Início › Fóruns › Questões do mundo atual › A crise das teorias políticas de esquerda › A Maldição de FHC
- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
10/10/2006 às 21:39 #70555jgsaMembro
Aconteceu. Segundo turno. Quando se fala em segundo turno, vem à mente a idéia de que houve uma eleição, dois candidatos foram mais bem votados que os outros, sem atingir, nenhum dos dois, 50% mais um voto, e irão disputar uma segunda eleição defendendo suas ideologias supostamente adversas e atacando erros que encontrem nas campanhas de seus adversários. Quando digo “erros” não me refiro à corrupção do governo mas às estratégias políticas e propostas de campanha. Considero a situação em que vivemos um tanto excepcional, pois temos dois candidatos que foram ao segundo turno com ideologias que não são tão adversas assim. Se o leitor discorda, espero conseguir esclarecer minhas idéias nas linhas que seguem. De um lado temos um discurso esquerdista, assistencialista, demagogo e cego. De outro temos um discurso direitista, dito governante por natureza, “limpo” e sedento. O primeiro tenta sustentar seu discurso pré-governista onde era detentor da ética e a favor do povo. Mas sujo por um governo corrupto, não enxerga a lama em seus pés por ter chegado tão alto, ter subido tanto em seu projeto de poder. Acabou “entrando no esquema”. Cedeu ao capitalismo, impregnou a máquina pública de militantes incompetentes que ao verem o brilho do ouro dos ovos da galinha de tão perto, se ofuscaram à ideologia de ética tão defendida anteriormente. Deu continuação a um governo (tão criticado) de estagnação econômica. Se acha santo por ser assistencialista, dar comida ao povo e deixá-lo permanecer na ignorância (defende essa ignorância!), ter um representante vindo do povo (que traiu o povo). O segundo se vê fora do governo onde se acostumou, há tanto tempo, a ficar sentado em seu trono de glória fazendo do povo uns bonecos de fantoche enquanto se abriam aos ideais opressores do capitalismo. Tenta imitar quem está no governo se dizendo amigo dos pobres e dos nordestinos (blá, blá, blá). Mexe na ferida aberta da ética tentando acusar quem está no governo dizendo que combaterá mensaleiros, sanguessugas, maleiros e protagonistas de dossiês. Promete um reforma política para combater a corrupção. Francamente. Será que depois que estiver com o poder nas mãos vai mesmo querer se privar de toda essa riqueza? Vai querer tornar a galinha estéria? Se ganhar, veremos! Querendo ou não, estamos fadados a vermos um país crescendo menos de 3% ao ano enquanto outros paises emergentes crescem, em média, 9% ao ano! Ver uma crescente concentração de renda e exclusão social! Literalmente não temos opção, estamos entre a cruz e a espada! Nos resta clamar a Deus por misericórdia, pedir que dê sabedoria e piedade aos nossos governantes, quem quer que sejam eles. Pedir sabedoria ao povo para escolher certo. Pedir que surja um governante realmente preocupado com o povo e fiel às suas ideologias. Avante povo brasileiro, tenhamos fé, coragem e consciência que o poder de mudança está em nossas mãos!Abraços
11/10/2006 às 4:09 #83848Miguel (admin)MestreFala jgsa…Dá uma passada no tópico 2º Turno: Quem é o "menos pior"?, estamos discutindo quase o mesmo assunto. Aliás, aproveita e vota na enquete, que já conta com uma vultosa e expressiva votação..hehehe...Até mais.
11/10/2006 às 14:15 #83849ThyalexMembroÉ isso aí. Só que não adianta rezar para surgir um político sério…O povo não votaria nele mesmo…Veja aqui em SP: Maluf em primeiro lugar!
11/10/2006 às 17:00 #83850BrasilMembroÉ isso aí. Só que não adianta rezar para surgir um político sério...O povo não votaria nele mesmo...Veja aqui em SP: Maluf em primeiro lugar!
Olá ThyalexRealmente é desanimadora e decepcionante a constatação: Maluf, Frank Aguiar, Clodovil... a coisa tá maus...Mas, entenda que passamos por um processo longo, do qual devemos nos engajar ou ao menos acompanhar de maneira mais atenciosa, para que isso não corra com frquência. Quando digo “nós”, é claro que não estou incluindo as pessoas que aqui debatem, pois estas são, com certeza, muito mais politizadas que a imensa maioria dos brasileiros.O problema do Brasil não é a ignorância popular, é a ignorância política.Corto um braço se alguma pessoa votou no Maluf pensando que ele é honesto, todos têm plena consciência do que fizeram. Não foram ignorantes que o elegeram, ao contrário, aqui em SP seu eleitorado é de ricos!Vou anular no 2º turno, mas estou atento. As proximas eleições serão regionais e eu estarei votando em meu partido e em meus candidatos.Só assim a coisa vai mudar. Outra coisa importante é não analizar a possibilidade do candidato eleger-se ou não e sim, votar no mais competente sem “previsões de possibilidades”, isso é manipulação pura!! Heloísa Helena foi elogiada por muitos especialistas, todos, ou a maioria das pessoas acreditavam e acreditam em sua honestidade, mas pouquissimos votaram nela. Isso foi um erro! Não estou dizendo que ela ganharia a eleição, eu estou dizendo que o povo deveria fortalece-la e deveria também fotalecer o seu partido, que nasceu de uma ideologia e não foi construido para ser alugado, como PTC, PSL, PRP, Prona, etc...Não podemos desistir ou ignorar a política, isso seria um suicídio coletivo a longo prazo! Quanto mais o povo abandona os assuntos políticos, mais os políticos ficam folgados e avançam sobre os bens e o dinheiro público.Abraços
11/10/2006 às 17:11 #83851jgsaMembroOlá Brasil,Tem certeza que deseja a Heloísa Helena como presidente?????????
11/10/2006 às 17:55 #83852BrasilMembroOlá Brasil,Tem certeza que deseja a Heloísa Helena como presidente?????????
SIM!!!Só me espanta você não ter percebido isso antes!! Ha ha ha Nos últimos meses eu não fiz outra coisa que não fosse campanha para ela! He he he Mas, qual o problema? Você tem algo que a desabone? Se tiver diga-me, detesto ser enganado. He he heAbraços
11/10/2006 às 19:40 #83853Miguel (admin)MestreAs proximas eleições serão regionais e eu estarei votando em meu partido e em meus candidatos.
Brasil, só uma curiosidade: vc é filiado ao Psol?
11/10/2006 às 23:28 #83854jgsaMembroOlá,Pow cara, minha critica não é exatamente à visão política dela, é com relação a seu radicalismo. Por mais que as idéias sejam boas, temos que levar em consideração a diplomacia. Penso que ela no legislativo já cumpre muito bem seu papel, fiscalizando e denunciando.Abraços
12/10/2006 às 0:46 #83855BrasilMembroBrasil, só uma curiosidade: vc é filiado ao Psol?
Não, sou um simples eleitor, chamo o PSOL de "meu partido", porque votei neste partido e até agora ele se encontra LIMPO, se ele se sujar, não o chamarei mais de "meu".
Pow cara, minha critica não é exatamente à visão política dela, é com relação a seu radicalismo. Por mais que as idéias sejam boas, temos que levar em consideração a diplomacia.
Não entendi!! O que é diplomacia? Chamar um ladrão de "caro colega"? Chamar um coprrupto de "excelência"?Gostaria que você me dissesse claramente, alguma atitude pouco diplomática de HH. Você pode fazer isso? O sotaque da senadora não agrada muitas psessoas, porém suas palavras soam verdadeiras e inteligentes.Heloísa abriu mão de sua candidatura a Governadora de Alagoas pelo PT, para não aceitar a patifaria. Poderia ter mamado muitos milhões para uma campanha p/ o Governo de AL em 2004, que seria muito provavelmente viotoriosa. Foi expulsa de seu partido e não se vendeu a nenhum outro, como muitos fizeram, inclusive em outros partidos. Um verdadeiro comércio de mandatos. Ela fundou seu próprio partido e, sem recurso$, mantém-se de cabeça erguida. Isso também é política, por mais incrível que possa parecer.Até
12/10/2006 às 21:17 #83856BrasilMembrominha critica não é exatamente à visão política dela, é com relação a seu radicalismo. Por mais que as idéias sejam boas
Olá amigosAlgumas pessoas vêem radicalismo nas propostas do PSOL. Bem, primeiro é preciso estabelecer o que é radicalismo.A posição do PSOL quanto a dívida externa é de fato, contundente, mas eu não diria radical. Ao contrário do PSOL, eu defendo que a divida tem de ser renegociada em outras condições que deveriamos criar a partir da democracia.Primeiramente uma bela moratória e depois de uns dois ou três aninhos, uma boa e vantajosa renegociação, assim como fez a Argentina.Para quem disser que o Brasil perderá credibilidade e terá prejuízos com isso, eu apenas sugiro a comparação dos números argentinos e dos números brasileiros. Depois da renegociação argentina junto ao FMI, ocasião em que conseguiu um desconto de 75% na sua dívida, a Argentina cresce, exporta e importa sem qualquer problema ou impedimento. Seus credores, empenham-se em ajudá-los e, dar-lhes credibilidade perante os investidores internacionais, pois senão, não recebem o restante dos 25% que estão sendo pagos. hehehe essa foi boa, não? O Brasil só não faz isso porque os seus políticos não são pressionados pelo povo, pelos eleitores. Só isso!!Para quem ousar a chamar isso de calote, eu recomendo a leitura deste texto proveniênte da USP/Universidade de São Paulo. (não é muito longo)Dívida Externa e Educação ::)http://www.paulofreire.org/Moacir_Gadotti/Artigos/Portugues/Educacao_Brasileira/Divida_externa_1995.pdfAbraços
12/10/2006 às 21:39 #83857BrasilMembroCaro jgsaRecentemente você disse neste fórum que, pretendia candidatar-se a um cargo no Legislativo. Gostaria que você expusesse suas ideias quanto a dívida externa. Seria possível?Abraços
15/10/2006 às 2:00 #83858jgsaMembroOlá Brasil,Bom, considero qualquer questão econômica internacional um tanto complicada pois temos protecionismo x globalização (cooperação)!No legislativo talvez não tivesse muita condição de fazer alguma mudança (sozinho), mas vamos à minha visão política:Com relação ao Brasil, o caso é muito complicado pois temos a segunda maior dívida externa do mundo, perdendo apenas para os EUA! Devemos honrar nossos compromissos feitos no passado (diplomacia). Para resolver o problema seria necessário um planejamento a longo prazo para reverter o crescimento e começar uma quitação!Não sou muito especialista no assunto mas penso que o que falta mesmo é boa vontade dos políticos que estão no poder atualmente.Abraços
15/10/2006 às 4:58 #83859BrasilMembroOlá jgsa
Com relação ao Brasil, o caso é muito complicado pois temos a segunda maior dívida externa do mundo, perdendo apenas para os EUA! Devemos honrar nossos compromissos feitos no passado (diplomacia).
Primeiramente vamos estabelecer um critério para a palavra “diplomacia”, pode ser algo parecido com isso que está logo abaixo: "A diplomacia é a arte de conduzir as relações exteriores ou os negócios estrangeiros de um determinado Estado ou outro sujeito de direito internacional. Geralmente, é empreendida por intermédio de diplomatas de carreira e envolve assuntos de guerra e paz, comércio exterior, promoção cultural, coordenação em organizações internacionais e outros.Convém distinguir entre diplomacia e política externa - aquela é uma dimensão desta última. A política externa é definida em última análise pela Chefia de Governo de um Estado ou pela alta autoridade política de um sujeito de direito internacional; já a diplomacia pode ser entendida como uma ferramenta dedicada a planejar e executar a política externa, por meio de diplomatas.As relações diplomáticas são definidas no plano do direito internacional pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (CVRD), de 1961.Figurativamente, chama-se diplomacia o uso de delicadeza ou finura, ou ainda, astúcia para tratar qualquer negócio."pt.wikipedia.org/wiki/Diplomacia"É o ramo da administração pública encarregado das relações de um governo perante Estados e governos estrangeiros. Significa, também, habilidade no trato de questões delicadas, polidez. (NUNES, 1999, p. 139)http://www.fred.adm.br/glossario/glossario.htmlBem, eu acho que você não deu uma olhadinha no texto que eu indiquei sobre a Dívida Externa e a Educação. Digo isso porque você não observou qualquer dos aspectos alí expostos.Aspectos importantíssimos que vão desde resultados de vários cálculos matemáticos indicando que a conta já foi paga, até aspectos político-jurídicos, que dariam material suficiente para a pacífica contestação da dívida, não deixando com isso, de exercer a diplomacia na sua plenitude.Sobre o exposto a respeito da Argentina, vc acha que eles(os argentinos) não tiveram diplomacia? Bem, se vc pensa assim, vc tem todo direito de faze-lo, porém os credores da Argentina não pensam... Como disse anteriormente, a Argentina deixou de pagar simplesmente 75% da divida e são ajudados pelos seus credores pois se o País quebrar, eles não recebem nem o que foi renegociado: 25%.Acho que vc não faz ideia do que representa essa FDP dessa dívida, amigão! A fome, a miséria, a marginalidade generalizada, a violência, o desemprego a falta de educação e o princípio de banalização disso tudo, têm suas origens na maldita dívida. Tenha certeza disto que te digo.Há duas décadas atrás, estudos indicavam que cada brasileiro nascia devendo 800 dólares, isso era considerado um absurdo pelos especialistas. Hoje cada brasileiro nasce devendo 3000 dólares e o fato não choca ninguém, as pessoas são capazes de valer-se da palavra “diplomacia” para justificar isto!!Peço que perca um pouquinho de seu tempo e dê uma lidinha por cima do que está alí dito. Te garanto que você não usará mais a palavra “diplomacia” para justificar o pagamento desse sequestro da moral e da inteligência dos brasileiros. Um abraço
15/10/2006 às 12:58 #83860ThyalexMembroNão podemos desistir ou ignorar a política, isso seria um suicídio coletivo a longo prazo! Quanto mais o povo abandona os assuntos políticos, mais os políticos ficam folgados e avançam sobre os bens e o dinheiro público.Saudações!!!Duas coisinhas: você escreveu algo sobre pesquisar os candidatos...Eu pesquisei TODOS os meus possíveis candidatos antes de tentar escolher um. Analisei os partidos, as propostas (dos que tinham proposta) e também verifiquei a declaração de bens deles etc... Jamais passou por minha cabeça desistir da política e fiz este ano uma campanha (gastando o meu próprio dinheiro e tempo) para que as pessoas votassem de forma consciente e perspicaz, contudo as pessoas tendem a se afastar da política.Quanto ao que eu disse sobre o povo ter dificuldade para votar nos honestos, isto é um fato histórico e muito difundido na cultura brasileira. Como prova uasarei o que vc mesmo escreveu (muito bem por sinal): "corto um braço se o Maluf recebeu voto de alguém que não sabia o que ele fez" ...Concordo e tb cortaria o meu no caso.É preciso que pessoas um pouco mais esclarecidas como vc ou (quem sabe eu) reúnam esforços para tirar do "pântano da ignorância" aqueles que lá se encontram. Não é fácil e vc deve se recordar de que a mais de 2 mil anos platão já falava disso no mito da caverna...Acho que é só isso!Um abraço.
15/10/2006 às 19:48 #83861BrasilMembroOlá Thyalex
Jamais passou por minha cabeça desistir da política
Desculpe-me se eu te entendi errado! As vezes eu próprio chego a desanimar, mas, nada como uma boa noite de sono e acordo novo de novo, heheheNão tenho esperança de ver esse País, uma potência de educação, economia, etc, mas acho que devemos dar o máximo de nós, no que diz respeito a chamar a atenção das pessoas, para que esse quadro de regressão moral e de baixíssima auto-estima mude pouco a pouco. Nossos filhos e/ou netos poderão ou não, viver esse novo momento. Depende de nós!Abraços críticos porém, democráticos!
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.