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12/09/2006 às 20:12 #70541celso321Membro
Caros amigos do saber,Sou estudante de Direito e o prof. de Introdução da Filosofia pediu que formulássemos CRÍTICAS CÉTICAS ao texto abaixo de Descartes, entretanto me sinto sem condições para tal. Alguem poderia de fornecer elementos de argumentação? "mas se me convencessem de que não há nada no mundo, que não há céu, nem terra, nem mentes, nem corpos, será que eu me convenceria também de que não existo? Não, certamente eu existiria, sem dúvida, se me convencessem ou mesmo se eu pensasse alguma coisa. [...] A proposição 'eu sou, eu existo' é necessariamente verdadeira em todas as ocasiões em que eu a prununciar ou que eu a conceba em minha mente (O Discurso do Método).
13/09/2006 às 15:11 #83769Miguel DuclósMembroÉ curioso pedir para criticar ceticamente este trecho se o que ele representa, o cogito, já é o resultado de um percurso cético. O percurso cético começa com o recolhimento das meditações (se afastando portando do mundo da vida), passa pela negação dos saberes constituídos e pela dúvida metódica até chegar a primeira verdade – eu não posso duvidar que sou algo que pensa enquanto duvido.Seria preciso entender o que é ceticismo. Somente o Descartes das duas primeiras Meditações - onde é melhor explicado o percurso do cogito - pode ser considerado cético, já que ele dá um passo para fora do solipsismo e atesta uma "objetividade" do mundo depois, pela via da idéia de Deus. O ceticismo, também chamado de filosofia acadêmica, é uma das escolas da antiguidade. O ceticismo pirrônico é bem exemplificado nos escritos de Sexto Empírico. A palavra cético vem de grego skepsis, que quer dizer "análise". Ou seja, o ato de por as coisas em dúvida, como Descartes faz no início do percurso é cetico por natureza. Fazer uma crítica cética seria negar a validade de sua pedra fundamental. Evidentemente existiram muitas críticas a Descartes, desde o lançamento da obra e até mesmo hoje, estão derrubando o dualismo cartesiano na filosofia da mente. Talvez nós encontremos algo nas "Objeções e Respostas" que acompanham as meditações; tem uma seleção na famosa edição difel/Pensadores. Agora este exercício de combater um autor deve ser feito de forma despretensiosa, porque tudo que toca esta teoria já foi objeto de extensos debates especializados. Tomar uma posição de argumentação como autor pode valer apenas como exercício de retórica, no estágio em que estamos. Acho mais interessante tentar entender o que é o cogito.abç
12/05/2007 às 14:12 #83770jvictorrMembroVerifica-se que se caso o convença de que o existente não exista ele existe por pensar, entretanto verifica-se no oposto a mesma definição do firmado, veja que ao definir o inexistente confirma-se existente através do pensamento, porém nunca firmaria este existente como inexistente sem pensar que existe e fazer a mesma pergunta que fez para definir que existe a si, toda a suposição se anula, na objetivação de um senso comum idelizado de pensamento, dentro da questão não se pode conseguir um sem o outro. portanto a mim não se pode definir que não se existe levando em consideração comparações pensadas, de fato um ceticismo senhor.
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