A METAFÍSICA DE SPINOZA

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  • #69837

    Considero muito mais importante do que discutir o nome ou as origens de Spinoza,falar sobre sua Metafísica, e sua influência nos filósofos posteriores, por exemplo: em Nietzsche, em Hegel, em Bergson, e outros.
    A importância de Spinoza para a filosofia é subestimada, pois muitos filósofos posteriores, mesmo sem citá-lo, partem de pressupostos espinozanos.
    Os temas mais candentes de sua filosofia são:
    * A imanência de Deus
    * A análise histórico-crítica da Bíblia
    * A teoria do conhecimento
    * A ética
    * A política
    * A liberdade, enquanto consciência da necessidade
    * O amor intelectual de Deus
    Proponho um debate sobre estas questões, e sobre sua contemporaneidade.
    ELIO AUGUSTO LAZZERINI
    E-mail: [email protected]
    Saudações filosóficas à todos!

    #72726

    Concordo!

    #72727

    Por falar na influência de Espinosa sobre pensadores posteriores, alguém conhece o livro do Professor Yavel, “Spinosa et d´autres hérétiques”? A segunda parte do livro é dedicada justamente a discutir o impacto da leitura de Espinosa em pensadores como Nietsche e Freud, por exemplo.
    Certamente, uma das questões mais desafiadoras do pensamento de Espinosa é a questão da relação entre liberdde e necessidade. que tal discyutirmos este aspecto do pensamento espinosano?

    #72728

    Olá! sr. Herbert, tudo bem? Conheco o livro do prof. Yavel, e achei muito interessante o paralelo entre SPINOZA e NIETZSCHE; quanto a questão da liberdade podemos iniciar pelo livro I da ÉTICA, Definicão VII: “Diz-se livre o que existe exclusivamente pela necessidade da sua natureza e por si só é determinado a agir…”;o maior problema em aceitar esta definicão, a meu ver está na idéia de livre-arbítrio, para SPINOZA, o livre-arbítrio é uma ilusão,e o único ser verdadeiramente livre é Deus, ou seja, a substância absolutamente infinita não admite nenhuma determinacão extrínseca, pois ela se autoproduz contínuamente, e tudo o que existe, existe em Deus, ou seja, não é livre!!!
    Fica aberto o espaco p/ um pequeno debate, caso queiram me contactar diretamente, meu e-mail é : [email protected].
    Saudacões filosóficas a todos!!!
    ELIO AUGUSTO LAZZERINI

    #72729

    Sobre o problema da representação, gostaria de propor-lhes uma indagação.

    No livro I, da Ética, Espinosa considera que há identificação entre a significação ontológica e a relação lógica: p.ex., “a idéia verdadeira deve convir com seu ideato” (axioma VI, livro I, Ética). Entende-se “ideato” como coisa ideada ou representada.
    Assim, a idéia verdadeira concorda com seu ideato porque é verdadeira; em outras palavras, a idéia não é verdadeira por concordar com seu ideato, mas por ter validade intrínseca.
    Contudo, ao negar a noção de representação (isto é, verdade como “a conformidade do juízo com a coisa conhecida”), Espinosa não estaria subestimando o problema da representação?
    Ou seja, Espinosa não estaria depositando demasiada confiança na validade intrínseca do pensamento verdadeiro e, por conseguinte, no modelo geométrico e nas demonstrações nele baseadas? Digo “confiança”, pois considero que isso apenas não basta para resolver o problema da representação (tão arduamente refletido por Kant, por exemplo).
    Se confirmada a lacuna existente quanto ao problema da representação, o sistema espinosano estaria apresentando um ponto frágil, um “tendão de Aquiles”. Ademais, estou certo de que a confirmação desta lacuna não diminui a importância da obra de Espinosa, mas torna cada vez mais viva a discussão de suas idéias.
    Gostaria de ouvir comentários a respeito, a fim de elucidar essa questão. Se possível, indiquem sugestões de bibliografia acerca dessa questão.

    Muito obrigado. Abraços.

    #72730

    Desejo debater a questão sobre liberdade e necessidade.
    De início é preciso concordar que para Spinosa não existe o lívre arbítrio. A consciencia, por estar em questão para si mesma e captar a si mesma em movimento, pode parecer que tenha também originado a si mesma, como se fosse além de termo da sua própria série também um início. Mas para isso teria de estar fora da própria série de que faz parte – ou seja, teria de ser ele também Substancia. Não é o caso na filosifa Spinosana que rompe com o conceito central do Cartesianismo, a saber, o Sujeito Substancial.
    Para Espinosa, não importa o quanto o movimento possa ser gerado e derivado de parte em parte, ele nunca é inderivado e nunca está fora de si mesmo. O movimento, por mais que ande, sempre fica aquém do estático, já que esse representa todo o infinito e fica portanto, além de si mesmo. O homem portanto, olha e vê o que já existia antes, mas nunca produz nada.
    É importante ver que aqui está suprimido a instantaneidade e a espontaneidade da razão e substituída por um ignorar de si memso na cosnceincia. Pois ignora sua própria causa, então está diretamente relacionada com sua imperfeição, o useja, com sua própria destruição, a morte. Pois está sempre aquém da morte, está sempre aquém de seu próprio tribunal e de seu próprio julgamento, ou seja, aquém do tempo em que será causa de si mesmo, julagado e Autor. Enquanto isso, seus atos terrenso, ou, em finitude, se adequam a essencia da Substancia única, Deus. Não é por quê são Meus que são ou não julgados, mas por quê eu mesmo não tenho controle sobre eles, que fico sempre a mercê de minha própria finitude, a morte – sou punido ou presentado não por mérito, mas por adequação 'a Substancia única pelo qual estou aquém já que “eu morro”.

    #72731

    Desejo debater a questão sobre liberdade e necessidade.   De início é preciso concordar que para Spinosa não existe o lívre arbítrio. A consciencia, por estar em questão para si mesma e captar a si mesma em movimento, pode parecer que tenha também originado a si mesma, como se fosse além de termo da sua própria série também um início. Mas para isso teria de estar fora da própria série de que faz parte - ou seja, teria de ser ele também Substancia. Não é o caso na filosifa Spinosana que rompe com o conceito central do Cartesianismo, a saber, o Sujeito Substancial.      Para Espinosa, não importa o quanto o movimento possa ser gerado e derivado de parte em parte, ele nunca é inderivado e nunca está fora de si mesmo. O movimento, por mais que ande, sempre fica aquém do estático, já que esse representa todo o infinito e fica portanto, além de si mesmo. O homem portanto, olha e vê o que já existia antes, mas nunca produz nada.   É importante ver que aqui está suprimido a instantaneidade e a espontaneidade da razão e substituída por um ignorar de si memso na cosnceincia. Pois ignora sua própria causa, então está diretamente relacionada com sua imperfeição, o useja, com sua própria destruição, a morte. Pois está sempre aquém da morte, está sempre aquém de seu próprio tribunal e de seu próprio julgamento, ou seja, aquém do tempo em que será causa de si mesmo, julagado e Autor. Enquanto isso, seus atos terrenso, ou, em finitude, se adequam a essencia da Substancia única, Deus. Não é por quê são Meus que são ou não julgados, mas por quê eu mesmo não tenho controle sobre eles, que fico sempre a mercê de minha própria finitude, a morte  - sou punido ou presentado não por mérito, mas por adequação 'a Substancia única pelo qual estou aquém já que "eu morro".

    o OO QUE  LIVRE ARBITRIO? OQUE E CONHECIMENTO? SERA ESTAMOS  GERANDO CONHECIMENTO, OU REFAZENDO COPIAS?

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