Controle Humano

[Miguel (admin)]

A violencia surge pela falta de respeito por si e pela condicao humana de seus semelhantes, que por sua vez e fruto da falta de valor e auto-estima que e imposta ao homem pela sociedade e religiao, que impoe ao homem a condicao de ser rastejante e sujo, nota-se que esta e uma maneira de contralar muito obvia e eficiente, pois se voce nao tem valor nao tera autonomia. Quando se fala em violencia,logo se vem a cabeca a violencia fisica que na verdade e mera consequencia da violencia moral e psicologica que a tanto tempo e praticada contra a humanidade, e o pior e que ela mesmo se denigre e degenera como um tumor que mata o tecido e sequer pensa no mal que esta fazendo contra si proprio. NUNCA estimule o raciocinio mas sim o medo, sociedade hipocrita que em beneficio proprio acaba por destruir o intelecto e futuro de seus proprios irmaos, tudo em troca de miseras esmolas.E possivel existir maior violencia que esta?

[Miguel (admin)]

Vinicius, essa sua relação entre a falta de auto-estima gerada pela religião e a violência é um tanto quanto questionável e gostaria que ao menos
me mostrasse onde ocorre( porque não consigo enxergar relação entre as duas coisas)
Agora, falaste em violência psicológica e disseste que é a maior violência possível. Não posso concordar com você, pois a maior de todas as violências vai ser sempre aquela que retira a vida de uma pessoa…
Além do que, falamos de “violência e criminalidade” o que me leva a crer que o assunto desta parte do fórum seja a violência fisica propriamente dita

[Miguel (admin)]

Holá Luca e Vinicius,

A violencia obedece a um esquema diferente do que se pode supor. A mente humana apreende sua realidade a partir da diferenciação em relação a uma norma ou seja passa a ter significado alguma transgressão (não no sentido marginal da palavra, sem conotação pejorativa, negativa, apenas quebra de uma norma) em relação a alguma norma. Porém , qualquer transgressão apreendida pode significar uma falta de conhecimento do fenômeno diferente apreendido , logo, uma dúvida que gera um medo que por sua vez gera violencia de reação. Resumindo, a mente, quando se depara com alguma coisa que não consegue apreender ou seja quando não consegue ligar o fato novo a algum elemento conhecido ou armazenado na memória, experimenta um desconforto que gera angustia que precisa ser combatido por agressividade por uma questão de sobrevivência primordial.
Corolário: toda manifestação de agressividade humana obedece a esse modelo.

[Miguel (admin)]

Concordo com muito que foi falado pelo Vinicius Ohara, acredito que nesta sociedade consumista, criam-se rótulos, tribos e etc… divisões que alimentam varios mercados. Os seres “humanos” foram transformados em mercadorias, pedaços de carne que seguem em direção aos propósitos de poucos. Muitos manipulados pelo esquema social egocêntrico e tirânico, os valores humanos são transformados (invertidos), por exemplo:
tirar uma vida em meio a esta guerra, em que muitos são excluidos por não existir condições financeiras de igualdade, isto seria apenas menos um competidor… sem falar nos bombardeios consumistas que geram um incontrolável desejo.
Se fizermos a pergunta:
O que o torna realizado pessoalmente?
para diversas pessoas de diferentes classes socias, estas provavelmente responderiam sonhos de consumo muito parecidos, levando em consideração que pessoas melhores favorecidas financeiramente, tem maiores chances de realiza-los e outras ficam extremamente frustradas, agindo de maneira violenta para conseguir conquista-los.
Resumindo, muitos lutam por poucos, muitos lutam por pouco, e os valores humanos são massacrados.
Sera que um dia vamos ser realmente humanos?

[Miguel (admin)]

Pergunta: a violência pode ser considerada como uma resposta a um processo estocástico ? Explico! No dia-dia somos submetidos a diversas situações desfavoráveis, de alguma maneira, a nós. Essas situações podem de alguma forma se acumular em nós, precisando, de quando em quando, serem postas para fora?
Com relação ao que o Lucas falou a respeito da violência contra a vida, acho que quando corremos perigo de vida e então matamos outro para salvar-nos, estamos agindo muito mais por instinto de sobrevivência do que violentamente (apesar de considerar-lo como um ato violento) e, se praticamos algo por instinto temos que ser penalizados por esses atos?

[Miguel (admin)]

Sobre a primeira colocação do Silvio, eu concordo inteiramente. A violência pode surgir de um acúmulo de experiências frustrantes, ou humilhantes. O sujeito vivencia muitas coisas desagradáveis que o deixam infeliz ou com raiva. Ele pode descontar essa raiva de forma violenta nos mais fracos ou mesmo enfrentando, em uma situação limite, quem provocou nele esta sensação.

[Miguel (admin)]

Controle Humano(?)

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SISTÊMICO, DEMASIADO SISTÊMICO

mesmo a maior de todas as utopias sociais não é capaz de excluir as variáveis violência e criminalidade de seu meio…

quanto maior a violência e a criminalidade maior a sede e a fome deste povo, mas não sede de água nem fome de pão….

quanto menor a violência e a criminalidade menor a sede e a fome deste povo….

a sociedade é como o homem… tem várias idades… aprende da maneira fácil e da maneira difícil…não basta a sociedade aprender é preciso que o homem tb aprenda, da mesma forma não basta o homem aprender, é preciso que a sociedade tb aprenda….quando a diferença de idades é muito grande entre homem e sociedade a violência e a criminalidade se fazem presentes de maneira muito clara, pois há desequilíbrio, e o desequilíbrio gera doenças(violência e criminalidade)…

e por mais saúde que tenhamos; não estamos todos sujeitos a pequenas gripes????

[Miguel (admin)]

Solução….como já é tarde acho que estou sonhando….

o Melhor governo para determinado povo, que não significa o melhor governo do melhor povo, mas sim o melhor governo que sirva para aquele povo.

a Melhor educação para determinada criança, que não significa a melhor educação da melhor criança, mas sim a melhor educação que sirva para aquela criança.

sociedades melhores, povo melhor, mundo melhor…

e continua o aprendizado…..

[Miguel (admin)]

Quarta-feira, 02 de Maio de 2001
03:57 h
É a primeira vez que entro neste grupo de discussão e aí vão algumas questões que julgo pertinentes:
É necessário, antes de tudo, conceituar-se violência, e a partir daí decidir de que tipo de violência está se falando. (Ver Nilo Odália e conceitos de tipos de violência).
Outra necessidade é descobrir se a agressividade natural humana gera violência. As opiniões contidas nesta homepage tendem para o lado das desigualdades sociais como causadoras de violência e criminalidade, mas em sociedades igualitárias também há violência e criminalidade, como em Cuba ou sociedades indígenas.
A violência não deve ser discutida como sinônimo, derivada ou derivante de criminalidade. Pois é crime aquilo que uma sociedade decide que deve ser penalizado, mesmo que não haja nesta conduta criminal conteúdos de violência. Ou seja, a violência é uma coisa e crime é outra.
Julgo esclarecedoras a respeito do tem as seguintes obras:

À PAZ PERPÉTUA, Um Projeto Filosófico de Imanuel Kant, . Trdaução de Marco Antônio de ª Zingano, L & PM editores, Porto Alegre, 1989.

Democracia, violência e direitos humanos, J. B. Azevedo Marques, Coleção polêmicas do nosso tempo, Editora autores associados e Cortez editora, 5ª Edição, São Paulo, 1991

A Agressão Humana, Anthony Storr, Zahar editores, 2ª Edição, Rio de Janiro 1976

Mundo do Crime, A Ordem Pelo Avesso, José Ricardo Ramalho, 2ª Edição, Editora Graal, Rio de Janeiro, 1983

A Violência no Brasil, Cecília Pires, Editora Moderna, 9ª Edição, São Pailo, 1985

Violência e Cultura no Brasil, Ruben George Oliven, Editora Vozes, Petrópolis, 1989

O Que é Violência, Nilo Odalia, Coleção Primeiros Passos, Editora Brasiliense, 6ª Edição, São Paulo 1991

O Que é Crime, João Ricardo Waldomiro Dornelles, Coleção Primeiros Passos, Editora Brasiliense, 2ª Edição, São Paulo 1992

Travessia do Pós-moderno nos Tempos de Vale-tudo, Luciano Zajdsznajder, Editora Gryphus, Rio de Janeiro, 1992

Moraes Jr.
Porto Alegre, RS

[Miguel (admin)]

ola,

contradizendo o Sr. Vinicius Ohara, devo dizer que de acordo com assuntos mais recentes, naa verdade o EXESSO de auto-estima causa violencia.uma fonte de acesso a tais informaçoes em um alcance mais comum a todos estao na revista super interessante, numa ediçao cuja capa ressalta uma reportagem sobre YOGA.(infelizmente n sei o numero)
favor ver meus comentarios no forum da consciencia hp, sobre violencia e criminalidade.

grato pela atençao.

[Miguel (admin)]

Violência não é nada mais que a manifestação de sentimentos oprimidos gerados a partir do desrespeito por outro ser humano e por falta de valores considerados corretos por padrões de bom comportamento e vivência. Tal “fenômeno” pode ter se agravado a paritr da mudança dos costumes e valores da sociedade, graças a capitalização, que trouxe as leis atuais do mercado de trabalho e consumismo excessivo, transformando os seres humanos em escravos subconcientes.

[Miguel (admin)]

A violência é tão antiga quanto a humanidade,sempre existiu em todas as sociedades,igualitárias (se é que já houve alguma)ou não,e ainda estará existindo mesmo quando os ossos de todos os seus “estudiosos” houverem se transformado em poeira.É uma grande ingênuidade e o mais pueril idealismo esperar que um dia ela tenha fim ou mesmo querer descobrir suas causas e neutralizá-las.O máximo que se pode fazer é aprender-se a sobreviver com ela e tentar,na medida do possível,sanar alguns dos seus efeitos.Nãose trata de conformismo,mas da aceitação irrestrita do fato puro e simples de a violência ser,para o ser humano,uma necessidade tão básica quanto a sua própria alimentação.

[Miguel (admin)]

Sugiro a análise desta notícia.
(Em Inglês)
http://www.london-daily.co.uk/art/abude.htm

[Miguel (admin)]

PARA MEDITAR

Tudo se avalia, e só se avalia quando há diferença.
Portanto, o valor existe porque existem diferenças em seres diferentes.
Onde há diferença há opção, e onde há opção sempre será escolhido o que parecer compensador.
O homem trabalha no que não lhe dá prazer, ou nem todas as vezes lhe dá prazer, em prol de uma recompensa que compense. Se não houver recompensa ou se a recompensa se mostra difícil de alcançar o homem não se expõe ao desconforto em troca do muito duvidoso ou do pouco compensador para o risco ou o transtorno.
Portanto só há o ato lesivo ao bem estar alheio se a recompensa compensa o risco ou o desconforto do ato de pratica-lo.
Lesar o outro ou causar-lhe dano, implica em esforço e consequência, e se o esforço de faze-lo não é demaiado desconfortável em comparação com o objetivo que se pretende obter, a violação se fará líquida e certa, só podendo ser contida tendo em vista os riscos ou consequências de sua tentativa.
Se a possibilidade de ganho se mostra compensadora em comparação ao esforço e risco, a violência acontecerá. Mas se o risco ou esforço se mostram demasiado desconfortáveis para o indivíduo, ele não irá praticar a violência e respeitará o outro na esperança de ser respeitado, ao propor o respeito generalizado como ideal capaz de congregar forças e pressão desestimuladoras.
Todo aquele que defende o covarde e o criminoso é cúmplice de seus atos, pois ao defender um menor risco e desconforto para o bandido, está incentivando-o a práticar violência contra inocentes.
A baixa auto estima faz o OBSCURANTISTA, que deseja a tudo destruir e perverter, por não suportar a idéia da felicidade de quem se estima.

A AUTO ESTIMA é fundamental para a justiça e a firmeza de caráter.
O OBSCURANTISTA FRUSTRADO sempre desejárá arrastar a todos para a SUA MISÉRIA INDIVIDUAL, por ter a certeza de que qualquer comparação o fará preterido. O OBSCURANTISTA amará a igualdade das aparências, e defenderá a toda e qualquer violência em nome de tal igualdade (dentre os que julga devessem ser iguais), será um coletivista ressentido e covarde: CÚMPLICE de TODOS os CRIMES e VIOLÊNCIAS praticadas CONTRA INOCENTES.

[Miguel (admin)]

Quanta ignorância!!
O tal de Nestor Silva demonstra ser um quase-fascista…
olha, é preciso estudar e ler mais…
Existe violência em sociedades igualitárias? que piada!! Citam dois exemplos: Cuba, que não é e nunca foi igualitária… e sim um regime ditatorial burocrático e as sociedades indigenas, dominadas pelo reino da escassez…
Belos exemplos!!!
Ler é preciso e complemento a lista apresentada acima:
Viana, Nildo. Violência, Conflito e Controle. vários organizadores. 50 anos depois. relações raciais e grupos socialmente segregados. brasília, Movimento nacional dos direitos humanos. 1999.
Moraes, R. o que é violência urbana. sp, brasiliense.
Fanon, F. os condenados da Terra.
Sorel, G. Reflexões sobre a violência.
Estudar é preciso!!
“óh, que mundo é esse, no qual loucos dirigem cegos!” (Shakeaspeare).

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