Como nos isolar da mediocridade da maioria das pessoas?

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    Eletrica

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    « em: Abril 11, 2008, 04:29:28 »


    Gostaria de abrir esta questão para debate, pois talvez aqui eu encontre alguém com mais maturidade intelectual do que eu e que possa me mostrar perspectivas diferentes para lidar com o assunto.Tenho tido a impressão de que a maioria das pessoas está cada vez mais pobre de inteligência, senso crítico e profundidade de pensamento.Me incomoda, por exemplo, no trabalho, ouvir profissionais de nível superior conversar somente banalidades, repetir o que ouvem sem dar importância à fonte e expor sua vida pessoal, seus costumes e hábitos de consumo. E com essa idéia de integração, a maioria das empresas possui um único ambiente com várias mesas, o que nos submete à falta de privacidade e a ouvir toda sorte de aberração.Às vezes, tenho vontade de ficar numa bolha.Como nos proteger para não sentir muito a dor de ouvir a fala dessa gente e seus disparates?  Será que existe algum ambiente profissional isento desse tipo de "profissional"? Será que vai ter lugar no mundo para pessoas como eu ou só os superficiais sobreviverão e, bem faz aquele que parecer como eles?Ou será que não é nada disso, eu é que nasci ranheta?


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    #85609

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    Luiz Souto

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    « Responder #1 em: Abril 13, 2008, 06:56:30 »


    Olha Eletrica , eu tambem acho que há uma mediocridade geral , e ela é democrática: atinge todas as classes sociais. Basta ver quando o assunto é o famigerado BBB , onde todos discutem detalhes sobre o supra-sumo da desinportância.A questão é que vivemos sob um contínuo bombardeio de informações , eventos , imagens ,pela mídia ; eventos midiáticos que tem em si o própio sentido e dinêmica  , desligados de qualquer vinculo com o real. Por exemplo , aqui no Rio de Janeiro um jornal popular , em plena epidemia da dengue , durante uma semana colocou como manchete principal "notícias" sobre a Mulher- Melancia da Dança do Créu! Com as devidas diferenças , os cadernos culturais da grande imprensa  não fazem tão diferente.E aí , como ficamos nós que não estamos nessa maré? Bom  , converso quando o assunto me interessa  e fico na minha quando não. Uma revista ou um fone de ouvido ajudam  , quando possível.Mas com cuidado a gente sempre encontra uma pessoa com quem se pode conversar sobre assuntos menos fúteis ( embora às vezes leve tempo a descobrir quem é). 


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    #85610

    Isso é uma espécie de proposta ?Do ponto de vista de quem  há mediocridade nas relações ou fatos descritos acima?Será que alguém aquí foi tocado por uma espécie de rei talmaturgo? Quem é que dita o que é importante ser visto, lido, assitido, discutido ? 

    #85611
    Lope
    Membro

    Caro Rato de EsgotoDesculpe minha ignorância mas que rei é esse a que você faz referência?Abraços,Morusareis

    #85612

    Colega morusareis,Eram alguns reis da França e Inglaterra durante os séculos XII e XVIII aos quais - no imaginário popular -atribuíam a crença de que esses reis tinham o poder miraculoso de curar, com seu toque, uma afecção da pele ou até mesmo as mais terríveis doenças.  Fazendo uma alusão ao comentário de Electra; teria sido ela tocada por um ente sobrenatural e estaria assim curada da própria mediocridade - que na sua primeira acepção no dicionário significa algo que nem é bom nem mal - e acima dos reles mortais ?

    #85613

    Sobre o tema  – Os reis taumaturgos – existe um estudo divisor de águas do historiador Marc Bloch.Saudações e migalhas....

    #85614
    thiii
    Membro

    O isolamento não é a solução. Não dá para viver numa bolha.Ainda acredito que qualquer pessoa, por mais alienada (na minha avaliação), ainda tem muita experiência para trocar.Concordo e entendo bem o que foi exposto. Convivo muito com isso. Não acredito que seja necessário compartilhar de todos os temas "mulher melancia" e acho que podemos aproveitar as oportunidades para, no mínimo, plantar uma dúvida de reflexão.Vivemos num conjunto de valores e engrenagens os quais não estamos livres de participar. Porém, acredito que entre as engrenagens, temos pequenos espaços em que podemos fazer alguma diferença.

    #85615
    araozuco
    Membro

    Vejamos de um outro ponto de vista…O ser humano é composto invarialmente pelo meio onde vive, sua formaçao psicologica e seu corpo, logo temos um ser BIO PSICO SOCIAL.Levando em conta que nascemos no mesmo pais. Que, dependendo da classe, comemos os mesmos alimentos, e que temos poucas variaçoes fisicas em nossos corpos. Onde estaria o problema? O tamanho do cerebro? Creio que nao. Na midia talvez com sua lavagem cerebral? Talvez. Mas, todos nos somos dotados de senso critico, por mais imbecil que seja um individuo, sim, ele tem seus gostos, valores, que nao sao dele, mas sim do coletivo, mas isso nao vem ao caso.Entao onde estaria o problema?Eu digo que, esse é meu ponto de vista, o problema esta em algo que muitos nem sabem que isso existe.Ondas alfa e o aparelho televisor. Coloquem no google e vejam as pesquisas documentas e feitas por estudiosos credenciados...

    #85616
    Cosmonaut
    Membro

    Infelizmente a cultura geral atual -especialmente no Brasil- é de entretenimento e consumismo, e os que buscam profundidade nessas rasas poças costumam encontrar muita solidão e melancolia.Falo por mim, mas imagino que seja assim com muitos outros que tenham a mente livre e não se encaixem nessas concepções fúteis e superficiais que estão impregnadas na sociedade de hoje.Eu tenho tido o mesmo problema, pois não consigo deixar de me isolar. As vezes me sinto arrogante, pois sou rodeado de pessoas de inteléctuo limitado e de vidas inexpressivas, porém boas pessoas, ainda assim. Pessoas que tem boa índole e somente não tiveram as condições e situações necessárias para terem desenvolvido mais as suas mentes.A tradição é a 'educação' nesse país. E é muito difícil se desprender disso. Eu me questionava desde cedo sobre as coisas, lembro quando me arrastavam para a igreja eu perguntava por por que, e duvidar daquilo tanto quanto duvidava do coelho da páscoa. Infelizmente, esse senso crítico parece ter quase desaparecido das mentes desta geração. E isso que é preocupante, a juventude do nosso país ser tão ignorante.Eu tento conversar, no limite do que consigo, ser simpático e dar atenção, mesmo que falsa, afinal de contas são só pessoas tentando compartilhar o que elas podem.Existe um certo preconceito que se desenvolve devido a esse tipo de situação. A gente acaba vendo os padrões e associando todos os indivíduos que agem daquela maneira, como medíocres. Mas não necessariamente por conhecimento parco uma pessoa é essencialmente ruim.A triste verdade é que por mais que eu tente ser complascente e empático, a minha mente cansa de tanto se afundar nesse universo supérfluo do cotidiano, e a solidão é uma raíz encovada que só outras mãos podem retirar.Nos resta achar aos poucos que nos acrescentam experiências significantes nesse breve acontecimento que é a vida. Tentar não discernir as pessoas deste modo, pois não sou eu um medíocre aos olhos de um grande cientista, que tem o conhecimento pleno do cosmo e da vida? E não somos todos medíocres, na enorme concepção do universo?Tente reconhecer que todo mundo carrega algo em sua bagagem, e que ninguém é especial o suficiente para não se denominar medíocre. Até os poucos verdadeiros gênios, que tem a compreensão no limite do conhecimento humano não devem ter esta atitude, já que essa questão deva ser tão banal perto do que estas mentes processam nos seus dias.O verdadeiro embuste é que procuramos uma maneira de driblar estes problemas, enquanto a solução só pode provir de uma mudança no meio onde estes seres crescem e desenvolvem seus caráteres. Mas é difícil não nos sentirmos inúteis na resolução desse problema, no meio de tanta corrupção governamental e tanto desinteresse por estas questões.

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