Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acredita na justiça? › A justiça existe e funciona!
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21/07/2006 às 14:11 #70525jgsaMembro
Olá,Posso dizer que acredito na justiça como instrumento do Estado. Se a justiça e questão é no sentido de penalização correta, só posso dizer que o homem é falho e nunca será perfeito.O que acontece na maioria das vezes é que as pessoas desconhecem a justiça, desconhecem seus direitos e deveres.Abraço
21/07/2006 às 20:08 #83179ZMembroa penalização é só uma vertente, a maior itnenção da justiça é compensar das formas possíveis os lesados.Se uma pessoa morre, a justiça n se preocupa só em arranjar um culpado mas em compensar a família da vítima.Na prática, a justiça é injusta mas necessária. Na teoria, o sistema judicial é uma inutilidade. :X
21/07/2006 às 20:39 #83178jgsaMembroZ,Inutilidade? Por que? Tem certeza?Abraço
21/07/2006 às 21:39 #83180BrasilMembroOlá amigosQuestão complicada essa... Bem, vou tomar como base a Justiça do Brasil, pois sei que em outros países ela é muito melhor, em outros, um pouco melhor e, em tantos outros, pior.O princípio da Justiça é algo que tenta em primeiro lugar, coibir o crime, o dolo, os excessos e as desinteligências. Se formos olhar o que diz a Justiça, iremos concordar com quase tudo. Tudo muito bem pensado, avaliado e resolvido tendo como base altamente influenciadora a opinião pública. Aqui no Brasil já se mudou várias leis em decorrência da percepção de injustiças cometidas ou crimes praticamente impunes.O problema começa com o gigantesco número de processos e a conseqüente morosidade até as audiências e julgamentos. Quando existem advogados munidos de documentos e dispostos a levar o caso adiante, utilizando-se dos meios protelatórios (errados na minha opinião) alguns casos arrastam-se por décadas a fio, outro ponto vergonhoso são os favorecimentos que eventualmente acontecem e pra acabar de esculachar com tudo, ainda temos o problema da super-população carcerária, que torna todo o aparato de um processo e um julgamento, quase que inútil. Presos são colocados nas ruas muito antes do tempo. Outro erro: Ninguém pode cumprir mais de 30 anos consecutivos, então um assassino estuprador em série, pega 160 anos, mas só vai cumprir 30. Se ele foi preso com 18, com 48 ele estará nas ruas e ainda é capaz de ele ter apetite e disposição de estuprar e matar mais alguém. No dia de ontem, tivemos um animal destes, condenado a 127 anos, ele participou de um seqüestro seguido de estupro e morte, o “companheiro”dele, um vagabundo que na época era menor de 18 anos, cumpriu 3 anos de medida disciplinar numa instituição correcional de menores e vai agora por esses dias, GANHAR A LIBERDADE. Esse dito animal seqüestrou um casal de jovens e depois do outro picareta matar o rapaz ele abusou por 5 dias da menina ainda muito jovem, chamou mais vários vagabundos para fazerem o mesmo e depois matou-a com 15 facadas. Ele estará em liberdade por esses dias e no seu nome, não constará crime algum.Concluindo: existem erros como a inimputabilidade de menores de 18 anos, como o limite de 30 anos para qualquer preso cumprir, os favorecimentos e o pior de tudo, a super-população carcerária, que não tem nada a ver com a Justiça (instituição). Entendo que o que se pretende, está sendo razoavelmente alcançado, pois fico me perguntando Como seria se não existisse a Justiça?Abraços
21/07/2006 às 22:05 #83181jgsaMembroOlá,Com certeza um caos absoluto, pois se com a justiça acontece isso, imagine sem ela!Penso que você está entrando no aspecto político do problema, que precisa urgentemente de uma solução!Quando digo que a justiça existe, me refiro aos operadores do Direito. A maioria dos problemas que você citou está nas mãos dos legisladores, não concorda?Mas para não deixar minhas costas livres digo:A culpa é de toda a população! Para a democracia existir o povo deve acordar e reinvindicar seus direitos. A maioria das pessoas não sabe em quem votou nas eleições passadas. No dia que descobrirmos que unidos e organizados podemos mudar MUITA coisa, o Brasil será um país muito melhor.Abraço
21/07/2006 às 22:21 #83182BrasilMembroA culpa é de toda a população! Para a democracia existir o povo deve acordar e reinvindicar seus direitos. A maioria das pessoas não sabe em quem votou nas eleições passadas. No dia que descobrirmos que unidos e organizados podemos mudar MUITA coisa, o Brasil será um país muito melhor.
Olá jgsaFaço minhas, suas palavras! Até mais
22/07/2006 às 1:14 #83183ZMembroZ,Inutilidade? Por que? Tem certeza?
Mencionei inutilidade no âmbito da sociedade utópica não necessitar de sistema judicial, quando a consciência for soberana em cada mente, cada mente fará o devido julgamento e condenação, e estará semrpe certo por mais dinâmico que seja.Com sistema judicial, o crme é padronizado, mas todos sabemos que matar uma pessoa pode ter milhares de circunstâncias diferentes, mas para o sistema judicial, ou é voluntário ou involuntário. ;)Os legisladores nunca poderão resolver o problema da injustiça da justiça, mas podem fazer muito por um maior equilíbrio entre os crimes e sua classificação, e tornar o sistema muito mais credível a nível de princípio. Para não falar na desburocratização.
22/07/2006 às 14:10 #83184jgsaMembroZ,Sem dúvida com cada um tendo dentro de si a consciência de justiça não seria necessário qualquer sistema, e estaríamos bem próximo de não haver nem um Estado, pois cada um tendo consciência, cada um faria julgamento correto de seus erros, não precisaria de uma Instituição superior ditando regras. As regras seriam absolutamente subjetivas mas ao mesmo tempo comuns.Como você mesmo disse: "utópico". Ou seja, irrealizável, impossível. Onde há ser humano há corrupção.Então, nossa única saída é confiar na justiça e colaborar para seu aperfeiçoamento diário.Com relação às leis não analisarem os vários aspectos que podem haver em um homicídio (seu exemplo), peço que você pesquise sobre agravantes de pena. Verá que há um esforço em fazer essa diferenciação!Abraço
27/12/2006 às 20:13 #83185Henry ThoreauMembroNão li nada do que escreveram.Posso estar sendo repetitivo(não eu comigo mesmo, mas para os que leram mensagens anteriores a mim).A justiça é um impossibilidade, e pode-se escolher argumentos.Um forte argumento seria o de que existe o tempo.E o tempo é contínuo.E de que um estágio de consciencia será sempre diferente do outro e que por estes diferentes estágios que se sucedem hoje eu sou uma pessoa diferente do que era.Uma pessoa que matou outra hoje é diferente.E a justiça virá sempre depois da “injustiça”.Ou melhor, do ato que certa pessoa com certas opiniões considerou inconveniente.No Brasil isto é ainda mais latente, mas funciona da mesma forma nos demais países, isto não vem ao caso.A partir daí se julga o assassino.Mas então?Está se julgando a pessoa hoje ou a pessoa que cometeu o assassinato ontem?Se julga hoje?então se julga mal, pois esta pessoa não existe mais.O que existe hoje é vingança.Mas falam tanto em justiça que as pessoas realmente passaram a acreditar na possibilidade desta.”Pronto!Ele está na cadeia, a justiça foi feita!”O mundo está inchado de opiniões(na verdade, a única coisa que o faz inchar).A minha é a de que foi a sede egoísta e vingativa de um parente atormentado pela perda de uma pessoa querida e que não sabe como aliviar sua dor que o fez dizer:”Isto foi justo”.Neste caso, foi justo apenas com o parente, enquanto a pena do acusado não foi levada em consideração, e ao parente isto não importa, importa aliviar sua dor.Importa a vingança.Agora, se a definição justiça conter imperfeição.Aí eu acredito na justiça.Muitos outros fatores precisariam serem discutidos, aliás.Um exemplo.Existem duas pessoas tristes.Uma só se sente feliz quando vai brincar de Lego.Outra só se sente feliz quando rouba o biscoito do colega.Ao punirmos o colega que rouba biscoito estamos punindo o que há de essencial nele.O fato de não achar nada que deixe-o alegre, a não ser roubar biscoitos.Quando a punição deveria se direcionar a certa escolha através do livre-arbítrio da pessoa “acusada”.Ao punir o ladrão de biscoitos, estamos punindo a sua natureza, na qual não possui controle.Aos que acreditam em Deus, estamos punindo Deus.Se meus atos são determindaos(e nunca saberemos se são ou não), não pode haver punição nenhuma.A justiça pressupõe a liberdade para poder punir.Se aquela não existe, então, esta também não pode existir.Mas o exemplo pode ser outro.Que mudemos o personagem.Ao invés de ladrão de biscoitos pode ser o maníaco do parque.Platão discute a justiça em sua Repúblia e pelo que sei não chega a nenhuma conclusão certa.Não vai ser alguém metidinho a advogado ou juiz que acredite que lei e justiça são irmãos quedirá algo de que tenha certeza.
11/01/2007 às 12:47 #83186thiedriMembroNa verdade a questão da justiça realmente é complicada.Concordo que o problema esta em nós mesmos. Vamos fazer uma análise.O brasileiro tem, infelizmente, o hábito de sempre levar vantagem. Para você levar vantagem sobre alguém, alguém leva o pior. É por causa dessa cultura que temos tanta corrupção, tanta ladroagem. Enquanto não mudarmos ela, não temos direito de reclamar da justiça do nosso país.E também tem uma outra coisa bem polêmica nisso tudo. O correto nunca seria tratar quem cometeu um crime com ódio, com desejo de vingança. Sendo assim ficamos iguais a ele.Pondo um criminoso em detenção no meio de gente pior que ele só o fará piorar. É a escola de mazelas. Ele será devolvido ainda pior à sociedade.Deveríamos na verdade tratar ele com amor - Isso não significa dar beijos e abraços.Ele deveria ser colocado longe da sociedade, sim, mas para estudar e refletir e ser cuidado para tira-lo do crime e mostrar que ele está errado e não penalizar.Uma semente boa plantada em um criminoso, fazendo ele se arrepender, tende a se espalhar por seus amigos.[]'s!
26/02/2007 às 1:40 #83187ThyalexMembrorealmente!!!a justiça existe e funciona, mas só se você tiver grana para um bom advogado.basta ver como a justiça é pesada com Nicolau dos Santos Neto, mensaleiros e sanguessugas.contudo, vá até a farmácia e roube um xarope para curar a tosse de um filho seu e veja o que acontece (só faça isso se você receber até um salário mínimo, senão o efeito não fica bom).ps: não estou fazendo apologia a crimes e furtos, apenas constatando uma triste realidade.a justiça falha?não sei, mas acho que ela ainda continua muito cega para ser justa.um abraço e até a próxima.
26/02/2007 às 2:02 #83188thiedriMembroA justiça, enquanto baseada na vingança e não no perdão e educação, nunca funcionará.[]'s,Thiago.
22/03/2007 às 13:53 #83189ZMembroA justiça, enquanto baseada na vingança e não no perdão e educação, nunca funcionará.
É verdade.A justiça preocupa-se em punir, em vingar as ofensas à lei. Mas a justiça não abdica da educação. Há que não esquecer que a punição é uma forma de educação.Princípio básico: Quando se erra, verifica-se que erramos por averiguar uma consequência negativa. Sem essa consequência negativa nunca vamos considerar que é um erro.Ao punir um culpado, estamos a fazê-lo crer que o que fez foi errado independentemente dos motivos que o levaram e do tipo de pessoa que é, o seu historial etc.Agora, certo é que a justiça aidna tem um longo cmainho a percorrer apra se tornar muito mais eficaz na prevenção de novos crimes.A justiça neste momento trata de excluir da sociedade todas as ameaças. Mas um dia a pena é cumprida e o criminoso volta à sociedade.Criminoso é alguém que praticou um crime no passado. Não existem Ex-criminosos, só ex-condenados.A sociedade verá sempre os condenados omo marginais, porque sabe que eles não se reabilitam. Eles no máximo receiam voltar a cumprir pena e por isso não cometem mais crimes.Mas e se houvesse muito mais componente educativa?A sociedade agradeceria se lhe fosse proporcionada mais confiança baseada num tratamento de um acto criminoso.No entanto temos dois entrave à incorporação de uma grande componente educativa.Primeiro não é exequível pois o tratamento teria que ser personalidade e não existem meios nem capacidades para dar tal atenção aos que cometem crimes e foram julgados.Segundo, muitos dos crimes são praticados por pessoas honestas, que em momento de desespero, de frustração, de necessidade ou por ciúmes cometeram determinado crime.Depois de uma pessoa, honesta toda a vida, ter agredido alguém que atropelou em excesso de velocidade e de alcool o seu filho de 5 anos que estava sentado num lancil (exemplo), depois de averiguada como culpada, como condenar essa pessoa? A um tratamento psicológico e está feito?É complicado.A inserção de uma grande componente educativa para os culpados é algo utópico e algo fútil.A justiça deve tratar sim dos problemas da psicanaláise do culpado, de modo a eliminar possíveis desejos de cometer crime. Mas é só nos desejos que pode intervir. Uma pessoa que roubou por necessidade, pode levar os tratamentos que levar que caso volte a necessitar mesmo outravez, voltará a roubar.Os crimes são reflexos dos problemas da sociedade e é aí que nos devemos focar.Se um condenado for liberto para uma sociedade em que não precise roubar nem matar, certamente terá menos tendência a cometer crimes.Para mim, os problemas principais da justiça que podem e devem ser tratados são a corrupção, burocracia e o preconceito.De resto e não excluindo a vida dos aprisionados, é sobretudo problemas sociais.Cumps.
22/03/2007 às 14:45 #83190thiedriMembroConcordo com você Z,Só quero acrescentar algo.Uma boa forma que vejo de melhorar os problemas dos criminosos é na prisão ensina-los uma profissão para que eles não fiquem desocupados durante o dia e ao sair não estejam a mercê da vagabundagem e tenham condições de manter-se numa conduta reta.[]'s,Thiago.
13/05/2007 às 12:44 #83191DO FUTUROMembroA JUSTIÇA é um ideal ético , um meio de composição de litígios. Uma busca por compensações, cujo ideal de kant do vir a ser, é perfeito. Porém, os instrumentos que a viabilizam limitam o JUiz como escravo da Lei, emperram o sistema, como processo lerdo e atrelado ä rituais, em parte necessários, mas em parte inspirados em princípios de Direito Lusitano, ultrapassado costurado e alfinetadoem escrivanias do forum, com preceitos equivocados. HOje, plural, mas com homenagens ä Informática. Outro equívoco, pois ler processos de computador, sem acesso virtual äs suas folhas, é meia reforma....Há que se ler no computador, os carimbos e os termos de juntada de inspiração lusitana. A reforma processual sem reforma teconológica de digitalizaçóes, plenasem País pobre como o nosso, afastam a possibilidadede maior agilidade na Justiça.Cobrar PIS para "cadastro nos correios "em sistema de dados para direitos de certificação é ODE aos burocratas. A carteira da OAB, e sua autorização para fins de Certificação pela OAB , autönoma e independente, seria garantia para o jurisdicionado e para o advogado. A busca da Verdade Real é objeto apenas do direito processual penal e náo do direito processual civil,somente superados pelas regras de experiëncia e outras formas de integração da norma ou julgamento. O efeito empírico da má-Justiça se tornaria evidente, mas Justiça lerda é negação da própria JUstiça como ideal ético, pois o vir a ser se transforma em paradoxo, do que quase é , enquanto nao se realiza a mesma.As citações em horários de expedientes, por seu turno, criam um Estado paralelo e são exemplos de que o cidadão cumpre um CONTRATO SOCIAL, em que é vítima do sistema, paga, contribui e é assaltado, ou confiscado pelo próprio Estado, pelo que não faz parte do CONTRATO SOCIAL (pois é um excluído) e o Estado_JUiz não tem meios para coibí-lo, porque este é vítima do Estado, minimizado, menor, enxuto e incapaz de gerir a si mesmo, com interesses pouco altruísticos.SEM UM NOVO PACTO SOCIAL , O CIDADÃO EXCLUÍDO E O ESPOLIADO, FICARÁO Ä MERCË DE MÁQUINA JUDICIÁRIA DISTANTE DE AMBOS, PORQUE A LEI PARA UNS NÁO ALCANÇA O EXCLUÍDO, seja ele cidadão de bem ou marginalizado na sociedade.A lei é a grade do pobre e a chave do Rico. A impunidade do poderoso e o desterro da sociedade do miserável. Os que sáo amigos do Rei, banham-se em ouro e 'leite de rosas na sociedade. O direito das oportunidades somente contempla numa sociedade cada vez mais censitário, os amigos do Poder.A distribuição de benesses partidárias, transformam a República, em partilha amigável de Neomonarcas, onde a Bastilha e os seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade seriam de todo, inatingíveis, se náo houvesse pelo menos este Poder da República, independente, autönomo e harmönico com os demais, garantindo a estabilidade das instituições. Seria sem dúvida , muito, muito pior. Justiça Divina. Justiça maior, Justiça supa humana, para inspirar os excluídos de toda a sorte e os que são perseguidos em nome da Justiça!
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