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07/08/2007 às 11:32 #70725jocaxMembro
A Origem do Universo, segundo Jocax João Carlos Holland de Barcellos, Outubro/2005 O problema da origem do Universo é antigo, talvez mesmo o mais antigo problema filosófico com o qual o homem já se deparou. Se definirmos o universo como o conjunto de tudo o que existe e se supusermos que os elementos físicos nele contidos seguem regras ou leis –tais quais as leis que a Física supõe que exista- podemos concluir, como veremos, que as teorias até agora propostas não são totalmente satisfatórias. Para suprir essa deficiência estou propondo uma nova hipótese que, embora não seja testável, e, portanto, não científica, é uma teoria filosófica legitima, pois satisfaz a “navalha de ocam”, é auto-consistente e não contraria os fatos observados. Critérios de Avaliação Antes de adentrarmos na análise destas quero propor alguns critérios que as soluções propostas deveriam satisfazer. As teorias consideradas boas devem satisfazer, tanto quanto possível, os seguintes quesitos: 1- Não ser inconsistente. 2- Não ser inconsistente com a realidade observável. 3- Ser preferida em termos da “Navalha de Ocam” em relação às teorias concorrentes. 4- Ser capaz de explicar o universo observável. Podemos classificar as teorias sobre a origem do universo em dois grandes grupos: As teorias religiosas e as teorias naturais. 1-As Teorias Religiosas As soluções para a origem do universo de base religiosa invocam uma entidade metafísica chamada “Deus”. Deus seria uma espécie de “Grande Fantasma” que, com seu poder e sabedoria infinita, criaram o Universo. As teorias religiosas, apesar de serem amplamente aceitas pela maioria da população, não passam pela maioria dos critérios de avaliação acima. - Falha do Critério 1: A teoria do “Grande Fantasma” não é logicamente consistente já que, pela própria definição de Universo, se Deus existisse, também deveria fazer parte do Universo, uma vez que o Universo é definido como o conjunto de tudo o que existe. Assim, Deus poderia servir apenas para explicar a geração dos elementos físicos do universo, mas não do próprio Universo. Se a teoria precisa explicar a origem do universo então ela precisaria explicar a origem do próprio Deus. - Falha do Critério 2: O “Grande Fantasma”, normalmente, também vem acompanhado de outros atributos como Consciência, Onisciência, Onipotência, e bondade o que gera incompatibilidade com a realidade observável ( ver o “ Diabinho Azul Jocaxiano ”). - Falha do critério 3: O “Grande Fantasma” também é incompatível com a “Navalha de Ocam” pois, sendo hipoteticamente dotado de infinita sabedoria e poder, foge do critério da simplicidade exigido pela “Navalha de Ocam” em relação às teorias físicas sobre a origem do universo. Ou seja, é um contra senso invocar uma entidade mais complexa para explicar uma mais simples se não existe uma explicação para a própria entidade mais complexa. 2-As Teorias Naturais (ou não religiosas) As teorias naturais são preferíveis às religiosas por não pressuporem a existência de um ser de alta complexidade. As teorias naturais podem ser divididas em dois grupos: As teorias naturais de base física e as teorias naturais de base filosófica. 2.1-As Teorias Naturais de base Física As teorias naturais de base física deixam um pouco a desejar por que: – Falha do Critério 1: Se as leis físicas existem e são utilizadas para explicar o universo então elas também precisariam ser explicadas já que fazem parte do universo que se quer explicar. Ou seja, a maioria delas, como veremos, tenta explicar a origem do universo adotando-se alguns dos princípios físicos tais como o “Principio da Conservação da Energia” ou ainda as leis da “Mecânica Quântica” ou da “Teoria da Relatividade Geral” sem contudo explicar a origem destas próprias leis. A maioria destas teorias naturais modernas, baseadas na mecânica quântica, parte inicialmente do “Nada-Quase-Absoluto”, algo como um “Vácuo-Perfeito” sem matéria e sem energia, mas que, sem violarem as leis de conservação da Física, conseguem explicar o surgimento dos elementos físicos que por sua vez dariam origem ao “Big-Bang”. A explicação para o surgimento da matéria, sem violar a lei da conservação da energia, se dá através da constatação de que a gravidade produzida pelas partículas teria uma energia negativa que contrabalancearia exatamente a energia positiva das partículas criadas formando um universo com energia total igual a zero. Para ilustrar vamos colocar alguns textos sobre isso: - “ Criação Ex Nihilo –Sem Deus“ de Mark I. Vuletic [1] Que extraímos o seguinte texto [4]: “"Há ...(1 seguido de 80 zeros) de partículas na região do universo que podemos observar. Donde vieram? A resposta é que, na teoria quântica, as partículas podem ser criadas a partir de energia em forma de pares partícula/antipartícula. Mas isto suscitou a questão de saber donde vem a energia. A resposta é que a energia total do universo é exatamente zero. A matéria do universo é constituída por energia positiva. Contudo, toda a matéria atrai-se a si própria devido à gravidade. Dois pedaços de matéria que estejam perto um do outro têm menos energia do que se estiverem muito afastados, porque é preciso gastar energia para os separar contra a força da gravidade, que os atrai um para o outro. Portanto, em certo sentido, o campo gravitacional tem energia negativa. No caso de um universo que seja aproximadamente uniforme no espaço, pode mostrar-se que esta energia gravitacional negativa anula exatamente a energia positiva representada pela matéria. Portanto, a energia total do universo é zero." (Hawking, 2000, pp. 152-153) " ” - “ O Ponto Zero” Por Jomar Morais [2] Onde destacamos: “ De onde veio universo? A resposta de Guth é : do nada, do zero . As primeiras partículas teriam surgido de uma simples "flutuação de vácuo", processo de alteração de um campo elétrico que a física clássica desconhecia, mas que a mecânica quântica, nascida no século passado, acabou por revelar aos estudiosos da intimidade subatômica. Segundo essa conjetura – conhecida como teoria do universo inflacionário -, as partículas primordiais emergiram do vazio... A teoria de Guth afirma que....À primeira vista parece que o fenômeno esbarra no princípio de conservação da energia, que pressupõe o equilíbrio da energia total em todas as transformações no mundo físico,mas não foi isso o que aconteceu. No processo inflacionário, a energia positiva da matéria foi contrabalançada pela energia negativa do campo gravitacional, de modo que a energia total foi sempre zero. Quando, enfim, o material de gravidade negativa começou a decair, diminuindo o ritmo da expansão, formou-se então a "sopa primordial" (gás a altíssima temperatura) apresentada como condição inicial na teoria do Big Bang ” - “ The Uncaused Beginning of the Universe (1988)” de Quentin Smith [3] Que contém o trecho: “ A disadvantage of Tryon's theory, and of other theories that postulate a background space from which the universe fluctuates, is that they explain the existence of the universe but only at the price of introducing another unexplained given, namely, the background space. This problem is absent from Vilenkin's theory, which represents the universe as emerging without a cause " from literally nothing " (1982, p. 26). The universe appears in a quantum tunneling from nothing at all to de Sitter space .” Podemos perceber que o surgimento da matéria a partir do “nada” não é novidade e é bem conhecida da ciência já há algum tempo. Além disso, fenômenos não causados (que acontecem sem causa) não é privilégio de entidades exóticas: Considere um átomo excitado com um elétron numa órbita de alta energia. Não existe nenhuma fórmula -nem explicações físicas- que possam prever quando este elétron deixará sua órbita de alta energia para uma órbita de menor energia. Este evento é considerado puramente aleatório (sem causas). Quando o elétron decai de orbital um fóton (uma partícula de luz que não existia) é criada. Ou seja, mesmo num singelo átomo temos um exemplo da existência de fenômenos sem causa e da criação de uma entidade física antes inexistente (o fóton). Para completar nossa lista devemos ainda incluir as duas principais teorias sobre a origem do universo sem uma criação inicial: A teoria do Universo Pulsante ( Big-bang-Big-Crunch) e também a teoria do “Estado Estacionário”. “ Teoria do Estado Estacionário[5] Fred Hoyle (1915-2001), Geoffrey Burbidge (1925-) e Jayant Vishnu Narlikar (1938-) propuseram em 1993 a Teoria do Estado Quasi Estacionário, em um Universo eterno e infinito, alternando expansões que duram cerca de 40 bilhões de anos, com contrações. A massa é eternamente criada em buracos brancos com massa de Planck Ö[ch/G] = 1019 bárions. A mini-criação causa uma expansão do Universo, que reduz o valor médio do campo de criação, reservatório de energia negativa. Após a expansão, o valor do campo se reduz, tornando-se difícil uma nova mini-criação. A gravidade então supera a expansão e o Universo se contrai, aumentando o campo até que nova criação ocorra .” A teoria do “Big-Bang-Big-Crunch” eu acho bastante elegante, entretanto, esta teoria não é compatível com as últimas observações cosmológicas que mostram que o universo está em processo de expansão acelerada, isto é, muito longe de uma possível contração. Outra inconveniência deste modelo é que ele parece violar a segunda lei da termodinâmica que diz que a entropia não pode diminuir. Então, parece que o modelo do “Big-Bang-Big-Crunch”, infelizmente, está superado. Outro problema das teorias naturais de base física é a sua dificuldade de explicar o universo observável em relação a alguns parâmetros físicos – constantes que as leis físicas utilizam- o que faria de nossas supostas leis físicas um conjunto de regras altamente improváveis. Por exemplo, é alegado que uma pequena alteração na carga do elétron ou da massa do neutrino ou etc.etc. fariam com que nosso universo rapidamente colapsasse. Vejamos alguns textos sobre isso: “"...As chamadas "coincidências antrópicas", nas quais as partículas e forças da física parecem estar "afinadas com precisão" para a produção de vida à base de carbono são explicadas pelo fato de a espuma do espaço-tempo ter um número infinito de universos brotando, cada um diferente do outro. Acontece simplesmente que nós encontramo-nos naquele universo em que as forças e partículas prestam-se à geração de carbono e outros átomos com a complexidade necessária para permitir a evolução de organismos vivos e pensantes." (Stenger, 1996) ” [6] “... Isso sugere uma nova resposta a outra questão intrigante: como as leis da física foram sintonizadas de forma tão perfeita para viabilizar a existência de estrelas, planetas e seres vivos? A resposta clássica era: acaso fantástico ou milagre divino. Agora há uma terceira alternativa: se cada universo tem leis físicas diferentes, talvez existamos num dos raríssimos cujas leis possibilitam o surgimento da vida inteligente .” [7] Podemos perceber que a resposta normalmente dada, nestas teorias, sobre a razão de nossas alegadas improváveis leis da física é que deve haver infinitos ou múltiplos universos paralelos ao nosso mas, de alguma forma, desconexos. De modo que nosso universo seria apenas um, de infinitos possíveis, cada qual com suas próprias leis físicas. Mas isso não é consistente pois: -Se as próprias leis da física foram invocadas para explicar o surgimento do Universo, tanto o nosso como os infinitos outros, como se poderia dizer que nestes outros universos as leis da física poderiam ser diferentes?!? Se todos partiram das mesmas leis físicas iniciais deveríamos esperar que estas mesmas leis fossem preservadas também nos universos gerados por elas! -Os modelos que apelam para infinitos lançamentos de “dados” apenas para explicar o número “ 6” num destes dados, embora resolvam a questão, é algo bastante forte e parece contrariar a Navalha de Ocam já que não temos evidências de nenhum outro Universo além do nosso. Uma sucessão contínua de Universos ou um número finito deles seria melhor mas ainda não totalmente satisfatório. - Também fica um pouco a desejar a explicação da razão de as bolhas, que geram universos paralelos, apresentarem GAPS (falhas) de modo a desconectar estes universos. Porque razão a matéria não poderia ser criada continuamente na mesma bolha? O que causaria estes gaps de forma que eles sejam desconexos? Por que estes universos não poderiam se comunicar? A principal falha destas teorias que tentam explicar a origem do Universo é que elas não explicam a origem das leis físicas utilizadas para sua geração. Poderíamos perguntar: “Por que o principio da conservação da energia deve ser obedecido?” ou ainda “Por que a mecânica quântica deve valer?” Ou seja, estas teorias partem de algo previamente existente nem que este algo seja o possível conjunto de leis que o universo deveria seguir. As explicações físicas, entretanto, são preferíveis às religiosas. 2.1-As Teorias Naturais de base Filosófica As teorias naturais sobre a origem do universo de base filosófica são aquelas que não se baseiam nas leis da Física para explicar a criação mas que devem explicar o próprio surgimento delas. A partir daí, se necessário, o universo poderia ser uma decorrência das leis Físicas, como as propostas pelas teorias físicas ou então de alguma outra forma. A Origem do Universo segundo Jocax Para resolver o problema da origem do universo eu criei uma teoria que utiliza a “Navalha de Ocam” em seu extremo máximo. Assim, para explicar o universo, eu parto do estado mais simples possível, algo que não precisa de explicação para existir: O “Nada”. Mas o “Nada” que as pessoas pensam não é o mesmo nada do qual eu parto. Nem mesmo o nada do qual os físicos partem. Por isso vou denominar o meu nada de o “Nada-Jocaxiano”. O Nada-Jocaxiano é definido como sendo o estado da natureza nas quais as seguintes condições são encontradas: 1-Não existem elementos físicos de nenhum tipo (nem matéria nem energia). 2-Não existem leis de nenhum tipo. O “Nada Jocaxiano” é diferente do “Nada” normalmente pensado porque quando se pensa no “Nada” pensa-se no Nada mais a seguinte regra: “Nada pode acontecer deste Nada”. Então o Nada que as pessoas normalmente pensam não é o mais puro Nada possível, é um Nada com uma regra!! O “Nada Jocaxiano” é o Nada Puro, um Nada Absoluto e, portanto, não apresenta regras a serem seguidas, nem mesmo a regra de que “Nada pode acontecer” e muito menos as leis de conservação da energia ou os princípios da Mecânica Quântica da Física. Você pode dizer que “não apresentar regras” é também uma regra a ser seguida, e, portanto, a definição do “Nada Jocaxiano” seria inconsistente. A resposta é: - Não apresentar regras é o estado inicial do Nada, não uma regra que ele tenha que seguir. Da mesma forma como não apresentar matéria ou energia. Vamos explicar melhor: Quando um sistema não apresenta regras ou leis de nenhuma espécie isso significa que não existem leis de restrições e portanto “tudo” pode acontecer... Como também pode não acontecer nada! Ou seja, a não existência de leis implica que “tudo pode acontecer” como também a negação disso: ”nem tudo pode acontecer”, onde se inclui “nada pode acontecer” e isso representa todas as possibilidades possíveis que um sistema pode apresentar. É portanto uma tautologia, uma verdade absoluta. Podemos considerar a frase “Tudo pode acontecer” no sentido abrangente que engloba também “Nada pode acontecer” de modo que se um sistema que não apresente leis é um sistema em que “Tudo pode acontecer” ( inclusive nada pode acontecer ). Podemos concluir portanto que o sistema mais simples possível - o “Nada-Jocaxiano” – é, na verdade, um sistema Toti-potente onde “Tudo pode acontecer”. Se “tudo” pode acontecer então o nada absoluto pode gerar qualquer coisa. Mas se o nada pode gerar qualquer coisa ele pode gerar o universo ou então as próprias leis físicas que, por sua vez, permitem o surgimento do universo. Por outro lado, o nada poderia gerar também a lei “Nada pode acontecer” e, neste caso, teríamos um nada perpétuo, sem possibilidade de que nada mais pudesse acontecer. Esta é a idéia que normalmente temos em mente quando pensamos no “Nada”. Mas esta é apenas uma das infinitas possibilidades que o “Nada-Jocaxiano” pode gerar. Assim, eu assumo que a origem de tudo foi o “Nada-Jocaxiano” que, por não apresentar leis ou regras de nenhuma espécie, “Tudo” – no sentido amplo da palavra – poderia acontecer. Como não havia regras para o que podia ou não acontecer, podemos concluir que a ALEATORIEDADE deve ser uma característica deste sistema já que a aleatoriedade pode ser definida como a impossibilidade de se prever o que vai acontecer. Se você está lendo este texto, e se a hipótese do Nada-Jocaxiano for verdadeira, podemos concluir que o Nada não “aleatorizou” (gerou aleatoriamente) a regra “nada pode acontecer”. Se o Nada-Jocaxiano tivesse gerado esta regra não estaríamos aqui para ler este texto. Por outro lado, se supusermos que é verdade que seja extremamente improvável um conjunto de leis Físicas que possam gerar vida então temos um problema: Seria extremamente improvável o Nada ter “aleatorizado” (gerado aleatoriamente) nosso universo, e assim deveremos buscar uma resposta para esta improbabilidade. Nosso Nada tem uma "carta nas mangas": Como ele não precisa obedecer a leis físicas ou outras de quaisquer espécies, tudo poderia acontecer até mesmo, por exemplo, a criação de nosso universo do modo como o temos hoje, tudo criado neste momento, onde nossas lembranças e memórias teriam sido criadas consistentemente. Claro que, embora seja teoricamente possível, isso seria ainda muito mais improvável. Uma das formas de resolver o problema seria plagiar os teóricos do pré-Big-Bang e dizer que o Nada criou aleatoriamente uma infinidade de "universos bolhas" cada qual com suas próprias leis físicas também aleatórias. Assim o nosso universo seria apenas um destes múltiplos “universos bolhas” cujas leis físicas felizmente propiciaram a vida. Outra possibilidade seria a criação de universos com prazo de validade: O Nada geraria um universo com leis físicas geradas aleatoriamente e com um prazo, ou uma condição de validade aleatória. No fim deste prazo, ou chegada esta condição de término, ele se extinguiria e voltaríamos ao “Nada-Jocaxiano” original que novamente poderia “aleatorizar” um novo universo diferente e assim por diante. Esse mecanismo poderia explicar as “leis físicas” de nosso universo sem a necessidade de criarmos infinitos universos paralelos. O problema é se porventura o Nada gerar um universo que é o próprio nada com a seguinte lei “Nada mais poderá acontecer”. Neste caso o “Nada” geraria o fim de tudo e para todo o sempre. Algumas questões podem vir à mente do leitor: 1-A característica do "Nada-Jocaxiano" não possuir regras ou leis não seria, ela própria, uma regra? Não. Uma regra estabelece alguma forma de restrição. Por exemplo: "meu carro é vermelho" também não é uma regra e sim um ESTADO do carro. Eventualmente o carro pode ser pintado de azul ( ou não). Estabecer que o estado da natureza no qual não existe regras é definido como o "Nada-Jocaxiano" também não é uma regra a ser seguida e sim um estado, que pode ou não acontecer. Uma regra seria "meu carro deve ser vermelho" ou ainda "meu carro não pode ser vermelho" nestes casos a cor do carro estaria, de alguma forma, restrita. 2-Dizer que tudo pode acontecer não seria uma regra? Uma imposição ao "Nada-Jocaxiano"? Seria, mas se observarmos ao texto eu friso que do nada jocaxiano tudo pode OU NÃO acontecer. E isso não eh uma regra pois é uma TAUTOLOGIA - uma verdade absoluta em quaisquer circunstâncias ou cenários- Isso implica que o "Nada-Jocaxiano", como tudo, segue uma tautologia ( uma verdade absoluta ) e não uma regra. 3-O "Nada-Jocaxiano" não possui elementos físicos nem leis, mas ele possui alguma POTÊNCIA, ou não? Se você chamar "potência" como a possibilidade de se transformar a resposta é sim. Mas lembre-se que a possibilidade não é certeza, e eventualmente ele jamais se transformará ou gerará alguma ou qualquer outra coisa. 4-O Nada-Trivial, onde nada pode acontecer, não seria algo mais provavel que o "Nada-Jocaxiano"? Não! O nada que as pessoas imaginam ( o nada trivial ) é infinitamente mais improvável de acontecer como origem do universo do que o nada-jocaxiano. Isso porque o "nada-trivial" possui INFINITAS regras a serem seguidas: ele não pode gerar uma cadeira; ele não pode gerar leis físicas; ele não pode gerar deus; ele não pode gerar um Big-Bang; ele não pode gerar vida; ele não pode gerar partículas etc etc etc Links [1] http://www.infidels.org/library/modern/mark_vuletic/vacuum.html [2] http://ntl.matrix.com.br/extrabr/cosmo.htm [3] http://www.infidels.org/library/modern/quentin_smith/uncaused.html [4] http://www.str.com.br/Scientia/criacao.htm [5] http://astro.if.ufrgs.br/univ/univ.htm [6] http://www.str.com.br/Scientia/criacao.htm [7] http://www.terra.com.br/istoe/1635/ciencia/1635_eterno_retorno.htm Outros textos sobre o tema: [A Universe from Nothing] http://www.astrosociety.org/pubs/mercury/31_02/nothing.html [What Happened Before the Big Bang?] http://www.fortunecity.com/emachines/e11/86/big-bang.html [Creating a Universe] http://web.uvic.ca/~jtwong/newtheories.htm [Rumo ao Universo Paralelo] http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=27607 [Os bebês do cosmos] http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult3193u4.shtml [O Universo vai acabar] http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/prospect/2005/01/29/ult2678u2.jhtm
27/08/2007 às 22:50 #85311smigoMembroBom posso dizer que a teoria do surgimento do universo pode ser vista sim e posso com toda certeza responder essa pergunta, claro que não é tão simples assim responder essa pergunta mas vamos lá, primeiro vamos analisar o ponto de vista dessa resposta, nesse momento que eu te dou essa resposta pode se dizer que está certa mas não que estara certa a vida toda algum dia algúem vai me contestar e dar uma melhor resposta…..pode se dizer que duas respostas para a mesma pergunta são correta....se dissermos que o universo teve um inicio em algum lugar ou estariamos dizendo que passou de um estado para outro e se adotarmos o ponto de vista oposto e dizermos que surgiu do nada, e nesse caso meu caro pode alguma coisa surgir do nada acho que não então não poderemos explicar corretamente como surgir o universo se adotarmos o ponto de vista que o universo e o tudo não há nada mais além do universo ...Mas podemos concerteza explicar de onde veio o universo isso sim com maior clareza como se fosse um coração de um grande bicho .....o universo está em expansão e não conseguimos acalçar o fim do universo pois ele está mais rapido do que o ser humano consegue alcançar .... surgiu sim do big bang agora vc me pergunta o que tinha antes do big bang um universo tão expandido que em segundo implodiu e ficou tão pequeno quanto uma cabeça de alfinete e tão denso que explodiu de novo ....ele está nun processo de explosão e implosão ....agora não lhe posso dizer quantas veses isso já aconteceu ou se essa e a primeira vez que está acontecendo so sei que antes do big bang exixtia um universo como o nosso hoje . não lhe posso garantir que existia um planeta com vida assim como o nosso popr que isso depende de fatores da natureza ai depois do big bang aconteceu tanta coisa que deixou o universo como ele é hoje ...mas pode ser que ele imploda umm dia e quando exploda de novo não consiga mais ter certas reaçoes quimicas ao ponto de surgir a vida ....então temos que entender por que estamos aqui .....poderiamos ser diferente mas acho que não foi por acaso que aconteceu tudo isso .....ainda assim existe algo de misterioso por de tras de tudo isso ...so quero duas coisas olhar nos olhos do grande magico e saber o que ele faz ..... e ao outra coisaquero que o ser humano consiga fazer algo de novo que possibilite o contato com o que acontecer depois que o universo implodir .....ou que consiga recuperar algo que esteja no outro universo antes da implosão que acabou com o ultimo universo antes desse nosso ....
10/09/2007 às 14:24 #85312AlanoMembroOlá a todos! Sou Newbie! Gostei das exposições anteriores! Todas muito pertinentes. Gostaria de acrescentar o seguinte:Parece-me um erro acreditar que podemos (ou um dia poderemos) saber TODAS as respostas. O espetacular crescimento de nosso conhecimento, acontecido nestes últimos dois séculos pode nos levar a acreditar nesta que penso ser uma falácia.Apenas o Universo que conhecemos apresenta dimensões absurdas diante de nossa capacidade técnica de observar, mesmo que esta cresça muito. Não há nada que nos garanta que o Universo Local que observamos seja a única manifestação fisico-energética existente no Universo inteiro de "seres" espaciais. Pelo contrário, o Universo não costuma fabricar entidade única, tendo o hábito de produzir massivamente "seres" semelhantes (embora nunca "iguais" de fato).A Cosmologia nos ensina que existem lilmites à observação chamado de "horizontes" e que são, por razões físicas - e até prova em contrário -, intransponíveis a obervação humana. Em outras palavaras, informações sobre fatos acontecidos antes de determinada época não são mais capturáveis por nenhum meio, estando aonde estamos - na Terra.Pessoalmente, acredito naquilo que se chama de "Paredão Cognitivo", que são limites intransponíveis ao conhecimento. Acredito também que os expoentes maiores destes limites são: 1- Origem de toda a Energia e Matéria do Universo (Seja lá o que Universo e Matéria for - Energia é, sabidamente, movimento.) 2- Limites do Universo Geral (O conjunto de tudo que existe). 3- Explicação racional para o surgimento de "algo" a partir do "nada", 4- Explicação racional para que "algo" tenha "sempre" existido. Desta forma, apesar de todo o esforço científico para aumentar nosso conhecimento a respeito, creio que o universo não tem explicação. Apesar de efetivamente existir, é absurdo e incognoscível num nível profundo (fundamental, primordial).Nosso universo pode estar, por exemplo, todo contido dentro de um Quark de um determinado Neutron ou Próton de um Átomo "X", que faz parte de uma molécula, de uma rocha qualquer de um Universo de Hierarquia superior. Que chance teríamos de um dia conhecer o Planeta que contém esta rocha, dada esta tremenda disparidade escalar?Abraço a todos,Alano
29/01/2009 às 4:07 #85313AnônimoInativoBom quanto a origem do universo eu gostaria de saber sobre a incrivel parte entre o Big-Bang e a parte em que começou a formar-se literalmente o Universo. Afinal de contas Essa parte é conhecida por Leis Físicas Desconhecidas. Ora! Lei Física Desconhecida so pode ser descrita como: um povo em frente a um mar com um monte de inimigos atras e dirrepende o líder deste povo toca com o cajado na água e dirrepente o mar se abre, o povo atravessa com os pés inchutos depois quando os inimigos estão atravessando o mar vai e começa a se fechar matando os inimigos do povo. A pera lá assim não dá. Vamos raciocinar direito e cair na real por favor. Sem contar que a lei da Termodinâmica disapoia completamente o Big-Bang, sem contar tambem que atualmente o Universo possui muito pouca massa pra ter a idade que supostamente dão a ele. E ainda tem o fato de que o universo mais parece que está indo frio para o quente e não do quente para o frio como afirma o Big-Bang. pelo amor do Deus todo poderoso tenha a santa paciencia.
30/05/2009 às 16:49 #85314jocaxMembroF.A.Q. do “Nada Jocaxiano”(Perguntas mais freqüentes sobre o Nada-Jocaxiano “NJ”)Jocax, Fev/2009 1- O que é o Nada-Jocaxiano (NJ)?R: O NJ, diferente do inexistente, é algo (ser) que apresenta as seguintes propriedades:P1-Não existem elementos físicos de nenhum tipo (matéria, espaço, ou energia).P2-Não existem leis de nenhum tipo.2- O NJ existe?R: Podemos dizer que o NJ existe se existir algo que tenha as propriedades de um NJ (P1 e P2 acima). Atualmente o NJ não existe mais, mas pode ter existido num passado remoto, antes do "Big-Bang".3-O NJ é "ser"?R: Sim. Uma vez que ele possui propriedades ele deveria existir para ser receptor destas propriedades.4-A característica do "Nada-Jocaxiano" não possuir regras ou leis não seria, ela própria, uma regra?R: Não. Uma regra estabelece alguma forma de restrição. Por exemplo: "meu carro precisa ser vermelho" é uma regra, mas “meu carro é vermelho” não é uma regra e sim um ESTADO do carro. Eventualmente o carro pode ser pintado de azul e mudar de cor. Estabelecer que o estado da natureza no qual não existam regras é definido como sendo o "Nada-Jocaxiano" também não é uma regra a ser seguida e sim um possível estado da natureza, que poderia (ou não) mudar.5-Dizer que tudo pode acontecer não seria uma regra? Uma imposição ao "Nada-Jocaxiano"?R: Seria. Mas se observarmos ao texto eu friso que do nada Jocaxiano tudo pode OU NÃO acontecer. E isso não é uma regra, mas sim uma TAUTOLOGIA lógica-, uma verdade absoluta em quaisquer circunstâncias ou cenários. Isso implica que o "Nada-Jocaxiano", como tudo, segue uma tautologia (uma verdade absoluta) e não uma regra.6-O "Nada-Jocaxiano" não possui elementos físicos nem leis, mas ele possui alguma POTÊNCIA, ou não?R: Se chamarmos de "potência" como sendo a possibilidade de se transformar, a resposta é sim. Porém, devemos lembrar que possibilidade não é certeza, e eventualmente ele jamais se transformaria ou geraria alguma ou qualquer outra coisa.7-O Nada-Trivial, onde nada pode acontecer, não seria algo mais provável que o "NJ"?R: Não! O nada que as pessoas normalmente imaginam, e que eu chamei de “nada trivial” (NT), é infinitamente mais improvável de acontecer como origem do universo do que o NJ. Isso porque o "nada-trivial" possuiria, embutidas nele, INFINITAS regras a serem seguidas, por exemplo: ele não poderia gerar campos, não poderia gerar espaço, não pode gerar uma cadeira; não pode gerar leis físicas; ele não pode gerar deus; ele não pode gerar um Big-Bang; ele não pode gerar vida; ele não pode gerar partículas, etc.8-O “Nada Inexistente” não é mais “puro” que o NJ?R: O “Nada Inexistente” (NI) é um “nada” onde nada existe, nem ele mesmo!Ele é, portanto, intrinsecamente contraditório, pois se ele mesmo não existe, ele não poderia ter propriedades, mas se ele possui a propriedade de não conter nada, ele deveria existir. Assim, se o “NI” existe, ele não pode ser inexistente, e se ele for inexistente, ele não pode existir. É algo contraditório, e por isso não foi utilizado como gerador do cosmo.9- Qual a diferença de “Universo” e “Cosmo”?R: Universo é o conjunto de tudo o que existe. Assim cada possível “Universo bolha” ou “Multi-Universo” são, na verdade, partes do mesmo Universo. Por isso é mais correto denominar cada “Universo bolha” de “Cosmo-bolha”. Um Cosmo, portanto, seria uma região do universo regido por suas próprias leis físicas, isolado e sem interconexão com outros cosmos. 10-O NJ é o Universo ou deu origem ao Universo?R: A rigor, pela definição de Universo, como sendo o conjunto de tudo o que existe, o NJ seria o próprio universo. Seria o universo em seu estado “minimal”, o estado mais simples possível. Portanto, o NJ não poderia originar o universo, pois ele seria o próprio universo, onde o tempo não existiria. Posteriormente ele poderia ter aleatorizado um ou mais cosmos.11- O NJ não estaria limitado à nossa lógica? Ele poderia ser ilógico?R: Devemos perceber que existem dois conceitos sobre o Nada Jocaxiano que estão inter-relacionados: O Objeto Nada-Jocaxiano (NJ-Objeto), e a Teoria sobre este NJ-Objeto (NJ-Teoria). O NJ-Objeto é definido como algo que possui as propriedades referentes ao NJ (P1 e P2) descrito acima. A teoria sobre o NJ (NJ-Teoria) é uma teoria baseada na lógica, que explica como o NJ-Objeto poderia aleatorizar nosso cosmo. Pode-se argumentar que se o NJ-Objeto não possui leis então também não precisaria obedecer à lógica, e isso, de fato, é correto. Entretanto, ao analisarmos o NJ-Objeto com a nossa lógica clássica, não estaremos incluindo novas possibilidades ao NJ-Objeto, mas, sim o oposto: poderemos estar, na verdade, limitando as possibilidades do NJ-Objeto, o que significa, talvez, que ele possa ser ainda mais "toti-potente" do que possamos imaginar.12- O NJ, ao aleatorizar algo, deixa de ser um NJ, e perderia assim a capacidade de aleatorização?R: As aleatorizações do NJ são chamadas de “esquizo-criações”. O Universo estava na forma de um NJ. A primeira esquizo-criação do NJ faz com que o NJ deixe de ser um NJ, pois agora o universo tem, ao menos, um elemento: sua primeira esquizo-criação. Se esta primeira esquizo-criação não for uma lei que o impeça de aleatorizar outras coisas, como por exemplo, uma lei que o torne um “nada-trivial”, então esta esquizo-criação, que é o NJ evoluído (NJE), poderia, eventualmente, continuar gerando suas esquizo-criações. Apenas a geração de leis que restrinjam a própria geração de leis poderia impedir novas esquizo-criações.13- Poderíamos isolar uma porção do cosmo e torná-lo um NJ?R: Dificilmente. Uma vez que o nosso cosmo já está “banhado” por leis físicas, para criarmos um NJ teríamos que retirar todas as leis físicas daquela região. Ninguém ainda sabe se isso é possível e muito menos como isto poderia ser feito.14-Para haver seleção natural de leis, as leis não teriam que ser ordenadas temporalmente, isto é, o tempo já não teria que ser pré-requisito? R: Se for necessário que haja alguma “lei do tempo” ou o próprio “tempo” para que possamos ordenar as leis que são aleatorizadas pelo NJ então isso não seria um grande problema. Bastaria “esperar” que uma das “esquizo-criações” fosse uma lei temporal. A partir de então as novas leis estariam ordenadas e sofreriam “seleção natural”.15-Quais as evidências que o nosso cosmo veio de um NJ?R: As evidências seriam um universo lógico, onde não haveria contradições físicas entre os elementos deste universo.Referência(s):[1] “A Origem do Universo, segundo Jocax”(http://www.genismo.com/logicatexto20.htm)[2] “A Navalha de Ocam e a Navalha de Jocax”(http://www.genismo.com/logicatexto24.htm)[3] O Nada Jocaxiano (remasterizado)http://stoa.usp.br/jocax/files/1208/7309/O+Nada-Jocaxiano.html
21/02/2011 às 18:23 #85315OpiniaoBSMembroA pergunta já está comprometida, posto que o universo para o qual se busca a origem já inicia limitado e restrito ao observado. Além de matéria e energia escura, não deixa de ser razoável supor que sempre haverá uma parte inobservável. Afinal, hoje em dia não creio que seja tão esquisita a idéia de manifesto-imanifesto, potência-realização, etc.A proposição apriorística "origem" seduz para uma solução no espaço-tempo. Início, desenrolar, etc.Não seria possível dizer, que o universo não foi criado ? Isto é, sempre existiu ?Criação a partir do nada? Que criação é esta? Só o que vemos é transformação.É claro que a pergunta continua válida em termos de cosmologia, ou cosmogonia, mas a resposta a que a pergunta pareceu querer substituir era: "Qual a origem de tudo ?"E fica-se aí, mais ou menos na mesma. Só melhorou o tudo...E a resposta seria pior, a irreverente: "Aquilo que não achamos."Acho que não errei. Mas também eu não ousei. :unknw_mini:Algo me diz que se eu tentasse eu ia acabar com uma teoria que seria apenas auto-coerente. E com saltos arbritrários aqui e acolá.
22/02/2011 às 20:07 #85316massMembroAlgo me diz que se eu tentasse eu ia acabar com uma teoria que seria apenas auto-coerente. E com saltos arbritrários aqui e acolá.
Exato. E isso é o que sempre vai acontecer, pois, se existiu algo antes do universo observável, não poderá ser observado por nós, pois não haveria espaço e tempo naquele momento e não teriamos medidas para utilizar como parametro. E se o universo sempre existiu, não teria sido criado, e só mudaria de forma a todo o momento.É algo indiscutível no momento, pois só existem teorias sem provas. Nenhuma das teorias são provadas, só a evolução das espécies tem uma probabilidade grande de ser correta, mas mesmo assim não se pode afirmar 100%. Só 99,9999999999...%.Kant acreditava que o universo nunca havia começado, pois se sim, então teria fim, e por que razão não acabou ainda? E a teoria do Big Bang ainda esbarra em várias contradições, apesar de ser a mais aceita no momento, e de ter um desfecho de início para infinito, mas claro, sem conseguir criar um conceito para esse pré-início.É a pergunta que morreremos sem poder responder. Talvez por ser a pergunta errada...
14/04/2011 às 13:57 #85317brunopiMembro“um critério de escolha racional é sempre melhor que qualquer outro critério não racional ou que não ter critério nenhum”… Urrum, claro. Se houver algum critério em questão, é quase certo que ele seja… racional. Bom, e se o universo existir à semelhança da respiração? Temporalmente falando, longos períodos de contração e expansão, a exemplo do que apontam as escrituras sagradas da Índia e do Tibet... O Big Bang poderia ser a explicação física (ainda que tão incerta) para o momento que sucedeu o último Pralaya, o momento em que o universo manifestado se encontra em suspensão. Isso a que chamamos tempo é condicionado ao espaço, e ambos existem apenas em função de um observador – como se depreende da Física Quântica, com grande atraso, inclusive, em comparação a tradições antigas como a dos egípcios, hindus, budistas, etc. O universo é vivo e se movimenta e entra em repouso. Este é o jogo do qual somos, individualmente, co-criadores.Penso que é importante perceber que a compreensão cristã de Deus não é igual à de todas as demais religiões... Dessa forma, esse entendimento de Deus como um “grande fantasma” onipotente que criou o universo em sete dias (uma semana passa tão rápido, não?) é fruto de uma compreensão equivocada da simbologia da Linguagem do Mistério. Sugiro que estude os Sutras, que tome conhecimento do que venha a ser o Tao dos taoistas, que supere a aparente barreira entre imanência e transcendência... Deus como o distante ancião arquiteto do mundo é apenas uma imagem, que não deveria ser considerada literalmente, como nas conhecidas interpretações que há séculos têm causado tanto problema. Você acha mesmo que essa incrível teoria do “grande fantasma” abarca a multiplicidade das religiões e de suas relações com Deus? Com o Logos? Com o Tao? Com a Mente Universal? Muito mal, refere-se ao Deus cristão, ignorando a profundidade do texto da Bíblia, atendo-se à superfície. Você diz: “Antes de adentrarmos na análise destas quero propor alguns critérios que as soluções propostas deveriam satisfazer. As teorias consideradas boas devem satisfazer, tanto quanto possível, os seguintes quesitos”... Por que uma proposta deveria satisfazer esses critérios? O que seria uma proposta "boa"? A navalha de Occam opta pela simplicidade para que uma proposta seja levada em consideração... E é de fato tudo muito simples, mas o intelecto humano jamais poderá compreender. Pobre linguagem, pobre lógica. O intelecto é apenas uma ferramenta, e com uso limitado. Estude os koans zen, esqueça essa estranha pretensão de achar que a palavra é capaz de dar conta de compreender o que há. O mundo não é lógico. Navalha de Occam são apenas três palavras que, juntas, encerram um sentido limitado. “As teorias naturais são preferíveis às religiosas por não pressuporem a existência de um ser de alta complexidade”. Mas... e se esse Ser for a única Realidade? E se o adjetivo ‘de alta complexidade’ não se aplicar a esse Ser, uma vez que adjetivações, meras convenções linguísticas, não podem se aplicar ao Absoluto? E se isso que chamamos ‘universo’ não passar de um reflexo na Consciência, algo semelhante a um grande sonho, o sonho da Grande Mente, supraindividual? E se um dia você descobrisse que a matéria não é a Realidade, que o cérebro é criado pela Mente, e não o contrário, que só no silêncio é possível perceber quem se é, que só ignorando essa verborragia que forra o pensamento seria possível vislumbrar o Real?
24/08/2011 às 2:34 #85318MonstrinhoMembro"um critério de escolha racional é sempre melhor que qualquer outro critério não racional ou que não ter critério nenhum"... Urrum, claro. Se houver algum critério em questão, é quase certo que ele seja... racional. Bom, e se o universo existir à semelhança da respiração? Temporalmente falando, longos períodos de contração e expansão, a exemplo do que apontam as escrituras sagradas da Índia e do Tibet... O Big Bang poderia ser a explicação física (ainda que tão incerta) para o momento que sucedeu o último Pralaya, o momento em que o universo manifestado se encontra em suspensão. Isso a que chamamos tempo é condicionado ao espaço, e ambos existem apenas em função de um observador – como se depreende da Física Quântica, com grande atraso, inclusive, em comparação a tradições antigas como a dos egípcios, hindus, budistas, etc. O universo é vivo e se movimenta e entra em repouso. Este é o jogo do qual somos, individualmente, co-criadores.Penso que é importante perceber que a compreensão cristã de Deus não é igual à de todas as demais religiões... Dessa forma, esse entendimento de Deus como um “grande fantasma” onipotente que criou o universo em sete dias (uma semana passa tão rápido, não?) é fruto de uma compreensão equivocada da simbologia da Linguagem do Mistério. Sugiro que estude os Sutras, que tome conhecimento do que venha a ser o Tao dos taoistas, que supere a aparente barreira entre imanência e transcendência... Deus como o distante ancião arquiteto do mundo é apenas uma imagem, que não deveria ser considerada literalmente, como nas conhecidas interpretações que há séculos têm causado tanto problema. Você acha mesmo que essa incrível teoria do “grande fantasma” abarca a multiplicidade das religiões e de suas relações com Deus? Com o Logos? Com o Tao? Com a Mente Universal? Muito mal, refere-se ao Deus cristão, ignorando a profundidade do texto da Bíblia, atendo-se à superfície. Você diz: “Antes de adentrarmos na análise destas quero propor alguns critérios que as soluções propostas deveriam satisfazer. As teorias consideradas boas devem satisfazer, tanto quanto possível, os seguintes quesitos”... Por que uma proposta deveria satisfazer esses critérios? O que seria uma proposta "boa"? A navalha de Occam opta pela simplicidade para que uma proposta seja levada em consideração... E é de fato tudo muito simples, mas o intelecto humano jamais poderá compreender. Pobre linguagem, pobre lógica. O intelecto é apenas uma ferramenta, e com uso limitado. Estude os koans zen, esqueça essa estranha pretensão de achar que a palavra é capaz de dar conta de compreender o que há. O mundo não é lógico. Navalha de Occam são apenas três palavras que, juntas, encerram um sentido limitado. “As teorias naturais são preferíveis às religiosas por não pressuporem a existência de um ser de alta complexidade”. Mas... e se esse Ser for a única Realidade? E se o adjetivo ‘de alta complexidade’ não se aplicar a esse Ser, uma vez que adjetivações, meras convenções linguísticas, não podem se aplicar ao Absoluto? E se isso que chamamos ‘universo’ não passar de um reflexo na Consciência, algo semelhante a um grande sonho, o sonho da Grande Mente, supraindividual? E se um dia você descobrisse que a matéria não é a Realidade, que o cérebro é criado pela Mente, e não o contrário, que só no silêncio é possível perceber quem se é, que só ignorando essa verborragia que forra o pensamento seria possível vislumbrar o Real?
Esse negócio de "critério racional" sempre remete à centralidade do ser humano, a partir da razão, em relação ao Universo. É impressionamente como a razão sempre tem a "explicação correta" de como surgiu o univero, isso e aquilo, e todos sabemos que hoje, em oposição aos mitos, cabe à ciência e à razão fornecer o quadro explicativo não só do mundo exterior, mas do funcionamento da própria sociedade, com suas relações de poder e tudo mais. Quem está interessado em estudar os mitos e compreender o alcance das suas ricas metáforas? Como na tragédia grega, de Sófocles, em que a polaridade entre a autoridade política constituída e o universo dos deuses regendo os destinos humanos, fazem com com que o ser humano enxergue as vicissitudes - os bens e os males - com algo determinado pelos deuses (leia-se: como algo natural), e assim, criando homens fortes (Além-homem em Nietzsche) para encarar o seu destino, não como algo que pode ser controlado, mas que já está previamente estabelecido pelos deuses (Leia-se: cujos destinos estão todos traçados). Tanto é que na obra "Os Persas", não se discute a vitória da Grécia sobre os persas, mas se fala da desgraça destes últimos como algo lançado pelos deuses. Da vitória dos gregos, fala-se apenas da "impiedade" dos deuses para com os inimigos, e é a partir da guerra, da vitória dos gregos, que é construídp um Estado poderoso e rico - o século de Péricles - em que a virtude consiste nesse aceitar de bom grado as vicissitudes. Para os gregos, o homem é um ser-para-a-morte, logo todos os destinos estão selados. Os destinos de uma cidade ("Pólis") estão personificados no "herói", aquele que é tão grande quando vence uma guerra, quanto, quando é derrotado e se torna escravo misérrimo. E é isso que fazia dos gregos grandes homens, fortes, na tristeza ou na alegria. Mas algo inesperado acontece, após 434 a.C. em que o declínio dos gregos após a Guerra do Peloponeso fica patenteado: surge a filosofia, com Sócrates, e, comportamentos e atitudes antes tidos como virtuosos - como o "entregar-se ao destino selado pelos deuses" - é covardia, mas, a partir da lógica e da retórica dos sofistas, o maquiavelismo sorrateiro e os interesses puramente políticos, defendidos pela retórica sofista, são tidos à conta de virtudes.Não é a toa que Nietzche observou que todo povo derrotado, tem que construir novos "deuses" para se auto-afirmar, ou melhor, para denegrir as virtudes do povo que agora está triunfante, como o povo de Israel, que constrói a idéia de um Deus único, na figura de um salvador que virá para restaurar o reino de Israel. Desde então, a razão constrói tudo aquilo que lhe convier no sentido de produzir um mundo à sua imagem e semelhança, um mundo ilusório, e uma prepotência no sentido de negar tais virtudes de outrora; no sentido de poder gritar aos quatro ventos, que ela tem o poder de suprimir ou abrandar os males, e portanto a civilização ocidental seria auto-suficiente nesse mister. Aceitar desgraças, infortúnios, frustrações como algo normal, seria típico de homens fracos; os fortes seriam aqueles que lutariam com unhas e dentes contra tais adversidades, como se fosse anti-natural que houvesse nesse mundo de Maya, esses pares de opostos. E, com efeito, eles existem apenas de maneira ilusória, para aqueles que pensam ser possível a instauração de um um regime sob o qual, todas as sociedades pudessem demandar o paraíso terrestre. Como se discutiu aí para cima, talvez o Universo-inflacionário seja respaldado pela tese dos antigos, sobre o "grande respiro", que, em Pietro Ubaldi, figura como a eterna transformação, em ciclos espirais, no respiro do Universo, entre espírito, energia e matéria. E com isso fica "suplantada" a teoria do Universo Estacionário de Hoyle e Friedmann entre outros, que explicaria com uma só cartada, a questão da "massa que falta" no Universo, e que, a teoria do Universo inflacionário se valeu da criação da matéria adicional (energia e matéria escura) para preservar o modelo vigente e amplamente aceito pela comunidade científica. Ele é respaldado pela RCF, pela Lei de Hubble e o "redshift". É "gostoso" não é? Quando se constrói uma Teoria do Ovo Cósmico, cujo átomo gerou uma explosão e depois se "obtém" (ou se produz?) provas experimentais de que o Universo começou num átomo primordial e depois se expandiu. E talvez hoje ele esteja no final de respiro cíclico. Se a tese do universo inflacionário for verdadeira, tudo acabará congelado em alguns bilhões de anos. Não é que o Universo não tenha energia para produzir um céu luminoso à noite (Paradoxo de Olbers), mas é que, devido ao afastamento célere das galáxias, ele terminará como um um gigantesco corpo frio e escuro. Mas tudo isso são teorias, afinal, não consta que o Hubble ou os telescópios infra-vermelhos tenham observado todo o universo. E já que a razão continua sendo o centro do universo, logo todas as suas explicações são válidas.Mas reparem que sempre falamos do universo da nossa perspectiva: "se ele resfriar não haverá mais vida". Só existe essa forma de vida no Universo? Porque cargas d'água não haveria seres que pudessem viver num Universo congelado e escuro?
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