Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acha que existe um Deus? › A Imperfeição divina!
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30/03/2007 às 17:35 #80811CientistaMembro
Aí surge, a partir de um povo então politicamente insignificante, o povo dos judeus, o monoteísmo: Deus é um só, todos os outros são falsos deuses. A religião do deus único - no singular e em maiúscula – era inicialmente um fenômeno cultural restrito a um pequeno povo de nômades. Gregos e romanos, os senhores do mundo civilizado, toleravam o povo dos judeus com seu deus único. Os romanos, então, nem tiveram dúvida. No grande templo que reunia ecumenicamente todos os deuses de todos os povos, o Panteão, colocaram também uma estátua homenageando o deus dos judeus. Afinal, por que não? E assim surge a contradição de um deus, que quer ser único, posto no meio de um coletivo variegado de deuses oriundos de todas as partes e representando as mais diversas culturas. O deus dos judeus não era um deus universal, um deus a ser reverenciado por todos os povos, um deus que ditasse leis a todos os povos, um deus que fizesse justiça a todos os homens [2] . Não, o deus dos judeus era deus somente dos judeus. Suas leis eram apenas para os judeus, seu povo escolhido; sua justiça e sua bondade valiam apenas para com os judeus. O deus dos judeus não reinava por sobre os outros povos, não, o deus uno e único do povo judaico, Javé, era um deus que numa contenda entre judeus e não-judeus estava sempre ao lado de seu povo e de seus adoradores contra todos os seus adversários, quaisquer que fossem eles. O deus dos judeus não era universal como o império romano com seu comércio, suas estradas e seu jus inter gentes, mas sim um deus particular de uma pequena tribo de nômades sem nenhuma importância política e militar. Mas era um deus uno e único, transcendente: surgia o monoteísmo.Dentro do pequeno povo judaico, perdido na periferia do império e, portanto, da civilização, nasceu, então, uma seita político-religiosa menor ainda e ainda menos importante: os essênios. À beira do Mar Morto, uma das regiões mais inóspitas do mundo, de dentro da seita dos essênios nasce o germe intelectual que vai crescer, florescer, espalhar-se por todo o império, por todo o mundo civilizado, o cristianismo: a religião de um deus transcendente que, pela encarnação, se faz homem e assim se torna também imanente. Surge aqui o deus que é transcendente e imanente, quanto mais transcendente é pensado mais imanente ele fica." Carlos Cirne Lima - A fundação Ética e o AbsolutoTranscendende: Muito elevado, sublime, superior; Metafísico; Que está acima das idéias e conhecimentos ordinários. (Michaelis)
04/04/2007 às 15:53 #80812KamilMembroCientista, andei lendo teus recados neste forum e cheguei a uma conlcusão: Tú és um BLASFEMO! e tam´bem é um mitocida (é assim que se diz quem mata mitos? :))Deus castiga, mesmo quando não mata! Cuydado!bye
07/04/2007 às 2:45 #80813ThasaMembroCientista, andei lendo teus recados neste forum e cheguei a uma conlcusão: Tú és um BLASFEMO! e tam´bem é um mitocida (é assim que se diz quem mata mitos? :))Deus castiga, mesmo quando não mata! Cuydado!bye
Olá KamilQuem é o maior " castigador" ?
09/04/2007 às 1:13 #80814thiedriMembroOlá Thasa,Acho que ele estava sendo irônico somente.
02/05/2008 às 21:58 #80815recuperador-de-postsMembro[html]
GabrielVinicios « Responder #19 em: Dezembro 16, 2007, 01:44:36 »
A perfeição de Deus é demonstrada apoditicamente pelas vias tomistas e pelo argumento ontológico. Não é ponto de discussão. Em contraposição isto, tem-se supostas evidências de uma criação imperfeita, apresentadas no texto. Mas quem tem algum conhecimento de teologia cristã sabe que toda criação é imperfeita em referência a Deus. Assim, há dois modos de Ser, dois modos de perfeição: a absoluta, da qual só Deus participa, e a relativa, do qual as criaturas participam.Ora, a perfeição absoluta é caracterizada pela perfeita identidade entre a essência e a existência do Ser. Já a relativa, a essência é recebida por outrem e, portanto, o Ser é dependente de outro para ser o que é. Portanto, não tem em si a razão suficiente de sua existência, o que o torna imperfeito ante o Ser Perfeitissimo. Dito isso, vamos ao problema do mal.Ora, o Mal como Ser (no sentido ontológico) não existe. Porque existir é um bem. Assim, se o mal tivesse existência, já não seria totalmente mal, mas teria um bem. Portanto toda criatura é essencialmente boa, uma vez que recebeu sua essência de Deus e possui perfeição relativa, o que significa que é imperfeita relativamente e nunca imperfeita absolutamente.Já que o mal não é Ser, não existe per si, então como explicar as calamidades do mundo?Ora, sabemos que o mal, por não ter existência própria, só pode ser caracterizado pela ausência de um bem. Imaginemos, por exemplo, que a ordem, a organização, seja um bem. Assim, a desorganização, isto é, a falta de ordem, é um mal. O crescimento das células é um bem. Mas se esse crescimento estiver fora de ordem, isto é, desodenado, torna-se um mal, pois pode se transformar num câncer. Da mesma forma, quando um ladrão furta um objeto, tem-se o mal, pois apesar do ladrão utilizar-se de meios bons, isto é, sua inteligência, sua capacidade de manipular objetos, sua intuição de espaço, etc., tal utilização terminou por culminar numa deordenação de bens, que caracterizou o furto. Portanto, um mal.Assim, o mal é sempre a ausência ou o mal uso de um bem. Por isso, existem apenas ações más, e não coisas más. Por isso, diz-se que a criação é perfeita. E como ressaltei de início, é uma perfeição relativa, e não absoluta.Para os que gostam de explicações mais abstratas, basta constatar que toda negatividade depende de uma positividade para existir. Se assim não for, então teriamos uma negação de negação, o que acabaria por negar a própria negação. Acho que é só. Abraços, fiquem com Deus,In corde Jesu, semper,Gabriel.
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15/05/2008 às 3:42 #80816rastaMembroOlá amigos! Essas histórias de ficar jogando a culpa em cima de Deus, de que Deus não existe, e tantos outros blás blás blás gerados pelo vício do ócio, tudo isso é uma grande perda de tempo. Aos praticantes da negação da vida - pensem e se respondam -: aonde daqui a 100 anos, vocês, seres pensantes, racionais, super inteligentes e detentores de um senso crítico fantasticamente crítico, vocês mesmos que se julgam superiores, vocês que jogam pedras contra o Criador, aonde é que vocês, seres, irão estar? Com honestidade e dignidade se respondam sobre o medo que vocês têm da morte! E a falsidade de suas forçadas auto-suficiências em relação à inexorabilidade do tempo? O desenvolvimento de idéias que neguem a realização de algo Maior, Pleno e Divino – Para Quê? O caminho? Apoiam-se em que para sustentarem tantas idéias contrárias ao que é vitalidade? Por acaso nas interações elétricas dos neurônios que os senhores conduzem muito bem pela força criativa de suas exclusivas vontades? Oh, quão poderrosos são vocês! A incapacidade de alguns em sentir a essência da Divindade é muito mais algo a se compreender como carência de espírito do que algo a se indispor energeticamente, pois que, nestes casos, nos depararemos com as dificuldades de alguns superficiais que não percebem a essência indescritível do que é Vida. A precariedade da doença da negação é uma prova concreta de que ainda há muito trabalho a ser realizado neste mundo.O mal de alguns racionalistas críticos do oportunismo é cair na superficial ilusão de que existe um Mal independente e forte a combater um Bem, comparando-os por valores e poderes reciprocamente proporcionais, como se existisse uma fonte soberana tanto para o Bem quanto para o Mal... Como se o mundo tivesse obrigatoriamente de ser dividido em duas partes imutáveis e inconciliáveis! O Bem e o Mal como indissociáveis, como inaceitáveis entre si - Eis o mal provocado pela ignorância da não descoberta do que é Sentir.Quem quiser continuar nas idéias, nos argumentos e naquelas justificações racionalísticas que levantam como bandeira a negação e o desprezo à vida, que continuem a atacar Deus, a natureza que os cerca, as pessoas que não são tão educadas... Culpem a tudo e a todos! Ataquem mesmo a Deus quando sentirem aqueles calafrios e ardores provenientes de alguns de seus sentimentos mais profundos... Culpem mesmo a Deus por seus medos, desesperos e agonias mais ocultas... Muito fácil – muito cômodo, muito superficial, muito covarde...- que se divida o mundo material em dois planos para que o indivíduo frustrado por suas incapacidades de poder, venha, levante a pompa, e jogue todos os seus constrangimentos em cima de algo que se dá nome de Deus. Eis a gênese de que o problema está sempre com o outro, de que o problema não é nosso, eis a própria auto-negação!Que não seja muito difícil para que esses seres críticidas tenham a certeza de que quando a morte vier para um encontro romântico, lá, aqueles mesmos pensamentos cultivados por anos serão, NO ATO-FATO, desconsiderados por serem, em verdade, absolutamente irrelevantes em relação ao que é Maior, ao que simplesmente É...Compreendam que não existe isso de Mal de um lado e de Bem do outro. O Tudo é uma coisa única provinda de um Poder Absoluto, um Poder muito maior do que qualquer desvio especulado pela razão possa especular. É muito mais profundo, altivo e verdadeiro do que qualquer lógica matemática ou intelectual. É Sentir o que significa Existir... É Estar Vivo, É Ser, É simplesmente Sentir...
23/05/2008 às 16:24 #80817cdp2xMembroComo assim Recuperador de Posts ? Deus é perfeito, mas sua obra é imperfeita ?Pra mim , ou os dois são perfeitos, ou os dois são imperfeitos...não tem outra alternativa.Se voce disser:É isso mesmo:Deus é perfeito e sua obra é imperfeita.Então pra mim , ele é uma tremendo dum sacana...e sacanagem é imperfeição.
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