Início › Fóruns › Fórum Sobre Filósofos › Espinosa › A METAFÍSICA DE SPINOZA
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09/11/2000 às 17:59 #69837Miguel (admin)Mestre
Considero muito mais importante do que discutir o nome ou as origens de Spinoza,falar sobre sua Metafísica, e sua influência nos filósofos posteriores, por exemplo: em Nietzsche, em Hegel, em Bergson, e outros.
A importância de Spinoza para a filosofia é subestimada, pois muitos filósofos posteriores, mesmo sem citá-lo, partem de pressupostos espinozanos.
Os temas mais candentes de sua filosofia são:
* A imanência de Deus
* A análise histórico-crítica da Bíblia
* A teoria do conhecimento
* A ética
* A política
* A liberdade, enquanto consciência da necessidade
* O amor intelectual de Deus
Proponho um debate sobre estas questões, e sobre sua contemporaneidade.
ELIO AUGUSTO LAZZERINI
E-mail: [email protected]
Saudações filosóficas à todos!06/04/2001 às 22:58 #72726Miguel (admin)MestreConcordo!
19/05/2001 às 2:22 #72727Miguel (admin)MestrePor falar na influência de Espinosa sobre pensadores posteriores, alguém conhece o livro do Professor Yavel, “Spinosa et d´autres hérétiques”? A segunda parte do livro é dedicada justamente a discutir o impacto da leitura de Espinosa em pensadores como Nietsche e Freud, por exemplo.
Certamente, uma das questões mais desafiadoras do pensamento de Espinosa é a questão da relação entre liberdde e necessidade. que tal discyutirmos este aspecto do pensamento espinosano?24/11/2001 às 17:18 #72728Miguel (admin)MestreOlá! sr. Herbert, tudo bem? Conheco o livro do prof. Yavel, e achei muito interessante o paralelo entre SPINOZA e NIETZSCHE; quanto a questão da liberdade podemos iniciar pelo livro I da ÉTICA, Definicão VII: “Diz-se livre o que existe exclusivamente pela necessidade da sua natureza e por si só é determinado a agir…”;o maior problema em aceitar esta definicão, a meu ver está na idéia de livre-arbítrio, para SPINOZA, o livre-arbítrio é uma ilusão,e o único ser verdadeiramente livre é Deus, ou seja, a substância absolutamente infinita não admite nenhuma determinacão extrínseca, pois ela se autoproduz contínuamente, e tudo o que existe, existe em Deus, ou seja, não é livre!!!
Fica aberto o espaco p/ um pequeno debate, caso queiram me contactar diretamente, meu e-mail é : [email protected].
Saudacões filosóficas a todos!!!
ELIO AUGUSTO LAZZERINI21/12/2003 às 18:41 #72729Miguel (admin)MestreSobre o problema da representação, gostaria de propor-lhes uma indagação.
No livro I, da Ética, Espinosa considera que há identificação entre a significação ontológica e a relação lógica: p.ex., “a idéia verdadeira deve convir com seu ideato” (axioma VI, livro I, Ética). Entende-se “ideato” como coisa ideada ou representada.
Assim, a idéia verdadeira concorda com seu ideato porque é verdadeira; em outras palavras, a idéia não é verdadeira por concordar com seu ideato, mas por ter validade intrínseca.
Contudo, ao negar a noção de representação (isto é, verdade como “a conformidade do juízo com a coisa conhecida”), Espinosa não estaria subestimando o problema da representação?
Ou seja, Espinosa não estaria depositando demasiada confiança na validade intrínseca do pensamento verdadeiro e, por conseguinte, no modelo geométrico e nas demonstrações nele baseadas? Digo “confiança”, pois considero que isso apenas não basta para resolver o problema da representação (tão arduamente refletido por Kant, por exemplo).
Se confirmada a lacuna existente quanto ao problema da representação, o sistema espinosano estaria apresentando um ponto frágil, um “tendão de Aquiles”. Ademais, estou certo de que a confirmação desta lacuna não diminui a importância da obra de Espinosa, mas torna cada vez mais viva a discussão de suas idéias.
Gostaria de ouvir comentários a respeito, a fim de elucidar essa questão. Se possível, indiquem sugestões de bibliografia acerca dessa questão.Muito obrigado. Abraços.
04/07/2004 às 22:29 #72730Miguel (admin)MestreDesejo debater a questão sobre liberdade e necessidade.
De início é preciso concordar que para Spinosa não existe o lívre arbítrio. A consciencia, por estar em questão para si mesma e captar a si mesma em movimento, pode parecer que tenha também originado a si mesma, como se fosse além de termo da sua própria série também um início. Mas para isso teria de estar fora da própria série de que faz parte – ou seja, teria de ser ele também Substancia. Não é o caso na filosifa Spinosana que rompe com o conceito central do Cartesianismo, a saber, o Sujeito Substancial.
Para Espinosa, não importa o quanto o movimento possa ser gerado e derivado de parte em parte, ele nunca é inderivado e nunca está fora de si mesmo. O movimento, por mais que ande, sempre fica aquém do estático, já que esse representa todo o infinito e fica portanto, além de si mesmo. O homem portanto, olha e vê o que já existia antes, mas nunca produz nada.
É importante ver que aqui está suprimido a instantaneidade e a espontaneidade da razão e substituída por um ignorar de si memso na cosnceincia. Pois ignora sua própria causa, então está diretamente relacionada com sua imperfeição, o useja, com sua própria destruição, a morte. Pois está sempre aquém da morte, está sempre aquém de seu próprio tribunal e de seu próprio julgamento, ou seja, aquém do tempo em que será causa de si mesmo, julagado e Autor. Enquanto isso, seus atos terrenso, ou, em finitude, se adequam a essencia da Substancia única, Deus. Não é por quê são Meus que são ou não julgados, mas por quê eu mesmo não tenho controle sobre eles, que fico sempre a mercê de minha própria finitude, a morte – sou punido ou presentado não por mérito, mas por adequação 'a Substancia única pelo qual estou aquém já que “eu morro”.08/11/2009 às 1:59 #72731HEITOR fernandes cMembroDesejo debater a questão sobre liberdade e necessidade. De início é preciso concordar que para Spinosa não existe o lívre arbítrio. A consciencia, por estar em questão para si mesma e captar a si mesma em movimento, pode parecer que tenha também originado a si mesma, como se fosse além de termo da sua própria série também um início. Mas para isso teria de estar fora da própria série de que faz parte - ou seja, teria de ser ele também Substancia. Não é o caso na filosifa Spinosana que rompe com o conceito central do Cartesianismo, a saber, o Sujeito Substancial. Para Espinosa, não importa o quanto o movimento possa ser gerado e derivado de parte em parte, ele nunca é inderivado e nunca está fora de si mesmo. O movimento, por mais que ande, sempre fica aquém do estático, já que esse representa todo o infinito e fica portanto, além de si mesmo. O homem portanto, olha e vê o que já existia antes, mas nunca produz nada. É importante ver que aqui está suprimido a instantaneidade e a espontaneidade da razão e substituída por um ignorar de si memso na cosnceincia. Pois ignora sua própria causa, então está diretamente relacionada com sua imperfeição, o useja, com sua própria destruição, a morte. Pois está sempre aquém da morte, está sempre aquém de seu próprio tribunal e de seu próprio julgamento, ou seja, aquém do tempo em que será causa de si mesmo, julagado e Autor. Enquanto isso, seus atos terrenso, ou, em finitude, se adequam a essencia da Substancia única, Deus. Não é por quê são Meus que são ou não julgados, mas por quê eu mesmo não tenho controle sobre eles, que fico sempre a mercê de minha própria finitude, a morte - sou punido ou presentado não por mérito, mas por adequação 'a Substancia única pelo qual estou aquém já que "eu morro".
o OO QUE LIVRE ARBITRIO? OQUE E CONHECIMENTO? SERA ESTAMOS GERANDO CONHECIMENTO, OU REFAZENDO COPIAS?
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