ARTES DE ROMÂOZINHO – histórias do sertão goiano

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ARTES DE ROMÂOZINHO

O célebre capetinha sertanejo, autor de tantas falcatruas, neste município de Santa Luzia, conforme contam, é pessoa de carne e osso, invisível, caminhando a pé, andando na garupa de cavaleiros e viajando de automóvel e caminhão, de acordo com as exigências do momento. Quando se hospeda em uma casa, custa a sair. Faz maldades. Põe terra na chícara de café, picumã no prato de comida, ao serem servidos pelo seu “protegido”, assim como faz tudo o que passa a contrariá-lo, irritando-lhe os nervos, provocando xingatórios, azedando os humores e desgraçando–lhe a vida. Ao lado disso tudo, prodigaliza-lhe benefícios. Se falta qualquer mantimento na cozinha, imediatamente “êle” o traz, não se sabendo como nem de onde, e o deposita no fogão. Um caso autenticado sucedeu com o falecido Sebastião Lino Barbosa, residente na fazenda Samambaia, neste termo, uma das maiores vítimas desse espírito satânico. Nas suas tribulações constantes, fez uma promessa ao “Divino Padre Eterno, de ir à missa anual, por ocasião da festa, no santuário da Trindade levando uma esmola, se ficasse livre daquela tentação dos infernos. O “trem” desapareceu. Na ocasião oportuna, empreendeu a viagem, para cumprimento do voto, tocando um cargueiro de vitualhas e amontado no seu cavalo baio. Os pousos se passaram, sem novidades. Franca alegria e camaradagem entre os romeiros. Com mais duas jornadas, chegariam. Responsável pela bóia, conforme trato feito, bancava a chefia da caravana o “prefeito” do satãzinho. Faltou o toucinho, nas bruacas para o almoço. Bastou a simples lembrança de que, no tempo do domínio “dele”, não lhe escasseava nada, para, no mesmo instante, aparecer, dentro da cuia, junto à mariquinha, um lanho de gordura, daqueles mantenas, alvo, grosso e largo, com a probabilidade de pesar meia arroba. Satisfeito com o aparecimento do presente acetiou a oferta e tratou da comida. Houve, desde então, o reatamento da camaradagem antiga, que permaneceu até a última hora de vida do pobre lavrador.

Gelmires Reis: Jornal de Notícias. 18-6-1960, Goiânia.

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