Deus na filosofia do século XX? As vertentes acadêmicas ocidentais se distanciaram cada vez mais do problema da existência de Deus. O problema da religião perde seu caráter absoluto e passa a ser circunscrito às esferas de valores de comunidas culturais localizadas no tempo e no espaço. Importante nesse sentido é a continuação da tradição Nietzscheana do século XIX, que tomou o mote da morte de Deus e soube desenvolver as críticas à tradição religiosa.O pseudo-hedonismo causado pela lógica cultural do capitalismo pós moderno também enfraquece a religião de forma decisiva. Parte deste contingente deserdado de seus valores ancestrais, pela via da jovem classe média inquieta, vai buscar nas investigações filosóficas um embasamente conceitual para os novos estilos de vida que se impõe. Na filosofia, as correntes ateístas ganham bastante força, como por exemplo o existencialismo ateu de Sartre, a filosofia do absurdo de Camus, as diversas formas de Marxismo e desmonte da ideologia, a continuação do projeto racional moderno, a teoria crítica influenciada pela psicanálise etc.Porém, paralelamente, a filosofia cristã continua a seguir seus rumos, e o neotomismo encontra adversários de peso para combater e englobar no constante revisionismo dos pontos fundamentais de suas doutrinas. Pensadores importantes aprofundam a historiografia da filosofia medieval, como é o caso de Etienne Gilson. Outros filósofos souberam pensar os problemas da pós modernidade a partir do cristianismo, como no caso de Gianni Vattimo.