Filosofia Arcaica

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    tmarcio
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    GLOSSOLALIAIndagar-se, debruçar-se, questionar-se, perguntar-se, duvidar, acreditar, discordar, concordar. Impossível! Possível? Esta sopa de palavras, a comunicação, nos aprisiona. A palavra é o poço de possibilidades o qual sempre nos remetemos quando desejamos olhar algo. Aprendemos em palavras, nos expressamos por palavras, a palavra nos molda, nos enverga. A expressão, em sua aresta populacional, só é possível por meio de palavras. Tudo se traduz em palavras, e se não se traduz não faz sentido, logo, não exite. As pessoas escutam, repetem e vivem vivendo sem viver, mas falam. Acreditam, pois é a única solução. Duvidam dentro do que se pode duvidar, fora disso: impossível. O ser social não se pode questionar, ele é construído para acreditar, para falar, para se comunicar, e assim repetir, enaltecer as regras em silêncio, reverberando as tradições e as possibilidades, solidificando as algemas do impossível. Os conceitos e as verdades são inquestionáveis, o método é ideologicamente inviolável. Vivemos no mundo das idéias, pois este é o pensar. Pensar é alocar palavras numa sequencia lógica, compreensível e, logo, aceitável pela comunidade em que se vive. É, por fim, aproveitar sequências, é ir e vir sobre regras, tão frágeis quanto o próprio pensamento, mas intransponíveis tal qual ele veio. Não há novo, há inovação. Pois o novo é liberdade, e é possível ser livre? Ser livre dentro das regras é ser livre? Poder fazer o que se quiser, mas só é possível querer o que se pode, o que se pensa... ainda sim é ser livre? É possível pensar sem palavras? É possível querer sem pensar? É possível falar sem ser entendido? Faz sentido falar sem sentido? Faz sentido quebrar as regras do pensamento? Ou este é o conceito de “não faz sentido”?O ser humano nasce, cresce, desenvolve-se, fala, obedece e morre. As tradições, as regras, o conceito de possível e impossível, o idioma é aprendido, o aprisiona, o cega, e ele vive, vai vivendo, depreende a ilusão de sociedade e falso conceito de ‘um’, satisfaz os pré-requisitos do controle, e é controlado, se deixa. Constrói dentro de si o mito da liberdade, e aceita. Quem é capaz de enxergar as verdadeiras algemas, se elas sequer têm nome? Quem é capaz de pensar, de debruçar-se sobre algo anônimo? O que está propositalmente fora do pensamento simplesmente não existe, e o que não existe não nos faz falta.(Henrick Hedöeich)

    #88887
    tmarcio
    Membro

    To fazendo um blog com alguns trabalhos sobre filosofia arcaica. Quero algo bem hermético, por isso postei aqui.http://tmarcio.blogspot.com.br/

    #88888
    Acácia
    Membro

    O ser humano nasce, cresce, desenvolve-se, fala, obedece e morre. As tradições, as regras, o conceito de possível e impossível, o idioma é aprendido, o aprisiona, o cega, e ele vive, vai vivendo, depreende a ilusão de sociedade e falso conceito de ‘um’, satisfaz os pré-requisitos do controle, e é controlado, se deixa. Constrói dentro de si o mito da liberdade, e aceita. Quem é capaz de enxergar as verdadeiras algemas, se elas sequer têm nome? Quem é capaz de pensar, de debruçar-se sobre algo anônimo? O que está propositalmente fora do pensamento simplesmente não existe, e o que não existe não nos faz falta.

    =8)

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