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A Sala de Aula: O Teatro da Vida Lembro-me bem dos momentos de terror, vividos nas aulas de um certo professor, por nós chamada de "carrasco". A aula era considerada, um verdadeiro "corredor da morte", ou saiamos bem, ou ouviríamos sermões de um "general". O "carrasco", digo, o professor, nos cobrava coisas quase impossíveis, íamos aos nossos limites. Não poderíamos ter a desatenção de excluirmos os nossos pensamentos dos assuntos tratados em aula, pois correríamos o risco de ter um zero como sentença. Embora com toda a cobrança do professor, todos nós conseguimos, digo, quase todos, pois um não conseguiu. Esse optou se excluir dos debates, dos exercício e das explicações dadas pelo exigente professor. O resultado não foi outro, o "carrasco" o decapitou, ficou reprovado e por fraqueza deixou os estudos.Hoje, compreendo as atitudes de meu antigo professor. É que não entendíamos que a sala de aula era um ensaio da vida real, onde ele representava o mundo, o qual é exigente e cruel. Em nossos erros passados ouvíamos, amedrontados, um sermão. Nos erros presentes as conseqüências são desastrosas.A vida real cobra limites quase impossíveis de serem atingidos. O professor mediante a exclusão do pensamento do aluno lhe atribuía uma nota zero; na vida, a falta de desempenho leva a exclusão social, o castigo é a incapacidade de posse; o zero, a triste classificação de mais um Zé Ninguém. O nosso colega que se excluiu da escola, tornou-se um dos milhares de excluídos da sociedade, marginalizado, sem uma expectativa de vida.Enfim, a sala de aula era o ensaio da vida real, onde os mais fracos abandonam a esperança e só aos fortes, aqueles que suportaram as representações da vida, alcançaram condições de serem bons atores da vida real. Assim recordando o passado, vejo o exigente professor como alguém que nos encaminhou a uma porta, a qual revelava um outro lado duro da vida, ou seja, a vida real.Não seria o momento de repensarmo o que seria ser um bom professor?
Olá,Antes de mais nada, não gosto do termo aluno (a-sem - luno-luz). Prefiro chamar de estudante.Você tem certeza que deseja preparar os estudantes para a realidade capitalista, ou quer que ele questione e tente mudar essa realidade?O professor, nem sempre, deve cobrar rigidamente, ou ser flexível de mais. Deve agir de acordo com o ritmo de cada estudante.Penso que a questão do descompromisso não depende muito do professor, mas sim do ambiente familiar em que vive!Abraços
Caro crisbodart e outros forenses.Esse é o meu primeiro comentário em um fórum que até agora me parece interessante. Mas, deixando as minhas expectativas de lado, e ingressando na questão debatida acredito que em partes pode estar correto.Penso isso pela minha história. Nesse momento, estou fazendo dois cursos superiores, Direito em uma instituição particular e filosofia na federal do meu estado. Depois de vivenciar como anda o ensino das áreas de humanas na federal daqui fiquei chocado. Basicamente, a única coisas que os alunos fazem e se drogarem, curtirem festas, e nos pequenos tempos livres lerem alguns comentaristas. Bom, não posso dizer que a situação do curso de direito é muito melhor. Porém, na particular sinto uma cobrança dos professores. O que faz pelos menos, alguns alunos tentarem tirar notas.Não acredito que as pessoas estudam por prazer, estudar é algo penoso podemos consideram ter conhecimento como algo prazeroso. Não sei ao certo, o que podemos considerar bons professores. Realmente, esse é um questionamento valido e importante, mas além dele, devemos nos questionar o que é uma boa escola e o que são bons alunos. Porque, do jeito que a coisa anda, pelo menos por aqui, eu verei bacharéis e licenciados em filosofia que leram pouquíssimos livros na integra.
Olá, :)Eu acredito q o papel do professor em uma sala de aula não pode ser 'igualado' ao papel dos pais na educação de uma criança... dizem q o professor deve ser exemplo, deve ser entusiasmado, deve ser extremo conhecedor, deve ser coisa um monte de coisas, q não se exige em outras profissões... acho q exemplo se toma em casa, educação (aquela de dizer sempre por favor e obrigada...) se aprende em casa e acho q o bom professor não precisa ser um super homem com capacidades fantásticas e especiais... Bom profissional é aquele que domina a sua área. Bom professor é aquele que domina a sua matéria e que tem didática, ter didática não quer dizer q o prof tem q ter entusiasmo extraordinário com a sua matéria, ou ser um compositor de músicas matemáticas... afinal as características pessoais desse profissional não podem ser somente essas, ser divertido, legal, bem humorado, compreensivo, líder nato... exigir isso de todos os professores é impossível, afinal são muitas características para q se possa reunir em um grupo tão grande de pessoas. O q nos torna únicos são as diferenças... exigir isso é querer torna todos os prof iguais nas suas características pessoais...Professores são pessoas, e se querem compará-los com responsáveis pelos alunos, q seja como antigamente, q volte a palmatória. Lógico q eu não sou a favor da palmatória, mas tb não sou a favor do grau de responsabilidade q os governantes, pais e alunos querem jogar nas costas dos professores...É inegável q há muitos professores q só enrolam, e q ao invés de dar aulas ficam papeando (e ainda ficam com a imagem de professores legais) e nem sequer preparam a aula e nem explicam direito... Mas deve-se levar em conta o caos q se encontra a educação.. os alunos tb são culpados, não respeitam mais a ninguém (existem exceções é claro).. é impossível dar aula a quem não tem noção de respeito, a quem não quer aprender, a quem está de barriga vazia, a quem passa por exploração... Acho que a sociedade está um caos e isso se reflete na educação e não o ao contrário....Falo isso dos professores até o ensino médio, já no ensino superior é outra história...
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« Responder #6 em: Abril 24, 2008, 11:31:21 »
Acredito que o professor além de cobrar uma postura compromissada de alunos e alunas, tem que envolve-los com aulas contagiantes, assim sua atenção ao que está sendo descutido em sala de aula será chamada. E quanto a ser bonzinho, acho que o bom professor deve ser justo, a vida não é boazinha, ela requer que as pessoas sejam bons naquilo que querem fazer e para isto a disciplina e o compremetimento andam juntos.
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Não precisava repetir a mensagem que não traz conteúdo, só a “dica” do blog. Aliás, uma dica: ponha seu blog na sua “assinatura” e aí terá um link em todos os seus posts para ele.
Os exércitos tem a sua maneira própria de treinarem os seus alunos. Se as escolas adotarem um sistema capitalista de ensino, incentivando os mais capazes a se tornarem capitães, logo sobrará para os menos capazes a escravidão do soldado. O ensino, deve promover no aluno o desenvolvimento do racioscínio, pois a obrigação do saber leva a frustrações. Um indivíduo que não gosta de estudar, e não tem frustrações torna-se um soldado feliz. O bom professor, seja ele de qual área for, tem que ter estudado e entendido a excência da filosofia grega. Essa excência nos deixa mais tranquilos, compreensivos e pacientes com os alunos, que certamente serão trabalhadores mais felizes.AbraçosNickoss
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