Associações de Nietzsche com o nazismo – indevidas?

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  • #71290

    Concordo. É bom lembrarmos que quando Wagner embarcou na onda do germanismo, Niet rompeu com ele: invadiu sua casa e atirou uma partitura de Brahms sobre seu piano. E escreveu até um livro, me parece, chamado Anti-Wagner.

    O mais correto talvez fosse dizer que, se vivo, Niet seria anti-nazista, na medida em que o nazismo é uma exacerbação do germanismo.

    #71291

    Para pessoas ATÉIAS (somente Atéias, lamento) interessadas em conversar sobre ateísmo, deixo aqui meu endereço de e-mail e/ou messenger: [email protected]
    FAVOR colocar no assunto: ateismo
    }Grata.

    #71292
    Brasil
    Membro

    Quando se faz uma filosofia confusa, cheia de incógnitas, propostas e sugestões meio absurdas, sem explorar mesmo que imaginariamente, filosoficamente, a situação proposta, ou seja; tentar colocar na mente como seriam as relações humanas, políticas e sociais sob as suas propostas, dentro desse mundo totalmente adverso que se propõe, quando se faz isso com um talento lingüístico e literário como Nietzsche os tinha, as interpretações são múltiplas e os admiradores, dos mais variados.Associar Nietzsche com o nazismo é inapropriado, pois ele morreu antes do surgimento oficial do nazismo, mas não é errado associar o nazismo a Nietzsche. Nietzsche não colaborou pessoalmente, mas suas idéias foram assimiladas em quase sua totalidade dentro dos conceitos nazistas, isso não se pode negar.Essa idéia de um super-homem ( übermensch – sobre-humano) foi levada a cabo por Hitler! Hitler dizia que estava acelerando o inevitável...Essa anti-piedade, essa declaração clara de uma divisão entre "homens potentes, virtuosos" e "homens fracos", essa necessidade de “melhorar o homem” através da seleção, etc., é claramente concebida tanto pelo autor aqui referido como pelo Nazismo.Digamos que Hitler aproveitou das idéias de Nietzsche, apenas o que lhe interessava. Uma das coisas que Nietzsche não tolerava era superstição e ao que nos mostra  a História,  Hitler era supersticioso, acreditava em magia. As experiências do 3º Reich envolveram desde cientistas renomados até ocultistas e para-normais. Tiveram oportunidade de fazer incontáveis experiências até a exaustão com seres humanos vivos e sadios. O “poder hipnótico” de Hitler era algo realmente impressionante, ele levou a Alemanha até as últimas conseqüências, há imagens de Hitler nos últimos meses de guerra cumprimentando garotos de 11 e 12 anos antes de mandá-los para o front.  Nietzsche e Hitler agiram com força sobrenatural sobre as consciências das pessoas.Abaixo eu coloco um trecho do livro As ciências secretas de Hitler, de Nigel Pennick -  1981.  Através de provas documentais o autor do livro mostra entre outras coisas, em que níveis chegaram as idéias de seleção de raças e de criar o super-homem, e cita Nietzsche, de maneira contundente.  nie.jpgnie2.jpgSe a visualização da página estiver cortada, aqui pode-se ver a imagem inteira:http://todososlinks.com.br/txt/nie.jpghttp://todososlinks.com.br/txt/nie2.jpg

    #71293
    Alano
    Membro

    Nem Hitler nem nenhum ditador governam sozinhos. O governante é representante de um grupo de poder, que o delega a ele. Devemos nomear “A Alemanha de Hittler”, ao invés de apenas Hilter.Por outro lado, o Lobo, quando quer comer o cordeiro, sempre arranja um pretexto. Aquilo que a alemanha de Hitler perpetrou contra povos mais fracos, num processo de "Limpeza Étnica", que incluiu Ciganos, Homossexuais, (os brutos)Russos e etc,  não inciou e não terminou no episódio Hitler. É e a velha lei do mais forte, chatinha, porém vigente.O que os EUA estão fazendo agora mesmo no Iraque (Leia-se Oriente petrolífero) é diferente do que o governo Hitler fez? Por acaso o sangue judeu é de outra cor que o sangue árabe?Os EUA, pais do façaoqueeudigomasnãofaçaoqueeufaço, achou-se no direito de destruir Tokyo, Hiroshima e Nagasaki (sem falar em Dresden), apenas para fazer os japoneses se ajoelharem e para, supostamente, vingar-se da mordida na bota que receberam - do outro lado do mundo - em Pearl Harbour.EUA, Inglaterra, Israel e cia, como a Alemanha de Hitler, sabem do valor da propaganda e falam pelos cotovelos.  Por exemplo, fazem crer que os supostos seis milhões de Judeus foram muito mais gente que os 20 milhões de russos mortos pelos nazistas; tentam ainda fazer-nos crer, por exemplo, que o restante do milhões de civis mortos na guerra (num total de 50 milhões de mortos), nada valiam, por não serem judeus ou anglo-saxônicos.Não estou defendeno o horror das guerras - uma prática humana multi-milenar que não me cabe julgar-, mas apenas mostrando como a Propaganda nos faz errar de foco. Paises vencidos são sempre visto como "Horríveis", não que a Alemanha de Hitler não tenha sido realmente. Talvez este horror tenha se inciado com o sofrimento imposto ao povo alemão, após a Primeira Grande Guerra, onde um grupo de nações se uniu covardemente contra a quase solitária Alemanha. Como eu digo, quando o lobo decide comer o Cordeiro, sempre encontra um pretexto - quase sempre irrelevante.Mais cuidado em "julgar" (a Alemanha de) Hitler e olho-vivo na propaganda dos vencedores ajudam uma análise mais inteligente deste problema humano sem dúvida doloroso - a guerra. A luta entre as nações e grupos de interesses não é nova nem terminou... O mocinho de ontem (EUA) é o bandido de hoje, mas, é claro, como convém a todo propagandista, trajando não Prada nem Daslu, mas Cordeiro.A Inglaterra e a Espanha imperiais (por ex.) já mataram muito mais gente nas colônias (100 milhões  apenas na America Latina, segundo E. Galeano) e os EUA já assassinaram muito mais gente em sua históra altamente belicista do que a Alemanha de Hitler. (Os EUA jamais foram sequer atacados em seu território).  Mas , parece que não-americanos/ingleses e não-judeus não sangram nem deixam parentes faltosos destruídos...Se o pretexto (da Alemanha) de Hitler não fosse o maluco do Nietzsche (Tão neurótico e desajustado quanto Hitler) ele teria encontrado qualquer outro que servisse. Sempre encontramos um (pretexto) que se encaixe. É uma prática manjada esta.Abraço,

    #71294

    Cartas de Nietzsche

    Com esta carta respondo ao senhor três assuntos tratados na sua correspondência, obrigado pela confiança com que me permite passar a vista pela confusão de princípios que situam-se no coração deste estranho movimento. Todavia eu peço, no futuro, que não me envie mais estas cartas [anti-semitas]: eu receio, afinal, pela minha paciência. Acredite-me: este abominável "querer dizer" de barulho diletante acerca do valor de pessoas e raças, esta sujeição à "autoridades" que são completamente rejeitadas com frio desprezo por qualquer mente sensível ( tal como E. Dühring, R. Wagner, Ebrard, Wahrmund, P. de Lagarde - quem dentre esses é mais qualificado, mais injusto, em questões de história e moralidade) estas falsificações permanentes e absurdas,estas racionalizações de conceitos vagos como "germânico", "semita", "ariano", "cristão","alemão" - tudo isso pode acabar por me fazer perder a moderação e me fazer sair da irônica benevolência com a qual até aqui tenho observado as virtuosas veleidades e farisaísmos dos alemães modernos.- E, por último, o que você acha que eu sinto quando o nome de Zaratustra sai da boca de anti-semitas?...Humildemente, seu Dr. Fr. Nietzsche

    Neste meio tempo eu vi a prova, preto no branco, de que o Förster ainda não cortou suas ligações com o movimento anti-semita. Desde então tenho dificuldade em manter o carinho e proteção que sempre nutri em relação a você. [...] A nossa separação é aqui decidida da maneira mais absurda. Você não compreendeu nada da razão pela qual estou no mundo? Isto foi tão longe que agora preciso me defender da cabeça aos pés das pessoas que me confundem com essa canalha anti-semita; depois que minha própria irmã, minha ex-irmã, e depois que Widemann deu impulso para essa confusão, a mais medonha de todas. Depois que li o nome de Zaratustra na correspondência desses anti-semitas, minha contenção chegou ao fim. Estou agora na posição de urgente defesa contra o partido do seu esposo. Estas malditas deformações anti-semitas não devem manchar meu ideal!

    Natal de 1887, carta a Elisabeth Förster-Nietzsche[...] Você cometeu uma das maiores estupidezes - para si mesma e para mim! Sua associação com um líder anti-semita expressa um desconhecimento de todo o modo de vida que me preenche agora e sempre com ira e melancolia[...] É uma questão de honra para mim ser absolutamente isentado de toda associação com o anti-semitismo, isto é, me contrapondo a ele, como tenho feito nos meus escritos. Eu recentemente fui perseguido com cartas e prospectos anti-semitas. Minha repulsa em relação a este partido (que gostaria muito bem de se beneficiar de meu nome!) é tão declarada quanto possível, mas a relação com Förster, como o efeito colateral de meu antigo editor, este Schmeitzner anti-semita, sempre traz de volta aos sectários deste desagradável partido a idéia de que eu pertenço a eles, afinal. [...] Isto estimula uma desconfiança contra o meu caráter, como se publicamente eu condenasse algo que privadamente endosasse. Como não posso fazer nada em relação a isso, e o nome de Zaratustra tem sido muito usado na correspondência dos anti-semitas, quase fiquei doente várias vezes.

    http://www.consciencia.org/wiki/index.php/Nietzsche_Letters_1887:ptNestas cartas vemos que os movimentos anti-semitas já estavam em agitação na Alemanha na época de Nietzsche, mas quando eles tentaram se apropriar de sua obra para justificar a sua ideologia, Nietzsche reagiu como pode, de forma indignada e virulenta.A irmã de Nietzsche casou-se com um anti-semita que fundou uma colônia no Paraguai (Nova Germânia) e posteriormente foi amiga de Mussolini. Após a morte de Nietzsche ela ficou com os direitos autorais, e tentou manter esta apropriação, editando, por exemplo, de forma tentenciosa as notas póstumas do autor de forma a deturpar a teoria do "super-homem". Este problema foi corrigido através da edição crítica de Colli & Montinari, que é a padrão para estudos acadêmicos. Montinari tem também um estudo de fôlego que demonstra a fraca ou nula ligação do Nazismo com Nietzsche. Hitler e seus ideólogos não eram leitores de Nietzsche. É a mesma coisa que querer associar a República de Platão com o nazismo, é um problema anacrônico. O "ubermensch" nietzscheano é mal compreendido. Nazismo envolve ordem social (nacional-socialismo), o ubermensch de Nietzsche é individualista, perspectivista, é o homem superior que cria valores. Nietzsche é contrário aos "instintos de rebanho"; contranhaponha isso com o exercito nazista perfilado, obedecendo ao Führer e buscando a hegemonia. O ubermensch de Nietzsche é sim uma espécie de evolução natural do homem, mas nâo à moda de Darwin. Nietzsche está ligado às correntes científicas de seu tempo, mas critica Darwin, chama de medíocre, mero coletor de dados. Para Darwin, "os mais fortes" sobrevivem, ou seja, os mais adaptados incorporam em si o elemento evolutivo que os permite seguir adiante. Nietzsche diz que Darwin errou ao supor na natureza um quadro de falta,  de escassez de recursos. Para Nietzsche esta falta é injusta. A Terra provê a todos abundantemente... Existe abundância de recursos, e não falta. O ubermensch Nietzscheano é a razão da terra.No Além do Bem e do Mal ele comenta os judeus em alguns parágrafos:

    Os judeus — “povo nascido da escravidão” como disse Tácito em uníssono com toda a antigüidade, “povo eleito entre todos os povos”, como eles mesmos dizem e crêem, levaram a cabo essa milagrosa inversão de valores que deu à vida durante milênios um novo e perigoso atrativo. Os profetas judeusfundiram numa só definição o “rico”, “ímpio”, “violento”, “sensual” e pela primeira vez colocaram a pecha da infâmia à palavra “mundo”. Nesta inversão de valores (que fez também da palavra “pobre” sinônimo de “santo” e de “amigo”) é que se fundamenta a importância do povo judeu. com ele. em moral,começa a insurreição dos escravos.

    Existem duas espécies de gênio; um que gera e quer gerar, e outro que quer ser fecundado e parir. Entre os povos de gênio alguns receberam a incumbência do problema feminino da gravidez e do trabalho secreto de formar, amadurecer, aperfeiçoar — desta espécie foram os gregos e também osfranceses -; os outros são destinados a fecundar e serem a causa de novas ordens de vida — como os judeus, os romanos e talvez também, com toda modéstia, os alemães?

    O que a Europa deve aos judeus? Muitas coisas, boas e más, e antes de mais nada uma coisa que tem do melhor e pior para dar: o estilo grandioso da moral, o terrível e a majestade de postulados imensos, de infinitos significados, todo o romantismo e o sublime dos problemas morais — e conseqüentemente a parte, mais interessante, embaraçosa e procurada pelo caleidoscópio de seduções da vida, que iluminacom seus últimos clarões a céu, o pôr-do-sol, talvez, de nossa civilização européia. Nós artistas entre os espectadores e os filósofos nos sentimos reconhecidos por isso — aos judeus.

    É preciso resignar-se se o espírito de um povo que sofre e quer sofrer de febre nacional e de ambição política é ofuscado algumas vezes por alguma nuvem ou qualquer outra perturbação, se tem, em resumo, qualquer acesso de imbecilidade; assim, por exemplo, os alemães da atualidade cultivaram a demência anti-francesa, outras, a anti-semita, a anti-polaca, a romântico-cristã, a wagneriana, a teutônica, aprussiana (como aqueles historiadores cabeçudos: Sybel e Treitschke) — são em suma, pequenos obumbramentos do espírito e da consciência alemã. Mas que se me perdoe, se também eu, depois de uma breve, mas perigosa estada em território muito infecto, não fiquei completamente imune ao contato e comecei, como todos os outros, a ocupar-me de coisas que não me interessavam nem um pouco, primeirosintoma de infecção política. Por exemplo, a respeito dos judeus, estava a ouvir: — jamais encontrei algum alemão a quem os judeus fossem simpáticos e porquanto se rejeite sistematicamente o anti-semitismo propriamente dito pelos assisados e políticos, é preciso lembrar que este juízo, que esta política, não são dirigidos contra a espécie de sentimento por si mesmo, mas sobretudo contra sua perigosa imoderação eprecisamente contra o modo infeliz e vergonhoso segundo o qual um tal sentimento se manifesta — sem margem de engano Que a Alemanha tenha judeus em número suficiente para seu estômago, — o alemão demorará muito para digerir a quantidade de judeus de que atualmente está provido — como já o fizeram os italianos, os franceses, os ingleses, graças à sua digestão mais robusta — eis o que diz claramente a voz do instinto universal, da qual preciso ouvir o aviso. "Não se permita o ingresso de outros judeus na Alemanha! E que lhes seja fechado principalmente o Império do Oriente (e também a Áustria). Isto exige o instinto de um povo, cuja índole ainda é fraca e pouco determinada, para que possa ser facilmenteabsorvida, cancelada por uma raça mais forte. Mas os judeus são incontestavelmente a raça mais vigorosa, mais tenaz e mais genuína que vive na Europa, sabem caminhar nas piores condições (e talvez muito melhor que em condições favoráveis) e isto quanto a tais virtudes, que atualmente se pretende tomar por vícios, em termos de uma fé resoluta, que não tem necessidade de envergonhar-se diante das "idéias modernas", mudam, quando e se se mudam, sempre do mesmo modo que oimpério russo — Império que tem muito tempo diante de si e que não data de ontem — alarga suas conquistas, quer dizer: "o mais lentamente possível"! Um pensador que fosse responsável pelo futuro da Europa, em todos os seus projetos deveria incluir os judeus e os russos, fatores seguros e prováveis na liça, no grande confronto de forças.Aquilo que hoje é dito "nacional" é antes de mais nada "res facta" antes que "res nata" (e que, maldição, assemelhasse a uma res ficta et picta) é de qualquer modo algo que está sendo formado, uma coisa jovem, fácil de ser mudada, mas não ainda uma raça e menos ainda qualquer coisa de aeree perennius,como são os judeus; essas nações devem evitar qualquer concorrência de hostilidade entre elas! Que os judeus se quisessem e fossem constrangidos como parece que o querem fazer os anti-semitas poderiam ter o predomínio, literalmente dominar a Europa. é indubitável, talvez não ambicionem tal predomínio. Por ora pedem e desejam, com uma certa insistência, a absorção na Europa, têm sede de ter uma demoraestável para que possam ser tolerados, respeitados em qualquer lugar, de pôr fim à sua vida nômade, ao "judeu errante" e seria necessário considerar seriamente tal desejo, tal tendência (significando por si mesma um amolecimento dos instintos hebraicos), talvez ir ao encontro do mesmo, mas para poderfazer isso. seria adequado afastar, de todos os países, os agitadores anti-semitas. Dever-se-ia receber os judeus com todas as precauções imagináveis, com um certo espírito seletivo, ao redor. como o fez a nobreza inglesa. É óbvio, que sem temor algum os tipos mais vigorosos e mais sólidos doneo-germanismo poderiam manter relações com os judeus, por exemplo. os oficiais nobres da Marca, seria de grande interesse estudar a mestiçagem do elemento destinado por atavismo ao comando e à obediência — e nas duas coisas o pais citado pode servir de exemplo, clássico — com gênio do dinheiro epaciência (que traria um pouco de espiritualidade, da qual há muita falta no país mencionado). Mas que se me permite truncar minha jucunda divagação patriótica, e que retorne à minha seriedade, ao "problema europeu", como eu o entendo, isto é, da formação da nova casta que reinará na Europa.

    #71295
    Brasil
    Membro

    Olá amigosPelos textos colocados pelo Miguel fica claro que Nietzsche nunca foi anti-semita. Mas, é evidente também que eu nunca disse ou insinuei que Nietzsche era anti-semita.O que é claro pra mim é que os anti-semitas gostaram do que leram, tanto gostaram que tentaram pegar carona acoplando na filosofia confusa e reconheço, individualista de Nietzsche, as suas teorias raciais.Nietzsche era um gênio das letras, isso é indiscutível, suas obras e suas opiniões tiveram forte repercussão especialmente entre os alemães, se por um lado Nietzsche nunca se declarou anti-semita, por outro disse tudo o que os anti-semitas queriam ouvir.Essa declaração clara de negação à compaixão acompanhada de princípios de Eugenia foi um prato cheio para os anti-semitas.Simplesmente o que Nietzsche NÃO fez, foi dizer que esses resíduos da sociedade a que ele se refere abaixo, seriam os judeus, os homossexuais, os poloneses velhos e/ou doentes, os negros, etc.Entre os homens como em qualquer outra espécie de animaishá um resíduo de abortados, de doentes, de degenerados, defracos, que sofrem necessariamente, os casos bem sucedidossão também no homem sempre uma exceção e pode-se dizer,refletindo que o homem é um animal ainda não determinado,que esses são uma rara exceção. Mas, pior ainda, quanto maiselevado é o tipo do homem, que é representado por esseindivíduo, tanto menos provável que seja bem sucedido; ocasual, a lei do irracional se manifestam em toda a economia dohomem na forma mais terrível, no efeito distributivo queexercem sobre os homens superiores, nos quais as condições devida são delicadas, múltiplas e dificilmente calculáveis.Que atitude assumem as maiores religiões frente a esteexcesso de casos falhados? Tendem a conservá-los, mantê-losvivos com todos os meios possíveis, tomam partido por eles,uma vez que são religiões dos sofredores, dão razão a todosaqueles para os quais a vida é uma moléstia e querem fazer crere tornar possível que todos os outros modos de viver e sentir avida são falsos e impossíveis. Por mais alto que se possavalorar uma tal terna preocupação de tomar compatível econservar, ao mesmo tempo em que a mesma se estendeinclusive ao tipo mais elevado, e até agora sempre o maissofredor, do homem — afinal de contas as religiões soberanastêm sido a principal causa da manutenção do tipo "homem"num grau mais baixo — conservaram demasiado daquilo queestava destinado a perecer. Devem-se a elas benefíciosinestimáveis, e quem tem um tesouro de reconhecimento paranão se tornar pobre diante disso, que, por exemplo. fizeram os"homens espirituais" do cristianismo para a Europa?!Confortavam-se os sofredores, infundia-se coragem aosoprimidos e aos desesperados, emprestavam seu braço paraaqueles que não podiam caminhar por si mesmos, atiravam-se,longe do mundo, nos conventos, casas de correção da alma,todos os insatisfeitos, os náufragos da sociedade humana; o quedeviam fazer ainda para poder contribuir com boa consciência epremeditadamente para a conservação máxima de tudo aquiloque estivesse doente e sofrendo, ou para falar mais claramente,para a deterioração da raça européia?Observemos algumas frases de Nietzsche:O farisaísmo do homem bom não é uma degeneração; é, pelocontrário, em grande parte, uma condição para ser bom.As grandes épocas de nossa vida ocorrem quando sentimos acoragem de rebatizar o mal que em nós existe como o melhorde nós mesmos."Piedade para todos" — seria dureza e tirania contra timesmo, meu Caro!Essas frases serviriam de motivação para qualquer má consciência, desde um racista alemão de 1930 até um traficante carioca de 2000... Imagine se o Fernandinho Beira-mar lê-se Nietzsche...  (acho que além de picar seus desafetos, como era seu costume,  ele também os passaria no moedor de carne ;D)Questionar valores é o trivial na Filosofia, mas acho que não se pode questionar todos de uma só vez.Culpar as religiões de tudo o que não presta é um exagero. Achar que a religião enfraquece o homem e é o motivo de TODOS os males do ser humano e das sociedades é andar pelas vias do extremismo e fechar os olhos para outros fatores degradantes do Homem e das sociedades, tão latentes e que parece que o autor não os vê.Será que as religiões são  culpadas dos conflitos sociais, políticos e econômicos?  Será que se não existisse compaixão, piedade, moral, princípios, o mundo seria uma maravilha? Com que base se poderia afirmar isso? O homem sem compaixão, sem piedade, sem princípios será o super-homem... tão tá...A “moral”, ao meu ver, é inerente à cultura local. Cada povo tem a sua, não está direta nem necessariamente ligada à divindades. Relacionar moral diretamente com religião é um erro crasso.  Relacionar compaixão diretamente com religião, também é outro erro ingênuo.Uma pessoa não admitir que sua filha passe a noite com o namorado é sem duvida um principio moral. Se essa pessoa for um ateu, então esse título de MORALISTA que nós acabamos de dar a essa pessoa cai por terra? Se uma pessoa se compadece e sente piedade de um infeliz ser humano que agoniza em sofrimento, ela é necessariamente uma pessoa religiosa? Ela está contaminada pelos pensamentos religiosos? Um ateu não sente compaixão nem piedade? São questões a serem respondidas. Quando os princípios morais são transformados em lei, é porque houve consenso da sociedade. Questionar um ou outro princípio moral é natural, mas todos é loucura. Moral é cultura local; em diversos países árabes é costume homens se beijarem e andarem de mãos dadas e, nesses mesmos países o homossexualismo é severamente punido com apedrejamento pela própria sociedade, ou seja; da mesma forma que aqui não se consegue dar fim aos constantes ataques a mendigos moradores de rua que são frequentemente queimados em ataques covardes, lá não é possível prever ou prevenir aquele tipo de crime contra os homossexuais. A coisa acontece e pronto, assim como a coisa acontece aqui com os mendigos... As autoridades “nada podem fazer”. São ataques covardes e anônimos. Reflexos de uma moral totalmente questionável. Será que a religião está ligada a essa moral exterminadora de mendigos? Ou ela é culpada por eles existirem, como acreditava Nietzsche?Pois isso (exterminar mendigos) é um princípio moral! Nietzsche fala em transmutação de valores, na sua concepção a vida é criadora de valores. Mas, ao que parece ele não sabe muito bem quais seriam os “novos valores”, pois como eu disse em outra msg, Nietzsche via sabedoria filosófica na astúcia de um banqueiro.   Quando ele associa a bondade a um poço de ouro, vocês podem não ver nada de mais, mas eu pergunto: o que o ouro tem a ver com a bondade?Quais seriam os “novos valores” de Nietzsche?

    #71296
    Alano
    Membro

            Quanto ao "Übermensch" de Nietzsche, o problema humano é que para cada mente pensante que tem um ou dois filhos, há dez mentes inoperantes gerando quatro ou mais filhos em sua maioria igualmente inoperantes mentalmente. Se a solução não for pela ótica dele (N), o que vai nos salvar do desastre?    Num país (e grande parte dum planeta) onde a vida de um pombo ou gato vale mais de que uma vida humana; não triunfando a racionalidade, bem pode acontecer que, por incapacidade intelectual-emocional e operativa, acabemos TODOS mendigos!     Quanto ao suposto anti-semitismo da Europa (o própio "mundo" por bom tempo) ele é "suposto" por que supõe que se "odeiam" os semitas por alguma coisa como sua religião ou idioma. Nada mais falso! Os semitas são alvos de discriminação por que tem SUCESSO econômico! São competentes em ganhar dinheiro, gerando inveja entre os incompententes e mal-sucedidos.  Se  fossem pacatos aldeões ou operários, ninguém ia notá-los, professassem o budismo ou falassem bengoli! Apostem nisto!     Abraçooooooo!

    #71297
    Brasil
    Membro

    Quanto ao "Übermensch" de Nietzsche, o problema humano é que para cada mente pensante que tem um ou dois filhos, há dez mentes inoperantes gerando quatro ou mais filhos em sua maioria igualmente inoperantes mentalmente. Se a solução não for pela ótica dele (N), o que vai nos salvar do desastre?

    Não creio que impedir nascimentos seja o caminho para um mundo melhor. Como o próprio Nietzsche também acreditava; a Terra tem recursos suficientes para prover vida a todos os humanos. E digo mais; tem recursos suficientes para prover vida digna a todos. Todos os problemas demográficos constituem-se em problemas econômicos. A Economia nada mais é que um contexto transitório da história da humanidade, do qual já estamos demorando muito para entender. Estamos demorando muito para entender que a Economia é só um contexto, nada mais. Não é algo imprescindível, não é algo obrigatório para os humanos.  É o alimento da “vontade de potência equivocada”. E, acho que é por isso que as pessoas vêem o dinheiro como algo intrínseco à vivência humana. Não percebem que, por mais que esteja enraizado em todas as culturas, ainda assim é só uma opção. Não há o que obrigue efetivamente os humanos usar esse alimento de injustiças e conflitos.  Se é possível contestar a piedade, contestar a compaixão, contestar a moral, os princípios, então, penso que questionar a importância e a necessidade ilusória de se usar um sistema de convívio indiscutivelmente competitivo e destruidor, é totalmente válido.  Competição é muito sadio nos esportes, no entretenimento, mas no ato de viver NÃO. Competição pela vida e pelo conforto gera a destruição do Homem e da natureza! Gera a irresponsabilidade! Observe que: “As mentes inoperantes” só são e estão inoperantes, porque estão impreterivelmente dentro deste contexto. Se o contexto fosse outro, elas poderiam perfeitamente não serem consideradas inoperantes e muito menos, um estorvo aos demais “operantes”. Quem faz o contexto somos nós mesmos.

    Num país (e grande parte dum planeta) onde a vida de um pombo ou gato vale mais de que uma vida humana; não triunfando a racionalidade, bem pode acontecer que, por incapacidade intelectual-emocional e operativa, acabemos TODOS mendigos!

    Sim, essa coisa de não saber exatamente a medida dos valores é grande parte de nossos problemas, concordo. Mas, veja: Quem corriqueiramente dá mais importância para a vida de um cão ou de um gato, que à vida humana, são exatamente os ‘intelectuais”, estou errado?

    Os semitas são alvos de discriminação por que tem SUCESSO econômico! São competentes em ganhar dinheiro, gerando inveja entre os incompententes e mal-sucedidos.

    Bem eu não sei exatamente se é inveja o que sentem os outros povos que supostamente discriminam os semitas. O que sabemos pela história é que em meio a uma depressão econômica por qual atravessava a Alemanha após a 1ª Guerra, em que os alemães empobreciam cada vez mais e mais, os judeus enriqueciam a olhos vistos através de expedientes como formação de cartel, corporativismo, monopólio, boicote, agiotagem e corrupção política. Tudo isso dentro do país dos outros. Mas, nada que justificasse o genocídio que fizeram.Esse tipo de coisa teria de ser resolvido com leis e fiscalização, mas parece que a corrupção falou mais alto  e,  entenderam erroneamente que não havia outro caminho para conter a esperteza (“competência”) política, econômica e mafiosa dos comerciantes e empresários judeus da época, além de extermina-los fisicamente. O fato é que vc lembrou muito bem: Tudo aconteceu unicamente por dinheiro. Isso é fato! A raça, a religião, etc., foi e sempre é um pretexto descarado usado pelos reais e escondidos intere$$es que têm movido a humanidade à caminhos incertos por séculos. Há muitos aspectos observados por Nietzsche, que eu acho muitíssimo interessantes, como o fato dele acreditar que a Terra é capaz de prover recursos a todos, como citou o Miguel, aquela idéia de vencer o niilismo, de transmutar os valores e criar novos valores... Enfim, as idéias são realmente filosóficas e revolucionárias, porém o autor não define nem de longe, quais seriam estes novos valores. Isso é perigoso! Penso que mudar tudo; acabar com a “moral vigente” e criar nova moral, acabar com os princípios vigentes e criar novos princípios, “matar Deus em nossas mentes” etc., não resolveria NADA se continuássemos a usar um sistema de convívio que leva inevitavelmente à destruição de tudo e de todos. E, parece-me que o sistema de convívio das sociedades não é contemplado pelo autor no que diz respeito à competição econômica e suas conseqüências. Ao que parece ele dá valor a essa competição. Abs

    #71298
    Brasil
    Membro

    Olá MiguelVocê colocou um trecho do livro Para Além do Bem e do Mal, para mostrar que Nietzsche não teria nada contra os judeus... Penso que a interpretação deste texto está mais desfavorável às teorias de que Nietzsche não tinha nada contra os judeus do que para as teorias de que o Nazismo buscou elementos em Nietzsche para empreender seus ideais.Você grifou esta parte:

    Mas os judeus são incontestavelmente a raça mais vigorosa, mais tenaz e mais genuína que vive na Europa

    Mas o que vem imediatamente antes dá muito mais força à  segunda teoria que à primeira, veja:

    Que a Alemanha tenha judeus em número suficiente para seu estômago, — o alemão demorará muito para digerir a quantidade de judeus de que atualmente está provido — como já o fizeram os italianos, os franceses, os ingleses, graças à sua digestão mais robusta — eis o que diz claramente a voz do instinto universal, da qual preciso ouvir o aviso. "Não se permita o ingresso de outros judeus na Alemanha! E que lhes seja fechado principalmente o Império do Oriente (e também a Áustria). Isto exige o instinto de um povo, cuja índole ainda é fraca e pouco determinada, para que possa ser facilmente absorvida, cancelada por uma raça mais forte.

    E depois ele chama a atenção para a necessidade  de se  ter como “inimigos” os russos e os judeus. Eu digo inimigos pois, ele diz da probabilidade de uma (liça) guerra, luta,  entre alemães, russos e judeus, no “grande confronto de forças”:

    Um pensador que fosse responsável pelo futuro da Europa, em todos os seus projetos deveria incluir os judeus e os russos, fatores seguros e prováveis na liça, no grande confronto de forças.

    Daí o fato de eu não ter dúvidas de que da filosofia de Nietzsche, se tira muitos “coelhos da cartola”.

    É preciso resignar-se se o espírito de um povo que sofre e quer sofrer de febre nacional e de ambição política é ofuscado algumas vezes por alguma nuvem ou qualquer outra perturbação, se tem, em resumo, qualquer acesso de imbecilidade; assim, por exemplo, os alemães da atualidade cultivaram a demência anti-francesa, outras, a anti-semita, a anti-polaca, a romântico-cristã, a wagneriana, a teutônica, aprussiana (como aqueles historiadores cabeçudos: Sybel e Treitschke) — são em suma, pequenos obumbramentos do espírito e da consciência alemã. Mas que se me perdoe, se também eu, depois de uma breve, mas perigosa estada em território muito infecto, não fiquei completamente imune ao contato e comecei, como todos os outros, a ocupar-me de coisas que não me interessavam nem um pouco, primeirosintoma de infecção política. Por exemplo, a respeito dos judeus, estava a ouvir: — jamais encontrei algum alemão a quem os judeus fossem simpáticos e porquanto se rejeite sistematicamente o anti-semitismo propriamente dito pelos assisados e políticos, é preciso lembrar que este juízo, que esta política, não são dirigidos contra a espécie de sentimento por si mesmo, mas sobretudo contra sua perigosa imoderação eprecisamente contra o modo infeliz e vergonhoso segundo o qual um tal sentimento se manifesta — sem margem de engano Que a Alemanha tenha judeus em número suficiente para seu estômago, — o alemão demorará muito para digerir a quantidade de judeus de que atualmente está provido — como já o fizeram os italianos, os franceses, os ingleses, graças à sua digestão mais robusta — eis o que diz claramente a voz do instinto universal, da qual preciso ouvir o aviso. "Não se permita o ingresso de outros judeus na Alemanha! E que lhes seja fechado principalmente o Império do Oriente (e também a Áustria). Isto exige o instinto de um povo, cuja índole ainda é fraca e pouco determinada, para que possa ser facilmenteabsorvida, cancelada por uma raça mais forte. Mas os judeus são incontestavelmente a raça mais vigorosa, mais tenaz e mais genuína que vive na Europa, sabem caminhar nas piores condições (e talvez muito melhor que em condições favoráveis) e isto quanto a tais virtudes, que atualmente se pretende tomar por vícios, em termos de uma fé resoluta, que não tem necessidade de envergonhar-se diante das "idéias modernas", mudam, quando e se se mudam, sempre do mesmo modo que oimpério russo — Império que tem muito tempo diante de si e que não data de ontem — alarga suas conquistas, quer dizer: "o mais lentamente possível"! Um pensador que fosse responsável pelo futuro da Europa, em todos os seus projetos deveria incluir os judeus e os russos, fatores seguros e prováveis na liça, no grande confronto de forças.

    Eu julgar que meus inimigos são vigorosos, tenazes e genuínos, não faz deles meus amigos. Não se configura num elogio e sim numa fria constatação: São objeto de muita cautela por parte dos alemães,  quanto a uma provável liça iminente. E que acabou acontecendo realmente.Abraço

    #71299
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    Olá MiguelNa mesma citação que vc colocou,  Nietzsche faz esta observação que, se minha capacidade de interpretação não estiver absolutamente prejudicada e se a tradução do texto não tiver cometido nenhum crime, fica claro o “receio” que ele tinha dos judeus, seu temor de que os judeus dominassem a Europa, embora diga que não achava que os judeus tivessem tal ambição naquelas alturas dos acontecimentos. Entende que numa estratégia de proteção deveriam os alemães receber os judeus de maneira extremamente cautelosa e seleta, ou seja, escolher muito bem quais judeus seriam recebidos, e que, depois de recebidos seria interessante permitir a miscigenação somente com alemães “nobres”,  “da marca”, para assimilar ou misturar o gênio do comando e da obediência dos “nobres” alemães, com o gênio do DINHEIRO e da paciência dos judeus. Uma maneira bem astuta de se proteger dos judeus e fazer crescer a Economia de seu país.  "Que os judeus sequisessem e fossem constrangidos como parece que o queremfazer os anti-semitas poderiam ter o predomínio, literalmentedominar a Europa. é indubitável, talvez não ambicionem talpredomínio. Por ora pedem e desejam, com uma certainsistência, a absorção na Europa, têm sede de ter uma demoraestável para que possam ser tolerados, respeitados em qualquerlugar, de pôr fim à sua vida nômade, ao "judeu errante" e serianecessário considerar seriamente tal desejo, tal tendência(significando por si mesma um amolecimento dos instintoshebraicos), talvez ir ao encontro do mesmo, mas para poderfazer isso. seria adequado afastar, de todos os países, osagitadores anti-semitas. Dever-se-ia receber os judeus comtodas as precauções imagináveis, com um certo espíritoseletivo, ao redor. como o fez a nobreza inglesa. É óbvio, quesem temor algum os tipos mais vigorosos e mais sólidos doneo-germanismo poderiam manter relações com os judeus, porexemplo. os oficiais nobres da Marca, seria de grande interesseestudar a mestiçagem do elemento destinado por atavismo aocomando e à obediência — e nas duas coisas o pais citado podeservir de exemplo, clássico — com gênio do dinheiro epaciência (que traria um pouco de espiritualidade, da qual hámuita falta no país mencionado). Mas que se me permitetruncar minha jucunda divagação patriótica, e que retorne àminha seriedade, ao "problema europeu", como eu o entendo,isto é, da formação da nova casta que reinará na Europa."

    #71300

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    Rodrigo Leal

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    « Responder #25 em: Abril 19, 2008, 12:57:41 »


    Imaginem Hitler próspero...Quando começamos a imaginar já paramos de imaginar, por que ele neste momento é:"Jura que existiram um dia no mundo pessoas de cor escura?Será que o destino da Alemanha seria ver ela dividida em vários países ainda hoje?Imagina uma país chamado "Brasil".... aehaeahhauihehaie seria muito engraçado.Estranho né?Por que falam disso de Hitler? Que história louca é essa?É... paciência existem pessoas que não respeitam mesmo..."Imaginar Hitler próspero, é imaginar Deus próspero..Deixar somente a história dos livros te levar.Hitler rasgaria todos os livros, e este fórum não seria sobre Nietzsche.Justamente o que acontece agora.


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    #71301
    Tubarao
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    Um martelo que fere também pode ferir!Assim como um homem pode usar um martelo para quebrar as correntes morais que o aprisionam, também pode usá-lo como uma arma para impôr suas idéias de maneira agressiva.Um exemplo disso foi o ditador alemão Adolf Hitler (bem como Joseph Goebles, ideólogo nazista e seu ministro de propaganda), que se considerava discípulo de Nietzche. Ou seja, usou suas idéias de uma moralidade ativa, guerreira, audaz para praticar barbáries, com o objetivo de impor sua vontade. Algumas correntes dizem que os EUA salvaram o mundo dele, pode até ser, mas no fundo, foi briga de leões (metaforicamente falando, sem ofensas ao animal). Venceu o “menos pior”, fico feliz.Voltando ao assunto! O pensador Nietzche foi brilhante ao derrubar a moralidade da igreja, que tornava o homem passivo e o anulava, e ao criticar as idéias de “bem” do Platão. Mas ele criou esse pensamento tendo em vista a necessidade de novas idéias num mundo que caminhava para a violência, egoísmo, ódio e outras relações estúpidas. Disse, praticamente, que no inferno que o mundo estava se tornando, era melhor cada um se garantir. E ele estava certo, já que houveram homens capazes de usar seus pensamentos para o mal! E o mundo caminha para a escassez de recursos naturais, poluição do ar e mares, guerras e outros fatores que tornam o quadro o pior possível. Diante disso eu penso: “Não estaríamos menos encrencados na caverna ou submissos a uma religião, por pior que isso fosse?”.Abraços.

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