Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › A filosofia é útil para a sociedade? › Existência da vontade e do livre-arbítrio.
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24/07/2007 às 15:20 #70718leandroDinizMembro
Sei que essa discussão é deveras longa e tem desdobramentos infinitos, mas vou reduzir a argumentação a um ponto básico.Na maioria das vezes, a toda hora em nossas vidas, temos a noção que podemos escolher qualquer coisa.Abro a porta da minha geladeira e fico na dúvida entre beber leite e beber suco... penso, paro raciocino e olho para as duas "opções". Finalmente depois de uma longa deliberação, de uns 4 segundos, escolho beber suco.O que proponho é o seguinte, depois que você escolhe o suco, você olha em retrospecto e você pensa, poderia ter escolhido o leite. Mas poderia de fato? Já que já escolheu o suco e não se pode mais escolher o leite.Não seria ilusão pensar que você poderia escolher o leite já que não mais o pode?
11/08/2007 às 21:48 #85282ZMembroo livre arbítrio respeita à acção do presente apenas.Depois de escolhido, não adianta pensar se poderia ter escolhido outra coisa.Vc quer provar que não há modo de saber que uma decisão tomada poderia ser outra, tudo bem, mas também não há modo de provar que não poderia. Eis o dilema do livre arbítrio.Quem acredita na predestinação acredita que o livre arbítrio existe numa dimensão em que ESCOLHEMOS o que nos estava destinado a escolher, ou seja, não é o resultado que estava destinado mas sim a própria escolha (não deixa de ser escolha).Quem abomina a predestinação, acredita na lógica das probabilidades, pelo que voltando atrás no tempo... poderia ter-se escolhido o leite.Quanto a divagar pelas estruturas do livre arbítrio... já temos N tópicos sobre isso ;)
15/08/2007 às 17:48 #85283leandroDinizMembroDesculpe se o tópico se repete em sua essência, mas não vi nenhum deles que abrangesse essa visão materialista.Quanto ao determinismo não há como incultá-lo no pensamento, já que se o que vale é o presente, o passado já não é e o futuro não é ainda.O futuro é o presente, agora, deslocado no espaço (é o hoje amanhã).Então não existindo o futuro, não existe pre-determinação das escolhas, elas não vão a lugar algum, não há um plano no qual nossas ações se dirigem.Digo que a noção de livre arbítrio é ilusória, e se dizemos que podemos "escolher", mesmo que seja somente no presente e só no presente, teríamos que dizer que um leão também é capaz de escolher o que vai fazer. Ele pode decidir momentaneamente pra onde vai, quem vai caçar, mas duvido muito que ele tenha consciência do todo pra fazer sua escolha.Assim também somos nós, animais de mesmo jeito, com a única diferença que temos consciência da nossa própria consciência. Continuo defendendo a hipótese de que não podemos escolher nada, somos somente o instrumento em que o todo age. Somos animais que vão ao léu vivendo e se adaptando as nossas ações que são inconscientes. Somos responsáveis pelo que fazemos somente porque fazemos o que fazemos e não porque escolhemos o que fazemos. Benjamim Libet demonstrou em sua pesquisa de maior relevência que o cérebro manda o corpo agir meio segundo antes de termos consciência de que estamos fazendo o que já está determinado. Através de medições de impulsos dos nervos ele demonstra isso.E por isso achamos que temos variadas escolhas que se afrontam em nosso caminho e escolhemos a que queremos. O que na verdade é uma falácia, já que agimos antes de termos consciência. Somos o resultado das variáveis do momento que atuam sobre nós e nos fazem ir em determinado caminho. E somos somente responsáveis pelo que fazemos e não atores de nossas decisões.Nesse caminho materialista que eu proponho que não temos escolha do que fazemos. Há ainda uma coisa que Libet nos diz, nosso cérebro consciênte é capaz apenas do poder de veto. Ele pode impedir que façamos uma ação que já estava em andamento, mas como a consciência é ainda um resquício de tudo o que se viveu, aprendeu, e todas as ferramentas internas que temos são apenas resultado de nossa vida do jeito que foi vivida. Ninguém escolhe o meio em que nasce, os pais que possui, a educação e os valores que assimila. São todas as variáveis fora de nosso controle.Pensando nesse caminho o livre arbítrio é apenas um meio que encontramos de responsabilizar nossos semelhantes por fazerem o que fazem e pode puní-los de acordo com os valores que mais nos convém.
12/09/2007 às 0:19 #85284AlanoMembroCreio que o Livre-Arbítrio é meia falácia.No geral, está certo o que foi escrito por último (Leandro Diniz). No entanto, creio que há "algum" livre arbítrio. É um arbítrio limitado, mas, ainda assim, arbítrio.Eu o vejo em situações como que sabores de sorvete escolher, ficar dorminto ou ir ao trabalho, comprar uma roupa nova ou não.Sei que isto mesmo pode ser discutido, mas ainda assim acredito que isto é Arbítrio. É arbítrio, na medida que havia outras escolhas, mas AQUELE indivíduo escolheu AQUELA opção, abrindo mão de outras possíveis; que, sem dúvida, tem a ver com sua personalidade, seu tempo, etc. Ainda assim me parec Arbítrio. Algo como escolher que numeros jogar na loteria. Se é obrigado a escolher algo, abrindo mão de outro algo. Os arbítrios são pequenos, são mais arbítrios quanto mais são escolhas baseadas na RAZÃO do que no gosto pessoal. Mas ainda assim, penso que a questão não 8 ou 80, há um entremeio de Arbítrio; não somos SEMPRE robôs, embora o sejamos na maioria das vezes, reconheço.Abraço,
12/09/2007 às 13:04 #85285BrasilMembroO livre arbítrio existe e pode ser usado quase que plenamente. Todavia, os homens são seres limitados, há arbítrios impossíveis de serem usados. Uma pessoa não pode usar seu livre arbítrio para decidir não respirar, não pode usar o livre arbítrio para decidir viver sob a água ou sobre o fogo. Há limites lógicos.Contudo, há uma organização social da qual o homem depende e está obrigado a submeter-se. Esta organização social poda mais alguns arbítrios fisicamente alcançáveis, ralizáveis e ética ou moralmente reprováveis. Poda também mais alguns arbítrios discutíveis.Mas, quando esta organização social invariavelmente se contamina com os interesses pessoais e individuais, o livre arbítrio se vê ameaçado não por leis físicas, éticas ou morais, mas sim por leis quer visarão tornar o Homem totalmente submisso e dependente de sistemas previamente estudados e esquematizados para favorecer de alguma maneira a alguns poucos e específicos membros desta referida organização.Isto nos torna robôs, realmente. O homem é obrigado a organizar-se, estipular limites éticos e morais para o seu livre arbítrio e isto, este necessário e ao meu ver, natural processo organizacional, acaba sempre sendo desvirtuado de seu real e primitivo propósito, isto é: acaba sempre viciado e corrompido.O livre-arbítrio existe plenamente, nós é que não sabemos usá-lo.
15/03/2011 às 13:10 #85286SE7MUSMembroLivre arbítrio é subjetivo. Existe, mas é de acordo com a percepção ocular filosófica de cada pessoa e sua interpretação quanto ao “ser” na vida.Todos inicialmente percorrem vários cursos filosóficos da sociedade notando que há "desplanejamento do acaso" , ou que há "planos do divino". Há um fato que é impossível de não perceber: a incerteza, a qual é um "terreno misterioso" que podemos fincar julgamentos necessários quanto aos fenômenos da natureza e da sociedade para expulsá-la (a incerteza) de nossa vida.As incertezas confirmam que existe o livre-arbítrio. Quanto mais seja duvidoso, mais liberdade de prover respostas ou decisões. E, quanto mais há providências das respostas, mais caminhos se abrem. E quanto mais caminhos se abrem, mais LIBERDADES. E por fim, quanto mais liberdades, mais expõe a ESSÊNCIA DO SER.A condição de "Maria vai com as outras" é uma prisão que não expõe a essência do ser, mas um sólido passo para apenas se apoiar no solo alheio, viver no alheio, estar no alheio e se prender ao alheio onde não há livre-arbítrio e, sobretudo, expondo-se às liberdades alheias. Há quem não percebe que se suceda assim: uma prisão. Mas, tendo em vista a liberdade de partilhar as idéias e fazer trocas de "marias vai com as outras" para que a relação de idéias seja maximilizada provendo para si a liberdade de expor a sua essência existencial.Caros queridos, notemos que a liberdade não está fora de nós, mas dentro de cada ser pensante, sensato, caridoso, solidário, hospitaleiro, etc. O livre-arbítrio habita dentro de nós subjetivamente.Há uma grande diferença entre estar numa cela mínima e estar preso. As idéias gerais estão as soltas capture aquela que condiz com a razão de seu ser. Examinemos todas as coisas, mas retenhamos apenas o bem. (Esse é o espírito que Cristo repassou aos discípulos e interpretada por Paulo).SOMOS LIVRES...!Att.SE7MUS
15/03/2011 às 16:45 #85287AcáciaMembro:rose_mini:
As incertezas confirmam que existe o livre-arbítrio. Quanto mais seja duvidoso, mais liberdade de prover respostas ou decisões. E, quanto mais há providências das respostas, mais caminhos se abrem. E quanto mais caminhos se abrem, mais LIBERDADES. E por fim, quanto mais liberdades, mais expõe a ESSÊNCIA DO SER.
São as nossas incertezas e nossas inseguranças que motivam a falta de fé. A fé deve ser inabalável. Podemos questionar, podemos ter curiosidades, podemos abrir caminhos. Porém tudo dentro da fé. Quando exercemos a fé de forma verdadeira no Pai e no Filho, deixamos de ser rebanhos e passamos a condição de filho. Há um caminho determinado, não mais aquele em forma de prisão (predestinado) e sim, em comunhão com o exercício do livre-arbítrio. Passo a CONHECER e MANIPULAR a minha VONTADE. Tenho VONTADE livre. Não sou MAIS MOVIDA por DESEJOS e INSTINTOS, logo, a LEI me reconhece e me concede LIBERDADE. Estamos livres da Lei porque optamos, crendo, exercendo a fé e, de forma racional, SEGUIR a orientação do Espírito Superior a todos e a tudo. Fé se exerce com a razão. Se minha razão duvida, eu não tenho fé! A fé possui razão própria diferente da razão do meu intelecto. A razão do intelecto serve para as coisas deste mundo e não para o Mundo que Deus tem preparado para aqueles que O amam.Enquanto não formos capazes de nos deixar provar pelo Espírito de Deus (haverá um remanescente que será provado no fogo) e enquanto não nos tornarmos capazes de vencê-Lo dentro da Lei ainda que Dela não sejamos escravos mas , por determinação de Deus que a Ela nos sujeitou , não podemos ter a vontade livre, logo, não há livre-arbítrio e sim, desejos e instintos livres que são ponderados pela razão parcial e provisória do homem que nos diferenciam dos outros animais em nosso Mundo.
16/03/2011 às 14:35 #85288SE7MUSMembroSão as nossas incertezas e nossas inseguranças que motivam a falta de fé.
Não concordo... A fé se apoia na incerteza, ou seja, sem o solo da dúvida como se apoiará a Fé?Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Hebreus 11:1Vamos aos fatos?Não julgueis para que não sejais julgados, diz Jesus. Se tivéssemos a certeza não há necessidade de fé, pois estaria tudo nu e patente e podemos julgar sem o incômodo de desobedecer Jesus. Mas, o enunciado está o contrário... NÃO JULGEIS, vivam pela fé. Não separem o Joio do Trigo, vivam pela fé. Vejam os seus frutos, mas não julguem. Não sabeis a que hora vem o Filho do Homem, vivam pela fé - na dúvida, na esperança, na inexplicabilidade.A fé é o firme fundamento das coisas que se ESPERAM na dúvida, nas águas e no vento. NÃO DÁ PRA VER a certeza só com a fé. Jesus é o autor (estava oculto) e consumador (manifestado nestes últimos dias) da nossa fé. Sem Jesus não há fé.Bem aventurado os que não o viram mas.....! - È uma certeza produzida no vácuo. Por mim? Não. Por Deus...!A fé não é de todos: "E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos. 2 Tessalonicenses 3:2" Att.SE7MUS
16/03/2011 às 21:44 #85289AcáciaMembroEu só posso ter fé se eu tiver certeza das coisas que virão senão, para que esperar? Onde há fé também há dúvidas pois a fé não é o seu oposto. Isto é “dogma”… risos! As dúvidas carecem de respostas e não de fé. A fé é a certeza do mundo que esperamos e não as respostas sobre este mundo pois as respostas estão no Autor e Consumador da nossa fé.Quanto a Nietzsche e a sua "vontade de poder", isto é absurdo! O homem de Deus jamais perderá a doçura, não sairá atropelando os outros como cavalos e nem despertará em si paixões através de sadismos e masoquismos... Que horror! A compaixão é a prova de sua fortaleza. O príncipe deste mundo é carente e o Rei sabe disso!
17/03/2011 às 18:43 #85292SE7MUSMembroEu só posso ter fé se eu tiver certeza das coisas que virão senão, para que esperar?
concordo... A fé se apóia no vácuo da esperança. Vácuo que produz dúvida. Somente e somente Jesus pode garantir que está tudo consumado, ou seja, sólido em meio as águas balançantes e entre os ventos impetuosos. Simplesmente saia do Barco da certeza da segurança e pule nas águas.
Onde há fé também há dúvidas pois a fé não é o seu oposto. Isto é "dogma"... risos!
A fé e o firme fundamento das coisas que se esperam.
As dúvidas carecem de respostas e não de fé. A fé é a certeza do mundo que esperamos e não as respostas sobre este mundo pois as respostas estão no Autor e Consumador da nossa fé.
Nada ver com a fé que nos foi dada. Pois Cristo é a liberdade. A certeza de que esperamos algo melhor é óbvio, até um a ateu espera isso; e vão alcançar - Não duvide...!...kkkk.
18/03/2011 às 13:00 #85290AcáciaMembroconcordo… A fé se apóia no vácuo da esperança. Vácuo que produz dúvida.
Nada a ver. A esperança é que segue a se apoiar no firme fundamento que é a fé. Onde há fé há esperança e não o contrário. Desta forma, quem espera sempre alcança. No entanto, o tempo é de Deus. Aquele que tem confiança Nele, não desanima quer chova, quer faça sol...Não cansa e nem fica a boiar no "vácuo" das incertezas...das dúvidas... dos questionamentos... Ao contrário, segue feliz ainda que a trilha seja o deserto pois os espaços difíceis vencidos produz cada vez mais o ânimo de nossas certezas... Un avant!
18/03/2011 às 13:39 #85291SE7MUSMembroNada a ver. A esperança é que segue a se apoiar no firme fundamento que é a fé.
A esperança se apóia na fé ou vice-versa?
Onde há fé há esperança e não o contrário.
Ou onde há esperança há fé? - Quem tem esperança tem fé...!
Desta forma, quem espera sempre alcança. No entanto, o tempo é de Deus.
O ateus sabem disso. Quanto ao tempo; substituem Deus pelo tempo do Acaso da natureza.Sem diferença
Aquele que tem confiança Nele, não desanima quer chova, quer faça sol...Não cansa e nem fica a boiar no "vácuo" das incertezas...das dúvidas... dos questionamentos...
Claro. Pois quem tem confiança Nele tudo pode. Agora, ficar "boiando" - PEDRO lhe dá testemunho.
Ao contrário, segue feliz ainda que a trilha seja o deserto pois os espaços difíceis vencidos produz cada vez mais o ânimo de nossas certezas... Un avant!
TODO Empresário que se preze conhece esse pensamento. Mas, Cristo vai além...! - Amai os vossos inimigos, pois os corações deles são o seu deserto, não há retorno de carinho, afeto. Vós não sabeis o que há de vir. Portanto, vivam pela fé nas incertezas e fora desse "BARCO" da segurança onde está só os irmãos. Se amardes unicamente os irmãos; que galardão tereis? o gentios fazem o mesmo.A fé é Cristo. O fundamento. A pedra da esquina. Sem Cristo não tem fé. Se desobedecer Cristo negou a fé e minha alma não tem prazer nele(a).Jesus é a nossa certeza que anda por cima das incertezas. Quer pular para as incertezas? Então fique no seu "barquinho": na sua certeza (que não é fé)Att.SE7MUS
24/03/2011 às 16:01 #85293mariahmMembroA fé é Cristo. O fundamento.
A fé não é Cristo. A fé pertence àqueles que se permitem edificar por Cristo tendo por base a crença em Cristo como sendo este o filho de Deus.
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