entre as massas oprimidas de seu povo. Eles o tomaram como um mártir de sua causa; um herói! Eles se identificaram com ele. Que eu saiba, Cristo jamais quiz fundar uma religião. Jamais escreveu uma linha, pois, como a virtual totalidade dos campesinos daquela região, era analfabeto. Como então suas pregações resultaram numa das maiores religiões da civilização? A religião dos pescadores (dos pobres e sem esperança) foi crescendo nas franjas do império romano e adentrando seu território. Roma sentiu-se ameaçada. O poder religioso (e, portanto, político) que dominava estava sendo ameaçado por uma vertente independente, da qual não tinham contrôle. A repressão não tardou! Mandou um Turco à galiléia acabar com a fonte do cristinanismo, matando e torturando até se cansar: Era Paulo, o "apóstulo"! Neste meio tempo, com o império já enfraquecido, Roma decidiu-se inteligentemente não por seguir perseguindo, mas por abocanhar o controle da nova religião e todo o poder que costuma redundar disto. Em outras palavras, o Estado Romano (leia-se: A casta que dominava a política) adonou-se da criação do Yeshua, meramente por esperteza. No ano 90 da era cristã, mandou uma contra-ordem à Paulo, para que parasse de matar e torturar. Devia ele arranjar um time e documentar a história do Cristo, fazendo dela uma Bíblia - referencia "documental" da religião que estava então sendo oficializada. Como o novo testamento (terminado no ano 100 - eles não tinham IBM com corretor!) não era suficiente para embasar um religião, e como não havia nada na tradição do império que se encaixasse no perfil do que necessitavam, resolveram tomar emprestadas as tradições judias já escritas, na forma do Velho Testamento - cópia quase fiel do Torá. Um verdadeiro ENCHIMENTO, um tapa-buracos, fruto da preguiça e da pressa! O que é o Velho Testamento? Uma coletânea de estorinhas da tradição judia, com idade entre 3.250 e 2.000 mil anos. Histórias passadas de boca em boca por um povo em sua grande maioria ignorante e analfabeto. Histórias de um povo perseguido e dominado, pelo simples fato de serem pouco numerosos. O velho testamento é recheado de violência e vingança, autorizando a matar-se o vizinho se este não respeitar sábado de descanso, ou ainda vender a prórpia filha como prostituta. Desnecessário dizer que Roma tomou a atitude acertada! Ainda hoje o Vaticano fica em solo italiano e os dividendos de poder romano/italiano/católico sobre a Europa nestes dois mil anos são conhecidos da história. Á luz da razão, porque ficamos reverenciando estorinhas deste povo (Judeu), velhas e descabidas deste modo? Porque estas estorinhas são melhores que as estorinhas muçulmanas, chinesas ou egípcias? Será que nos questionamos sobre isto? Será que não estamos desperdiçando tempo em nos interessarmos pelas história reais e atuais de nosso sofrido e espoliado povo brasileiro e latino-americano? Particularmente, me interesso muito mais pelos povos que me rodeiam HOJE, do que pelos defuntos judeus de 2000 ou 3000 anos - até porque já estão mortos e não posso fazer nada por eles - nem eles por mim. E não vejos estes defuntos mais importantes do que os dos outros povos, como os citados acima. Lembremo-nos ainda que o Povo Escolhido, sob a ótica judia, são eles próprios, em detrimento de todos os outros - nós, por exemplo! Estamos brincando com os textos deles, mas nunca seremos os escolhidos do Torá! Yeshua foi o produto de uma época, um maluco beleza suicída, jamais aceito por seu próprio povo como seu Messias (Este ainda está por vir, segundo os judeus), que acabou gerando um fato político do interesse do império romano. Que tal nos ocuparmos hoje de nossos mártires (bem mais recentes), como Tiradentes, Prestes, Vargas, Castro, Artigas e todos os heróis que lutam hoje contra a opressão do império norte-americano? Abraçoooooo!
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