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28/04/2001 às 15:39 #69898Miguel (admin)Mestre
Ppresciso urgente de algo que fale sobre esse filosofo pré-socratico Mmelisso.
29/04/2001 às 19:59 #74590Miguel (admin)MestreFabrícia,
Vou tentar te passar um pouco do que imagino que sei, caso não esteja correto, com certeza os administradores do site vão se manifestar.
Melisso foi discípulo de Zenão de Eléia, que por sua vez havia sido discípulo de Parmênides. A Escola Megárica, a que pertenceu esses três pensadores, tinha como essência de sua filosofia a imutabilidade do Ser. Esse tipo de pensamento não encontrava justificativa na própria realidade, onde tudo flui e se transforma. Sugiro a leitura de um dos fragmentos de Parmênides, “O Camninho da Verdade”, sendo que esse texto, provavelmente, você encontrará em qualquer livro que aborde os pré-socráticos. Não sei se consegui te ajudar, mas tenho a certeza que a erudição dos professores de filosofia que administram este site será suficiente para atender as suas necessidades.29/04/2001 às 21:55 #74591Miguel (admin)MestreInformações do volume Pré Socráticos dos Pensadores.
Melisso nasceu em Samos, ilha do mar Egeu, e desemepenhou papel importante na política grega derrotando os atenienses em mar numa batalha de 441. Defendeu Parmênides contra os pitagóricos e contra Empédocles. De seu poema sobre o ser ou sobre a natureza conservam-se poucos fragmentos. Melisso foi mestre de Leucipo, segundo alguns. Segundo outros Leucipo teria sido discípulo de Zenão.
A doxografia registra uma entrada em Aristóteles, livro Física, IV 6. 213 b 12 (DK 30 A 8) , Aristóteles conta que Melisso defendeu que o todo é imóvel, pois se se mexesse, haveria vazio, e o vazio é um não-ser. Também em Da geração e corrupção, I, 8. 325 a 2., acrescenta-se que não pode haver pluralidade, ausência de unidade e vazio. Se o ser é divisível em toda parte, não há unidade, de maneira que também não há pluralidade, mas vazio é o todo. Mas, se o todo é divisível, numa parte e indivisível noutra, esta estrutura parece ter alguma coisa de artificial; pois até que ponto e por que razão uma parte do todo se comporta assim e está cheia, enquanto a outra está dividida? Assim, o movimento é impossível, e o todo é um, imóvel e ilimitado, pois se houvesse limite não poderia limitar senão contra o vazio. Aristóteles fala que essa doutrina é típica dos filósofos que querem resolver tudo pela razão.
Os fragmentos, escassos, tentam demonstrar justamente esta idéia central. vejamos alguns:
“Sempre era o que era e sempre será. Pois, se tivesse, vindo a ser, necessariamente nada seria (existiria), antes de vir a ser. Por conseguinte, se nada fosse, de modo algum algo viria a ser do nada.
“Nada que tem princípio e termo é eterno ou infinito”
“Se não fosse um, teria um limite contra outro”.
“Se, pois, o ser é, deve ser uno; e sendo uno, não deve possuir corpo. Mas, se tiver espessura, teria partes e já não seria uno”.
“Se o ser divide, move-se; e movendo-se, não poderia ser”.
Mais informações nestes dois links
Área Educativa , Enciclopédia Simpózio, sendo que o da Simpózio é o melhorLivros para sua pesquisa: História da Filosofia Antiga, de Giovanni Reale.
Volume Pré Socrático da coleção Os Pensadores.
Vida e doutrina dos Filósofos Ilustres, de Diógenes Laércio. -
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