A questão é justamente essa Artur Capano, uma pessoa com vontade boa seria alguém com vontade livre, pois estaria em conformidade com o imperativo categórico. No entanto, a vontade não é algo que seja completamente voluntário pela razão, mas sim é um conjunto, uma constelação…um grêmio de sensações e desdobramentos envolvidos diante do indivíduo, do sujeito que percebe, quando este tem que agir. O sujeito racional, então, submetido ao princípio moral kantiano, age conforme seu julgamento para que a concretização do ato se mostre boa, ou seja, universal, como a razão, e não submissa a princípios imediatistas, egoístas, vaidosos etc. Creio que nisso reside o arbítrio que você aponta, diante do caldeirão da vontade que temos na mente, a ação justa e reta, conforme a ética e a moral.