como aceitar o amor ?

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          de que forma aceita-lo quando temos consciencia de seu maleficios , como seu aprisionamento  sua castração da liberdade comim ?

    #86562
    Breno Bastos
    Membro

    Paulo,Essa discurssão é muito bela e, ao mesmo tempo, longa. Muitos se perguntaram se a entrega sentimental do sujeito a um objeto é benéfico para o próprio sujeito. Alguns dirão que essa entrega pode estar vinculada com a própria plenificação do homem, através de um mecanismo em que ele se torna ele mesmo. Eros se torna, assim, o portavós para a formação do sujeito enquanto ad-vindo do demiurgo. É difícil, dirão esses, pensar em Eros se não se pensa no artesão. Contudo, transitando além das formulações cristãs, lembro do bom e velho Platão e o sentimento de incompletude que Eros carreia. Só se ama porque não se tem e, à medida em que se adquire, não há qualquer motivo para amar. A discurssão que se faz é no aprisionamento que esse amor proporciona, essa intensa e constante necessidade de alcançar e o sofrimento que isso gera. Não falamos nem em termos éticos, mas apenas psíquicos; ou melhor ainda, da psicologia moral. De que modo amar sem ser prejudicado ética e psiquicamente?Lembro dos altivos estóicos e da acurada indiferença pensada por Zenão e Crisipo. Recordo da indiferença dos cínicos que vivem no barril e se comportam como cães e, quando se casam, se portam da forma mais despudorada possível. Finalmente, não esqueço da indiferença dos céticos que, à exemplo de Pirro, que realmente necessitam de algo. Cristãos, clássicos e helenistas à parte, penso que os filósofos libertinos também têm algo a dizer. Como não mensionar Sade e seu castelo dos libertinos, onde se é possível usufruir de todos os prazeres de que se é possível e, assim, se manter protegido de todo mal?O terreno é árido... e a discurssão frutífera.

    #86563
    mass
    Membro

    Acabei de falar sobre algo parecido e vi esse tópico. Gostaria de aprofundar a questão, mas não por ter opiniões, por ter falta delas. Não conheço o assunto por experiência, não tenho filhos e não tenho apegos significativos por pessoas que não sejam parentes próximos.

    De que modo amar sem ser prejudicado ética e psiquicamente?

    Concordo com a idéia de Platão, que é a visão mais lógica de mundo e de nossos desejos. Mas esse amor tem características de desejo, como o amor de homem para mulher. Qual seria a composição do amor de pai para filho.

    #86564
    ppaulo
    Membro

    Não é possível discutir acerca de algo sem o definirmos.Antes de pensarmos em como aceitar o amor é necessário definir o que é "amor".

    #86565
    mass
    Membro

    eta negócio difícil esse…No exemplo de Platão, pode ser confundido com desejo egoísta, mas quando o bem estar de alguém lhe dá bem estar, ou existe algo a mais ou talvez é somente indentificação em um nivel elevado com certa pessoa, a ponto de ser influenciado pelos sentimentos o que a pessoa sente. Como se reconhecer no espelho com uma imagem que não é sua, mas que você reconhece como "quase sua" pela proximidade emocional.Por exemplo, vejo duas situações: - Um filho fica feliz e os pais estão felizes. - Seria esse reconhecimento emocional? - Um filho viajou e os pais ficam com medo. - Seria medo de perder simplesmente por amar o filho, ou por reconhecer na possível perda do filho como uma perda sua pelo mesmo motivo de se reconhecer outros sentimentos?Estou expondo dúvidas, pois não tenho opinião formada sobre isso, nunca tinha pensado muito sobre o assunto. E estou tentando analisar a estrutura por traz, os motivos, os porquês, pois deve haver uma lógica regindo o amor, assim penso.

    #86567
    brunopi
    Membro

    Talvez eu ignore deliberadamente essa subdivisão do amor em Eros, Filos e Ágape, por entender que tanto o primeiro quanto o segundo resultam de uma visão dividida da Realidade, de fato egoísta. Tenho a impressão de que Eros é fruto do desejo sensual e do apego, e Filos, da insegurança  e do medo da solidão. Penso que o amor é a compreensão de que se é um com tudo o que há.

    #86566
    ppaulo
    Membro

    Concordo em parte com o brunopi,Não há que se confundir amor com desejo, egoísmo entre outros. A palavra amor se deturpou no senso comum através dos tempos.Da maneira como o post se originou, me parece mais que o autor do tópico se referia a desejo.

    #86568
    Acácia
    Membro

    Para mim aceitar o amor é exercê-lo de forma incondicional. Doando a própria vida? Oh mano, se a Vida é o maior dom com o qual todo ser é agraciado, o correto é eu lutar bravamente por ela. Para exercer o amor é necessário não confundir Deus com deus. Umamarte, gostei de você ter voltado. Que saudades de vocês todos quando me ausento do fórum. Sou eu carente? claro que não. Apenas fico triste com essa estória de tantas mentes brilhantes se dizerem ateus… Bah!

    #86569
    ppaulo
    Membro

    Eu nunca me disse ateu. Nem muitos outros aqui. Estás a deduzir porque criticamos a bíblia (que até prova em contrário pode ser o maior engodo da história).Já leu os evangelhos apócrifos?

    #86570
    Acácia
    Membro

    Eu nunca me disse ateu. Nem muitos outros aqui. Estás a deduzir porque criticamos a bíblia (que até prova em contrário pode ser o maior engodo da história).Já leu os evangelhos apócrifos?

    Claro que não. É só uma brincadeira.  Quanto a Bíblia, não ouso criticá-La pois sei que existem espíritos vivos e talvez adormecidos  sob a dependência de Suas Palavras. O que eu puder fazer para colaborar com os vivos e "desencanar" aos adormecidos eu farei pois sei, na pele, o que é estar do outro lado e o quanto faz falta o Reino do Amor e da caridade  para os necessitados. No entanto, não posso deixar de amar o mundo dos racionais. Isto sim, para mim, é um PARADOXO. Quanto aos evangelhos apócrifos, não mais tenho interesse em adentrar nas trevas. O que a mim estiver oculto, Deus irá me revelar em tempo oportuno, se for a Sua vontade! (Não a sua, a de Deus...risos)!Abraços fraternosA impressão é que sou contra a racionalidade não é? De forma alguma. Apenas contra aquela que é usada de forma trapaceira. Contra essa, "meu repúdio...meu protesto... minha indignação!" 

    #86571
    mass
    Membro

    Adentrar nas trevas é um pouco forte ao meu ver. Diferente não é trevas. Deve-se levar em consideração que o mesmo Deus que escreveu a Bíblia pode sim ter sido o que escreveu os evangelhos apócrifos, porém homens imerso em trevas tentaram mudar as palavras Dele. Mas a palavra Dele é mais forte e resistiu aos anos e surge novamente para nossa salvação.Como saber se é verdade ou não? Lendo. Analisando, e pensando, será que Deus agiria assim, ou assado? Não vejo trévas nisso, vejo, inclusive, um excelente exercício mental e uma diversão, muito melhor que um filme ou uma novela.PS.: Fora de tópico, mas por acaso alguém ve isso como diversão? Não diversão, mas "prazeiroso"? As vezes, sentado, fazendo alguma coisa, eu penso e remoo conceitos e me aparece um jeito de ver que eu nunca havia percebido antes e começo a rir sozinho, um instante de felicidade, tipo uma nova descoberta do fogo. Já aconteceu pra alguém isso?

    #86572
    Acácia
    Membro

    Eu me referi às trevas dos meus sentidos. Desculpem-me. Não soube me expressar.  O que eu quis dizer é que, bom para a alma é aquilo que a edifica. Sinto-me satisfeita e sem muitas curiosidades…  :kiss_mini:

    #86573
    ppaulo
    Membro

    A curiosidade é o motor do pensamento filosófico. Não ter curiosidade é estar morto para a filosofia.Mass, mais do que você imagina.

    #86574
    Acácia
    Membro

    A curiosidade é o motor do pensamento filosófico. Não ter curiosidade é estar morto para a filosofia.

    Estou momentãneamente morta mas sei que não há oração sem sujeito...  :lol_mini: :wacko_mini: :crazy_mini:Abraços

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