Início › Fóruns › Outros Tópicos › Fórum Consciência on line- Nossas máscaras caíram?
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10/09/2005 às 17:32 #80319Miguel (admin)Mestre
“citações na língua original, para não haver distorções semânticas”
Mileto, quando você lê Nietzsche você lê em alemão?
Quando lê Platão, você lê em grego antigo?
Quando lê Sênica, você lê em latin? E Tsé você lê em chinês?Se não lê, então tudo que você sabe sobre filosofia pode estar errado. É isso????
Essas perguntas só vem a demostrar que o que você disse não se justifica.
Sim é verdade, a tradução sempre trai o texto original (tradução significa traição), contudo, as pessoas que fazem a tradução dessas obras de filosofia sempre deixam boas notas de rodapé quando há necessidade. Assim quase nada se perde. Além disso, os filósofos e cientístas quando escrevem têm o cuidado de explicar o contexto do que dizem e especificar o sentido dos termos usados. A intenção é que o contexto prenda o significado a um só, num esforço para que a teoria não seja mal interpretada.
Se isso ocorre nos textos jornalísticos, filosóficos e científicos, já na poesia é totalmente diferente.
Na poesia, as figuras de linguagem e todos os recursos linguísticos empregados se perdem muito na tradução. E isso também ocorre em piadas traduzidas. Um exemplo retirado do livro Os Simpsons e a Filosofia:Como Marge mesmo diz: “A única coisa em que sou viciada é o amor, o amor por meu filho e por minhas filhas. Sim, só preciso mesmo de um pouco de L S D.
Nota de rodapé: A brincadeira que Marge faz com as letras LSD se perde em português: “Love for my Son and Daughters (amor por meu filho e por minhas filhas)A nota de rodápé explica a piada transcreve o original e explica a tradução. Fazer tradução não é simplismente passar de uma lingua para a outra. Quando o profissional de tradução é bom, ele sabe indentificar as necessidades de explicações, notas, etc.
Então, acho que quando forem textos filosóficos, científicos, jornalísticos, não há justificativa para postar em idioma estrangeiro (a não ser que não haja uma versão do mesmo texto em português)
Já no caso de piadas, poemas, etc, acho que deve haver o original mas sempre acompanhado da tradução. Isso já deveria ser sabido. É bom senso.Mileto, se você quiser postar em alemão ou latin, tudo bem, mas eu acho que não há necessidade de eu vir pedir que haja tradução junto a citação. Você é maior de 18 e já deveria ter postado a tradução desde o início, sabendo que ninguem entederia. Isso seria bom senso. Na minha opinião você não quer ser entendido, você só quer aparecer.
A questão não é constragimento como você diz. Eu acho que seria ridículo eu pedir a tradução dessas citações que já deveriam ter sido postadas em português, ou pelo menos terem sido acompanhadas de uma nota de tradução.
Você não tinha justificativa nenhuma para postar em idioma estrangeiro. Se queria preservar o original tudo bem, mas sabendo que ninguem entederia, porque você não incluiu a tradução junto do original no ato de postagem?No fórum sobre “Irracionalismo” eu embarquei na sua brincadeira. Você postou o seguinte (em latin):
“Quanto ao Frege, a hipótese do terceiro reino não passa pela Navalha de Ockam: Entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem”
Em resposta a você eu postei:
“Tantum homo habet de scientia quantum operatur”Diga-me: que tipo de comunicação é essa? Eu não entendi o que você postou e aposto que você também não entendeu o que eu postei. Isso é debate? Isso é comunicação?
Eu sei a tradução do que postei, mas não a coloquei de propósito. Queria ver se você me perguntaria o que isso significa. Talvez você até já saiba, pois é fácil achar a tradução disso na internet.
Eu me pergunto se você sabe o que significam as coisas que você posta em alemão. Você pode saber uma frase ou outra, mas se eu começar a fazer o que você faz (postar coisas em alemão sem tradução)você não me entenderia (a não ser que você leia alemão)10/09/2005 às 17:46 #80320Miguel (admin)MestreQual é o ponto? Que diferença faz se eu costumo ler os originais ou as traduções? O que isso tem a ver com o que eu postei?
Você perdeu completamente o senso de objetividade…
History recalls how great the fall can be
While everybody's sleeping, the boats put out to sea
Borne on the wings of time
It seemed the answers were so easy to find
“To late,” the prophets (profits) cry
The island's sinking, let's take to the sky
Called the man a fool, striped him of his pride
Everyone was laughing up until the day he died
And though the wound went deep
Still he's calling us out of our sleep
My friends, we're not alone
He waits in silence to lead us all home
So tell me that you find it hard to grow
Well I know, I know, I know
And you tell me that you've many seeds to sow
Well I know, I know, I know
Can you hear what I'm saying
Can yuu see the parts that I'm playing
“Holy Man, Rocker Man, Come on Queenie,
Joker Man, Spider Man, Blue Eyed Meanie”
So you found your solution
What will be your last contribution?
“Live it up, rip it up, why so lazy?
Give it out, dish it out, let's go crazy,
Yeah!”Fool's Overture – Supertramp
10/09/2005 às 20:06 #80321Miguel (admin)MestreOi, pessoal.
Toda este debate sobre “que somos nós”, “lingua original ou tradução”, não terá fundamento se todos vocês realmente não estiverem falando a mesma “língua”…
Que tal deixarmos nosso ego de lado, e nos concentrarmos em construir nossas verdades, sem sermos sofistas…
Abraço forte!10/09/2005 às 21:13 #80322Miguel (admin)MestreNão posso deixar de ser o que sou: como Górgias, Protágoras e Parmênides, sou sofista…
11/09/2005 às 4:11 #80323Miguel (admin)MestreVocê tinha afirmado que usaria “citações na língua original, para não haver distorções semânticas”
Eu concordei que existem essas distorções, mas afirmei que o fato de ocorrem distorções não são justifica para você postar coisas no original sem que acompanhe tradução.Por isso eu perguntei se você lia os originais ou as traduções. Eu tentei, deste modo, demonstrar a você que a justificativa que você apresentou não tinha fundamento.
Ou seja: SE nas traduções ocorrem distorção de modo que prejudique a interpretação, e SE isso justifica você postar somente no original, então você deveria ler somente os originais, pois segundo sua própria justificativa, SE você não ler o original do Platão, o original do Sartre, etc, você estaria lendo apenas textos distorcidos.
E depois eu tentei demonstrar que essas distorções, apesar de ocorrerem, não prejudicam o sentido no caso de textos jornalísticos, filosóficos e científicos (pela própria natureza do tipo de texto). Por essa razão, não se justifica postar no original do modo como você tentou justificar.
Já na poesia, com a tradução o sentido se altera sim e o significado se perde.
Então, acho que quando forem textos filosóficos, científicos, jornalísticos, não há justificativa para postar em idioma estrangeiro (a não ser que não haja uma versão do mesmo texto em português)
Já no caso de piadas, poemas, etc, acho que deve haver o original mas sempre acompanhado da tradução para que o leitor faça ele mesmo as devidas comparações entre o original e o traduzido. Na minha opinião, isso é bom senso, porque postar unicamente no original em idioma estrangeiro não acresenta em nada, nem pra mais, nem pra menos.Essa é minha opinião, mas quem quiser postar somente em idioma estrangeiro fique a vontade. A escolha é de cada um (ou será da ideologia ?).
11/09/2005 às 4:36 #80324Miguel (admin)MestreMileto, você tocou num ponto interessante sobre a nossa própria identidade, a questão do “eu”:
“Nossas máscaras caíram?
Jacques Derrida perguntaria: Mas você não esperaria que fossem aparecer os rostos verdadeiros, não é?
Esse sujeito original que estaria por trás da máscara não passa de ilusão. É a ilusão de poder dizer: Ah! Esse é você, sei exatamente quem você é e o que você pensa!
Nem eu me conheço assim, tão bem…”
-postado por Mileto em domingo, 04 de Setembro de 2005-8:52 pmOutro ponto interessante:
Eu tinha perguntado:
Devemos “rasgar os nossos rascunhos” e reescrever, para fugirmos dos conceitos mais superficiais, fugir de nossas primeiras idéias, pois elas não nos representam, e sim representam uma ideologia cristalizada? Ou a primeira palavra é o que vale, pois, por ser superficial, ela é nossa verdadeira identidade, e se “rasgamos o racunho”, estamos nos mascarando, usando um mecanismo de defesa para esconder nossa identidade atrás de pensamentos exibidos com mais cuidado?- postado por mim.Mileto em resposta postou: “Freud diria que o que vale é a primeira palavra, o rascunho, os descuidos…”
Concordo com ele, e também concordo o seguinte:
Gustavo Bernardo, em seu livro Redação Inquieta, diz que as primeiras palavras parecem nossas, mas as segundas e terceiras o serão muito mais. É preciso rasgar a superfície onde as ideologias estão critalizadas.
Acho que ambos os pensadores (Freud e Bernardo) estão corretos, é apenas uma questão de contexto, de onde se aplica um e outro.Isso eu gostaria de discutir:
Tentar definir: Quando e onde devemos ser “rascunho, espontaneo, original, descuidado” como dizia Freud, e quando e onde devemos ser “sintetizado, metódico, revisado, cauteloso” como diz Bernardo ?
Considero esta uma questão interessante.
11/09/2005 às 13:41 #80325Miguel (admin)MestreEu concordei que existem essas distorções, mas afirmei que elas não são justificativas para você postar coisas no original sem que acompanhe tradução.
Eu não preciso justificar meus posts; só em regimes totalitários marxistas eu precisaria fazê-lo, posto que os posts pertenceriam ao povo e não ao indivíduo…
(Mensagem editada por Mike em Setembro 11, 2005)
11/09/2005 às 15:37 #80326Miguel (admin)MestreVocê está começando a agir como o Adams.
Eu disse: “Essa é minha opinião, mas quem quiser postar somente em idioma estrangeiro fique a vontade. A escolha é de cada um”
Este é um espaço livre, ou não?
É claro que precisa haver justificativa, para tudo que fazemos, não só aqui mas em todo lugar.
Nós estávamos debatendo sobre a justificativa de se postar no original. Cada um de nós deu sua opiinão e a defendeu (o que não aconteceria num regime totalitário) Você posta coisas em idioma estrangeiro, sem postar as traduções. Isso, na MINHA OPINIÃO, não acrescenta em nada (pois acredito que a maioria das pessoas não dominam o latin, o alemão e as vezes se quer o inglês). Essa era nossa discussão. Apresentei minha opinião e tenho direito a ela (pois não estamos numa ditadura).
Se sua opinião é diferente da minha, ótimo. Ninguem está te proibindo de postar o que quer quer seja.11/09/2005 às 15:58 #80327Miguel (admin)MestreÉ claro que precisa haver justificativa, para tudo que fazemos, não só aqui, mas em todo lugar.
É, eu acho que o título do tópico aqui está equivocado…
…as máscaras finalmente começaram a aparecer…
(Mensagem editada por Mike em Setembro 11, 2005)
15/10/2005 às 13:27 #80328Miguel (admin)MestreÉ claro que precisa haver justificativa, para tudo que fazemos, não só aqui mas em todo lugar.
Isso me lembra daquele caso de uma criança pequena que foi à escola, lá do Iraque, e quando a professora perguntou o que é um burro, o menininho apontou o dedo para a imagem do Saddan Hussein…
Provavelmente, o pai do garotinho devia estar assistindo à televisão e, quando Saddan Hussein declarou suas intenções de guerra contra os E.U.A., ele comentou algo assim: – Mas que burro!
O garotinho, então, associou as coisas e entregou, sem querer, o pai à educadora.
Acho que eu não preciso dizer o que fizeram com o pai do garotinho, né?
Ainda acha que devemos prestar contas de tudo que fazemos aos outros???
(Mensagem editada por Mike em Outubro 15, 2005)
27/03/2007 às 15:30 #80329BrasilMembroQuando debatemos vários temas cara a cara, expomos nossas emoções, personalidade, e identidade (ou não?) Porém, num fórum on line, nós estamos nos escondendo através de um muro (a internet) e uma máscara (o apelido ou nick name), pois a internet facilita e incentiva o anonimato (ou não?) O nick name é questão de proteção, privacidade? Há alguma diferença entre forum on line (virtual) e forum real (material)? As coisas que nós postamos representa realmente nossa identidade, ou trata-se simplesmente de um pensamento momentâneo não importante, ou ainda uma forma de "aparecer"?
O anonimato desvenda a real PERSONALIDADE das pessoas.Se, de maneira positiva ou negativa, depende da pessoa.
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