A Bio-Pirataria no Brasil

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    Temos conhecimento de que no Brasil,  bio-piratas estão aliciando índios para fazer experiências, colhendo formulas prontas de medicamentos, amostras de plantas homeopáticas, raízes e remédios da cultura indígena que, depois são patenteados, e ninguém mais pode fabricar sem pagar aos patrocinadores da pilhagem pelos direitos de patente.Um "trabalho" muito bem organizado por laboratórios internacionais com o auxilio de instituições cientificas da Europa e Estados Unidos.Esse trabalho poderia estar sendo feito pelos brasileiros ou pelo menos com a participação dos cientistas brasileiros, visto que ilegalmente, como está sendo feito, não há limites para ações inescrupulosas.Vou reproduzir uma nota de nome “Cobaias Brasileiras” que foi publicada na revista Época de 19 de dezembro de 2005:A Comissão de Direitos Humanos do Senado e o Ministério Publico, estão investigando um caso em que pelo menos dez pessoas foram usadas como cobaias em pesquisa irregular sobre a malária. Ribeirinhos de uma comunidade do Amapá recebiam apenas R$ 12,00 para ficar com braços e pernas expostos, atraindo mosquitos. A pesquisa é financiada pela Universidade da Flórida e pela ONG Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=33748Essas ONGs...O que você acha disso?Aguardo opiniões.

    #81426
    Brasil
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    Encontrei um artigo interessante, de quem sente na pele o atraso no desenvolvimento, imposto por nossas autoridades.CIÊNCIA E GEOPOLÍTICA:DOZE ANOS DE QUÍMICA EM RORAIMAROBSON FERNANDES DE FARIASOs Estados amazônicos necessitam, com máxima urgência, serem efetivamente (e afetivamente) incorporados ao inconsciente coletivo nacional, como parte inalienável de nosso patrimônio. Robson Fernandes de Farias é professor do Depto. de Química da UFRR. (e-mail: [email protected]). Artigo publicado no Boletim Eletrônico da Sociedade Brasileira de Química (SBQ):Com a promulgação da nova Constituição em 88, Roraima (favor não confundir com Rondônia), passou de território à Estado, ganhando assim sua autonomia administrativa.Já em 89, era publicado o decreto presidencial autorizando a criação de uma Universidade Federal naquele Estado, Universidade esta que iniciou suas atividades em 90.Em 91, foi criado o curso de Licenciatura Plena em Química, o qual já formou mais de 70 profissionais, contando atualmente com cerca de 150 alunos matriculados.Após doze anos de atividades, alguns efeitos positivos já se fazem sentir, como a melhoria da qualidade do ensino de Química nas escolas de ensino médio, fato dos mais relevantes, visto que a (em geral) baixa qualidade de ensino era um dos muitos fatores determinantes para o atraso do antigo território. Desnecessário salientar a importância de uma educação científica de qualidade numa região onde o meio ambiente é o grande centro das atenções.Roraima tem área territorial cerca de cinco vezes maior que a do Estado do RJ, contando, porém, com apenas 324.152 habitantes, dos quais 200.383 vivem em sua capital, Boa Vista, segundo o censo 2000 do IBGE.A jovem Universidade, e conseqüentemente o curso de Química por ela oferecido, viram-se grandemente prejudicados pela política de redução de recursos destinados à Educação por parte do governo federal, bem como pela política de suspensão dos concursos públicos (O Departamento de Química da UFRR conta atualmente com apenas sete professores efetivos, e dois substitutos).Não obstante, a média de publicações dos últimos 5 anos (98-2002) é de 2,0 artigos/ano por professor.Roraima, assim como os demais Estados da chamada Amazônia legal, vive uma realidade paradoxal.Ao mesmo tempo objeto da cobiça de países estrangeiros (EUA e países europeus, sobretudo, desavergonhados praticantes da chamada bio-pirataria), é desconhecido da maioria dos brasileiros, que o vêem apenas como um lugar longínquo e esquecido, cercado é claro por florestas e índios, como manda a distorcida, e conseqüentemente equivocada, imagem consolidada no imaginário popular.Em vista da omissão nacional, grande parte dos projetos de grande porte desenvolvidos na região, nas áreas de biologia e antropologia, sobretudo, são quase sempre conduzidos (liderados) por estrangeiros, sendo muitas vezes os pesquisadores nacionais meros (e, infelizmente, felizes) coadjuvantes, orgulhosos por serem colaboradores de um algum "gringo". Santa ingenuidade...Depósito de imensas riquezas, tanto animais e vegetais, quanto minerais, além é claro da imensa (porém não inesgotável) reserva de água potável (uma das grandes riquezas, e, conseqüentemente, trunfo geopolítico no milênio que se inicia), os Estados amazônicos necessitam, com máxima urgência, serem efetivamente (e afetivamente) incorporados ao inconsciente coletivo nacional, como parte inalienável de nosso patrimônio.Quando da apresentação do projeto que criava a Universidade Federal de Roraima, alguns políticos posicionaram-se contra tal projeto, justificando sua opinião com base no fato (sic) de que "lá não existe ninguém, só índios e mato". A despeito da questionável (e politicamente incorreta) classificação do componente indígena da nossa nação como "ninguém", fica patente a falta de visão geopolítica dos infelizes parlamentares. Explico-me: a criação de uma Universidade em uma região de fronteira, neste caso em Roraima, justifica-se não penas pela evidente necessidade de desenvolver-se a região, pois existe uma clientela à procura de formação em nível superior.Justifica-se também pela gritante necessidade de consolidar-se a soberania nacional, pela efetiva ocupação das regiões limítrofes, bem como implantar-se Centros de Pesquisa que possam investigar e solucionar as problemáticas específicas de cada localidade, e, é claro, ocupar o "espaço científico" existente.Em conversas recentes com vários colegas, pessoas supostamente esclarecidas, pude constatar que, infelizmente, o trinômio "índio-mato atraso", domina as mentes de quase todos. Não nos enganemos: a alocação de recursos para a criação e desenvolvimento de Centros de Pesquisa de elevada qualidade nos Estados da Amazônia legal, ultrapassa, em muito, a esfera meramente científica-educacional, tendo sérias implicações de natureza geopolítica, e a negligência, via de regra, custa mais caro que o investimento.No tocante aos investimentos, contudo, as Universidades jovens, e, portanto, de pouco prestígio, sobretudo se localizadas em Estados de pouca expressão política no cenário nacional, contando com um reduzido número de doutores, e com dificuldades em atrair outros, vêem-se quase sempre contempladas com uma pequena fatia das verbas destinadas à pesquisa, sendo a maior parte dos recursos destinados às instituições de maior renome.É a consolidação do célebre enigma do biscoito tostines: "tostines vende mais por que é fresquinho, ou é fresquinho por que vende mais?". Ou seja, as instituições de renome recebem mais por que produzem mais, ou produzem mais por que recebem mais? Iniciativas como o PNOPG são válidas, porém insuficientes.Infelizmente, após 500 anos, o Brasil, mesmo do ponto de vista científico, ainda é um país eminentemente litorâneo, voltado de frente para o exterior, e de costas para o seu interior.Após 500 anos, a Amazônia ainda faz por merecer o título que Euclides da Cunha deu ao seu livro dedicado àquela região: Um paraíso perdido.

    #81427
    Brasil
    Membro

    Recente publicação da revista espanhola Dsalud, revelou uma trama sórdida envolvendo Bush, Donald Rumsfeld, e o Laboratório Roche, a reportagem teve uma repercussão monstruosa, acompanhe: http://www.dsalud.com/editoriales_81.htm.htmhttp://www.pmfarma.com/noticias/noticias/noti.asp?ref=5678http://ovoceiro.blogspot.com/2006/03/o-tamiflu-donald-rumsfeld-e-o-negocio.htmlhttp://www.realidadeoculta.com/tamiflu.htmlhttp://citadino.blogspot.com/2006/03/el-tamiflu-donald-rumsfeld-y-el.htmlOs laboratórios andam muito próximos ao poder...

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