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  • em resposta a: Quem é responsável pelas mazelas da humanidade? #87202
    lamour
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    Existem os impulsos para o acúmulo e a cultura parece-lhes dar sobrefôlego, de modo que esta noção maniqueísta deverá por vezes afluir para o unilateralismo, por via do qual se presume a ação reparadora e dependente do bem ante a ação predatória e initerrupta do mal.A noção do instinto de acúmulo estaria ligada honradez meritocrática, segundo se nos foi interpretado pelo direito ao acúmulo mediante ao esforço individual, mas, em uma sociedade em que os códigos de conduta são desrespeitáveis, desprezíveis, parece-nos fácil discernir sobre os porquês de tais padrões predominantemente desequilibrados, falhos. Parte disso se deve a uma inércia cabal da ação opositora, que carece de meios eficazes que culminem em realizações plenamente desequilibradoras, arrebatadoras, as quais parecem por demais terem acatado as ordens da sujeição, das impressões subjetivas e passivas, meramente hodiernas, por meio das quais comumente se supõe uma conduta de sujeição própria.A síndrome do heroísmo parece mesmo regalar nossos corações, inspirar-nos como seres humanos, tanto parece quanto nos escandaliza, à nossa percepção crítica, por tão incomum qualidade. Então, como explicar nosso descrédito, por vezes automático, à respeito de qualquer manifesto aparentemente despretencioso, ao qual tomamos conhecimento?Parte disso se deve a ação do bem que supõe, para além do simples ganho individual, o bem comum, e, ao olharmos para nós mesmos, notamos como é difícil exprimir algo para além do que compreende um acúmulo integral dos nossos esforços, seja nas finanças, nas amizades, no amor etc. Admiramos tal padrão benévolo como sacrossanto por considerarmos-no imcompreensível, ao passo que também os podemos execrá-lo pelo mesmo motivo.Queremos ser melhores amigos, para sermos considerados como tal; queremos ser bons e receber as justas honrarias. Queremos acumular coisas, quaisquer sejam.Há tantos padrões que sobressaltam, mais de caráter expressivo do que objetivo, o culto a humildade por exemplo, pela qual o coletivo comum entoa um uníssono ode, enfim, vivemos um circo de aparências, um mundo teatralizado, no qual vence o melhor ator. A aparência do caráter sobressalta a ação mesmo nos fenômentos mais essenciais, na arte, no amor, em que não há uma bajulação ao tema da matéria, mas a uma própria hierarquia de temas individuais, sentimentais, preconcebidos, parte dos quais foram injetados na personalidade. É por demais complicado sermos nós mesmos, eu jamais consegui, mas luto para isso.Encontramo-nos dispersos em nós mesmos, envoltos em súlicas sensoriais de apreço e repúdio, é tão complicado, e trabalhoso, fazer valer algo para além desta prisão de sentimentos, e sofrido, mas valoroso, às vezes.Creio que os sentimentos humanos sejam os maiores responsáveis pela falta de objetividade para com o meio externo.l4lumiere.blogspot.com.br

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