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09/12/2010 às 3:54 #71019theexodus22Membro
Ola pessoal tudo bem?Estou fazendo um trabalho sobre Descartes, tenho q escrever oq intendi sobre uma trecho(pag.47) do livro"Descartes a metafisica da modernidade".Pois bem, eu lí e escrevi oq intendi, até li algumas coisas aqui no forum para complementar, e mesmo assim parece que não consegui intender direito oq os paragrafos queriam dizer.Gostaria de saber se alguem pode me ajudar com isso?Vou postar o texto que precisa ser comentado, e o comentario que eu fiz para que possam me falar oq escrevi de bobagem e tal.TRECHO PARA EXPLICAR ( ESTOU MANDANDO O TEXTO INTEIRO, POREM SO É PARA EXPLICAR A PARTE DENTRO DO QUADRO).ESTOU MANDANDO UMA IMAGEM POIS EH UM SCANER DA PARTE DO LIVRO.1: http://img687.imageshack.us/img687/7347/descartes0.jpg2: A explicação que eu fiz do trecho. Descartes para encontrar a verdade absoluta utiliza de algumas perguntas para começar essa busca: Até aonde vai a dúvida? É possível permanecer na duvida? A própria dúvida se confronta com ela mesma como dúvida, e tenta estabelecer como afirmação ou negação, mas ela não consegue. Quando o sujeito que dúvida percebe que a dúvida é um exercício do próprio pensamento, a dúvida chega a seu limite. Não existe uma dúvida que não se ponha contra si mesma. Descartes chega a conclusão que após duvidar o processo para chegar a verdade compreende em: Perguntar o que sei após todas as incertezas criadas pela dúvida, o percurso da duvida é atos do pensamento, a exclusão de todos os resíduos restantes. Com o resultado da aplicação da dúvida, foi tudo posto em questionamento, então tudo é falso, nada é real, não ah nada que não se possa duvidar. Duvidar é um ato que so pode ser feito por alguém. Se posso duvidar então existo e isso é uma verdade. Descartes então chega na verdade inicial de que “Penso, logo existo” se existo não posso duvidar que estou duvidando, nem mesmo o maior dos céticos.Desde ja muito obrigado a todos. :yahoo_mini:
09/12/2010 às 4:09 #88478mirtesMembro:wacko_mini2:
“Penso, logo existo” se existo não posso duvidar que estou duvidando, nem mesmo o maior dos céticos.
Por que não posso duvidar que estou duvidando? Eu duvido que não possa duvidar que eu existo.
09/12/2010 às 9:50 #88479AristotelesMembroAmigo mirtes,Você não pode duvidar que exista porque, duvidar é uma função inata da reflexão (pensar), para pensar precisa perceber, para perceber precisa tomar consciência e para tomar consciência precisa existir. A duvida é produzida pela existência de perguntas sem respostas e quem faz o questionamento é a consciência.
09/12/2010 às 11:44 #88480AristotelesMembroCom o resultado da aplicação da dúvida, foi tudo posto em questionamento, então tudo é falso, nada é real, não ah nada que não se possa duvidar. Duvidar é um ato que so pode ser feito por alguém. Se posso duvidar então existo e isso é uma verdade. Descartes então chega na verdade inicial de que “Penso, logo existo” se existo não posso duvidar que estou duvidando, nem mesmo o maior dos céticos.
Amigo theexodus22, O problema de Descartes é que não existe a verdade absoluta (por isso a existência da duvida). A verdade é obtida através de uma dedução obtida da análises de perguntas e respostas e pelo tanto é subjetiva. A realidade (objetividade) de uma verdade deve ser demonstrada. A verdade não pode ser absoluta porque depende de nossa percepção e esta, por sua vez, está limitada por preconceitos além de nossa incapacidade natural de captar todos os detalhes que definem a realidade.
09/12/2010 às 13:15 #88481mirtesMembroAmigo mirtes,Você não pode duvidar que exista porque, duvidar é uma função inata da reflexão (pensar), para pensar precisa perceber, para perceber precisa tomar consciência e para tomar consciência precisa existir. A duvida é produzida pela existência de perguntas sem respostas e quem faz o questionamento é a consciência.
A ordem altera os fatores. De fato, duvidar é uma função inata da reflexão (pensar), para pensar precisa perceber. Porém, para perceber, precisa tomar consciência??? Não entendo assim.
09/12/2010 às 15:36 #88482Miguel DuclósMembroEstá indo no caminho certo.A dúvida é um recurso metódico do meditante que se isola e duvida de todo o conhecimento apreendido anteriormente, por mais sólido que pareça, desde o mundo sensível até as certezas matemáticas.O Eu pensante não consegue achar algo que esteja fora do questionamento da dúvida, até cair a solidez de toda e qualquer matéria. Isso cairia num solipisismo, se não houvesse o passo seguinte. O eu que pensa não pode duvidar que é ele quem duvida, a cada vez que enuncia a sua dúvida, enquanto eu pensante. Mesmo que o eu do pensamento não seja também uma verdade única, o que está em jogo é a filosofia da consciência, ou seja, a percepção do sujeito que entende o mundo e a si mesmo como "coisa pensante". Nesse ponto, ele consegue chegar à primeira certeza e à primeira verdade que o sujeito que duvida de tudo é uma coisa pensante que existe como isso cada vez que pensa (cogito ergo sum).O texto que redigi sobre o assunto há algum tempo explicando esse percurso das duas primeiras meditaçõeshttp://www.consciencia.org/descartes_meditacoes.shtml
09/12/2010 às 21:31 #88483AristotelesMembroA ordem altera os fatores. De fato, duvidar é uma função inata da reflexão (pensar), para pensar precisa perceber. Porém, para perceber, precisa tomar consciência??? Não entendo assim.
A percepção é a função da consciência como a visão é a função dos olhos. Através da percepção a consciência capta a informação que posteriormente utilizará para discernir.
09/12/2010 às 23:52 #88484mirtesMembroA ordem altera os fatores. De fato, duvidar é uma função inata da reflexão (pensar), para pensar precisa perceber. Porém, para perceber, precisa tomar consciência??? Não entendo assim.
A percepção é a função da consciência como a visão é a função dos olhos. Através da percepção a consciência capta a informação que posteriormente utilizará para discernir.
Agora entendi. A dúvida estava na informação através também do sensível associado à percepção para a tomada da consciência.
10/12/2010 às 11:06 #88485Miguel DuclósMembroMirtes, é preciso tomar cuidado com as expressões.Embora a filosofia de Descartes tenha sido nomeada uma "filosofia da consciência", o termo "tomada de consciência" está mais associado ao marxismo, a tomada de consciência do proletariado de sua condição de explorado, o que não tem quae nada a ver com Descartes.A percepção no caso forneceria os dados do mundo sensível, que em toda metafísica é posto em dúvida como incerto e inseguro, desde Platão e em Descartes também. Mas a dúvida é chamada hiperbólica porque é radical, não duvida só disso, mas de tudo o mais, até a matemática, como apontei (2 +2 = 4), coloca um gênio maligno que iludiria o sujeito e duvida até do firmamento, do céu e das estrelas e dos sonhos. Só que nesse percurso do sujeito que duvida, ele se dá conta que, enquanto duvida, como duvidante, é algo que pensa, o pensamento quem duvida, o pensamento ativo é associado à consciência. Então existe uma ordem das razões, na fundamentação do conhecimento e do mundo o pensamento vem antes de qualquer outra coisa, e não pode negar que existe enquanto coisa pensante que duvida. Por isso essa primeira certeza que procura daí partir para outros elementos e para a totalidade da Ideia e do mundo.
10/12/2010 às 11:40 #88486Miguel DuclósMembroCogitoTorquato Netoeu sou como eu soupronomepessoal intransferíveldo homem que inicieina medida do impossíveleu sou como eu souagorasem grandes segredos dantessem novos secretos dentesnesta horaeu sou como eu soupresentedesferrolhado indecentefeito um pedaço de mimeu sou como eu souvidentee vivo tranqüilamentetodas as horas do fim.
10/12/2010 às 12:45 #88487mirtesMembroMirtes, é preciso tomar cuidado com as expressões.Embora a filosofia de Descartes tenha sido nomeada uma "filosofia da consciência", o termo "tomada de consciência" está mais associado ao marxismo, a tomada de consciência do proletariado de sua condição de explorado, o que não tem quae nada a ver com Descartes.A percepção no caso forneceria os dados do mundo sensível, que em toda metafísica é posto em dúvida como incerto e inseguro, desde Platão e em Descartes também. Mas a dúvida é chamada hiperbólica porque é radical, não duvida só disso, mas de tudo o mais, até a matemática, como apontei (2 +2 = 4), coloca um gênio maligno que iludiria o sujeito e duvida até do firmamento, do céu e das estrelas e dos sonhos. Só que nesse percurso do sujeito que duvida, ele se dá conta que, enquanto duvida, como duvidante, é algo que pensa, o pensamento quem duvida, o pensamento ativo é associado à consciência. Então existe uma ordem das razões, na fundamentação do conhecimento e do mundo o pensamento vem antes de qualquer outra coisa, e não pode negar que existe enquanto coisa pensante que duvida. Por isso essa primeira certeza que procura daí partir para outros elementos e para a totalidade da Ideia e do mundo.
Então existe uma ordem das razões, na fundamentação do conhecimento e do mundo o pensamento vem antes de qualquer outra coisa, e não pode negar que existe enquanto coisa pensante que duvida
Penso que agora não me resta dúvidas. Obrigado!
10/12/2010 às 12:58 #88488AcáciaMembroCogitoTorquato Netoeu sou como eu soupronomepessoal intransferíveldo homem que inicieina medida do impossíveleu sou como eu souagorasem grandes segredos dantessem novos secretos dentesnesta horaeu sou como eu soupresentedesferrolhado indecentefeito um pedaço de mimeu sou como eu souvidentee vivo tranqüilamentetodas as horas do fim.
:rose_mini:Esta eu não conhecia!Copiei para mim.
13/12/2010 às 2:06 #88489theexodus22MembroOla tudo bem?Então refiz meu texto e gostaria que vcs me dessem algumas opiniões acerca dele, se deveria mudar, acrescentar ou retirar algumas partes. Lembrando que não posso fugir do tema e nem expressar minhas idéias.O texto “O Alcance da Subjetividade – Da Dúvida À Certeza” começa apresentando como percebemos a busca pelo fundamento através da dúvida; a dúvida apóia a reconstrução da ciência. Contudo encontramos a reflexão de cartesiana em uma época onde o conhecimento científico moderno estava em ascensão, logo as concepções cosmológicas aristotélicas em crise. Este contexto de ciência moderna influenciou a reflexão cartesiana sobre a subjetividade, ainda que ela não fosse baseada nas concepções cosmológicas aristotélicas. Esta subjetividade no contexto de ascensão da ciência moderna tornou-se imprecisa, pois enquanto ela se alimentava da dúvida a ciência moderna das certezas advindas do conhecimento científico – o mundo empírico da ciência.Descartes não entendia que a dúvida deveria permanecer em estado cíclico, pois não seria um progresso, mas uma paralisação. A dúvida, para Descartes, deveria levar ao objetivo de sua indagação, o conhecimento. O conhecimento é o limite da dúvida, ela volta-se contra si mesma quando é radicalizada à continuidade.Uma canção popular brasileira diz que “a dúvida é o preço da pureza” (Engenheiros do Hawaii), se a pureza do pensamento é o conhecimento só chegamos a ela através da dúvida. A certeza é alcançada através das incertezas que temos quanto àquilo que já sabemos, ou seja, isto é a revogação do juízo acerca do conhecimento primário.É a dúvida que não permite a estagnação, ela permite a existência dinâmica da vida. A conclusão de Descartes é clara: penso, logo existo. A dúvida é indubitavelmente uma modalidade do pensamento humano, irrevogável à existência deste.É pela dúvida que podemos destacar, por exemplo, os inúmeros pensamentos filosóficos e teológicos. Eles nascem através das indagações da mente quanto à sua própria existência e sua relação com o desconhecido, com seus semelhantes, enfim, com o cosmos. Daí podemos até mesmo defender que, ainda que cresça o conhecimento científico, sempre haverá espaço ao pensamento religioso, filológico, filosófico ou até mesmo psicanalítico, pois os mesmos nascem da dúvida, que, como concluímos, é uma das modalidades do pensamento humano.
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